sexta-feira, 28 de junho de 2024

O SILÊNCIO DO IRÃ, ACERTO OU ERRO?

Quase que diariamente Israel bombardeia alvos do governo sírio e de forças iranianas na Síria, com mortes de civis, inclusive.
Em abril, Israel ultrapassou todos os limites e atacou a embaixada iraniana em Damasco, matando 5 militares de alta patente, o que foi respondido, com aviso prévio, por uma enxurrada de drones e misseis ao território israelense.
Mas esse surpreendente ataque iraniano não coibiu os israelenses de atacar alvos de seu (iraniano) interesse na Síria.
Se, de um lado, com esses ataques, Israel, além de cortar rotas de fornecimento de armas aon Hezbollah, quer também chamar o Irã para um conflito aberto, a fim de que os Estados Unidos entrem em seu socorro, de outro, o silêncio iraniano tem autorizado os contínuos ataques israelenses a alvos iranianos na Síria. 
Entendo que o Irã precisa responder proporcionalmente, atingindo alvos específicos israelenses, sem elevar ainda mais a tensão. 
O silêncio do Irã, ao que parece,  é um erro que pode custar caro a curto prazo ao Hezbollah e, a médio, ao próprio Irã.
O governo de Israel não mede as consequências de seus atos, certos da impunidade e do apoio incondicional dos Estados Unidos.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

BOLIVIA, GOLPE REAL OU ENCENACAO?


A Bolívia sofreu uma tentativa de golpe na tarde de quarta-feira. É o que foi noticiado nos mais diversos veículos de mídia.
Um general, recém destituído do cargo de Comandante do Exército, arregimentou alguns militares contra o Presidente Arce, o qual inclusive encarou o golpista e conclamou a população às ruas.
A Bolívia sofreu tantos golpes ao longo de sua historia que dão em média um ao ano. Embora seja um país pobre, tem riquezas minerais cobiçadissimas, como o lítio, utilizado em baterias veiculares.
É fato que empresas poderosas dos Estados Unidos têm interesse no lítio bolíviano, o que garantiria uma vantagem frente à poderosa indústria de carros elétricos chineses.
Com esse texto, não quero minimizar os horrores de um golpe de Estado à democracia. Todo golpista deve ser preso e as ações golpistas devem ser devidamente investigadas, apurando-se o eventual envolvimento de políticos e de agentes de outros países.
O que desejo pontuar aqui é  a estranheza desse golpe. Primeiro pelo tete-a-tete corajoso de Arce com o general golpista. Depois pela fragilidade que os militares demonstraram em efetivar o golpe e até em conter a população.  Depois pela fala do suposto general golpista, que disse que o próprio Arce havia pedido uma encenação golpista, para se fortalecer. 
Tudo isso, somado ao fato de que Arce enfrenta a possível disputa de Evo Morales para a disputa à presidência no ano que vem, que ambos são do mesmo partido, mas não se entendem, e que Evo está mais à esquerda, contando este com a antipatia de grande parte do Exército e também com grande apoio popular, a tentativa frustrada parece soar a possibilidade, sim, de encenação, onde Arce ganharia popularidade e simpatia dos demais militares frente ao "radicalismo" de Evo. Digo possibilidade.
Arce é um nacionalista, assim como Evo, e ambos são populares.
Se foi realmente uma tentativa de golpe ou encenação, possivelmente nunca teremos a certeza. Mas cabe a nós repudiarmos tanto os golpes, como as suas tentativas e também possíveis encenações.
Democracia é coisa séria e que exige o mais absoluto respeito!

O JOGO SUJO DO OCIDENTE NA RÚSSIA. CONTRA-OFENSIVAS RUSSAS?

A Rússia sofreu ao mesmo tempo  dois fortes atentados terroristas, que mataram civis. 
Um, na província do Daguestão,  que teria sido provocado por terroristas internos, possivelmente financiados e orientados por agências de inteligência externas.  Outro, por um ataque deliberado contra civis em praia da Criméia por parte das forças ucranianas.
Especialistas dizem que a Rússia deve demonstrar força e reagir à altura ou até do mesmo modo.
Conhecendo o jeito de agir de Putin, dificilmente ele determinará algum ataque a civis. Talvez demore alguns días, mas ataques a centros de inteligência e do governo central da Ucrânia podem vir a ocorrer, e de forma devastadora. Por coincidência, ou não, ontem, um adido da embaixada dos Estados Unidos teve uma morte misteriosa na Ucrânia.
A Rússia sabe que a OTAN quer o seu desmembramento em pequenas repúblicas, para enfraquece-la e, ao mesmo tempo, deixar a China mais fragilizada, mas a sua contra-ofensiva deverá ser milimetricamente calculada, a ponto de frear qualquer tentativa de novos atentados à população civil russa.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

SIONISMO E JUDAÍSMO. AUMENTO DA PERSEGUIÇÃO COMO CONSEQUÊNCIA DO EXTREMISMO DE NETANYAHU E, EM UM FUTURO NÃO MUITO DISTANTE, DO PRÓPRIO SIONISMO CRISTÃO

Embora a propaganda do governo extremista de Israel queira apregoar que o judaísmo e o sionismo são a mesma coisa, de forma a tornar qualquer ataque ao governo israelense como um ato contra o próprio judaísmo, caracterizando-o, então, como ato antissemita, a verdade é que sionismo e judaísmo são muito diferentes.

A confusão, embora tente proteger o governo israelense dos excessos de seus governos e de suas forças armadas contra a crítica da opinião pública internacional, na verdade tem feito muito mal ao povo judeu, que tem sofrido cada vez mais com a consequência de atos antissemitas tanto na Europa quanto nos próprios Estados Unidos.

