Há diversos países que, em maior ou menor grau, merecem o nosso respeito.
Falemos da Europa. Suécia, Noruega e Finlândia são alguns deles. Rússia e Espanha são outros.
A Rússia é odiada por alguns, tida como imperialista, e amada por outros, considerada libertária.
A grande Rússia já foi um império, com uma força naval avassaladora, e que resistiu a Napoleão. E foi a herdeira do império russo, a URSS, União Soviética, que venceu os nazistas, invadindo Berlim e fazendo cerco a Hitler, permitindo, ela sim, ao mundo que respirasse liberdade. A Rússia também guerreou contra os impérios nipônico, turco e britânico e sofreu as consequências das invasões imperialistas.
Foi também a Rússia que acolheu minorias e um grande símbolo cultural e educacional para nós brasileiros, os missionários jesuítas. Eles foram acolhidos pelo império russo quando foram expulsos da Europa e de suas colônias.
Os jesuítas tiveram uma influência muito rica e importante não propriamente para os colonizadores, mas para os povos originários colonizados, já que estes eram tratados com mais respeito e dignidade, muito embora hoje se diga que aqueles trabalhavam com o aculturamento dos povos indígenas.
Voltemos à Rússia.
Mas nem tudo são flores. A Rússia é considerada imperialista por seus países vizinhos. Também pudera! A Rússia é enorme, com o dobro do tamanho do grande Brasil, ocupando praticamente metade da enorme Ásia e outro tanto da Europa. Há países que ela considera ser de sua órbita de influência, assim como o fazem os Estados Unidos, menor em tamanho, mas maior ainda em arrogância e em ações de desestabilização de governos.
Tanto Rússia como os Estados Unidos agem militarmente em benefício de suas empresas e de seus interesses. Vide a ação dos Estados Unidos no Oriente Médio e a Rússia na África e na Síria. Nisso, Rússia e Estados Unidos se igualam.
A diferença é que o Brasil está longe da órbita de influência da Rússia, e isso o beneficia, permitindo que conversemos de igual para igual, sendo a Rússia uma importante parceira do Brasil.
Os Estados Unidos, ao contrário, exercem ações imperialistas e intervencionistas nos países latino americanos e o Brasil não foi exceção. Foi assim contra os governos nacionalistas de Getúlio Vargas, João Goulart e Dilma Roussef, todos desenvolvimentistas e que de diferentes modos almejavam uma grande indústria nacional, com desenvolvimento tecnológico. Isso sempre soou uma grande ameaça ao grande vizinho, que chamava o nosso país de China do hemisfério sul. Para eles, o desenvolvimento do Brasil, em todos os sentidos, sempre foi considerado uma ameaça a ser combatida de frente.
Por isso, a Rússia, para nós, é mais benéfica, já que conosco não exerce ações imperialistas, o mesmo podendo se dizer da também enorme China, que tanto sofreu com os países imperialistas e colonialistas, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido.
A China, que está no continente asiático, cresce economicamente e a sua influência se dá nessa base. As suas forças armadas não agem fora do país, pelo menos até agora não demonstraram isso, e visam exclusivamente à defesa de seu território, e é uma importantíssima parceira tecnológica e comercial do Brasil.