Trump tenta enterrar a Europa, que já não é potência colonialista nem império, em um fosso profundo, ao lado da cara OTAN, e deve conseguir fazê-lo.
Contudo, haverá um efeito bumerangue que poderá atingir em cheio empresas estadunidenses, em especial as ligadas à defesa.
Parece ser razoável que, com o boicote seguido dos Estados Unidos e o alto preço das armas estadunidenses, empresas europeias, em especial as francesas e italianas, recebam incentivo local e aumentem a produção e vendam mais armas aos europeus. É questão de pouquíssimo tempo para isso ocorrer.
O mesmo poderá ocorrer com os sul coreanos, japoneses e canadenses, em relação aos Estados Unidos.
Os Estados Unidos afundam no isolamento geopolítico e econômico. Com isso, o crescimento da China como grande e maior potência tornar-se-á mais rápido e visível a olhos nus a cada dia que passa. O único parceiro fiel será Israel, a quem os EUA e seus presidentes são submissos, mas por quanto tempo? Os EUA já não terão todo o dinheiro do mundo nem as armas mais modernas para entregar a Israel. O lobby sionista continuará a agir em território americano, mas não terá a mesma força de antes. Israel terá que procurar outra potência protetora, muito possivelmente a Rússia, pais de origem de grande parte da população israelense.
Aliado parcial e não muito confiável de países árabes, com a proximidade umbilical quase inevitável com Israel, a Rússia deverá ser substituída pelos árabes por outro país de relevância geopolítica, seja a Turquia, a China ou o hoje isolado Irã. E é possível que ocorra o que até hoje era praticamente impossível, a união dos países da comunidade árabe em prol dos interesses comuns, nas órbitas geopolítica, econômica e militar, incluindo aí também as questões territoriais de Jerusalém, da Palestina, do Líbano e da Siria.
O jogo israelense foi hábil para o curto espaço de tempo, mas tende a afundar o sionismo radical ao lado dos decadentes Estados Unidos.
O tempo dirá!