O Brasil anda muito estranho.
Ao mesmo tempo em que o Congresso Nacional pretende votar o projeto do governo de "reforma administrativa", para retirar direitos e estabilidade de servidores públicos, por outro lado, o maior exemplo de servidor público, o senhor Presidente da República, deixa de exercer os deveres de servidor, para servir-se do cargo em benefício próprio, viajando, passeando, fazendo campanha antecipada para a sua reeleição e agredindo opositores e jornalistas ou qualquer um, popular ou não, que o critique.
Em um momento tão crítico, com tantas mortes, tantas empresas fechando, tantos desempregados, com o aumento da fome e de preços de itens básicos, ao invés do Sr. Presidente arregaçar as mangas para ganhar mercado externo, visitar hospitais, amparar os órfãos, apoiar os empresários em dificuldades, sanar a fome, atuar para diminuir a inflação e a carestia e fazer uma campanha massiva contra a covid-19 para que o país em breve pudesse retomar a vida normal, prefere passear de moto, a cavalo, de helicóptero, visitar militares, viajar, ir à praia e xingar políticos, jornalistas e qualquer popular que exija postura digna.
O presidente não está a trabalhar a favor do país, mas de grupos, como dos militares que ocupam cargos no governo, de Igrejas que dão apoio em troca de perdão de dívidas e de madeireiros e mineradores ilegais.
E, mesmo assim, mesmo destroçando o que resta de Brasil, há sujeitos que apoiam esse presidente aos gritos de mito.
Ele não está a exercer da forma necessária as atribuições de seu cargo, não age com a polidez que é esperada e não trabalha em prol do Brasil e brasileiros, mas de um grupinho que berra e que lhe promete apoio.
As Forças Armadas, em especial o Exército Brasileiro, são a maior decepção institucional, pois permitiu que a politicagem rasgasse a hierarquia necessária.
O Ministério Público Federal parece engessado e não adota as ações pertinentes de responsabilização do Chefe d Executivo Federal.
É o Brasil que temos em um momento tão sensível como o atual, e há brasileiros que, cegamente, veneram o que chamam de líder, mas que não é capaz de liderar o país, preferindo liderar apenas uma massa que lhe é fiel em passeios e comícios.
Perdemos vidas. dia a dia; perdemos mercado, dia a dia; perdemos empregos, dia a dia; perdemos empresas, dia a dia; perdemos dignidade, dia a dia.
Não é batendo boca que convenceremos os radicais, mas trazendo-os ao plano da realidade. Eles vivem a radicalização e esperam radicalização do outro lado, mas apenas o bom senso cristalino será capaz de quebrar o canal cego da radicalização e levar luz e permitir que seja possível enxergar a realidade do país e do povo.
Embora os fatos nos deixem indignados, não podemos exigir bom senso aos gritos. Devemos ter paciência redobrada, triplicada, nesse momento. Trabalhemos para termos paciência para que, assim, possamos mostrar a realidade com as necessárias transparência e luz que se sobreporão a qualquer obscurantismo! A luz, que clareia e ilumina, mostrando a verdade, sempre vence!