Os árabes são um povo milenar, que possui o segundo alfabeto mais utilizado no mundo, que criou a álgebra e que dominava a medicina e a astronomia.
Foram os domínios árabes os grandes centros de poetas e filósofos islâmicos, judeus e cristãos da Idade Média.
Foi o domínio árabe na Península Ibérica que trouxe frescor aos europeus, diante das ferventes aberrações ocidentais da Idade Média.
Os árabes são um povo semita descrito no antigo Tratamento que, ao longo dos tempos, saíram do longínquo Iêmen, abaixo da Arábia Saudita, e se expandiram para a Península Arabica. Depois, com o surgimento do Islamismo, religião de grande parte dos árabes e arabizados, foram para o chamado levante (Síria, Líbano, Jordânia e Palestina) e Iraque. Dominaram também todo o Norte da África. Mais tarde, os islâmicos, incluindo os árabes, chegaram na Turquia e dominaram boa parte da Ásia Central, incluindo parte da Rússia e da China, e o sudeste da Ásia, chegando na Indonésia, bem próximo da Oceania.
Muitos europeus odiavam os árabes, assim como também odiavam os judeus, e iniciaram grandes incursões militares em Jerusalém e áreas de trânsito até a Terra Sagrada. Com isso, surgiram as Cruzadas, com enormes massacres a civis, e a primeira forma do expansionismo Europeu. Depois vieram as colônias de exploração, na América Latina, na África, e na Ásia. Logo após, o imperialismo Britânico por todos os continentes habitados.
Os Estados Unidos, colônia de povoamento, se tornou independente da Grã-Bretanha e logo iniciou o processo de expansão, tomando terras da Espanha no mundo afora e também do México. Foi se militarizando e desde o fim da Segunda Guerra Mundial é a maior potência militar do globo, mas em processo de plena decadência.
Com o governo Trump, deixou de priorizar as parcerias com países ocidentais e adotou discurso agressivo contra seus antigos aliados.
O chamado porta-aviões dos Estados Unidos no Oriente Médio, Israel, criado pela ONU em 1948, serve de enclave ocidental em plenas terras árabes e islâmicas, recheadas de gás e de petróleo.
Com isso, as guerras foram objeto importante para o sequencial crescimento das indústrias armamentistas estadunidenses e domínio geopolítico da grande parte de todos os continentes habitados, além do domínio de regiões importantes sob o aspecto energético.
Os Estados Unidos foram se expandindo. Compraram o Alaska dos russos, na América do Norte, tomaram posse de antigas colônias espanholas nas Américas e no Oceano Pacífico, invadiram e anexaram territórios mexicanos e permaneceram ilegalmente em territórios cubano, sírio e iraquiano. E, agora, sob Trump, bradam que tomarão posse da Groenlândia, território dinamarquês, e da Faixa de Gaza Palestina.
O ocidente é, como um todo, expansionista, colonialista, imperialista e belicista e os árabes representam uma barreira às pretensões de domínio cultural e de costumes.
Espiritualizados, muitos árabes não se curvam ao "modus vivendi" ocidental nem ao neoliberalismo, exceção visível a Dubai, exemplo de luxo e ostentação nababescas que nunca foram a representação verdadeira dos grandes reinos árabes.
Adotando o método britânico de dividir para governar, os Estados Unidos separaram os árabes em xiitas e sunitas, fomentam guerras fratricidas, como se essa divisão significasse haver dois povos e não um só.
Um povo que saiu do Iêmen para o Oriente Medio, África e Ásia, que carregou consigo grandes conhecimentos, hoje é tratado pelas potências hegemonicas como bárbaro. Na verdade, os árabes e arabizados representam ainda uma grande barreira ao projeto expansionista ocidental. Daí o ódio aos libaneses, sírios, iraquianos, libios, palestinos e também aos iemenistas, os primeiros árabes.
Os árabes se expandiram inicialmente pela guerra, mas depois pelo exemplo, e com isso conquistaram os corações e a cultura de mais de um bilhão de seres humanos.
São os árabes, hoje, o que já foram os espanhóis e os soviéticos, o contra ponto aos interesses do grande império da atualidade. E são eles que poderão ajudar o naufrágio definitivo do grande império.