Escritor angolano diz à Rádio ONU que o maior país de língua portuguesa não promove o idioma como deveria; ele participou, nesta terça-feira, de um seminário no Parlamento em Lisboa sobre internacionalização da língua.
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O escritor angolano, José Eduardo Agualusa, afirmou que o Brasil precisa fazer mais para divulgar a língua portuguesa no mundo.
A declaração foi dada à Rádio ONU nesta terça-feira, antes da participação dele num seminário sobre o idioma na Assembleia da República em Lisboa.
Promoção do Idioma
De acordo com o escritor angolano, o Brasil deveria seguir o exemplo de Portugal na difusão da língua. No ano passado, o Parlamento do país aprovou uma política de promoção do idioma no mundo.
A iniciativa foi depois endossada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. Mas de acordo com Agualusa, o Brasil ainda não se deu conta da relação entre língua e poder político na hora de divulgar o seu próprio idioma.
Traduções
"O Brasil não está a fazer o que Portugal está a fazer, por exemplo. Portugal tem o Instituto Camões cujo objetivo é exatamente o de promover a língua portuguesa no mundo e o Brasil não tem nada equivalente. O Brasil, por exemplo, não dá apoio às traduções de seus autores no estrangeiro. Portugal tem uma política eficiente de apoiar tradução, apoiando inclusive autores africanos também e o Brasil não tem esta política. De vez em quando, a Biblioteca Nacional apoia uma ou outra tradução, mas não há uma política definida. O Brasil tem que fazer isso. O Brasil tem que entender que a cultura traz muito dinheiro ao país. A Música Popular Brasileira hoje está trazendo muito dinheiro ao país através do turismo, por exemplo. A literatura brasileira também. Então o Brasil tem que compreender isso. Tem que compreender que sua afirmação no mundo passa também pela afirmação da língua portuguesa e tem que criar estruturas de promoção da língua e tem que começar a apoiar seus escritores, seus cantores e seus músicos", afirmou.
Comunidade Diplomática
O seminário sobre Internacionalização da Língua Portuguesa reuniu além do autor angolano, representantes da comunidade diplomática, especialistas e os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, e da Cultura, José António Pinto Ribeiro.
O papel do português nas Nações Unidas também foi tema de uma das apresentações realizada pela encarregada da editoria de Português no Centro de Informação da ONU em Bruxelas, Mafalda Tello.
A declaração foi dada à Rádio ONU nesta terça-feira, antes da participação dele num seminário sobre o idioma na Assembleia da República em Lisboa.
Promoção do Idioma
De acordo com o escritor angolano, o Brasil deveria seguir o exemplo de Portugal na difusão da língua. No ano passado, o Parlamento do país aprovou uma política de promoção do idioma no mundo.
A iniciativa foi depois endossada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. Mas de acordo com Agualusa, o Brasil ainda não se deu conta da relação entre língua e poder político na hora de divulgar o seu próprio idioma.
Traduções
"O Brasil não está a fazer o que Portugal está a fazer, por exemplo. Portugal tem o Instituto Camões cujo objetivo é exatamente o de promover a língua portuguesa no mundo e o Brasil não tem nada equivalente. O Brasil, por exemplo, não dá apoio às traduções de seus autores no estrangeiro. Portugal tem uma política eficiente de apoiar tradução, apoiando inclusive autores africanos também e o Brasil não tem esta política. De vez em quando, a Biblioteca Nacional apoia uma ou outra tradução, mas não há uma política definida. O Brasil tem que fazer isso. O Brasil tem que entender que a cultura traz muito dinheiro ao país. A Música Popular Brasileira hoje está trazendo muito dinheiro ao país através do turismo, por exemplo. A literatura brasileira também. Então o Brasil tem que compreender isso. Tem que compreender que sua afirmação no mundo passa também pela afirmação da língua portuguesa e tem que criar estruturas de promoção da língua e tem que começar a apoiar seus escritores, seus cantores e seus músicos", afirmou.
Comunidade Diplomática
O seminário sobre Internacionalização da Língua Portuguesa reuniu além do autor angolano, representantes da comunidade diplomática, especialistas e os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, e da Cultura, José António Pinto Ribeiro.
O papel do português nas Nações Unidas também foi tema de uma das apresentações realizada pela encarregada da editoria de Português no Centro de Informação da ONU em Bruxelas, Mafalda Tello.
*Foto: Jorge Simão. Site Agualusa.Info