terça-feira, 30 de março de 2021

31 DE MARÇO DE 1964, MARCO DE MORTES DE CIVIS, MILITARES LEGALISTAS, DA DEMOCRACIA E DA CONSTITUIÇÃO. NÃO HÁ O QUE SE COMEMORAR, MAS SIM A SE LAMENTAR.

Presidente João Goulart discursando à Nação!


Esse atual governo gosta de comemorar a morte, e é o que significa o 31 de março de 1964.

Com o golpe de 31 de março de 1964 houve torturas e assassinatos de civis e militares em nome do Estado brasileiro, a ruptura institucional, a morte da democracia e a retirada de um civil do poder, João Goulart.

Nem todos os militares estiveram a favor do golpe. Os que se opuseram foram aposentados, cassados ou mortos.

Não há o que se comemorar. Há, sim, do que se envergonhar. Um Brasil que não respeita a vontade popular, a Constituição e as leis é um país de poucos, dos que detêm as armas, algo que o atual presidente deseja reinstalar no país.

Com o golpe de 1964 houve uma ruptura do nacionalismo industrializador e o Brasil passou a seguir cegamente a cartilha imperialista dos Estados Unidos. Apenas Geisel, presidente na época da ditadura, viria a mudar isso com políticas econômicas nacionalistas.

João Goulart era um trabalhista da Era Vargas, preocupado com a industrialização e crescimento do país, ao mesmo tempo em que visava diminuir as agruras dos trabalhadores nas cidades e nos campos. O seu projeto era de engrandecimento do Brasil, o que preocupava os Estados Unidos, chamando o nosso país de então de China das Américas.

Para quem não sabe, foi graças ao trabalhismo que o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo de 1930 a 1964. Trabalhismo nacionalista de Vargas, João Goulart, Brizola e Darcy Ribeiro.

Com o golpe, os militares golpistas tiveram a proeza de enterrar o trabalhismo e o Brasil nunca mais despontou como uma potência nas artes e na economia. À época do trabalhismo o Brasil tinha o cinema novo, a bolsa nova e o mundo se encantava com o que o Brasil revelava. O Brasil tinha uma das melhores redes de televisão do mundo, a Excelsior, e uma das melhores companhias aéreas do planeta, a PanAir. O Brasil até 1964 dava certo e Jango seguia com um governo desenvolvimentista, mesmo com as seguidas tentativas golpistas da UDN e a marcação cerrada da extrema esquerda.

Jango, como era chamado, jamais foi comunista. Ele era um latifundiário com preocupação social em um país que sempre teimou em jogar debaixo do tapete qualquer solução efetiva para as questões sociais, a desigualdade e a miséria.

O trabalhismo como era já não existe mais, mas há um herdeiro daqueles ideais, o PDT, Partido Democrático Trabalhista de Ciro Gomes, com projeto desenvolvimentista ao estilo Vargas atualizado ao nosso tempo.

Se não tivesse havido a ruptura em 1964, o Brasil poderia ser, facilmente, uma das 5 ou 4 maiores potências do globo, com educação de qualidade e possivelmente sem injustiça social.

O Brasil seria gigante e não teria se ajoelhado como o fez em 1964 e teima em fazer desde 2019.

31 de março de 2021 é, simbolicamente, o renascimento do trabalhismo e o fim do que Bolsonaro, oportunismo e entreguismo representam.

O povo está a despertar e a se conscientizar da necessidade de fazer o Brasil maior e mais justo!

O golpe não convence a ninguém. É apenas um triste e inoportuno golpe de marketing do enfraquecido Bolsonaro.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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