Graças à pressão do poderoso lobby sionista, os governos dos Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos, Grã-Bretanha e outros, utilizam qualquer manifestação contra Israel como se fosse um ato racista contra o próprio povo judeu. Nos Estados Unidos, o lobby sionista exerce forte poder sobre políticos, sejam republicanos ou democratas (Biden foi o político que mais recebeu dinheiro sionista. Foram mais de 14 milhões de dólares de financiamento para suas campanhas eleitorais), e até sobre entidades e instituições públicas. Existem muitas organizações pró-sionistas, ou seja, pró-governo de Israel, atuando nos Estados Unidos, sendo a mais famosa delas a AIPAC (Comitê Americanos de Assuntos Públicos de Israel). E é por isso que manifestações pró-Palestina são fortemente reprimidas pelas polícias nos Estados Unidos A maior parte dessas forças policiais, inclusive, tem recebido treinamento em Israel, como denunciava o site Intercept ainda em 2017.

Embora pouco se aprofunde a respeito, o lobby sionista tem compelido políticos estadunidenses a doarem fortunas ao Estado de Israel, mesmo que o império americano esteja economicamente decadente, com grande parte da sua população empobrecida. Cerca de 50% dos estadunidenses estão empobrecidos ou miseráveis. Há um sério risco de os Estados Unidos, futuramente, se tornarem uma Nação com fortes ondas antissemitas justamente em razão dos Estados Unidos agirem mais em benefício de Israel do que de sua própria população estadunidense.

Netanyahu, que já foi visto como um líder israelense hábil em trazer segurança aos israelenses, hoje põe os israelenses, assim como os próprios judeus que moram nos mais diversos países, sejam eles sionistas ou antissionistas, a sérios riscos de ataques racistas.

A bem da verdade, qualquer ato segregacionista ou racista não deveria e não pode ser aceito, seja ele em Israel, como vem sendo praticado pelos sionistas radicais contra palestinos na Cisjordânia ou em Gaza, ou em qualquer lugar do planeta, como vem sendo praticado, de fato, pelos antissemitas contra populações de origem judaica. As vítimas dos atos excessivos de Netanyahu são não só os palestinos (vítimas diretas), mas os próprios judeus (vítimas indiretas).

O sionismo, por defender uma Nação artificial para um povo, é extremamente maléfico para os povos originários, no caso o palestino. O estabelecimento de uma nação para uma religião específica, impõe, necessariamente, a expulsão ou a eliminação da população palestina, através de atos de supremacia da religião (no caso, judaica), do apartheid, que é a segregação de um grupo (palestino) e do genocídio, que na minha concepção vem sendo praticado contra a população palestina (cristã e islâmica) antes mesmo da criação de Israel. Na definição do termo sionista trago o risco de, em um futuro não muito distante, haver perseguição a judeus pelos cristãos sionistas neo-pentecostais.

Vamos a conceitos básicos para a compreensão do tema.

JUDAÍSMO - O judaísmo é uma das principais religiões monoteístas ditas abrâmicacas, ao lado do cristianismo e do islamismo, e surgiu cerca de três mil anos atrás na região da Mesopotâmia (e não em Israel, ao contrário do que o sionismo afirma).

JUDEUS - São os que nascem ou são convertidos ao judaísmo, ou seja à Fé judaica (na verdade, judeu é todo aquele descendente, em razão da origem materna, de judia). Somam mais de 13,4 milhões em todo o globo, 42% deles residindo em Israel, outros 42% nos Estados Unidos e Canadá. Mais de 500 mil (4% do total) residem na França. Os demais estão espalhados por todo o globo. No Brasil existem mais de 120 mil judeus (menos de 1% do total), a maior parte residente na cidade de São Paulo. 
Embora a Bíblia mencione que judeus o são em razão do parentesco paterno, a lei rabínica (interpretação da Fé Judaica) o faz em razão de sua ascendência materna. Assim, pode-se ser de origem judaica e, ao mesmo tempo, não professar a religião judaica e até ser ateu.

SIONISMO - Movimento político surgido na Europa no final do século XIX que prega a formação de uma Nação exclusivamente para os judeus. O termo sionismo deriva de Sião, Monte Sião, uma colina existente em Jerusalém, rememorando a Terra Prometida aos judeus. Houve estudos sionistas para criar-se uma Nação judaica na Argentina, na África e até na Sibéria. Na União Soviética pré-Israel, à época de Stalin, tentou-se fixar judeus na Crimeia e também na Sibéria. O movimento sionista ganhou força mundial após os atos crueis do nazismo, praticados na Segunda Guerra Mundial na Europa.

SIONISTA - É aquele que defende o Estado de Israel. E sionista pode ser ateu, cristão ou de qualquer outra religião, não necessitando ser judeu. Por sinal,.nem todos os judeus são sionistas. Muitos deles são críticos e contrários ao sionismo. Os sionistas cristãos normalmente são evangélicos pentecostais ou neopentecostais que acreditam que a Bíblia teria previsto o retorno dos judeus à chamada Terra Santa com a consequente Segunda Vinda de Jesus Cristo, que seria capaz ainda de converter os judeus ao cristianismo (supremacia cristã). Não apenas a supremacia judaica prevista no sionismo pode acarretar graves consequências, como já temos visto, mas a própria supremacia cristã dos neo-pentecostais, decorrente da "automática conversão de judeus", pode levar, em um futuro não muito distante, a atos de discriminação, e até de perseguição, contra judeus que não se convertam.

SEMITA - Termo que se refere a um grupo étnico (hebreus, os árabes, os assírios e outros) e até linguístico (hebraico, aramaico e árabe) que tem Sem (filho de Noé) como ancestral comum.

