terça-feira, 2 de agosto de 2011

CRISE ECONÔMICA E ARMAS APONTAM PARA UMA POSSÍVEL GUERRA MUNDIAL

Tenho que começar esse texto com uma afirmativa que poderá gerar medo em alguns, mas que é fato: os blocos de países que vivenciam mais de perto a crise econômica são aqueles que detêm o maior poderio bélico da atualidade.
E crise econômica misturada a poderio armamentista deve gerar receio em qualquer pessoa de bom senso, sim. São duas bombas misturadas e cujo resultado já podemos imaginar: o risco de uma nova guerra mundial.

Basta ver a história de quase 80 anos atrás, com a Alemanha, a Itália e o Japão, em crise, sedentos pelo crescimento econômico. Esses países culpavam os estrangeiros, e alguns deles os judeus e ciganos, pela crise financeira. Deu no que deu. Uma guerra sangrenta com dezenas de milhões de mortos, a maioria de soviéticos, e o holocausto.
Hoje temos os Estados Unidos com um déficit enorme, uma dívida estrondosa e uma incapacidade de criar empregos em seu próprio território. O retorno das fábricas do exterior, em especial da China, de certo criaria milhões de empregos, mas não garantiria a exportação dos produtos que sairiam muito mais caro, principalmente, segundo dizem os economistas, pelo alto custo da produção nos EUA.
As guerras, garantidoras do acesso à energia para a produção, não podem mais ser tão fomentadas individualmente como no Iraque. Faltam recursos.
Um novo tipo de guerra está à vista, aquela que se utiliza de uma força militar comum onde são repartidos os custos entre os países, justamente aqueles que vivenciam essa grave crise econômica. É o caso da OTAN, essa força bélica que já teve experiências nos Bálcãs, no Afeganistão e hoje está voltada à Líbia. A OTAN reúne um potencial bélico de causar medo nos demais países.
Rùssia e China assistem assustados, mas não barraram as ações da OTAN, a não ser na Síria, onde rejeitaram qualquer proposta de intervenção naquele país árabe.
Índia, China e Rússia deveriam precaver-se, e segundo consta já estão, inclusive com treinos comuns de suas forças militares.
Integrantes do grupo denominado BRICS, são países com prosperidade econômica, poderio bélico considerável e detentores de ogivas nucleares. Ao lado dos países detentores de riquezas naturais e minerais imprescindíveis para a atualidade, como florestas, água, gás e petróleo, são alvos de potenciais ataques de países economicamente decadentes.
O Brasil integra os BRICSs, assim como a África do Sul, mas não são países militarmente fortes. De todos os BRICS, o Brasil é o país que reúne as condições mais precisas para sofrer um primeiro ataque estrangeiro, pois possui largas fontes de água potável, tem muito petróleo e a maior reserva de floresta do planeta (a Amazônia brasileira).  E é um país que cresce rápido, também graças ao investimento de grupos de investidores estrangeiros, que lucram investindo no mercado brasileiro.
Os militares brasileiros já sabem disso há anos, talvez décadas, e montaram aquilo que se chama de força de resistência. Não possuimos capacidade forte de dissuasão, de gerar medo em quem ataca, que ocorre com o país que ostenta a detenção de ogivas nucleares, mas o fato é que teriamos condições de retardar uma invasão territorial. Acontecendo esta, o Brasil sairia em vantagem, pois há milhares de militares treinados para o combate ao estilo guerrilha por todo o país, algo que pode ser considerada uma especialidade brasileira, exportada para o mundo, em especial para as forças armadas colombianas no combate ao narcotráfico.
Saindo do nosso território e avançando no aspecto global, já é possível antever aonde se situariam os países. Dificilmente um país europeu deixaria de apoiar países mais radicais, até pela proximidade territorial e medo de retaliação e invasão.
Hoje o cenário político europeu é dominado por partidos de centro-direita e de direita que têm um discurso quase que uníssono ao culpar os estrangeiros pela crise econômica, com especial ódio aos latino-americanos, ciganos, árabes e muçulmanos.
O que ocorreu há dias na Noruega pode voltar a repetir-se em qualquer outro canto da Europa. Vide os comentários estapafúrdios de um representante da Liga do Norte, um partido de direita italiano, apoiando as ideias (não as ações) do norueguês frio e calculista que matou compatriotas.
A extrema direita, o neofascismo e o neonazismo estão ativos, proliferam-se em manifestações na internet e nas urna, e são um perigo em potencial à humanidade.
Os Estados Unidos, que tiveram um papel fundamental, ao lado da União Soviética, para barrar as forças nazistas, hoje estão mais conservadores. Vide o Tea Party e as intervenções de inteligência e bélicas havidas nos mais diversos países nos últimos anos. E, em grave crise econômica, tornaram-se alvo fácil dos direitistas radicais, do fundamentalismo cristão ou não.
Para evitar uma disseminação de ideias contra latinos, islâmicos, árabes e ciganos é preciso que a ONU, através da maioria de países que ainda adotam atitudes moderadas, se posicione.
A França já proibiu as vestes islâmicas em escolas e locais públicos. A Alemanha e outros países vetam o ingresso da Turquia na chamada Zona do Euro. Os discurso antiislâmico avança também na Finlândia, Noruega, Bélgica, Áustria, Itália, Espanha...
Os gregos, os portugueses e os irlandeses que não se esqueçam de que os alvos sequenciais aos árabes, islâmicos, latino-americanos e ciganos, são eles mesmos, europeus, mas pobres.
Vivenciamos uma fase que demonstra que o mundo está cada vez mais perigoso e injusto.
O Brasil que se previna rapidamente!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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