sábado, 31 de outubro de 2020

ELEIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS E CHINA COMPRANDO SOJA DE CONCORRENTES. O GOVERNO BRASILEIRO ENTRE UMA ENCRUZILHADA: OU MUDA OU PERDE APOIO INTERNO E SE ISOLA AINDA MAIS INTERNACIONALMENTE.


O Brasil entre uma encruzilhada e o governo Bolsonaro se verá compelido a fazer mudanças!

O governo Bolsonaro pode perder em questão de poucos dias o seu principal aliado, o presidente Trump, e, ao mesmo tempo, ver diminuído o seu comércio com a China, reflexo direto das críticas e das falas agressivas do governo ao maior parceiro comercial brasileiro, que, numa tentativa de se tornar menos dependente de alimentos do Brasil, já está comprando mais soja da Tanzânia e da Argentina.

O Brasil pode sofrer graves prejuízos econômicos por se voltar menos ao Mercosul, à África, aos países Árabes e, principalmente, à riquíssima China, com ataques ideológicos ao maior parceiro comercial do país. E menos comércio pode significar menos dinheiro, menos produção e menos empregos, ou seja, crise econômica.

Politicamente, o Brasil, já distante da América Latina, da África e da Europa, pode se isolar ainda mais com a derrota de Trump, o que implica não apenas em menos prestígio e confiança, mas menos parcerias econômicas, o que é péssimo para o país. Ainda que o real tenha sofrido a maior desvalorização de todas as moedas estrangeiras, o que, em princípio, permitiria torná-lo mais competitivo nas exportações, tal fator não está sendo capaz de aumentar significativamente as exportações brasileiras.

Fica evidente que o governo Bolsonaro será pressionado pelo setor exportador, principalmente pelo agronegócio, para que adote uma postura mais aberta ao diálogo.

Porém, uma ala do governo pode pressioná-lo a ser menos ideológico. Estou falando da ala militar do governo, que é bem expressiva.

Os militares são conhecidos pelo seu pragmatismo e não deve ser fácil para eles presenciar o isolamento político, o distanciamento da maior potência militar e econômica do planeta, os Estados Unidos, e, ao mesmo tempo, o distanciamento e o esfriamento das relações com o maior parceiro comercial, a China.

Aos militares brasileiros não soaria e não soará bem o isolamento diplomático do Brasil.

Depreende-se daí que o governo Bolsonaro tenderá a ser menos ideológico, talvez até mudando ministros chaves dessa ala, tendendo a se aproximar cada vez mais do velho centrão, tão conhecido pelos históricos de corrupção.

Como Bolsonaro pensa com o fígado, será difícil fazer um prognóstico com grande precisão, embora a lógica indique que de duas uma: ou Bolsonaro se afastará cada vez mais da ala ideológica de extrema direita ou os próprios militares poderão deixar de apoiá-lo, com renúncia de grande parte dos integrantes da ala militar, o que refletirá no Congresso Nacional, com a possibilidade de recebimento e de aprovação de processo de impeachment.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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