ANTISSEMITISMO - perseguição e discriminação ao povo semita. Erroneamente, associa-se antissemitismo exclusivamente a atos contra judeu em razão de sua religião e costumes, mas semanticamente abrange qualquer discriminação a qualquer povo semita em razão de seus costumes e tradições, incluindo-se aí, obviamente, qualquer membro do povo judeu.

ISRAEL - Estado artificialmente criado em 1948 após o Mandato Britânico na Palestina. 

ISRAELENSES - pessoas nascidas em Israel e que recebem a cidadania israelense.

PALESTINA - Termo derivado do grego e do árabe, que se relaciona a terra dos Gigantes, que é a área onde Jesus nasceu, sob o mandato romano e que cujo nome foi sendo sucessivamente adotado por outros povos, inclusive pelos turcos-otomanos e britânicos. Hoje, o nome palestina é destinado à porção de área que seria destinada aos palestinos, ao lado de Israel, como previa a ONU já em 1947.

PALESTINOS - Pessoas nascidas na antiga Palestina e descendentes, incluindo os que nasceram e moram em Gaza e Cisjordânia.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

SUBMARINO A PROPULSÃO NUCLEAR E ANGRA 3, OS MAIORES ALVOS DA OPERAÇÃO DA CIA, CHAMADA LAVA-JATO

A arquitetura da Operação Lava-Jato já foi estudada e continua a ser e, digo sem medo de errar, que foi o resultado de uma das operações de maior sucesso da inteligência dos Estados Unidos no continente americano.

Tudo teria tido início com as escutas havidas na Petrobrás e no gabinete da então presidente Dilma Roussef por uma das agências de espionagem dos Estados Unidos, que foi revelado pelo Wikileaks.

De lá para o inicio da operação Lava-Jato foi questão de meses. A política, a economia, a sociedade, as grandes empresas nacionais e o movimento geopolítico brasileiros levariam um xeque-mate dos Estados Unidos.

Com uma só tacada o governo Obama conseguiu: 1) dividir o Brasil entre uma direita tacanha falsamente nacionalista e uma esquerda majoritariamente alienada, o que perdura até hoje; 2) afastar do Poder políticos de viés nacionalista desenvolvimentista; 3) desmoralizar personalidades militares, políticas e do Judiciário; 4) destruir grandes empreiteiras brasileiras e todo o seu aparato tecnológico, operacional e internacional que tanto trazia divisas ao Brasil; 5) arrasar por anos o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear brasileiro, cujo projeto data da década de 70, e a implementação da necessária Angra 3.

Dizem que o grande brasileiro e heroi desconhecido da maioria dos nacionais, Almirante Othon Pinheiro, era perseguido diuturnamente por agentes da CIA e teve como vizinho, por décadas, um agente da CIA, ansioso por acompanhar os passos do Almirante e por fazer escutas 24 horas por dia, devassando a privacidade do militar. O interesse estratégico dos Estados Unidos era evidente, deixar o Brasil e o povo brasileiro como eternos vassalos dos interesses do império, sem que pudessem sair da condição de quintal. Muitas autoridades dos três poderes serviram aos interesses mesquinhos e nojentos dos Estados Unidos, e nem é necessário elencar para que o leitor atento já descubra o nome de alguns desses vendilhões da Pátria.

O Almirante Othon não era qualquer brasileiro. Foi o mais importante cientista nuclear brasileiro, formado em Engenharia Naval pela Escola Politécnica da USP ainda em 1966 e com mestrado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1978. Era ele quem conduzia o Programa Nuclear Paralelo entre os anos de 1979 e 1994 e que fez com que o Brasil realizasse autonomamente o ciclo completo da produção de combustível nuclear, elemento de base para o nosso submarino nuclear. O sistema de enriquecimento de urânio, único no mundo, era cobiçado pelos Estados Unidos, que sempre boicotaram qualquer avanço na construção de Usinas para a produção de energia nuclear ou até mesmo do nosso tão sonhado submarino de propulsão nuclear (sem armas atômicas), cuja construção serviria para vigiar a nossa Amazônia Azul, o nosso oceano, tão rico em petróleo e tão cobiçado por potências estrangeiras, e para proteger o comércio naval nas águas de interesse do Brasil. Sem ele, o Brasil está ainda mais exposto, quedando-se ajoelhado e servil aos interesses do império.

Por quanto tempo ficaremos expostos à servidão, deixando nosso povo na miséria, enriquecendo uma elite sem compromissos com o Brasil e abastecendo o império de tudo o que precisa para dominar o mundo?

Há de se ter uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a vergonhosa operação Lava-Jato e os seus operadores, que devem ser processados, julgados e, se o caso, condenados. Há de se buscar a reparação de tudo o que foi feito por agentes do "Estado brasileiro", que agiram em benefício de interesses pessoais, e de agentes internacionais contra a economia, a política, a sociedade, a grupos empresariais nacionais, incluindo a brasileiríssima Petrobrás, à ciência e aos interesses geopolíticos brasileiros. Há de se reparar tudo o que sofreu o Brasil e muitos brasileiros, dentre eles o brasileiro de primeira grandeza, Almirante Othon Pinheiro, devotado cientista que não buscou armamentos nucleares para iniciar guerras, mas a tecnologia necessária para dar ao Brasil autonomia e poder de defesa nos mares, em terra e nos ares, protegendo as nossas riquezas das mãos sujas de sangue do império e de outras potências sem qualquer autoridade moral. É esse tipo de militar que me faz acreditar no Brasil, na sua potencialidade e na sua capacidade de se erguer dos escombros, libertando-se das amarras do colonialismo e do imperialismo.

