quinta-feira, 31 de outubro de 2013

MUDANÇA NO BLOG

Vem mudança nesse blog. A periodicidade não será a mesma. Passará a ser semanal, por absoluta falta de tempo para escrever, o que mais gosto de fazer.
Em breve espero me reorganizar e voltar a escrever e prosear com os leitores.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CAMINHO, ESCOLHAS E ATITUDES

O caminho que segui nas minhas férias tem sido totalmente diverso daquele que traço no meu dia a dia.
Lá eu era espiritualizado. Aqui, fico sujeito a uma rotina burocrática sem fim, vendo o melhor e o pior da administração pública.
Lá eu sonhava. Aqui, vivencio alguns pesadelos, ainda que tente convertê-los em momentos agradáveis, coloridos e leves.
Temos muitos caminhos. Muitas escolhas e muitas atitudes.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

SENTIMENTOS QUE NOS OBRIGAM A ENTENDER OS ESPÍRITOS DOS OUTROS E TAMBÉM O NOSSO

Na vida tive momentos muito felizes e muito tristes.
Já me senti rodeado de muitos amigos e também muito sozinho.
Já vi pessoas leais e extremamente falsas.
E isso não acontece apenas em um só momento de nossas vidas, mas com uma intensidade muito superior àquela que gostaríamos.
Daí advém a necessidade de superarmos nossas fraquezas e entendermos não só os espíritos daqueles que nos rodeiam, mas principalmente o nosso, para que nos tornemos menos suscetíveis ao medo, à tristeza, à decepção e à raiva.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

SENTIR O QUE OUTRO HUMANO SENTE, NECESSIDADE VITAL

No País havia uma cidade.
Nessa cidade havia uma rua.
Nessa rua havia uma casa.
Nessa casa havia uma pessoa.
Essa pessoa não tinha amigos nessa rua.
Essa rua não cruzava nenhuma outra rua ou avenida.
A cidade não tinha outra rua que não aquela.
E o país não tinha Estados, mas apenas aquela pequena cidade, rodeada de nada.
Que país era esse?
Que cidade era essa?
Que rua era essa?
Podemos fazer mil perguntas, mas a mais difícil de responder é: que pessoa era essa que morava só em um lugar repleto de solidão? É a mais difícil de responder, pois é de difícil compreensão. As outras podem ser objeto de dedução, mas a que envolve a alma humana exige uma forte tendência de sentir aquilo que outro ser humano vivenciou ou vivencia.

domingo, 27 de outubro de 2013

PSDB, PT E PMDB NA DISPUTA EM SÃO PAULO

O Brasil está parado. São Paulo também está parado.
Opções? Diversas.
No início do ano que vem saberemos quem serão os candidatos a governador do Estado de São Paulo.
É possível que o Alckmin se candidate à reeleição pelo PSDB. Mas Serra não está descartado. E venhamos e convenhamos, Serra dá um ar de progresso, de Estado dinâmico, coisa que o Alckmin não consegue fazer.
Por outro lado, o PT reúne nomes de peso, como o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, e o prefeito de São Paulo, Haddad. Contudo, como o Lula tem conseguido tudo o que deseja, é possível que o Ministro da Saúde José Padilha seja o candidato oficial. Será que o PT tem chances em São Paulo? No Estado mais conservador, dificilmente o PT elegerá alguém, ainda que o Lula diga o contrário.
Uma saída que alguns petistas têm enxergado é uma aliança séria com o PMDB paulista, como o PT fez no Rio e em outros entes federativos.
O nome do vice-presidente da República, Michel Temer, é considerado como imbatível para o Estado. Ele é Procurador do Estado de São Paulo aposentado, professor de Direito Constitucional, autor de diversas obras jurídicas e líder de um partido de centro, o que permitiria a captação de um bom número de votos no interior conservador de São Paulo. Temer já ocupou cargos importantes, como Secretário da Segurança Pública e da Justiça e hoje ocupa o segundo maior cargo do País, o de vice-presidente.
Outro nome de peso do PMDB paulista é o do presidente da FIESP, Skaf. Embora hábil, ele não teria tantas chances quanto o vice-presidente. Mas é um político respeitado e que reúne chances sérias de vencer uma eventual disputa ao Governo Paulista.
É pouco provável que o PT ceda a candidatura ao governo a um pemedebista, mas seria a chance que deseja de fazer o PSDB, seu maior rival, desocupar o Palácio dos Bandeirantes.
O PMDB paulista é uma incógnita, já que tem alianças de longa data com o governo do PSDB, o que não ocorre em alguns outros espaços políticos, onde esse partido de centro é fiel aliado do PT.
Contudo, com Temer na liderança, o PMDB paulista se aglutinaria em favor do que o vice-presidente decidir. Temer é político hábil, mais do que qualquer outro pemedebista.
O PSOL não tem grandes chances em São Paulo, ao contrário do que ocorre no Rio, onde Marcelo Freixo tem um grande eleitorado.
O PDT paulista, assim como o carioca, anda cambaleante e provavelmente se aliará aos candidatos de centro ou de centro esquerda.
Marina e o seu PSB provavelmente não indicarão candidato ao governo paulista. Alguns citam o nome de Valter Feldman, mas não se tem certeza, pois o PSB paulista também é aliado do governador Alckmin.
Quem estará na disputa será o PSDB, o PT e o PMDB. Caberá a cada partido decidir quem será o melhor candidato e quais serão as melhores alianças para desbancar os seus rivais.
Eu tenho um candidato que julgo ideal para São Paulo, mas não posso relatar o nome, seja dele ou do partido. Continuo a sonhar e é isso o que me move rumo a um voto de qualidade.

sábado, 26 de outubro de 2013

O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA V

Há muitos Caminhos que levam a Santiago de Compostela. Cria-se um a cada mês, ao que parece. 
O mais tradicional é o Caminho francês, que sai dos Pirineus franceses, já próximo da Espanha, e percorre o norte espanhol, devendo totalizar um pouco menos de 1.100 quilômetros. Há um Caminho que sai de Madrid e vários outros que saem de cidades espanholas e portuguesas. Você escolhe de acordo com a sua possibilidade e desejo.
Eu não fiz o Caminho francês inteiro. Percorri o mínimo permitido para quem o faz de bicicleta, que são 240 quilômetros. Sai de uma cidade pequena chamada Ponferrada, que abriga um castelo lindíssimo.
E se prepare, pois o caminho francês inteiro é repleto de subidas. Logo no primeiro dia de viagem eu peguei um trecho com mais de 20 quilômetros de subida ininterrupta. Haja fôlego. Mas fiz cada trajeto com calma, até porque teria que estar bem para continuar o Caminho no dia seguinte. Por isso, não exagere logo de cara.
Em Santiago eu fiquei 5 dias, porque eu não me programei e não encontrava mais passagens em direção a Madrid. Era época de férias e muitas pessoas estavam voltando de férias à capital justamente nesse período. Duas noites é o suficiente para Santiago. Se quiser, você poderá conhecer a costa Atlântica da Espanha, que realmente é bem bonita.
É isso, meus amigos. Bom caminho a cada um de vocês!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA IV

