sexta-feira, 28 de junho de 2013

ENQUANTO O POVO MARCHA, O BRASIL DEMOCRÁTICO VOLTA A CAMINHAR

foto: REDE BRASIL ATUAL
manifestação em fevereiro de 2013
As passeatas e as manifestações havidas em diversas cidades brasileiras nos últimos 20 dias surtiram efeitos surpreendentes.
Inúmeros governos municipais reduziram as tarifas dos transportes públicos em suas cidades. Houve congelamento do preço dos pedágios em algumas praças. Discute-se, agora, a isenção dos tributos para o setor de transportes. Os governos de todas as esferas demonstram maior preocupação com a questão tão crucial da mobilidade urbana. A PEC 37 foi rejeitada. A reforma política está na agenda nacional. A presidenta falou, em rede nacional de televisão, sobre a importância do plebiscito popular para diversas questões pontuais. O Supremo Tribunal Federal expediu, de forma surpreendente, mandado de prisão a um deputado federal no gozo de seu mandato.
O povo começou a reclamar e os governantes, após alguns dias, passaram a dar ouvidos às vozes das ruas. Com isso, o Brasil começa a caminhar no sentido do fortalecimento de sua democracia.
Com diversas manifestações violentas e diárias, houve um senso quase comum de que a democracia brasileira corria algum tipo de risco institucional. Mas, não. Hoje sabemos que na verdade o movimento nas ruas serviu para amadurecer o processo democrático e tornar o Brasil um país menos elitista. É o que esperamos.
Manifestações de médicos, de promotores de justiça, de homossexuais, de estudantes, de adolescentes, de trabalhadores de áreas específicas engrandeceram o país. Hoje o Brasil é um país que saiu da adolescência democrática, rumo a um amadurecimento permanente.
Mas há muito o que se fazer e o que se pleitear. O inadmissível são as depredações e o vandalismo. Ações violentas que causem prejuízo ao erário público, à iniciativa privada e às pessoas em geral, inclusive no aspecto físico, não pode ser admitido.
Há sérias complicações no trânsito, principalmente na ida para o trabalho ou no retorno do trabalho para casa, mas as pessoas têm que entender que é apenas uma fase. Passados alguns dias ou no máximo poucas semanas, o trânsito voltará ao normal. Ou melhor, com maior ênfase e prioridade ao transporte público, é bem provável que o trânsito melhore e que as pessoas passem a utilizar mais ônibus, trens, metrô e bicicletas ao invés de carros. Quem sabe se, em breve, não usaremos os rios Tietê e Pinheiros para navegar? A mobilidade urbana exige isso.
A violência, a droga, o abandono dos moradores de rua, o péssimo e caríssimo serviço da telefonia celular, o alto preço de vida nas grandes metrópoles brasileiras e em especial São Paulo, além de outras questões, podem e devem ser colocadas na pauta das manifestações.
Há muito o que reivindicarmos, mas cada coisa no seu momento. Exigir tudo de uma vez significa não exigir nada, na verdade. As reivindicações devem ser pensadas e pontuais.
Por falar em pontualidade, de nada adianta, agora, sermos contrários à Copa das Confederações e à própria Copa do Mundo. Faltam menos de 360 dias para a Copa e o Brasil já investiu uma fortuna na construção e ampliação dos estádios. Sabemos que não será possível reaver todo o dinheiro aplicado, mas poderemos exigir uma minuciosa prestação de contas e, mais que isso, devemos exigir do governo que seja fomentado o turismo, não apenas para a época dos jogos, mas de forma permanente, fazendo com que o Brasil entre no seletivo grupo de países que ganham muito dinheiro com o turismo (como a França, a Espanha e os Estados Unidos, dentre outros). Isso fomentará a criação de muitos empregos na área turística (hoteleira e restaurantes), exigirá planejamento e investimento em estradas e locomoção entre as cidades, além de investimento em capital e pessoal para a segurança pública, e propiciará ao Brasil, inclusive, a possibilidade de após poucos anos recuperar todo o dinheiro investido. O que não podemos fazer é ficar de braços cruzados ou apenas nos lamentarmos.
Já que aplicamos o dinheiro, que pensemos em como evitar prejuízo, e o turismo é a saída mais palatável, já que a Copa do Mundo será a grande propaganda dos pontos turísticos brasileiros.
Faço aqui uma sugestão. Levemos à Presidenta e ao Congresso Nacional essa proposta de que aceitamos a Copa do Mundo (pois agora não dá para apenas lamentarmos), mas exigimos um planejamento e investimento na área de turismo, e de forma permanente.
Um Brasil mais justo se faz de forma simples, pensando no dinheiro público e no futuro do povo brasileiro.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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