O ocidente nos quer não para caminharmos igualmente, mas para servirmos como escravos às potências europeias e aos Estados Unidos, como ocorre desde o início de nossa colonização, há mais de 500 anos.

Adjetivei o texto com o fígado, algo que costumeiramente não faço, porque essa questão atinge de perto a alma e o coração de qualquer um que sonha em deixar um Brasil melhor e mais justo para as crianças que perambulam sem rumo pelas ruas das grandes e médias cidades e para os brasileirinhos e brasileirinhas de amanhã. Não há império bonzinho. Nenhuma potência econômica e militar nos quer verdadeiramente livres, soberanos e grandes por natureza, mas os nossos maiores inimigos não vêm do tão distante leste asiático. Estão um pouco mais próximos. Nos exploraram por mais de 500 anos e continuamos a servi-los sorridentes, entregando-lhes nossas crianças, nossas mulheres e todas a nossa riqueza científica e natural. Libertemo-nos! Enxerguemos o que acontece conosco e ao nosso redor, para não sermos os últimos a ficarmos sabendo! O Brasil tem potencial, e para que alcancemos a libertação precisamos nos aprofundar nos conhecimentos e valorizar os brasileiros heroicos que lutaram e lutam por nossa real libertação e que existem aos montes!

sábado, 22 de junho de 2024

TERCEIRA GUERRA MUNDIAL MAIS PRÓXIMA QUE NUNCA.

       imagem: Pixabay

Particularmente, não acreditava que o mundo pudesse entrar em um conflito generalizado que desencadeasse a Terceira Guerra Mundial, mas ouvindo muitos analistas e vendo o que está ocorrendo, não há como se afirmar que estamos distante dela. Parece que esse perigo tem se aproximado mais de nós a cada dia que passa.

Vamos analisar alguns eventos, para facilitar a compreensão do todo.

UCRÂNIA

A guerra na Ucrânia já perdura mais de dois anos e, mesmo com aporte de material bélico moderno dos membros da OTAN, e muito dinheiro para o governo ucraniano, além de fortes sanções à Rússia, este país continua dominando os territórios do leste ucraniano.

Alguns países da Europa dizem que querem mandar soldados e autorizar o uso das armas da OTAN para atacar o interior do território russo, e não apenas a área em conflito. Também se fala em reposicionar ogivas nucleares para as regiões fronteiriças com a Rússia. Mas a ajuda vem de diversos países do globo e não apenas por parte de membros da OTAN.

Ao mesmo tempo, a OTAN exige dos seus integrantes o aumento do investimento do PIB em armamentos, para 2% do PIB neste ano, mesmo diante da crise econômica e inflacionária que assola o continente europeu.

Nesse panorama, o mundo viu aumentar significativamente o número de ogivas nucleares neste ano. Já são quase 10 mil ogivas, sendo que os Estados Unidos são responsáveis por 80% dos gastos com os ditos arsenais.

Diante do rearmamento da OTAN, do deslocamento de ogivas nucleares, da cessão de armamentos pela OTAN, do financiamento da guerra pelos Estados Unidos e por alguns países europeus e da participação efetiva e dissimulada de comandantes da OTAN em território ucraniano, os russos têm aumentado o tom e já dizem que compartilharão avanços tecnológicos em armamentos com países inimigos de todos os que estão, de alguma forma, colaborando com a Ucrânia na guerra contra a Rússia. A colaboração referida pela Rússia pode ser financeira, de inteligência, com fornecimento de armas ou até de comandos para qualificação e treinamento de militares.

A Rússia enfrenta de frente as ameaças da OTAN, mas sabe que o ocidente não desistirá até ver algum enfraquecimento considerável da Rússia, seja no campo militar, econômico ou político.

Parece ser lógico que um outro conflito que envolvessem os Estados Unidos ou países da OTAN provocaria uma perda de atenção à guerra na Ucrânia, facilitando a situação russa. Isso facilitaria a vida da Rússia, e muito.

ISRAEL E FAIXA DE GAZA

A guerra na Faixa de Gaza tem consumido dinheiro e recursos dos Estados Unidos, e também a moral do governo, enquanto Israel não cessa as violações ao direito internacional e agora já diz que invadirá o Líbano.

O Líbano tem Forças Armadas enfraquecidas e mal aparelhadas, incapazes de resistir a um eventual ataque israelense. Porém, o sul do Líbano é guarnecido pelo grupo Hezbollah, que é bem treinado e bem armado, atuando por túneis, o que dificultaria a ação israelense e seria capaz de provocar grande perda de pessoal e de tanques de Israel.

Alguns analistas dizem que o governo extremista de Israel, sabedor dos enormes riscos, deverá agir pontualmente e até vir a utilizar armas nucleares de uso tático, com menor poder explosivo, no sul do Líbano, a fim de aniquilar o Hezbollah, mas isso traria sérias consequências jurídicas e militares a Israel, inclusive com a possivel invasão territorial por grupos de resistência e a participação efetiva de alguns países islâmicos. Além, efetivamente, das consequências dos efeitos nocivos nucleares ao norte de Israel.