Se você quer conhecer gente, o Caminho é o local ideal. 
Dica. Opte por fazer no mês de agosto, principalmente até o dia 20, pois será época de férias. Lá você encontrará gente do mundo inteiro, mas muito mais pessoas da Itália, da França e, principalmente, da Espanha. Os espanhóis são cerca de 90% dos público. E dá muitos jovens. Na verdade dá de tudo, sejam casais, amigos, casais com filhos, famílias quase que inteiras (avô, avó, pai, mãe, filhos etc.) e muita gente sozinha, como foi o meu caso. Tem muitas pessoas que levam filhos bem pequenos, e todos vão felizes. Não vi uma criança reclamando.
Você vê muitas pessoas a pé. Muitas, mesmo, durante todo o percurso, e vários peregrinos de bicicleta, mas em número bem menor. Nessa viagem que fiz não encontrei ninguém fazendo o trajeto a cavalo.
Acho que o percurso é mais interessante a pé, pois você tem a oportunidade de interagir mais com as pessoas. De bicicleta é legal, mas você não consegue interagir tanto, além do que quase todos os ciclistas parecem participar de uma competição, o que incomoda principalmente os peregrinos a pé, quase sempre atropelados pelos sem educação movidos a duas rodas.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA III

A viagem para o Caminho de Santiago é uma das mais baratas que existe. O mais caro é a passagem. As estadias são muito baratas. Os peregrinos têm o direito de dormir em albergues (se escolherem, pois podem dormir em hotéis), e alguns deles cobram 6 euros por noite. Muito barato. Mas lembre-se que são quartos coletivos, com um entra e sai de gente que dificulta um bom sono (necessário para aguentar o trajeto). Os hotéis também não são muito caros, não. A partir de 30 euros você consegue um quarto single. 
A alimentação na Espanha não é cara. Se pesquisar, por cerca de 9 a 15 euros você conseguirá uma refeição completa (com entrada, prato principal, sobremesa, água, vinho ou café).
Coma muito peixe e frutos do mar, que são maravilhosos na Espanha, além de fazerem muito bem à saúde. Se preferir, vá nos "jamons" (presuntos), muito famosos por lá, e nos deliciosos "quesos" (queijos).
E não se esqueça, durante o caminho você precisa se hidratar. Beba muita água e não se esqueça do filtro solar de forma alguma, ainda mais se for no verão europeu. A temperatura lá pode superar os 40 graus centígrados. É muito calor. Nesse período vale a pena sair bem cedo (às 6hs30 já estará claro), para evitar suar muito, parar quando o calor apertar e voltar a andar no final da tarde, já que o sol se porá (no verão) às 21hs00.
No inverno você suará menos, mas enfrentará temperaturas muito baixas, terá que levar casacos (que ocupam muito espaço nas mochilas) e ficará com os horários para a caminhada muito mais restritos, já que amanhece mais tarde e escurece muito mais cedo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CAMINHO DE SANTIAGO II

Muitos devem se perguntar do motivo de algum louco optar por fazer o Caminho de Santiago de Compostela.
Há muitos motivos, assim como há muitos caminhos (tratarei dos caminhos num dia específico).
Os motivos podem ser variados. Muitos desejam fazer o caminho por serem místicos. Outros por serem católicos fervorosos. Outros para pagarem promessas. Outros para fazerem amizades. Outros por se acharem bruxos como o Paulo Coelho. Outros para sair da mesmice. Outros como aventura desportiva. E muitos porque está na moda.
Não. Não fui para lá porque sou da moda. Fui para lá porque queria aproveitar a passagem obtida com as milhagens que estavam prestes a vencer. Sem saber para onde ir, o único destino pesquisado pela TAM que tinha assento no período pretendido era Madri. Depois refleti o que faria na Espanha e optei pelo famoso Caminho.
Depois cheguei à conclusão de que deveria dar um tempo para mim mesmo. De repensar na vida, nos acertos e nos erros. Foi por isso, sinceramente.
Mas você pode ir lá por qualquer outro motivo. Não há limites para os motivos, nem para a vontade.
Se o Caminho é mágico? Isso depende do quanto você é espiritualizado, tem fé ou bebeu de vinho.
Não senti nada durante o percurso, mas aconteceu algo muito forte quando cheguei na cidade de Santiago de Compostela. E é algo que prefiro manter segredo, pois não quero correr o risco de se chamado de louco.
Há muitas pessoas que dizem que mudaram após a viagem. Eu sei que não sou mais exatamente o mesmo.
Muitos espanhóis fazem o trajeto. Alguns o fazem duas vezes ao ano. Isso é que é vontade.
Mas lembre-se, está na moda fazer o Caminho.  Lá você encontrará pessoas legais e espiritualizadas e outras nem tanto.
Como dizem os peregrinos para os outros que encontram durante o percurso: "bom caminho".

