Não sou daqueles amigos interessados em saber detalhes da vida alheia, como aquilo que se tem, os sucessos e os fracassos. Interesso-me mais pelo ser, pelo o que o(a) amigo(a) realmente é e por aquilo que, ainda que não saiba, o alegra e o entristece. Para isso, observo e reflito muito o que vejo e sinto, antes de falar diretamente à pessoa. A isso somo admiração e respeito como ingredientes de uma amizade verdadeira.
Não curto falar sobre os outros e entrar em julgamentos repletos de apedrejamentos morais. Nesses momentos, prefiro o silêncio, em sinal de lealdade.
Não faço festas quando encontro as pessoas que gosto, pois sou tímido. A minha felicidade é expressada pelo olhar e pelo sorriso um tanto discreto. A isso poderiam chamar de sobriedade, mas na verdade é a mais pura timidez.
Talvez o facebook não combine comigo. Talvez eu não combine com a modernidade, com o sorriso fácil e com a curtição generalizada e o próprio compartilhamento da vida pessoal.
Não sou das gerações coca-cola, shopping Center, computador e facebook. Posso afirmar que sou de uma geração perdida no tempo e no espaço, sem nome definido, apátrida de tribo e de rótulo, que insiste em se perpetuar no tempo por muitos dos cantos deste planeta.