Não se esqueça de que os talibans, que governam  o Afeganistão, prometeram ajudar o Hezbollah com o envio de tropas. Não seria difícil que Nações como o Paquistão, que possui armamento nuclear, também auxiliasse o Líbano, o que colocaria o mundo em alerta. A população daquele país é uma das que mais se manifesta contrariamente ao massacre em Gaza. Se outras Nações ingressarem no conflito, o Irã se verá obrigado a também participar, e Israel não teria como reagir sozinho, necessitando de apoio de seus aliados ocidentais. Quanto aos países árabes, resta saber como a população reagiria ao bombardeamento do Líbano, além da Faixa de Gaza, e como isso pressionaria os governos a adotar alguma atitude efetiva em defesa dos libaneses e palestinos. O Egito e a Arábia Saudita, devido às pressões internas, podem vir a participar militarmente do conflito, embora tenham se mantido distantes até agora. O rei jordaniano, com a sua ligação estreita com Israel, poderá até mesmo vir a ser deposto pelas Forças Armadas, com os militares pressionados por familiares e amigos, além das ruas. O Iêmen passaria a agir mais de perto e não apenas atacando navios no Mar Vermelho. Síria e Iraque, enfraquecidos militarmente, possivelmente dariam alguma espécie de apoio tático e bélico ao Hezbollah.

A invasão do Líbano tende, então, a atrair uma série de países para a guerra. Os Estados Unidos, assim como o Irã, não querem atuar diretamente no conflito. O primeiro em razão das eleições neste ano e o segundo por questões econômicas, já que sofre sérias sanções ocidentais.

Resta ainda saber o que farão a Rússia e a China neste possível conflito ampliado, já que têm ligações estreitas com o Irã e bom relacionamento econômico com Israel.

Caso o conflito no Oriente Médio se amplie, a Ucrânia não receberá mais tanta atenção dos Estados Unidos e Europeus, que estariam preocupados em ajudar Israel, e a guerra naquele país europeu poderá ter fim em questão de pouquíssimos meses ou até dias. Contudo, a tendência é que grupos armados, as chamadas milícias, continuem a atuar de forma independente contra os russos e também no próprio território ucraniano mantido pelo governo. A situação lá exige uma solução definitiva, duradoura e pacificadora, a fim de não trazer mais malefícios à já sofrida população.

ÁFRICA

Os europeus e os estadunidenses estão perdendo influência na África para os chineses e russos. A guerra por proxies pode ser uma alternativa aos Estados Unidos naquela região tão sofrida.

AMÉRICA DO SUL

Muito se fala em conflitos na África, no Oriente Médio e até na Europa, mas a América do Sul, um continente que se manteve relativamente pacificado, poderá presenciar o ressurgimento de guerrilhas e a radicalização de grupos criminosos em alguns países, com ajuda externa, a fim de desestabilizar alguns governos ditos progressistas. Tudo isso para afastar a aproximação desses países progressistas da Rússia e da China. Nisso, o país que tem mais a perder é o Brasil, que é membro do BRICS e importante parceiro, no bloco, tanto da China quanto da Rússia. 

Os Estados Unidos já atuaram e continuam a agir através de proxies na África, Oriente Médio e até na América do Sul, não sendo novidade para eles. O Irã copiou e aperfeiçoou o modelo na região do Oeste da Ásia (Oriente Médio).

Os sul americanos como um todo têm que trocar informações de inteligência e agir preventivamente contra as organizações criminosas e as supostas enfraquecidas guerrilhas, monitorando-as de perto e agindo contra os seus ditos "cabeças".

Os Estados Unidos não têm como agir militarmente na América do Sul diante da situação mundial, mas não aceitam perder a influência sobre nenhum dos países que julgam pertencer ao seu quintal. A solução que resta a eles é agir por proxies; através da inflamação, pelas mídias convencionais e sociais, de revoluções coloridas; e também através de sua influência nos quadros jurídicos, pelo chamado law fare.

SUDESTE ASIÁTICO

Os Estados Unidos têm certa influência no sudeste asiático, assim como a China e também a Rússia, mas nada aponta, até agora, para um conflito regional, embora a intenção dos Estados Unidos seja a de inflamar países contra o poder e a influência da China.

A GUERRA QUE SE ESPALHA SE TORNARÁ TERCEIRA GUERRA MUNDIAL?

As guerras tendem a se espalhar por muitos dos continentes e alcançar mais de perto os europeus e estadunidenses. No entanto, resta saber se elas se ligarão a ponto de provocar a participação de países pelo mundo afora. A tendência, infelizmente, é que sim.

Caso os Estados Unidos ataquem o Irã, a Rússia não permaneceria silente, pois este é um importante parceiro estratégico e militar russo. E, numa situação dessas, os russos autorizariam os sírios a utilizar suas potentes armas antiaéreas contra aviões israelenses que violassem o espaço aéreo sírio e, talvez, até regionalmente.

Ou os Estados Unidos agem eficazmente em Israel, contra o radical Netanyahu, ou a terceira guerra poderá se formar em questão de muito pouco tempo. Esta é a única solução viável para se preservar e resguardar a humanidade do eventual uso do arsenal de armas nucleares.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

GUERRA? NECESSÁRIA NOS TRIBUNAIS INTERNACIONAIS

Ontem publicamos números de refugiados por país e elencamos os países de origem dos refugiados em maior número. 
É absolutamente espantoso notar como alguns países imperialistas são capazes de produzir catástrofes humanitárias por todo o globo, seja pelas guerras das quais participam direta ou indiretamente, seja pelas penosas sanções e embargos econômicos aplicados, e não são responsabilizados nos foros internacionais.
São milhões de vidas que são ceifadas e também que são desalojadas.
Os Tribunais internacionais deveriam servir para condenar pessoas e países não apenas pelos específicos casos de crimes de guerra, genocídio e tal, mas também pela tragédia humanitária criada, seja condenando a indenizar pela destruição causada, seja pelo deslocamento interno ou externo provocado, seja amenizando o sofrimento da população do Estado vítima.
A humanidade ainda precisa evoluir muito e trocar as armas de guerra pela guerra jurídica em Tribunais isentos.
Só para recordar, os refugiados vêm, principalmente, do Afeganistão (6,4 milhões), da Síria (6,4 milhões), da Venezuela (6,1 milhões), da Ucrânia (6 milhões) e da Palestina (6 milhões).
Os países provocadores de refúgio pelo mundo agora sequer integram a lista dos que mais acolhem refugiados.
Lembre-se que os países que mais recebem refugiados são Irã (3,8 milhões), Turquia (3,3 milhões), Colômbia (2,9 milhões), Alemanha (2,6 milhões) e Paquistão (2 milhões).