terça-feira, 22 de outubro de 2013

CAMINHO DE SANTIAGO I

Começarei falando aqui sobre as alternativas que você terá para percorrer o Caminho de Santiago de Compostela.
Você pode completá-lo de bicicleta, a pé ou a cavalo. Não vale bicicleta motorizada, heim!
A dica é levar pouquíssima coisa, somente o essencial e lavar a roupa suja no mesmo dia. Isso diminui tanto o volume quanto o peso, o que é essencial para quem irá carregar o peso da mochila. 
Olha, não dá para levar mala no caminho. Se você levar uma mala do Brasil para a Europa, opte por deixar no hotel de recepção na chegada, seja em Lisboa, Porto, Madrid, Barcelona ou Paris, desde que o voo de volta saia dessa mesma cidade. Aí, quando for à cidade de partida do caminho, leve a mochila e os equipamentos necessários. E quando voltar com a mochila cheia de roupas sujas, terá no hotel inicial toda a roupa cheirosa que você guardou na mala imensa perto do tamanho da mochila usada no Caminho.
Procure na internet, pois já vários sites que nos dão informações sobre a viagem, inclusive com muitas recomendações bacanas.
Em São Paulo há uma ONG que só cuida do Caminho de Santiago de Compostela, e onde você pode retirar a credencial do peregrino, para aqueles que almejam o certificado de conclusão do percurso. Para isso você vai nessa ONG ou em Madrid e retira a credencial, que você utilizará no caminho para apor alguns carimbos comprovando a sua passagem pelos locais espalhados (hotéis, albergues, restaurantes...).
A alternativa mais cara é a viagem a cavalo. Pesquise e se assuste! A mais barata é caminhar, gastar o solado da boa bota! 
Se optar por bicicleta, você ganhará em tempo, mas poderá ter dores de cabeça!
Embora a Espanha seja um país com baixo índice de criminalidade, e quase sempre sem violência, pode ocorrer de você ter a sua bicicleta (se realmente for boa) furtada. Por isso, cadeado nela e atenção redobrada, sempre! Cautela é bom!
Você poderá levar a sua bicicleta do Brasil para lá, alugar ou comprar. Se você for de TAM, eles dizem que você poderá levar a bicicleta sem pagar, desde que ela pese menos de 32 quilos e você só esteja despachando mais uma mala com peso de até 32 quilos. Mas a história não é bem essa. Além de ter que obedecer o limite de peso (que acho justo), ela deverá estar desmontada e com os pneus murchos (também acho correto). No entanto, ela deverá obedecer às dimensões das bagagens (o que não está descrito no site da empresa). Isso acho injusto, já que a bicicleta, ainda que desmontada, jamais terá 1 metro de cumprimento, sempre ultrapassará tal medida, e aí você terá que pagar excesso de bagagem. E antecipo. É caro! Isso também vale para a volta, quer você traga de volta a sua bicicleta do Brasil, quer você queira trazer de lembrança a bicicleta comprada na Espanha.
Os preços das bicicletas na Espanha são convidativos, bem melhores do que os praticados aqui. Mas não compre capacete, luvas e outros apetrechos lá, pois são muito mais caros que no Brasil.
Alugar pode ser um bom negócio, mas pesquise. Há locações ao custo de 250 euros (muito caro), mas você também encontra até por 60 euros (ótimo preço, mas por 5 dias, apenas). Tem que pesquisar nos sites espanhóis.
E se for de bike, não leve mochila. Leve na bicicleta como bagagem. Levar peso nas costas não é recomendável, pois irá intensificar a sensação de cansaço.
Se optar por caminhar, treine muito tempo antes e leve um calçado da melhor qualidade, pois os pés serão o seu meio transporte e deverão ser muito bem cuidados e recompensados.
É isso. Depois conto mais.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

UMA VIAGEM PARA LÁ DE MALUCA, ALTERNATIVA OU OUTRO NOME QUE SE QUEIRA DAR

Recentemente fiz uma viagem inesquecível. Aproveitei algumas milhas e fui fazer um passeio de bicicleta em um país distante. Não. Não foi uma competição nem aventura esportiva. Não sou chique a tal ponto nem atleta o suficiente para isso. 
Foi, digamos assim, tão somente uma viagem espiritual sobre minha "bici" adquirida na Espanha.
A partir de hoje, e por seis dias, falarei aqui sobre algumas experiências que adquiri no Caminho de Santiago de Compostela, que recomendo a todos que estão cansados dessa vida voltada à matéria, ao consumo, ao próprio umbigo e que deixa o restante da humanidade à margem de bandidos, ditadores e vilipendiadores de almas.
Mas também falarei dos outros dias que passei em um país que tanto amo, a Espanha. Mas já antecipo que foi um período voltado tão somente a esse trajeto que ousei fazer e que qualquer um é capaz de percorrê-lo. Como diriam os espanhóis, e que é igual ao português: "tranquilo". Sim, é fácil, ao menos o percurso que escolhi.

domingo, 20 de outubro de 2013

MOSTRA CINE DIREITOS HUMANOS

Vem aí a Mostra CINE DIREITOS HUMANOS, do Brasil e da América do Sul, de 7 de novembro a 20 de dezembro de 2013, em várias capitais do país. Veja a programação no site www.cinedireitoshumanos.org.br

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Exumação do corpo de João Goulart é marcada para 13 de novembro

VISA-SE APURAR AS CIRCUNSTÂNCIAS REAIS DA MORTE DO EX-PRESIDENTE

foto: Valter Campanato, da Agência Brasil
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São Paulo – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, anunciou hoje (16) que a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart será realizada em 13 de novembro. O procedimento deve-se a dúvidas sobre a verdadeira causa da morte de Jango, em 6 de dezembro de 1976, na Argentina, aos 57 anos. Oficialmente, o motivo foi um ataque cardíaco, mas há suspeitas de que ele teria sido vítima de envenenamento.

“Estamos em plenas condições de realizar este procedimento em busca da verdade”, afirmou a ministra, que se reuniu hoje com Christopher Goulart, neto do ex-presidente, e com peritos que analisam o caso. Pela manhã, especialistas do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e representantes da Comissão Nacional da Verdade e do Ministério Público Federal debateram os procedimentos necessários à exumação.

Os técnicos deverão chegar dois dias antes ao Cemitério Municipal de São Borja, no interior do Rio Grande do Sul, onde Jango foi sepultado às pressas, devido a pressões de agentes da ditadura. Os restos mortais serão levados a Brasília, possivelmente em ato com honras de chefe de Estado, segundo intenção da ministra. A previsão é de que os restos mortais do ex-presidente sejam devolvidos a São Borja justamente em 6 de dezembro.

"Hoje, podemos dizer, com segurança, que o ex-presidente foi perseguido todos os dias de sua vida”, afirmou Maria do Rosário.

Nota do blogueiro - o que a ditadura fez com Jango acarreta dor à família e jamais poderia ser considerado admissível a um país que se julga democrático. Para quem não sabe, Jango, Juscelino e o ex governador do Rio morreram em datas muito próximas. Eles eram presidenciáveis e não interessava à ditadura ter representantes políticos da oposição tão fortes. Àquela época a operação Condor (operação secreta e ilegal que unia as ditaduras chilena, brasileira, uruguaia e argentina) matava e sequestrava oposicionistas. Um agente uruguaio denunciou o esquema de assassinato.
Esse presidente, que sempre falo que foi esquecido pelo povo, foi retirado à força do Poder, mas evitou um banho de sangue que poderia causar a morte de dezenas de milhares de brasileiros e a fragmentação do nosso território. Foi um brasileiro exemplar e democrata que amava o seu país e o seu povo. A prova foi ter evitado o banho de sangue, ainda que isso fosse lhe custar o poder. Não temos outro exemplo desse tipo na história do Brasil. 
Até hoje vemos algumas das consequências do golpe. Precisamos passar a história a limpo. É o que o Brasil e os brasileiros sedentos por conhecer melhor o passado e o presente, para melhor compreender o futuro, desejam! 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PEQUENINOS

Às vezes, alguns tentam nos transformar em pequeninos.
Nos chamar de pequenos, vá lá. Não sermos orgulhosos ou vaidosos para nos ofendermos pode ser muito bom nesse momento.
Contudo, não nos apequenemos. Não nos deixemos influenciar pela insignificância que querem dar à nossa pessoa, ao nosso conhecimento e ao papel que temos neste mundo.
Insignificantes são eles, cheios de vaidade e que não aceitam alguém que pensa e age de forma diferente.
Não sou o Cyro, o grande, que foi imperador persa. Mas também não sou insignificante.
A história que traço, de certo, não afetará o universo, mas será suficiente para marcar a minha alma e preenchê-la de significados e verdades.
Continuemos a luta. E viva a diferença que nos faz parecer "pequenos" para alguns. 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO E A EDUCAÇÃO GRATUITA

Felipe Maia

(em espanhol)

El proceso de redemocratización de Brasil en la década de 1980 tuvo dos marcas importantes: la crisis fiscal del Estado, consecuencia del modelo de desarrollo implementado por la dictadura, basado en un elevado endeudamiento externo, y la elaboración de una nueva Constitución. En esta última, la movilización de la sociedad consiguió introducir valores fuertes de ciudadanía, comprometiendo al Estado con derechos sociales tales como educación y salud. Teniendo como inspiración a las socialdemocracias europeas, la nueva Constitución diseñaba modelos de política social definidos según principios de universalidad y gratuidad, lo que al mismo tiempo entraba en conflicto con los problemas de financiamiento del Estado.

