Essa história de todo mundo e do mundo todo acompanhar o casamento "real" entre o príncipe William e a Duquesa Catherine, de Cambridge, no final do mês de abril deste ano, me irritou profundamente.
Fiquei sabendo de pessoas que acordaram antes das 5 da manhã para ver até os preparativos do casamento. Como pode?
Bem, mas de real, mesmo, o casamento só tem o nome. Sim, é real porque ocorre no seio da realeza inglesa, mas, para 99,99999999% da população do planeta terra, está mais para imaginário, um conto de fadas, algo inacessível e, portanto, nada real. Que contrasenso, não? Real por um lado e imaginário por outro...
Talvez em Marte ou em outro planeta de outro sistema, não, mas aqui no planeta azul, o casamento ocorrido seja real em todos os sentidos, ou até totalmente imaginário. Pensando bem, será que uma civilização mais avançada ainda acreditará no casamento? Bem, isso gera uma longa discussão que não quero dar início aqui.
A questão é que o casamento de um sangue azul (príncipe William) com uma portadora de sangue normal avermelhado, no planeta azul, deixou muita gente avermelhada, de emoção, de inveja ou até de raiva, no caso daqueles que não creem na instituição casamento. E deve ter aqueles que ficaram azuis, por terem desmaiado após tanto se emocionarem. Digamos, então, que foi um dos casamentos mais coloridos de todo o mundo. E , por incrível que pareça, não estamos falando de casamento à indiana ou paquistanês, mas de um sóbrio casamento inglês, mas repleto de cores, sob todos os ângulos.
É, o irreal casamento real, gerou uma real certeza em toda a população: podemos não ser reis, mas tudo o que fazemos é real, ao menos para nós. Bem, e para os 99,99999999999% da população mundial?