Parece que vivemos na
época da inversão, principalmente a de valores.
O ser humano esqueceu
de que necessita de outros seres humanos para viver em sociedade e apega-se
cada vez mais ao consumo do absolutamente desnecessário.
Para evitar decréscimo
na qualidade de vida de seu povo, muitos países fomentam guerras que matam
milhares ou milhões de seres.
As religiões não se
preocupam com o destino da humanidade da mesma forma e intensidade que fazem com
os dízimos que arrecadam.
Os governantes
esquecem-se dos problemas da sociedade e preocupam-se tão somente com os
interesses de grandes grupos empresariais que os financiam ou apoiam.
Aumentando a população
mundial, o Brasil deixa de plantar alimentos em extensa área para fomentar o
lucro de usineiros que exploram o álcool utilizado como combustível.
O País com o maior volume
de água potável do mundo depara-se com a seca crescente em volume e em efeitos
perversos à população, tanto no nordeste quanto em outras regiões do país, sem
proposta eficaz de solução.
O time de futebol que
foi referência na luta pela retorno do País à democracia, hoje tem um estádio
com o nome “Arena” (Arena Corinthians), mesmo nome do partido dos golpistas que
instituíram uma longa ditadura de 21 anos no país. Ademais, uma das definições
trazidas pelo dicionário Aulete Digital: “área
central e arenosa de antigos anfiteatros (esp. os romanos), onde se travavam
combates entre feras e gladiadores, sacrificavam-se prisioneiros”, lembra o
horror assemelhado àquele trazido pela ditadura implantada há exatos 50 anos. O
melhor seria dar outro nome ao estádio, como Praça Corinthians ou MDB - Melhor
do Brasil Corinthians - em uma alusão ao
partido de oposição à ditadura, por exemplo, mas não o nome horrendo de Arena
Corinthians.
A música escolhida para
a Copa também não traz nenhuma brasilidade. Podíamos adaptar os clássicos de
Vila Lobos ou tantos ritmos regionais que possuímos, de forma a arrepiar e
conquistar corações, mentes e almas dos nossos irmãos espalhados pelo planeta,
o que atrairia não singelos olhares instantâneos ao País, mas preferimos carimbar
em nós mesmos o rótulo de colônia e quintal cultural. E assim permanecemos.
Essas inversões estão
fazendo mal à humanidade e a nós brasileiros. Deveríamos valorizar mais a
cultura e a educação.
Talvez precisemos de um
novo Iluminismo, onde a razão estaria mais próxima da alma, ao contrário do que
ocorre hoje.
Precisa-se dar valor
àquilo que realmente tem essência. Iluminemo-nos!