sexta-feira, 26 de junho de 2009

UMA CHANCE PARA A CIDADANIA

Li uma importante matéria sobre analfabetismo na revista CARTA CAPITAL dessa semana (clique aqui para ler uma breve introdução) e me assustei com o número de analfabetos absolutos: mais de 14 milhões de brasileiros. Desses, 9 milhões vivem nas cidades, dos quais mais de 3 milhões nas grandes metrópoles. Os 5 milhões restantes residem no campo.
Esses brasileiros esquecidos pelos governos formam um contigente de 7,5% da população brasileira, um número absurdamente alto.
Agora, qual o incentivo que esses excluídos da educação básica têm para ler? Será que o itinerário do ônibus, o próprio nome e o dos políticos nas urnas eletrônicas são suficientes para fomentar a vontade de aprender a ler e tornar-se mais próximo da cidadania? Me parece que não. Falta estímulo. Eles não têm acesso a revistas, livros e jornais gratuitos, salvo em algumas estações de metrô.
Por esse e outros motivos mantive quase que em segredo absoluto um sonho antigo, o de fazer um jornal gratuito para a periferia, para as classes "D" e "E" da grande S. Paulo. Mas o projeto, embora tenha consumido tempo, dedicação e vontade de que desse certo, não foi adiante por um simples motivo: falta de dinheiro.
Para testar a idéia montei uma página jornalística, o JP - Jornal da Pompéia. A grande parte dos colaboradores desse projeto se dedicava a informar o público com presteza e atenção. Foram grandes companheiros do início da empreitada. Mas não deu certo. A tão almejada cidadania, pano de fundo da página virtual e do jornal, foi praticamente esquecida e percebi que o projeto era muito grande e dispendioso para uma pessoa que não reunia tanto capital e ainda tinha a saúde relativamente debilitada. Desisti, não sem pesar.
Mas coloco aqui um pouco do sonho que pode parecer megalomaníaco, mas que visava atingir o direito de todos, sem preconceito e distinção, à informação para a cidadania e os direitos humanos. Foi um sonho colorido, daqueles que não nos esquecemos, que não deu certo, infelizmente. Na verdade o projeto alcançava 1 milhão de exemplares e não 2,5 milhões como constou no vídeo abaixo. Aí já seria megalomaníaco demais, superando a loucura dos que se acham Jesus Cristo, Júlio César, Cleópatra ou Napoleão Bonaparte.
Seria uma oportunidade dos mais pobres terem acesso à leitura, recebendo o jornal na porta de casa, com dignidade. Esse 1 milhão de exemplares alcançaria 5 milhões de brasileiros da periferia. Mas mesmo não dando certo, não deixo de acreditar que podemos fazer muito pela cidadania, individual ou coletivamente. Continuemos na luta.
Viaje comigo nessa idéia no vídeo abaixo.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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