Em abril, Israel ultrapassou todos os limites e atacou a embaixada iraniana em Damasco, matando 5 militares de alta patente, o que foi respondido, com aviso prévio, por uma enxurrada de drones e misseis ao território israelense.
Mas esse surpreendente ataque iraniano não coibiu os israelenses de atacar alvos de seu (iraniano) interesse na Síria.
Se, de um lado, com esses ataques, Israel, além de cortar rotas de fornecimento de armas aon Hezbollah, quer também chamar o Irã para um conflito aberto, a fim de que os Estados Unidos entrem em seu socorro, de outro, o silêncio iraniano tem autorizado os contínuos ataques israelenses a alvos iranianos na Síria.
Entendo que o Irã precisa responder proporcionalmente, atingindo alvos específicos israelenses, sem elevar ainda mais a tensão.
O silêncio do Irã, ao que parece, é um erro que pode custar caro a curto prazo ao Hezbollah e, a médio, ao próprio Irã.
O governo de Israel não mede as consequências de seus atos, certos da impunidade e do apoio incondicional dos Estados Unidos.