Um tempo atrás, uma pessoa, que prefiro não citar o nome, passou por uma séria dificuldade no ambiente de trabalho. Algo insuportável, realçava. Mas ela não trabalhava em qualquer lugar, mas sim em um órgão público não muito conhecido.
Era um ambiente terrível, o que me levou a escrever o seguinte para ela:
"O serviço público não pode admitir chefias incompetentes e que agreguem a si apenas pessoas amigas e conhecidas, menos capacitadas que outros profissionais da área, o que afrontaria princípios basilares do direito administrativo, como o da impessoalidade e o da eficiência, em claro prejuízo dos interesses maiores do Estado e da própria administração pública. Tampouco o Estado pode admitir que o serviço público seja distribuído desigualmente entre os seus servidores beneficiando alguns em detrimento de outros, o que além de afrontar os princípios administrativos já mencionados, afrontaria os princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana. Isso não caracterizaria apenas uma afronta aos princípios legais e constitucionais, mas um desrespeito ao cidadão que contribui com seus tributos e à própria figura do Estado que deveria canalizar as suas energias não em benefício de um ou outro (agente público ou agente político), mas sim para resolver os problemas da população, e que as corregedorias e o Ministério Público não podem ficar inertes diante de tal situação. Na verdade isso é tudo o que caracteriza um sistema aristocrático ou feudal dentro da estrutura do próprio Estado-Administração... Ou seja, um absurdo do começo ao fim!"
O conhecido me agradeceu e ainda não me disse o que aconteceu. Será que até nisso a burocracia reina?
E você, o que acha? Já pensou a respeito?
E você, o que acha? Já pensou a respeito?