Así, a comienzos de la década siguiente, el neoliberalismo brasileño convirtió el modelo de política social de la nueva Constitución en su blanco de crítica predilecto. Se trataba de un intento de desconstruir la imagen de la “Constitución Ciudadana”, revelando los problemas de acción de las agencias estatales y su supuesta ineficiencia, siempre contrapuesta a la “modernidad”, agilidad y flexibilidad de los mecanismos de mercado. El lema de los neoliberales brasileños era que la única solución para la crisis económica era la reforma del Estado. Modernizar el Estado era sinónimo de contraer sus funciones y reducir costos que no fuesen considerados esenciales. Todo lo que pudiese ser entregado al mercado, debía serlo. Además de las privatizaciones, la reforma del Estado del gobierno de Fernando Henrique Cardoso proponía que los grandes servicios sociales debían ser gerenciados por organizaciones no estatales, cada vez menos dependientes de las arcas fiscales y cada vez más capaces de generar sus propios recursos. La educación superior se encuadraría en este grupo.

Operando con este ideario, los intelectuales del neoliberalismo brasileño criticaron duramente la educación superior pública del país. En la época, Brasil contaba con cerca de 50 universidades públicas bajo la administración del gobierno federal, más otras tantas administradas por los gobiernos estaduales. Estas instituciones abrigaban cerca de 40% de los estudiantes brasileños y ofrecían la mejor y más prestigiosa formación. No cobraban mensualidades ni tasas significativas. Sus recursos eran básicamente los que le entregaba el Estado. Siendo así, las vacantes en las universidades públicas eran las más disputadas entre los jóvenes que deseaban acceder a la educación superior. El argumento liberal era que tales universidades provocaban una fuerte distorsión en el sistema brasileño, pues, siendo sostenidas con recursos públicos, atendían a los hijos de las clases más privilegiadas. Así, la educación pública sería un factor reproductor de desigualdad social. Como la transición de las universidades hacia la administración de organizaciones no estatales era un proceso complicado, aunque deseado, la salida más simple parecía ser la introducción de cobro de aranceles. De esta forma, alegaban, el Estado comprometía menos recursos con la educación superior y podría concentrar sus recursos en la educación básica.

La idea no era de ninguna manera una novedad. La sugerencia de focalizar las inversiones públicas en la enseñanza constaba en los documentos elaborados por el Banco Mundial en la década de 1990 con orientaciones para los países menos desarrollados. En escenarios de crisis del financiamiento del Estado, esa parecía, según el Banco Mundial, la mejor salida para optimizar los gastos públicos. Como tela de fondo estaba el antiguo ideario liberal de una división internacional del trabajo en la cual la producción de conocimiento en nivel superior no le cabía a los países periféricos. Esas concepciones fueron la marca ideológica de la política educacional del gobierno de Cardoso, que durante ocho años emprendió esfuerzos significativos para fortalecer la presencia del mercado en la educación superior y reducir los costos de las universidades públicas. En el inicio de su gobierno, entre los años de 1996 y 1998, cuando aún poseía alta popularidad, el gobierno de Cardoso intentó fallidamente convencer a la opinión pública de la importancia de cobrar aranceles en la educación superior. Tampoco logró consolidar una mayoría en el Congreso Nacional que le permitiese implementar la propuesta. No obstante, su política de disminución de recursos para las universidades fue ampliamente practicada con serias consecuencias para estas instituciones.

La crítica al programa de Cardoso fue emprendida pioneramente por las organizaciones estudiantiles y sindicales de la educación. El argumento central era que el cobro de mensualidad en la educación superior, bajo el pretexto de promover equidad, disminuiría aún más las posibilidades de la población más pobre de ingresar a la educación superior. Aquí cabe decir que la universidad brasileña nunca fue el centro elitista que los neoliberales pintaban. Por esas paradojas que cabe a la buena investigación histórica explicar, la dictadura militar brasileña promovió una fuerte expansión del sistema universitario superior, constituyéndose en una vía de movilidad social ascendente para una parte de la población. Las estadísticas socio-económicas del perfil de los estudiantes universitarios brasileños mostraban también que, en la década de 1990, cerca de la mitad de los estudiantes matriculados en esas universidades provenían de escuelas públicas, no frecuentadas por las elites brasileñas. Ahora, era efectivo que la universidad poseía algunos enclaves elitizados, en particular los cursos de profesiones con alto valor de mercado, como medicina, derecho e ingeniería. De esta forma, el cobro indiscriminado de mensualidades tendría el efecto de elitizar aún más la universidad, cerrando el camino de los hijos de familias pobres o dificultando la permanencia inclusive de las capas media, que en el período sufrían con los ajustes de una política económica abirtamente recesiva. Ahora bien, el cobro selectivo se mostraba poco relevante en recaudación de recursos para el financiamiento. Debíamos entonces preguntarnos: ¿valdría la pena quebrar el principio universal de gratuidad de la educación pública sólo para recaudar un recurso que ni siquiera sería suficiente para cubrir los costos de la universidad? ¿Deberíamos cambiar la garantía universal por un puñado de dólares?

La respuesta del movimiento estudiantil fue rotundamente negativa. Defender el campo de las políticas universales significaba establecer un resguardo frente a la lógica competitiva e individualista del neoliberalismo. La gratuidad de la educación no puede pasar por un análisis selectivo y burocrático de la renta familiar de cada estudiante: es un derecho de todos y un deber del Estado. Nunca tuvimos la ilusión de que el cobro de aranceles pudiera ampliar los recursos para la educación y favorecer a los más pobres. Por el contrario, sería una apertura para una lógica de política pública que naturalizaba la desigualdad y estimulaba la mercantilización de la enseñanza, aproximando así la experiencia universitaria a la lógica de consumo. La gratuidad, en este caso, sale del campo de los derechos e ingresa en la siempre más precaria y vulnerable esfera del asistencialismo. Desde el punto de vista de los valores que orientan las políticas públicas, era un retroceso inmenso.