Há um texto muito bom, embora antigo, de 2003, do Le Monde Diplomatique, que retrata essa questão à época. Clique aqui para acessar.
https://diplomatique.org.br/danos-de-guerra-uma-contabildade-variavel/

quinta-feira, 20 de junho de 2024

DIA DO REFUGIADO. POUCO A COMEMORAR E MUITO A FAZER

Hoje, 20 de junho, é considerado o dia do Refugiado.

Logo após a segunda guerra Mundial, em 1951, a ONU estabeleceu a Convenção para os Refugiados, que em 1967 foi ampliada para abranger o deslocamento interno.

1,5% da população mundial, ou cerca de 120 milhões de pessoas é refugiada. São pessoas que fogem de seus lares em busca de proteção.

Metade desse número é composto por crianças.

A maior causa de refúgio são as guerras, seguida de perseguições de quaisquer naturezas, com destaque à questão política, opção sexual e religiosa.

Os refugiados vêm, principalmente, do Afeganistão (6,4 milhões), da Síria (6,4 milhões), da Venezuela (6,1 milhões), da Ucrânia (6 milhões) e da Palestina (6 milhões).

Os países que mais recebem refugiados são Irã (3,8 milhões), Turquia (3,3 milhões), Colômbia (2,9 milhões), Alemanha (2,6 milhões) e Paquistão (2 milhões).

No Brasil existem 730 mil pessoas com necessidade de proteção internacionais, das quais 140 mil tiveram sua condição de refugiadas reconhecidas pelo Comitê Nacional para Refugiados.

As nacionalidades que mais solicitam refúgio no Brasil são venezuelanas (50,3%), cubanas (19,6%) e angolanas (6,7%).

Os dados foram fornecidos pelo ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e pela Rede AlJazeera.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

ARMÊNIA SE AFASTA DA RÚSSIA E SE APROXIMA DOS ESTADOS UNIDOS. CHANTAGEM OU MUDANÇA EFETIVA?

A Armênia, que sempre foi uma aliada importante dos países árabes, do Irã e da Rússia, está se afastando desses e rumando em direção aos Estados Unidos, sob o pretexto de pretender fortalecer o sistema eleitoral e a democracia no país.

A Armênia tem importância não por sua economia ou pelo poder militar, mas por sua localização estratégica, ao lado do Irã, da Rússia e da Turquia, e por se localizar bem próxima do Oriente Médio. Isso é importante para os Estados Unidos, e a Rússia e o Irã sabem disso.

A Armênia pode estar agindo como a sua rival Turquia, em busca da valorização de seu passe, querendo mais retornos financeiros ou militares em troca. Em princípio, a Armênia não ganharia muita coisa se aproximando dos Estados Unidos, a não ser que este prometa investimento massivo, o que até agora não foi divulgado. O governo russo não se manifesta e, como sempre, as mídias nacional e internacional se silenciam a respeito, e isso perante um fato de extrema relevância geopolítica.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

O QUE VOCÊ SABE SOBRE A CRIMEIA?

CRIMEIA

Crimeia é uma área de 26 mil quilômetros quadrados disputada pela Rússia e Ucrânia. Mas você sabe a história da Crimeia? Vamos contar aqui bem resumidamente para você.

Crimeia, segundo a língua tártara, significa minha estepe. Já na antiguidade, devido aos seus habitantes de então, os tauros, era chamada de península táurica pelos gregos.

Há três línguas oficiais, o ucraniano, o russo e o tártaro da Crimeia.

península da Crimeia, como é chamada, situa-se ao norte do mar Negro, cercada pelo mar de Azov ao nordeste, entre a Ucrânia e a Rússia.

Ela já foi chamada de península Táurica pelos Gregos, que colonizaram o sul da Península, mas por lá também passaram os persas, os romanos, os bizantinos, os godos, os hunos, os cazares, os mongóis e os otomanos, dentre outros.

A Crimeia como a conhecemos surgiu durante o período Otomano, entre os séculos XV e XVIII. Em 1783, após uma série de batalhas, foi anexada pelo Império Russo e tornou-se república autônoma após a criação da União Soviética, até a Segunda Guerra Mundial. Em 1954, passou a integrar, a República da Ucrânia, por decisão do líder soviético Nikita Khrushchev. Em 1991, com o fim da União Soviética, tornou-se república autônoma dentro da Ucrânia. Porém, a capital, Sevastopol, desde 1997 abriga a base da Frota do Mar Negro da Rússia.

Muito pouco se fala a respeito, mas a Crimeia, que sempre teve uma importante população de origem tártara, de origem turca e muçulmana, quase se tornou uma República Judaica.

Em 1924, a organização judaica internacional “American Jewish Joint Agricultural Corporation”, com o apoio do governo soviético, reassentou cerca de 70 mil judeus como agricultores na Ucrânia e Crimeia.

Somente a organização teria enviado 16 milhões de dólares para o fornecimento de máquinas agrícolas, pecuária e equipamento para os agricultores judeus até 1939.

A previsão era realocar cerca de 700 mil camponeses judeus de toda a União Soviética para a República da Crimeia. Porém, do total previsto apenas 48 mil judeus teriam sido reassentados na Crimeia e, desses, apenas 18 mil trabalhavam efetivamente no campo.

