quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

CINQUENTA!

Dentro de poucos dias completo cinquenta anos. Sabe o que é isso? Muito tempo e que equivale a 600 meses ou a 18.250 dias de vida. Nem vou falar em horas ou segundos, pois isso é muito batido e poderia me deixar deprimido de tantos números.

Se pensar nos dias que vivi, chegarei à conclusão de que não realizei boa parte do que poderia ter feito. Tantos dias e tão poucas realizações. Poderia ter vivido e feito mais, muito mais.

Mas quase não chego lá. Há praticamente 10 anos, a serem completados em maio, tive uma interrupção temporária de vida e quase não voltei. Dizem que foi dramático, mas acho que estava me divertindo ou descansando, sei lá, pois quando acordei estava feliz, muito feliz!

Sofri seis infartos seguidos, com uma primeira parada de 50 minutos, tempo bem superior ao que os médicos consideram razoável esperar. Era para não ter retornado, mas voltei. Sofri outras cinco paradas, mas tirei de letra e cá estou sem sequelas (ao menos eu acredito nisso).

Podia ter vivenciado mais amores, ter escrito mais, ter sorrido e abraçado muito mais. Mas cá estou, tendo consciência de que ainda posso fazer tudo isso e muito mais, o que garanto que rejuvenesce.

Ainda quero produzir um documentário bem bacana, escrever um livro bem vago, com reflexões sobre a vida, plantar árvores frutíferas, contar histórias para adultos e crianças, ajudar o nosso país a ser mais sério e comprometido com as pessoas e sensibilizar alguns para a necessidade de sermos mais tolerantes.

No ano em que completo 50 consegui a autorização para exibir um documentário lindíssimo sobre refugiados da Síria que estão na Itália, mas tentam chegar na Suécia, o IO STO CON LA SPOSA ou Eu Estou com a Noiva, em português, seguido de uma mesa de debates sobre o tema refúgio. De forma surpreendente, consegui o apoio de diversas entidades éticas e com grande credibilidade para a divulgação do evento. Isso me deixou ainda mais feliz! Começou no improviso e acabou com um grande sorriso. Surpresa boa!

Talvez aos 50 eu me encontre com o significado do meu nome (sobrenome) que em árabe significa felicidade! Afinal, para o que é a vida se não para a felicidade?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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