Fueron muchas las luchas organizadas contra el cobro de aranceles. Debates, marchas, paralizaciones y huelgas de estudiantes y profesores. Entre 1995 y 1999 la resistencia estudiantil al pago de tasas y mensualidades fue decisiva para impedir el avance de la propuesta neoliberal. En el período siguiente (1999-2002), con el enfriamiento de la intención del gobierno, el movimiento se volcó hacia la defensa y recuperación de los recursos materiales y humanos de las universidades que fueron duramente afectados en la década anterior. Esa movilización unió a amplios sectores de la comunidad universitaria, culminando con una gran huelga de profesores y estudiantes que recibió el apoyo de numerosos rectores, incluso de su Asociación Nacional, en el año 2001. La Unión Nacional de Estudiantes (UNE) propuso en esa ocasión al Congreso Nacional la aprobación de un Plan de Emergencia para la recuperación de presupuestos, la contratación de profesores y la democratización del acceso.

La salida para la universidad pública debería pasar por repactar la relación de la universidad con la sociedad, fortaleciendo su dimensión pública y enfrentando las concepciones que veían en la educación una extensión de las relaciones de mercado. En este sentido, ganaban importancia dos políticas: la de financiamiento y la de acceso. En relación al financiamiento, las organizaciones estudiantiles defendieron la recomposición de los recursos públicos para la universidad, elevando la prioridad de la educación en el presupuesto público, lo que nos llevó a una crítica más amplia de la política económica del gobierno de Cardoso, que comprometía gran parte del presupuesto con el pago de intereses de la deuda pública. En relación al acceso, el énfasis estuvo en su democratización sin cobros ni aranceles. En este aspecto, creo que las propuestas surgidas en Brasil fueron no sólo muy creativas, sino también, tal como demostró el tiempo, positivas.

La política de “cuotas” fue tal vez una de las innovaciones más creativas para responder al problema de la democratización del acceso en la educación superior. Aunque, dentro de la tradición de las políticas de acción afirmativa, es muy clara la inspiración estadunidense de la propuesta, la experiencia brasileña acabó adquieriendo un perfil propio. Si en EE.UU. las cuotas formaron parte de acciones afirmativas restringidas a la reparación de las diferencias étnicas, en Brasil la política de cuotas asumió una dimensión más amplia, ligada a la propia interpretación que la sociedad brasileña realiza de sus diferencias sociales y raciales. Sin negar la importancia de la discriminación “de color” (étnica) en la desigualdad educacional y social del país, muchas de las propuestas de cuotas aprobadas en universidades brasileñas dieron énfasis a la promoción de la enseñanza escolar pública. En Brasil, las escuelas particulares obtienen una tasa de éxito en la aprobación de sus estudiantes en las universidades muy superior a la de las escuelas públicas. Así, los hijos de las familias acomodadas buscan las mejores escuelas particulares, mientras la escuela pública recibe buena parte de los hijos de las familias pobres. Al reservar una parte significativa de las vacantes universitarias, que en algunos casos llega a la mitad, sólo para estudiantes provenientes de escuelas públicas, las universidades brasileñas buscaron alcanzar dos objetivos fundamentales: valorizar política y simbólicamente la escuela pública y promover mayor equidad en el acceso a la enseñanza superior pública. La adopción del sistema ha dependido de la decisión de cada universidad y, de esta forma, las reglas son diversas. Algunas combinan reserva de vacantes para la escuela pública con cuotas para minorías étnicas; otras prefirieron adoptar bonos en los exámenes de clasificación para estudiantes formados en el sector público. Pocas son las instituciones que no adoptaron ninguna política de acción afirmativa.

No es necesario explicar cuán controvertida fue y sigue siendo la medida, pero sus resultados son bastante promisorios. La permanencia de los alumnos ha sido auxiliada por programas gubernamentales y el desempeño escolar de estos estudiantes nada tiene que envidiar del de sus compañeros, llegando en algunos casos incluso a superarlos; hay investigaciones que describen lazos de solidaridad significativos no sólo entre los cotistas (que estudian gracias a las cuotas), sino también entre ellos y sus pares.

Finalizando, debo decir que el éxito de la política de “cuotas” o de “reserva de vacantes” no debe eclipsar los problemas que aún están presentes en la educación brasileña, no sólo a nivel superior. La construcción de un sistema educacional articulado en torno a los principios de calidad y equidad aún es un objetivo distante. En los últimos diez años, la política para la educación superior mejoró bastante, con visible fortalecimiento del sistema público. No obstante, en ese mismo período, la competencia con el sistema privado no amainó. De hecho, el propio gobierno federal ha adoptado, contradictoriamente, medidas favorables al financiamiento público de instituciones privadas. Por otra parte, las medidas para el mejoramiento de la calidad de la enseñanza escolar pública apenas muy lentamente van produciendo efectos, lo que es poco para un sistema educacional desvalorizado durante tanto tiempo.

Con este artículo no queremos decir que la “vía brasileña” de democratización del acceso pueda ser naturalmente universalizada. Cada sistema educacional tiene una trayectoria y problemas específicos. No obstante, si nos situamos en el campo de los valores, podemos decir que hay buenos motivos para desconfiar del quiebre de principios universales, como el de la gratuidad de la enseñanza pública.

Felipe Maia es Mestre en Sociología (IUPERJ) y doctorante en la misma disciplina en el IESP-UERJ. Fue Presidente de la União Nacional dos Estudantes de Brasil (2001–2003).

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O PRÓXIMO MAIOR PRÉDIO DO MUNDO - NA CHINA

REVISTA GALILEU

A empresa chinesa Broad Sustainable Construction (BSB) afirmou que deverá iniciar a construção do próximo maior prédio do mundo.
A torre terá cerca de 838 metros (10 metros a mais do que o arranha-céu mais alto do mundo no momento, o Burj Khalifa, de Dubai) e está sendo chamada de Sky City.
A Sky City deverá se tornar o lar de 30 mil pessoas, com 202 andares que incluirão escritórios, um hotel, uma escola e um hospital. O acesso será feito por 92 elevadores, uma rampa de 9,6 km entre os andares e 17 heliportos.

(...)

Leia a matéria na íntegra clicando aqui.

domingo, 13 de outubro de 2013

Estupidez – Por que as pessoas fazem coisas idiotas

REVISTA GALILEU
por Texto: Sally Adee, da New Scientist e Tiago Mali
ilustrações: Nik Neves

Mesmo quem tem QI altíssimo está sujeito a atitudes irracionais. Cientistas começam a entender o que há por trás das decisões estúpidas que deram na crise financeira e por que a evolução não transformou todos em gênios

Gustave Flaubert escreveu que “a terra tem seus limites, mas a estupidez humana é infinita”. Suas muitas cartas a Louise Colet, a poetisa francesa que inspirou o romance Madame Bovary, estão cheias de afrontas e xingamentos dirigidos a seus colegas mais insensatos. Flaubert via a burrice em tudo, desde as fofoqueiras da classe média às palestras dos acadêmicos. Nem Voltaire escapou de seu olhar crítico. Consumido por essa obsessão, Flaubert dedicou seus últimos anos a reunir milhares de exemplos para uma espécie de enciclopédia da burrice. Ele morreu antes de completar sua obra-prima, e alguns biógrafos atribuem sua morte súbita, aos 59 anos, à frustração causada pela pesquisa para o livro.
Documentar a extensão da estupidez parece uma missão impossível, mas estudos recentes sobre o tema levantam perguntas intrigantes. Se a inteligência é uma vantagem tão grande, por que não somos todos uniformemente inteligentes? E por que até as pessoas mais inteligentes cometem idiotices? Acontece que nossas medidas tradicionais de inteligência, especialmente o QI, não têm muito a ver com os comportamentos irracionais e ilógicos que irritavam Flaubert. Você pode ser, ao mesmo tempo, altamente inteligente e muito estúpido.

