Salvador Allende era um médico social-democrata, idealista, maçom e político. Foi eleito presidente do Chile em 1970 e resistiu a pressões políticas até 1973, quando o Palácio La Moneda foi bombardeado pela aviação aérea chilena, matando o presidente eleito, sob as ordens do general Augusto Pinochet, que passou a governar o país com mão de ferro por 17 anos, até 1990, deixando mais de 40 mil pessoas executadas, torturadas ou desaparecidas.
A CIA estadunidense e o serviço secreto australiano participaram ativamente dos preparativos do golpe.
Pinochet entregou o Chile à experiência neoliberal, importando os "Chicago Boys", privatizando a educação e a saúde, bem como a aposentadoria, com uma pujança apenas nos primeiros anos, e cuja catástrofe hoje começa a ser liberada, com idosos sem aposentadoria praticando suicídio, desemprego nas alturas e uma economia em frangalhos. A industrialização não foi o forte do Chile.
O Chile sobrevive, hoje, graças à garra do seu povo e 50 anos depois não quer esquecer o ataque ao prédio do representante legitimamente eleito pelo povo.
Não há o que comemorar, mas o que não se deve esquecer, para que nunca mais se repita!