NÃO BASTA O PROGRESSO INDIVIDUAL. O COLETIVO FAZ PARTE DA LUTA DE CADA UM.
UM ESPÍRITO QUE PROGRIDE SÓ TEM OS SEUS MÉRITOS, MAS QUANDO TODOS PODEM PROGREDIR, A ENERGIA DO PLANETA SE MODIFICA E O IMPULSO À ELEVAÇÃO AUMENTA.
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Vivemos, sem dúvida, em um mundo de experiências, onde tudo é permitido, desde o ato mais sublime até o ato mais reprovável. Aqui o ser humano se expõe e vê que o amor e a falta dele, muitas vezes, não têm limite.
E essa liberdade sem fim, ligada a um poder material, faz com que muitos busquem o poder, tentando se igualar a Deus, podendo interferir na própria vida e, muitas vezes, principalmente, na alheia.
Nesse plano deveríamos aprender a enxergar a nós mesmos e aos outros. Mas é o que menos fazemos, muitas vezes por nossa culpa, muitas vezes por falta de condições para que possamos nos desprender da luta pela sobrevivência, que tanto nos prende à matéria.
Aqui também nos apegamos àquilo que aparentamos, àquilo que nos acresce um suposto poder, um suposto status e uma suposta imagem. Não vivenciamos a existência pura do ser, mas aquilo que imaginamos que nos dê respeito e que nos permita sobreviver.
A cada dia temos mais dificuldade de sabermos quem somos e aceitamos rótulos. Rótulos que definam opções, supostas doenças e nos afundamos em remédios que, com sua química, alteram o nosso corpo, o nosso cheiro, o nosso eu hoje e até o nosso DNA, repercutindo nas gerações futuras e trazendo consequências para a nossa energia, queiram dar o nome que for.
Mas o ser humano não é só culpa. O sistema em que vivemos, materialista, que favorece os interesses de grandes grupos, faz com que o ser humano não viva para si, mas por uma causa alheia à sua essência.
Um governo que, com Justiça, propicie as condições mínimas de conforto e segurança e de liberdade espiritual e de fé, com preocupação social, dará ao ser humano a condição de progresso, isso principalmente na civilização ocidental. Na oriental a espiritualidade ocorre mais naturalmente. Mas, a Justiça social, certamente, resultará como grande facilitadora de avanços espirituais, seja no leste ou oeste.
Muitos dizem que o progresso do Eu independe das condições materiais. Talvez, dependendo da força Espiritual de cada um. No geral, no entanto, as condições de sobrevivência facilitadas, garantidas, propiciarão ao ser humano, como um todo, uma nova opção de caminho, com uma nova sensibilidade e um novo olhar, já desprendidos da necessidade de sobrevivência.
A luta não há que ser apenas individual, espiritual, mas de mudança de rumo do coletivo, para que possa haver ajuda para que todos ingressem nessa empreitada.
Um Espírito Justo jamais se omitirá quando se deparar com uma injustiça. E não faltam injustiças nesse sistema perverso em que vivemos, onde somos obrigados a lutar por uma suposta sobrevivência. As doenças advindas do dia a dia, a droga, a fome, o desemprego, o abandono, a submissão... Isso dificulta os avanços.
Os avanços serão exponenciais quando a sociedade propiciar condições de dignidade, para que não nos preocupemos com as banalidades da sobrevivência material. A partir daí, a evolução e o avanço espiritual, dependerão única e exclusivamente da capacidade, da vontade e da perseverança de cada Espírito.
Com condições facilitadas, o ser humano poderá ter um olhar diferente e a evolução será maior e mais rápida.
Obviamente, nem tudo são flores. Ainda que o ser humano não dependa mais da luta diária pela sobrevivência, há os que continuarão a se apegar ao poder e a valores tão próximos da matéria. Para isso é necessário vigilância, inclusive no poder político.
A luta de cada espírito pelo progresso jamais poderá prescindir da mudança da sociedade, para que ela, como berço da humanidade, propicie condições para que todos os irmãos possam progredir, aí revelando a capacidade Espiritual individual.
Por isso são importantes a educação, a cultura, a consciência e a participação social em eventos de solidariedade.
A humanidade, se auxiliada pela mudança, poderá progredir sem fim. Basta um olhar individual - e coletivo - diferente, para aquilo que importa.