A ideia de inteligência e burrice como extremos opostos de um único espectro é moderna.
(...)
As tentativas modernas de estudar a variação nas habilidades humanas de cognição concentraram-se nos testes de QI, que dão uma nota à capacidade mental de um indivíduo.
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Essas diferenças podem se manifestar no modo como nosso cérebro está estruturado. Cérebros inteligentes possuem redes de conexões mais eficientes entre os neurônios.
(...)
A grande variação no QI levou alguns pesquisadores a questionarem um possível efeito negativo da capacidade cerebral superior. Se a inteligência não tivesse custo nenhum, por que a evolução não transformou todos nós em gênios? Infelizmente, as evidências nessa área são escassas. Alguns autores propõem que a depressão pode ser mais comum entre indivíduos mais inteligentes, o que levaria a índices de suicídio mais elevados, mas nenhum estudo revelou achados que apoiem essa tese.
(...)
Novas descobertas estão levando muitos pesquisadores a sugerir que o pensamento humano tem mais dimensões do que as medidas pelos testes de QI, o que pode forçar uma revisão radical no tema. Críticos sempre disseram que o QI é facilmente afetado por fatores como dislexia, educação e cultura.
(...)
“Existem pessoas inteligentes que são estúpidas”, diz Dylan Evans, psicólogo e escritor que estuda as emoções e a inteligência. O que explica esse aparente paradoxo?
(...)
Como a estupidez tem zero relação com o QI, entendê-la de verdade requer um novo teste para examinar nossa susceptibilidade a vieses. É o que propõe Keith Stanovich, cientista cognitivo da Universidade de Toronto, no Canadá, no seu Quociente de Racionalidade.

Leia a matéria na íntegra clicando aqui.

sábado, 12 de outubro de 2013

UM SITE BEM BACANA SOBRE HISTÓRIA MUNDIAL

Tem um site bem bacana, da BBC, sobre história mundial. Vale a pena dar uma fuçada. Tem muita coisa interessante e que nos faz ver o mundo de forma mais crítica.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Gládio está presente*

Jorge Cadima

O braço terrorista secreto da NATO voltou a ser mencionado. Mas para a generalidade dos media a questão passa em silêncio. Um silêncio eloquente.

Nos anos 80 o Luxemburgo foi palco duma vintena de atentados bombistas. Volvidos quase 30 anos, dois polícias estão a ser julgados nesse país, acusados pelos atentados. Mas a mais escaldante informação é alvo de férrea censura mediática, apenas furada pelo jornalista Rafael Poch do catalão La Vanguardia. Em artigo (13.4.13) de título «A NATO tropeça de novo com o seu passado terrorista», Poch conta que um historiador alemão, Andreas Kramer, declarou em tribunal que «o autor de 18 dessas 20 bombas foi seu pai, um agente dos serviços secretos alemães, BND, queagia por conta duma estrutura secreta da NATO. […] É assim que a conspiração Gládio, relativamente bem conhecida em países como a Itália e Bélgica, desponta agora no Luxemburgo». No enredo estaria ainda envolvido «o ex-chefe dos serviços secretos do Luxemburgo». Segundo Kramer, o seu pai também«participou no atentado bombista mais grave da história alemã do pós-guerra, a 26 deSetembro de 1980 na Oktober Fest, a festa da cerveja de Munique, que deixou um saldo de 13 mortos e 213 feridos e que foi inverosivelmente atribuído à acção de um único neo-nazi, morto na explosão». Kramer declarou que «os atentados eram coordenados pelo “Comité Clandestino Aliado”, sob a direcção do General alemão Leopold Chalupa […] comandante em chefe das tropas da NATO na Europa Central (CINCENT) entre 1983 e 1987». Chamados a depor no julgamento estão «o primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker, o ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Santer», um ex-ministro da Justiça e dois irmãos do Grão-Duque do Luxemburgo. Mas, como escreve Rafael Poch (27.4.13), passadas duas semanas «nenhum juiz alemão se interessou pelo assunto,nem chamou Kramer a depor. Ninguém o acusou de mentir, nem de ser um charlatão. Nenhum meio de comunicação importante se fez eco [das suas palavras]. Silêncio”. É assim o «quarto poder» na «aldeia global» das «democracias ocidentais». À pergunta de como é que o seu pai justificava a «loucura», Kramer responde: «Tratava-se de tirar os comunistas do caminho […] Apenas se queria governos de direita, para ter um baluarte contra o comunismo […].Acreditava-se que os comunistas tinham demasiada influência». O objectivo era «criar medo e fortalecer a segurança interna. Para isso havia que encenar terrorismo. E quem fez isso foram oficiais em contacto com os Estados Unidos». Um ministro do ex-chanceler alemão Helmut Schmidt, Andreas von Bülow, igualmente entrevistado pelo La Vanguardia (5.5.13) declara «quando se trata da Gládio, e é disso que se trata neste caso, como seguramente o foi no caso da RAF (o bando Baader-Meinhof, o principal grupo terrorista alemão), cala-se a imprensa em nome da razão de Estado […]. Vimo-lo no 11 de Setembro, quando se evitaram as perguntas críticas». Palavra de ex-ministro alemão!

As confissões sobre o terrorismo da NATO e dos serviços secretos imperialistas lançam luz sobre o presente. Há dias, dois atentados terroristas com carros armadilhados mataram dezenas de pessoas na cidade turca de Reyhanli. A Turquia, país membro da NATO, é a principal base dos bandos terroristas que já cometeram idênticos atentados em várias cidades sírias. Mas as autoridades turcas apressaram-se a culpar o «regime sírio» pelos atentados. Hoje mesmo o primeiro-ministro Erdogan estará na Casa Branca a pedir uma maior intervenção dos EUA na guerra. E a comunicação social de regime nunca referirá que Antioquia, capital da província de Reyhanli, fora dias antes palco duma manifestação de milhares de pessoas pela paz e contra o envolvimento turco na agressão à Síria, organizada pelo movimento da Paz e com grande participação dos comunistas turcos.