O fato da assistência ser dada apenas a um grupo étnico, causou desagrado entre o restante da população e preocupação no governo da União Soviética.

Durante a segunda guerra mundial, ela foi ocupada pelos nazistas, que contaram com o apoio de grupos de origem tártara. Os judeus foram expulsos pelos nazistas e os que resistiram ou não conseguiram fugir acabaram mortos.

Com a reocupação soviética em 1944, por decisão de Stalin, houve a deportação à força dos tártaros, salvo daqueles que lutaram pelo exército vermelho, sob a alegação de que eles teriam colaborado com as forças nazistas. Estima-se que metade da população tártara tenha morrido por fome e também em razão de doenças durante a saída forçada.

Há muitos relatos de que os Estados Unidos, à época, exigiram dos Soviéticos, para que a ajuda econômica continuasse, que a Crimeia fosse destinada a imigrantes judeus.

Após a guerra, a Crimeia tornou-se um importante destino turístico.

Em 2014, com o golpe contra o presidente Ucraniano pró-russo, separatistas pró russos e militares da Rússia invadiram prédios estatais e exigiram a realização de um referendo, quando se decidiu pela reunificação com a Federação Russa, reconhecida por cerca de 10 países.

Hoje, a maior parte de sua população é de origem russa (quase 60%), havendo cerca de 25% de origem ucraniana; os tártaros, que chegaram a somar 35%, compõem apenas 0,5% da população, enquanto os judeus somam 0,2%.

domingo, 9 de junho de 2024

NETANYAHU, APÓS 8 MESES DE MASSACRE, RESGATA 4 REFÉNS, MATANDO MAIS DE 200 PALESTINOS. ÊXITO OU AÇÃO DESESPERADA?

Alguns dizem que Netanyahu saiu vencedor com o resgate de 4 reféns! Será?

Isso pode ter sido internamente em Israel, levando um pouco de esperança aos familiares de outros reféns, mas não mundialmente.

Netanyahu tem as mãos sujas de sangue e grande parte da população do ocidente e do oriente o consideram um tirano e desejam o fim da guerra imediatamente. Para esses, o custo de mais de duzentas vidas de inocentes e outras centenas de feridos graves não permite chamar a ação para salvar 4 israelenses de exitosa, mas de desespero do político israelense. O custo de vidas foi altíssimo, evidenciando mais uma vez, dentre tantas outras, o total desprezo do exército israelense pelas vidas palestinas!

Vitoriosos foram os reféns, que resistiram a 8 meses de cárcere e sangrenta guerra e conseguiram sair vivos, mesmo tendo à frente o sanguinário exército de Israel.

Quanto mais demorar a ter um cessar fogo, mais desacreditado estará o ocidente, em especial o decadente Estados Unidos, cúmplice do genocídio palestino. Quanto mais durar a guerra, mais nos aproximaremos da transição do mundo unipolar para o multipolar, que traz consigo esperança de Justiça e Paz.


sábado, 8 de junho de 2024

ESTADOS UNIDOS NÃO SÓ DÃO DINHEIRO E ARMAS A ISRAEL. ACOMPANHE A NOTÍCIA PUBLICADA NO MILITARY WATCH

Veículo de combate do sistema anti-drone M-LIDS

Que os Estados Unidos ajudam financeira e militarmente Israel todos sabem. É público, notório e divulgado pela grande mídia. O que poucos sabem é o possível uso do cais em Gaza não para levar assistência humanitária aos palestinos, mas para enviar mais ajuda militar a Israel. E há quem afirme que militares estadunidenses já estão operando na Faixa de Gaza.

O renomado site Military Watch divulgou uma informação inquietante: a possibilidade dos Estados Unidos terem usado o cais que teria sido construído para prestar assistência humanitária aos palestinos para, na verdade, enviar veículos de combate anti-drones aos israelenses. Os veículos, chamados M-LIDS, têm canhão automático de 20 mm e são guiados por radar. Especula-se que os testes de tais equipamentos em Gaza sejam uma preparação para posterior entrega de tais equipamentos à Ucrânia.

Militantes do Hamas dizem que os Estados Unidos estão agindo diretamente na guerra em Gaza e o Military Watch publicou que o coronel reformado do Exército dos EUA Douglas MacGregor, teria informado de que "os ataques das forças especiais israelitas a Gaza foram acompanhados por forças especiais americanas".

Se tais informações forem acompanhadas de provas e em seguida publicadas na grande mídia estadunidense, Biden perderá definitivamente não só a credibilidade que lhe resta, mas as próprias eleições presidenciais.

A QUEDA DAS POTÊNCIAS OCIDENTAIS EVIDENCIA A HIPOCRISIA SEMPRE PRESENTE. A LIBERTAÇÃO DA PALESTINA, AO CONTRÁRIO, SIGNIFICA A ESPERANÇA DE LIBERTAÇÃO DE TODOS OS PAÍSES POR SÉCULOS SUBJUGADOS.


Há dois Países que dizem serem as maiores democracias. Um, os Estados Unidos, se vangloriam em afirmar que constituem a maior democracia do mundo, e outro, Israel, diz ser a maior democracia no Oriente Médio.

Mas serão realmente países democráticos?

Vamos abstrair o que dizem os jornais e vamos pensar por nós mesmos. Preparados? Vamos lá, então!

Nos Estados Unidos, o voto popular não é decisivo. Quem decide, de fato, são os chamados delegados dos colégios eleitorais. Além disso, esse sistema, na prática, impede a vitória de algum candidato não pertencente aos partidos Democrata e Republicano, o que reduz, e muito, a representatividade e o peso do voto do eleitor.

