quarta-feira, 8 de abril de 2015

O PERIGO DO ESTADO ISLÂMICO E DOS INTERESSES DAQUELES QUE O FINANCIAM

foto: internet
Enquanto o ocidente e uma parte ou totalidade dos países árabes não se unirem para acabar, de vez, com o radicalismo representado pelo Estado Islâmico, parte do mundo, inclusive ocidental, estará em perigo. E isso os incentivadores dos extremistas não conseguiu perceber o risco em potencial.

As maiores vítimas imediatas do EI são os próprios islâmicos e as minorias residentes nos países atingidos pelo radicalismo do grupo, seja no Iraque, na Síria, no Egito, na Tunísia ou em outro canto qualquer do globo. Crianças são assassinadas, prostituídas ou são compelidas a trabalhar ou tornarem-se militantes armados. Sítios arqueológicos milenares são destruídos. Estrangeiros e minorias são degoladas, queimadas vivas, assassinadas das formas mais crueis. Grupos étnicos que guardam segredos religiosos ocultos são perseguidos. E assim caminha a humanidade naquela área que foi o berço da civilização.

Os atentados do grupo já atingiram a Austrália e a França e há riscos de expansão a outros países, incluindo aí a América do Sul. O risco do radicalismo chegar perto de nós não está tão distante, ainda mais se formos observar que as Olimpíadas de 2016 serão no Rio de Janeiro. O governo brasileiro já foi alertado pelos serviços de inteligência da Europa e os nossos militares e agentes de segurança estão redobrando os cuidados com a segurança.

O Ei não apenas pode expandir o radicalismo aos países árabes, mas também aos países onde há minoria muçulmana reprimida pelos governos centrais, como Índia, Rússia e China, coincidentemente membros dos BRICs.

O EI, também coincidentemente, atacou inicialmente países onde há grupos xiitas fortes.

Daí a pergunta, qual o motivo disso? Atingir os BRICs e o Irã, o país com o maior número de xiitas? A quem interessa esse radicalismo que está redesenhando o mapa geopolítico do Oriente Médio, do Norte da África e até da África subsaariana e de parte da Ásia?

A Arábia Saudita tornou-se um expoente no horizonte e ingressou militarmente no Iemen, após um breve ingresso, anos atrás, nos Emirados Árabes, para reprimir manifestações da minoria xiita. Hoje, devido a boicotes econômicos, o Irã e a Rússia, maiores opositores do EI na região, por coincidência, ou não, estão se enfraquecendo militar e economicamente.

Os xiitas se uniram, com o apoio do Irã, para barrar a Al Qaeda e o EI no Iemen, mas a Arábia Saudita viu nisso um risco à sua hegemonia na região.  A mesma Arábia Saudita que, ao lado de outros países do golfo, é acusada de ter financiado a formação desse grupo extremista que estarreceu o mundo inteiro com as suas execuções e demais barbáries. E é a Arábia Saudita que é acusada de ter baixado o preço do petróleo, prejudicando, dentre outros países, a Rússia e o Irã, grandes produtores e exportadores do óleo negro.

Se formos sérios, exigiremos de todos os países que ajam militarmente contra o EI, pela defesa não só dos valores do Ocidente, mas também das minorias e de todos os residentes nos países diretamente atingidos pela intervenção militar desse grupo extremista que já vem se aliando a outros terroristas da região.

Ademais, tenho para mim que as tratativas dos Estados Unidos com o Irã, a respeito do programa nuclear daquele país, são um verdadeiro engodo. Visam apenas fazer com que o Irã acredite numa solução amigável, enquanto se prepara o seu esgotamento militar, país  que já atua informalmente na Síria e de forma declarada no Iraque, contra o EI.

 Não tenho para mim que os Estados Unidos, Israel, Inglaterra, França e Arábia Saudita queiram o fim imediato do EI. Parece que já foi planejado que o EI seja parcialmente preservado até o total enfraquecimento do Irã, aniquilamento da Síria e o esgotamento da Rússia, que já sofre com o boicote econômico decorrente da questão da Ucrânia, a queda do preço do petróleo, atuação comedida na Síria e a segurança redobrada em área dominada por minorias muçulmanas que poderiam sofrer a influência e interferência do EI. Isso sem falar na probabilidade de possíveis atentados na China e na Índia, que ficariam em estado de alerta com o terrorismo em regiões habitadas por minorias muçulmanas. Após essa alteração geopolítica na região e enfraquecimento do grupo econômico dos BRICs, aí sim as potências darão um jeito nos radicais. Não podemos esperar até lá!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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