*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2059

et: NATO é a abreviação utilizada pelos portugueses de Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

LILY ALLEN, A PROVOCADORA

Confesso que não conheço muitos músicos da atualidade.
Contudo, deparei-me com uma dica do blog 5dias.net e achei o máximo a coragem dessa cantora londrina Lily Allen ao cantar a música "Fuck You".
Realmente, quem cerceia a liberdade de expressão, seja ela em que sentido for, não pode exigir respeito ou consideração.

Para quem tiver curiosidade, há diversos vídeos dela no youtube

Abaixo, a canção, extraída do youtube.


Sobre a cantora (extraído do wikipedia):

Lily Rose Beatrice Cooper (Hammersmith, Londres, 2 de maio de 1985) mais conhecida como Lily Allen, é uma cantora britânica. Lilly ganhou notoriedade na internet após postar vídeos no site MySpace, e atingiu a fama após o lançar seu primeiro single, Smile.4 A cantora lançou dois álbuns, o primeiro Alright, Still, vendeu mais de 5 milhões de cópias, e seu segundo It's Not Me, It's You, vendeu mais de 3,5 milhões de cópias.

Lily Allen já estudou em mais de 10 escolas diferentes. A londrina estudou música, mas revelou não saber tocar nenhum instrumento. Por isso, conta que dá importância às formas dos vocais das canções. "Sei ler música, então, quando escrevo as letras, consigo visualizar a melodia". Lily fez seu primeiro concerto em maio de 2006.

O álbum de estréia Alright, Still foi lançado pelo selo Capitol Records do grupo EMI Music. As canções trazem na melodia influências do rock dos anos 1960, ska, rap e música eletrônica.

"Lily the Kid" - apelidada assim pelo periódico inglês The Observer - mostrou-se madura falando da mudança na vida. "É legal, mas me afetou, é estranho. Eu me separei do meu namorado pois ele não ficou contente com tudo isso. Ainda não sei se gosto ou não. Mas é algo que eu quero fazer, ganhar um pouco de dinheiro, então tenho que lidar com essas coisas".

No final de 2007, Lily se descobrira grávida de seu primeiro filho, então com seu namorado 15 anos mais velho, Ed Simons, da dupla britânica The Chemical Brothers. Segundo fontes próximas à cantora, Allen - notória por seus excessos - estava mudando seu estilo de vida, deixando de beber e de fumar para preservar a saúde de seu bebê. Contudo, em janeiro de 2008 acabou por sofrer um aborto espontâneo, aos 4 meses de gravidez. Após recuperar-se ao lado de Simons, família e amigos, Lily voltou ao trabalho e no final de janeiro assume seu programa de variedades na TV britânica, "Lily Allen and Friends". Pouco depois, Lily e Simons se separaram.

No começo de 2008, Lily colocou em seu Myspace duas novas músicas: "I Could Say" e "I Don't Know" (o título desta foi posteriormente alterado para "The Fear"), pertencentes ao seu novo trabalho. "The Fear" foi lançada como o primeiro single do segundo álbum da cantora, It's Not Me, It's You, com lançamento previsto para 9 de Fevereiro de 2009 no Reino Unido .

Também estarão presentes no álbum mais duas músicas que foram liberadas antecipadamente, a polêmica "Fuck You" (antes conhecida como "GWB (F**k You Very Much)") e "Who'd Have Known". A primeira é um critica clara ao presidente anterior dos EUA, George W. Bush. Já a segunda, de acordo com Lily, é uma cópia da música Shine,do Take That, mas mesmo assim estará no álbum. O videoclipe de "The Fear" foi lançado no Myspace da cantora e na televisão no dia 4 de dezembro de 2008. O Show de estréia da turnê de divulgação do seu novo álbum aconteceu no dia 28 de janeiro de 2009.

A canção "I Could Say" do álbum It's Not Me, It's You foi usada em publicidades da "TMN" no Verão de 2009 em Portugal.

A canção LDN foi usada na banda sonora em 2007 na novela da Rede Globo Sete Pecados, e duas músicas da cantora foram usados, quase simultaneamente, em duas novelas, The Fear em Caras e Bocas e 22 em Viver a Vida, de 2009 e 2010.

Lily Allen apresentou a sua turnê It's Not Me, It's You em Portugal no 13º Festival do Sudoeste TMN, no dia 9 de agosto de 2009 na localidade de Zambujeira do Mar, perante um público de cerca de 12 mil fãs.

Em Setembro de 2009, a cantora passou pelo Brasil na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, ainda na turnê It's Not Me, It's You, nos dias 16 e 17.O show em São Paulo, segundo ela, foi o melhor show de todos,postando "Sao Paulo best gig ever" no site de microblogs Twitter.

Em março de 2010 após o término de sua turnê Lily Allen Tour a cantora anunciou uma paragem na sua carreira musical para se dedicar a outros projetos, mas afirmou que pretende lançar um novo álbum e voltar a gravar no futuro.5

A cantora esteve grávida de seu então namorado Sam Cooper, mas sofreu um aborto espontâneo aos seis meses.6 Lily casou-se com Sam em junho de 2011, quando anunciou uma nova gravidez. Em 25 de Novembro de 2011 nasceu a 1° filha do casal, Ethel Mary.7 8 9 10 11 12 Em 8 de janeiro de 2013, nasceu a 2° filha do casal, Marnie Rose.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

37ª Mostra Internacional de Cinema. De 18 a 31 de outubro de 2013. Vá ao site e veja a programação completa. www.mostra.org

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DIGNIFICANDO A PROSTITUIÇÃO OU AS MULHERES QUE SE PROSTITUEM?

Dignificar a prostituição como trabalho não significa dignificar as mulheres, mas sim "dignificar" ou facilitar a vida da indústria sexual


Ana Pagu e Raíza Rocha

A prostituição está diretamente relacionada com a exploração sexual, a mercantilização do corpo feminino e a violência contra as mulheres. No Brasil, o comércio direto do corpo ocorre à luz do dia, é estampado nos classificados dos jornais diários e é mais um "atrativo turístico" para os estrangeiros que visitam o país.

Sem alternativas, milhares de mulheres são submetidas à escravização dos seus próprios corpos para sobreviver. Distribuídas pelas ruas das cidades, coagidas por cafetões, donos de bares e boates, submetidas à humilhação e violência dos "clientes" e aliciadores, vendem o corpo porque, na maioria das vezes, não conseguem mais vender ou reproduzir a sua força de trabalho. Estas mulheres são ainda, de acordo com o Relatório do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (2010), do Ministério da Justiça, os principais alvos do tráfico humano para exploração sexual.

Regulamentação da exploração sexual
Em 2012, o deputado do PSOL, Jean Wylls, apresentou o Projeto de Lei N° 4.211 à Câmara dos Deputados, que propõe a regulamentação da prostituição. O objetivo seria não só "desmarginalizar" a prática como também aumentar o controle e a fiscalização do Estado sobre o "serviço", garantindo supostamente proteção às mulheres em situação de prostituição. No entanto, o PL significa um retrocesso na luta pela libertação da mulher e contribui para a expansão da indústria do sexo e do tráfico de mulheres, na medida em que descriminaliza e legaliza a exploração sexual.

