A visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, foi extremamente criticada por organizações de direitos humanos, feministas e pró-Israel, não sem razão. Embora o Irã seja um país importante, comercial e estrategicame, o seu líder presidencial apresenta um discurso agressivo que não se adequa à política internacional brasileira.
No entanto, o também radical chanceler israelense, Avigdor Liberman, que apresenta uma retórica dura contra a minoria árabe israelense, rejeita qualquer concessão ao povo palestino, não reconhece os acordos firmados entre Israel e a Autoridade Palestina e tampouco aceita um Estado Palestino soberano e autônomo, promete visitar o país em julho.
Organizações pró-palestinas e árabes, além de organizações de direitos humanos, devem manifestar-se contrariamente à visita de tal extremista.
Seria sorte do Brasil que esse líder da extrema-direita israelense desistisse de por os pés em solo brasileiro, para evitar constrangimentos às nossas autoridades, em especial o presidente Lula e o Chanceler Celso Amorim.
A recepção do presidente de Israel, Shimon Peres, prometida para o segundo semestre, no entanto, seria diferente e não causaria grandes transtornos, ao contrário. Serviria para fortalecer a posição do Brasil de interlocutor de palestinos e israelenses.
Vamos aguardar.