Recentemente ri muito de uma situação. É, não digo que comecei a rir de mim há muito tempo, não. Acho que devo estar mais maduro e por isso levo a vida de forma mais leve, como se tudo fosse passageiro, como de fato é. Mas o que importa não é a maturidade nessa crônica, mas a situação "hilária" que vivi.
Sou hipertenso e por recomendação médica fui fazer aquele exame chato chamado MAPA. Se você nunca fez, nem queira saber como é. Se você já realizou, sabe como é insuportável carregar um peso no braço, na verdade uma espécie de tarja que aperta o braço, mangueira por quase todo o corpo e um aparelho enorme preso ao cinto que mais parece um artefato pronto para explodir. Sim, explodir. Imagine eu, com essa cara de árabe, usando o MAPA, com uma pequena mangueira preta que saia do penúltimo botão da camisa e ligava-se a um objeto estranho, muito maior que aqueles celulares tijolões. Sim, muitas pessoas imaginariam que aquilo era uma bomba e eu o próprio homem bomba... Acho que até eu pensaria isso. Não que fosse preconceito de raça ou cor, mas é que aquilo realmente era e é muito estranho. Só os hipertensos para usarem aquilo. Mas aquele objeto, na verdade, de tão horrível e chato de usar que é, deve elevar e muito a pressão arterial... É, hipertensos usam algo para monitorar a pressão que no fundo a eleva, pode? Só rindo, mesmo.
Mas voltemos à história. Eu e a minha mania de dar voltas!
Estava eu em um lugar público carregando aquela parafernália quando uma japonesa de um metro e quarenta resolve me encarar. Quando eu virava os olhos para olhá-la, ela simplesmente disfarçava para logo depois fitar no meu aparelho. Era só virar para que ela novamente começasse a olhar para o chão, para o teto, para o outro lado. Estava na cara que ela estava de olho naquilo que lhe soava estranho... "O que seria aquilo?", deveria pensar. Mas o mais engraçado foi quando o aparelho, depois de 10 minutos de acionado, voltou a funcionar e inchou. A japonesinha viu o meu braço inchar, ouviu um barulho estranho e não é que saiu correndo? Correndo. Imagino a história que deve ter contado para os amigos e familiares... Melhor nem imaginar muito. A minha sorte é que estava no Brasil e não nos Estados Unidos ou na Inglaterra. Se fosse por lá, esse hipertenso já teria virado uma peneira humana...