quarta-feira, 13 de junho de 2012

THE GUARDIAN: BRASIL COMO MODELO

OPERA MUNDI

Jornal britânico diz que Brasil é modelo de diplomacia e compara Lula a Franklin RooseveltPara The Guardian, “já é tempo de o ocidente incorporar o crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo”

O Brasil “não apenas deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também é a melhor razão para uma reforma do órgão e para uma tentativa de tornar o sistema internacional mais representativo”. É o que diz um elogioso editorial publicado nesta segunda-feira (11/06), no qual o jornal britânico The Guardian sugere uma maior valorização da diplomacia de Brasília e destaca a ascensão econômica vivenciada pelo país ao longo dos últimos anos.

De acordo com a publicação, “já é tempo de o Ocidente incorporar o crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo” com o país. Isso porque, “embora seja líder da desigualdade social no mundo”, ele “também lidera a resolução desse problema” por meio de “famosos programas sociais que auxiliaram 20 milhões a deixar a pobreza e criar um novo mercado interno”.

Traçando uma linha cronológica para o processo de estabilização da economia brasileira, o artigo parte do governo de Fernando Henrique Cardoso e se estende até a atual gestão de Dilma Rousseff, que é classificada como uma “reformista pragmática”. De acordo com o The Guardian, em meio a esse fenômeno de aquecimento do mercado doméstico e elevação da renda per capita, houve ainda a importância do ex-presidente Lula, “a melhor reencarnação já vista de Franklin Roosevelt”, o líder norte-americano que superou o crash de 1929 graças à elevação de investimentos públicos e consequente fomento à atividade econômica.

Em meio aos preparativos para eventos de relevância global como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ainda restaria para a presidente Dilma Rousseff “a transferência de sua popularidade e competência administrativa para o congresso”, de tal forma que o legislativo acompanhe o andar de seu governo. O principal desafio da atual presidente, segundo o The Guardian, ainda é “destravar a produtividade e estabelecer uma economia mais avançada”.

No campo das relações internacionais, “Brasília não apenas dobrou o número de seus diplomatas na última década como também redobrou sua ênfase na diplomacia como a única forma de "multipolaridade benigna”. Fenômeno esse que reflete “o luxo de uma região pacífica” e uma “longa tradição e experiência sobre as naturezas da soberania e da democratização”.


 
Brazil: a Bric to build withBrazil now has a larger total GDP than the UK and has something other nations look for in vain: sustained leadership


guardian.co.uk
Sunday 10 June 2012

Brazil, which hosts the Earth summit this month and a World Cup and an Olympics in the next four years, has been enjoying something for which you would look for in vain across much of the world: sustained leadership. First came Cardoso, the sociologist-statesman who brought the economy under control. Next was Lula, the best reincarnation yet of Franklin Roosevelt. Emerging from his shadow as a pragmatic reformer with edge is the current president, Dilma Rousseff.

Brazil rose with China, feeding it soybeans and iron ore, and now has a larger total GDP than the UK. Lula likened himself to a street peddler, hawking commodities everywhere; Ms Rousseff's challenge is to unlock productivity and establish a more advanced economy. Since Brazilians are already much richer than the Chinese or Indians, it would be hard to approach their growth rates, but there is a possibility of massive investment in infrastructure and, most important, education. Ms Rousseff will need to transfer her popularity and managerial skill into a command of congress to set the pace.

Though leading the world in inequality, Brazil also leads in effectively addressing it. Its justly famous social programmes, an advert for activist government, have helped lift 20 million people out of poverty and create an internal market. Long receiving economic lectures of mixed quality, Brasilia has no wish to start giving them, but watches with apprehension European attempts to reduce debt in the absence of growth. All this has given Brazil the credibility to assume its long-coveted role as a global power.

Particularly under Ms Rousseff and her foreign minister, Antonio Patriota, it has assumed a distinctive mixture of restraint and independence in the exercise of that power. Brasilia has not only doubled its diplomats in the last decade, it has redoubled its emphasis on diplomacy as the only way to "benign multipolarity". Partly this is the luxury of a peaceful neighbourhood (which it must still persuade of the advantages and magnanimity of its leadership). But it also reflects long diplomatic tradition and experience of the nature of sovereignty and democratisation. As it accrues power and responsibility, it will no longer be able to be everyone's friend and will feel the tension between sovereignty and human rights more keenly, but it aspires to be a bridge between powers and will sometimes be a corrective to western selectivity and hypocrisy.

Not only should Brazil have a permanent seat on the security council, it is the best argument for security council reform and other attempts to make the international system more representative. It's time for the west, and the rest, to embrace Brazil's rise more actively and begin a more profound engagement.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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