Nos Estados Unidos, manifestações pró-palestina são reprimidas e os participantes presos. Se você for analista de geopolítica e crítico do governo também poderá ser detido e impedido de viajar, sem mandado judicial ou caracterização de flagrante, como ocorreu com o ex- fuzileiro naval e ex-analista da CIA Scott Ritter. Até mesmo um aplicativo de vídeos pode ser impedido de funcionar no país, por vontade política dos membros do Congresso e do Poder Executivo, contrariando Emendas Constitucionais.

Nos Estados Unidos, ainda, o neoliberalismo doentio impede a recuperação de pessoas dependentes de entorpecentes e também as em situação de rua, assim como impede o tratamento gratuito de doenças e até o socorro por ambulância. Se você for estadunidense e estiver doente e desempregado, os seus dias de vida estarão contados e o governo de lá nada fará por você.

Será que isso realmente caracteriza democracia? Não serão os Estados Unidos um país voltado tão somente a uma elite? A uma elite financeira, a uma elite detentora dos sistemas de comunicação e a uma elite que recebe vultosos investimentos do governo para produzir equipamentos de guerra? E, ainda, sob permanente e intensa pressão política do poderoso lobby dos interesses israelenses-sionistas.

Israel também seria uma democracia como apregoa aos quatro ventos? Primeiro que surgiu em 1948, e até antes de sua fundação, expulsando ou matando a população palestina local. O exército israelense foi formado por milícias que atuavam, desde o início do século XX, como organizações terroristas contra a população civil palestina. Será que lá toda a população tem os mesmos direitos? A resposta é não! Se você for israelense judeu terá mais direitos que um israelense não judeu, como ocorre com os árabes-israelenses. E os palestinos sob ocupação? Esses, então, não terão direito algum e estarão sujeitos a permanentes visitas de policiais, do exército e de colonos, sem mandados judiciais, inclusive, e a check-points nos percursos entre cidades da Cisjordânia, e ainda poderão ser assassinados sem motivo algum. Lá é possível a prisão por tempo indeterminado, sem que haja mandado ou a abertura de um processo judicial. Lá também não existe uma Constituição, a base legislativa de qualquer país. Netanyahu, ainda, luta para diminuir os poderes da Suprema Corte do país, para reinar absoluto. O Estado armado até os dentes está permanentemente em guerra contra os palestinos. A guerra de Gaza, ademais, evidenciou o que é o sionismo extremado, que visa ao extermínio do povo palestino, que não tem para onde fugir. Seria Israel uma democracia?

Por outro lado, o ocidente chama os países com uma democracia ao estilo próprio não ocidental de ditaduras, como forma de manipular a opinião pública contra os países que pretende declarar inimigos do povo estadunidense.

O tempo foi capaz de desmascarar tais países e, hoje, estão decadentes, como as demais potências ocidentais, dando espaço ao surgimento de um mundo multipolar, onde o destaque será a Palestina, como mostrarei em um texto a ser publicado mais à frente.

A Palestina representa a luta contra a opressão, contra o colonialismo e o imperialismo, e a vitória dela representa a crescente vitória de todo o sul global historicamente reprimido e explorado pelas potências ocidentais.

A Palestina liberta significa, em outras palavras, a liberdade possível de todos os países subjugados e explorados ao longo da história. A libertação da Palestina e o seu reconhecimento oficial como Estado-Nação na ONU, com pleno direito de participação e voto, como pretendeu a ONU ainda em 1947, e que nunca foi implementado por bloqueio dos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, será a aniquilação final do maior império que o mundo já viu e do imperialismo na história da humanidade.

Os Estados Unidos continuarão a exercer influência e a ter poder no Mundo Multipolar, mas não poderes de natureza imperial como ainda tem. O poder geopolítico estará repartido entre várias nações, dentre elas a China e a Rússia. Só o tempo evidenciará quais serão as outras Nações que terão influência. A pequena e frágil Palestina tem e exerce, desde já, a enorme influência simbólica neste novo mundo geopolítico em formação! Daí a sua importância, ainda que muitos não percebam. É a luta do "status quo", do colonialismo e imperialismo ocidentais centenários, contra uma nova ordem possível.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

DICA DE RESTAURANTE DA DELICIOSA GASTRONOMIA AFEGÃ: BOM DEMAIS E BARATO DEMAIS

Hoje eu vou dar a dica de um restaurante para lá de especial.
Sabe aqueles restaurantes bons e baratos? Então, é o caso do restaurante Cabul, de culinária afegã.

 

A comida é excepcional e o preço bem convidativo, equivalente a um prato comercial.

 

O restaurante é halal, ao estilo islâmico, ou seja, baseado em alimentos naturais sem agrotóxicos. No caso da carne, é utilizado um abate especial.

 

A culinária do Afeganistão mistura diversas culturas, dentre elas a do Irã e a da Índia. Se você frequenta restaurantes indianos, notará certa semelhança em alguns pratos.


O prato nacional do Afeganistão é o qabili palau e é servido no local. Uma delícia.


Seguindo a dica de um casal de brasileiros que são frequentadores assíduos do local, eu pedi meio prato de qabili palau, que utiliza o arroz basmati, mais comprido e fino, também conhecido como arroz indiano, carne de cordeiro, uvas passas e cenoura ralada, e meio prato de biryani, que é uma mistura de arroz com frango e muitos condimentos, em especial pimenta (sim, o prato é bem apimentado), Esse último prato também é típico da Índia e do Paquistão, e normalmente é preparado para celebrações como o Ramadã.


O restaurante fica entre o Pari e o Brás, em São Paulo, na av. Carlos de Campos, 69.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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