sábado, 26 de março de 2022

DA GUERRA TELEVISIONADA COMO VÍDEO GAME ÀS IMAGENS DAS VÍTIMAS. A HUMANIZAÇÃO NECESSÁRIA DOS CONFLITOS.

A guerra do Iraque, em 1991, foi a primeira a ser televisionada, com imagens e cobertura ao vivo.

A guerra, a partir de então, passou a ser vista do ponto de vista dos ataques aéreos e de mísseis, longe das crianças, mulheres, idosos e jovens atingidos.

Via-se o míssil sendo enviado, mas não se viam as vítimas.

O ser humano, acostumado à frieza da tevê, não compreendia as imagens fortes e pesadas que recebia e as via como se tratasse de um jogo de vídeo game, desumanizando-a.

Duas grandes guerras mundiais não foram suficientes a sensibilizar os governantes e as pessoas dos perigos e das atrocidades de qualquer guerra, mesmo a mais rápida delas.

Não há apenas sangue nas guerras, há fome, sede, perda de familiares e amigos. Há, acima de tudo, medo e terror!

Foi com a segunda guerra do golfo, em 2003, com a cobertura da AlJazeera, que a guerra sob a ótica das vítimas foi exposta ao vivo na tevê.

Na guerra da Ucrânia, cada parte utiliza a mídia a seu favor, não só divulgando Fake News ou as notícias que lhes sejam melhor, mas sob um enfoque que lhes agrade.

Enquanto a Rússia mostra a guerra ao longe, do ponto de vista dos armamentos, como os Estados Unidos sempre fizeram em suas guerras, o outro lado, da OTAN, Estados Unidos e potências ocidentais, inauguram em suas coberturas o jornalismo humanista, mostrando as atrocidades à população ucraniana. São as imagens que convêm às partes.

Os Estados Unidos, sempre frio em suas coberturas, dessa vez tornou-se humanista. A Rússia, às vezes condescendente com os Estados Unidos, às vezes crítica, mostra no conflito da Ucrânia o lado profissional de suas forças, tentando apagar o humano que é alvo dos ataques.

Nas guerras não há Santos nem heróis. Há sangue e o pior que o ser humano pode ver ou sofrer. Há, em quaisquer delas, vidas humanas em jogo, atordoadas e desesperadas pelos horrores provocados pelos humanos.

Que as imagens, seja daquela fotografia da pequena vietnamita Kim Phuc Phan Thi, correndo com grande parte do corpo queimado por bomba napalm, seja do pequenino sírio que procurava refúgio, Aylan Kurdi, com o corpo estirado em praia turca, seja do pai que tentava proteger seu filho dos tiros com o seu próprio corpo na guerra da Palestina, seja dos ucranianos, quaisquer eles, possam comover a humanidade para pedir o banimento das armas atômicas e das organizações militares internacionais.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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