quarta-feira, 2 de junho de 2021

BRASIL EM RISCO DE FRAGMENTAR-SE


Há palavras que são pouco usadas, mas são precisas. Fragmentar-se, uma delas, significa reduzir-se a fragmentos e fracionar-se e é esse o mais sério risco que o Brasil corre.

Não me utilizo aqui de uma profecia que teria sido feita por Chico Xavier, segundo o documentário Data Limite, em que o Brasil se fracionaria para acolher povos do hemisfério norte após uma catástrofe, embora as palavras do Mestre devessem servir de alerta àqueles que veem no Brasil uma chance, ainda que distante, de evolução moral e espiritual da humanidade. Utilizo-me, aqui, de fatos concretos que estão a levar o Brasil a um risco de guerra civil com consequente fragmentação territorial.

O Brasil permaneceu unido graças às ações dos nossos imperadores, que evitaram, duzentos anos atrás, a divisão do Brasil. Porém, de lá para cá pouco se investiu em educação, elemento agregador e solidificador do sentimento de nacionalidade. O Brasil também investiu pouco em cultura e na eliminação das graves disparidades sociais, abrindo espaço a uma identificação das classes dominantes com a cultura e o "modus vivendi" de países mais ricos. A ausência do Estado nas periferias, por outro lado, permitiu o fortalecimento do crime organizado, incluindo-se aí as perigosíssimas milícias, que mantêm um elo, obviamente ilegal, com o Estado. Somando-se todos esses elementos, pode-se concluir que o "levar vantagem" nunca foi apenas um argumento de publicidade, mas uma característica de parcela significativa de nosso povo, onde, a falta de empatia e de elemento identificador, fizeram com que o brasileiro pensasse primeiro no que lhe é vantajoso, deixando para depois ou pouco se importando, de fato, com os destinos do país. Talvez isso explique muito de nossa conduta, principalmente no que se refere a alguns resultados eleitorais.

Embora todos os elementos acima, por si só, devessem servir de alerta para correção de rumo, o fato é que, hoje, o Brasil está vivenciando aspectos ainda mais desagregadores, devido aos discursos de ódio, divisão política e pequenas e incessantes fissuras provocadas em nossas instituições mais importantes. Nem se fale nas religiões, também utilizadas nesse processo de criar-se inimigos imaginários.

As Forças Armadas estão sofrendo politização em suas bases, e da pior espécie, com fins corporativos, fato inédito na história do Brasil. E as Policias, em especial as militares, estão sendo cooptadas pelas milícias e também politizadas pelo governo federal, fazendo figurar a esquerda como inimiga, sem qualquer identificação do elemento nacional como agregador, mas com elementos políticos desagregadores.

O extremismo desse governo federal parece não ter limites. No momento em que atua para corromper as Forças Armadas e as polícias armadas, põe em questão a própria unidade nacional, não só pela possibilidade cada vez mais próxima de uma guerra civil, que fomenta, mas principalmente pelas questões afeitas a cada Estado em relação ao controle e ação de suas polícias e às guerras generalizadas, locais e nacional que isso pode gerar. Sem união e identidade, o elemento desagregador dessa animosidade se fortalece nos Estados.

O Alto Comando do Exército não deve se preocupar apenas com o perigo da politização das Forças, mas principalmente com as consequências cada vez mais próximas disso e do momento atual vivenciado pelo Brasil como um todo, que estão nos aproximando do sério risco de uma fragmentação territorial. Espera-se que as grandes potências não tenham percebido esse sério risco, a fim de aproveitar-se e incentivar ainda mais o fim do Brasil que conhecemos.

Os que amam esse país e suas potencialidades têm duas alternativas: ou assistem a tudo passivamente, entregando suas almas, ou agem para evitar o caos que está arrastando tudo o que vê pela frente e levando o Brasil ao pior momento de sua história, incluindo aí o que há de mais grave: a fragmentação territorial.

Os crimes que esse governo pratica em relação ao País e ao seu povo parecem não ter fim. É o pior pesadelo vivido pelo seu povo, mas é também o maior e mais perigoso risco já sofrido pelo Brasil desde o que se chama de descobrimento.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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