Hoje, no país, o ato de se prostituir não é crime. Pagar pelo sexo também não. Mas a exploração sexual, ou seja, induzir, aliciar, facilitar a prostituição ou a exploração sexual, bem como dificultar ou impedir que alguém a abandone, é criminalmente condenável. As casas de prostituição também são ilegais. Com o projeto, a exploração sexual estaria institucionalizada.

Textualmente, o PL deixa claro o que deve passar a ser entendido por exploração sexual: "1) apropriação total ou maior que 50% do rendimento de prestação de serviço sexual por terceiro; 2) o não pagamento pelo serviço sexual contratado; 3) forçar alguém a praticar prostituição mediante grave ameaça ou violência". De acordo com o projeto, uma terceira pessoa poderia se apropriar de até 50% do valor do "serviço". Em outras palavras, com este projeto, a exploração sexual de mulheres estaria legalmente permitida, os cafetões seriam transformados em homens de negócio, legítimos "empresários do sexo", e as casas de prostituição em "estabelecimentos" de compra e venda de corpo de mulheres para fins sexuais.

A justificativa para a apresentação do projeto segue a mesma lógica mercadológica. Segundo o autor do projeto, "o Brasil ocupa posição de crescimento econômico e vai sediar dois grandes eventos esportivos que atraem milhões de turistas. A regulamentação da profissão do sexo permitirá alto grau de fiscalização pelas autoridades competentes, além de possibilitar e até mesmo incentivar o Poder Executivo a direcionar políticas públicas para esse segmento da sociedade (como a distribuição de preservativos, mutirões de exames médicos e etc.)”. Os megaeventos seriam, portanto, uma "boa oportunidade" para regulamentar a prostituição. Para a indústria do sexo, com certeza. A exploração da prostituição no mundo é a terceira atividade mais rentável do crime organizado, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.

O projeto argumenta ainda que a regulamentação não estimularia a expansão da prostituição, não promoveria o tráfico de mulheres e nem a prostituição infantil. Ao mesmo tempo, permitiria aos profissionais do sexo "o acesso à saúde, ao Direito do Trabalho, à segurança pública e, principalmente, à dignidade humana".

De forma genérica, o projeto prevê que a simples regulamentação da prostituição como Trabalho garantiria direitos básicos às "profissionais do sexo". Na simplista equação, o mesmo Estado que nega emprego, saúde, educação, moradia, transporte, lazer e segurança para as mulheres trabalhadoras e que tornam, muitas vezes, a prostituição como a única "opção" possível para elas, garantiria os direitos básicos para exercer a sua "profissão". Dignificar a prostituição como trabalho não significa dignificar as mulheres, mas sim "dignificar" ou facilitar a vida da indústria sexual.

No mesmo sentido, as experiências de países que regulamentaram a prostituição mostram o contrário do propagandeado pelo projeto. Na Alemanha e Holanda, o tráfico de mulheres é eufemisticamente descrito como "imigração facilitada". Na Holanda, por exemplo, o governo chegou a estabelecer uma cota legal de "trabalhadoras sexuais estrangeiras". Como a esmagadora maioria dessas mulheres são pobres, é quase impossível financiar a sua própria imigração, restando-lhes, assim, a ter que se sujeitarem à intermediação de um "empresário de sexo" para conseguirem se estabelecer em um "negócio" fora do seu país. Os passos seguintes são praticamente conhecidos por todos: a mulher assume dívidas com o cafetão e passa a se subordinar aos seus interesses.

No projeto apresentado no Brasil, esta intermediação é vista, inclusive, como um "ato de solidariedade". Na proposta de alteração dos artigos 231 e 231A do código penal, que fala sobre o deslocamento de prostitutas dentro e para o território nacional, "a facilitação do deslocamento de profissionais do sexo, por si só, não pode ser crime. Muitas vezes a facilitação apresenta-se como auxílio de pessoa que está sujeita, por pressões econômicas e sociais, à prostituição. Nos contextos em que o deslocamento não serve à exploração sexual, a facilitação é ajuda, expressão de solidariedade; sem a qual, a vida de pessoas profissionais do sexo seria ainda pior. Não se pode criminalizar a solidariedade. Por outro lado, não se pode aceitar qualquer facilitação em casos de pessoas sujeitas à exploração sexual". Cabe relembrar aqui que a concepção de exploração é modificada neste novo projeto e se apropriar de até 50% do "rendimento da prestação de serviço sexual" estaria dentro da lei.

Na Holanda, em 2000, houve a regulamentação da prostituição. O resultado foi um aumento do faturamento de 25% da indústria do sexo, que representa hoje nada menos que 5% da economia holandesa.

A prostituição como mercadoria é a escravização do corpo da mulher

O projeto ainda define as atividades da profissional do sexo da seguinte maneira: “Art. 1º: Considera-se profissional do sexo toda pessoa maior de dezoito anos e absolutamente capaz que voluntariamente presta serviços sexuais mediante remuneração. § 1º É juridicamente exigível o pagamento pela prestação de serviços de natureza sexual a quem os contrata.§ 2º A obrigação de prestação de serviço sexual é pessoal e intransferível”.

O sexo e a mulher são mercadorias. Rompe-se a ideia da mulher como sujeito social, substituindo-a por uma mercadoria exposta ao comércio sexual, cujo valor é resultante de uma relação desigual entre quem consome a prostituição e a quem a ela tem de se submeter, permeada por uma naturalização do machismo e da submissão. O que não é o mesmo de uma relação entre o patrão que explora a força de trabalho do empregado para produzir uma mercadoria ou um serviço.

Isso porque, é impossível comercializar o sexo sem comercializar a pessoa. A própria mercadoria (corpo) é o meio de produção (corpo). Então, não se trata da venda da força de trabalho, mas da escravização do corpo da mulher que se transforma em próprio objeto mediante pagamento. A regulamentação da prostituição como profissão corrobora com a degradação do capitalismo, na busca desenfreada para explorar e obter lucros, onde tudo possa ser comercializado, inclusive, as relações sociais. Neste caso, na ampla maioria das vezes, as mulheres sequer têm o direito de escolher, já que a necessidade de sobrevivência se impõe ao desejo de se prostituir.

Não se trata de uma posição moralista contra quem assim o deseje. Trata-se de ser contra um sistema que exclui as mulheres, que as joga em uma situação de pobreza extrema e que, diante da ausência de condições de vida, escraviza seu corpo, naturaliza o machismo e faz desse comércio um negócio lucrativo para os grandes capitalistas.

Em um contexto de violência cotidiana a que as mulheres estão submetidas, o que está colocado é a necessidade de mecanismos de proteção e defesa das mulheres que estão em situação de prostituição. A solidariedade de todas as entidades da classe trabalhadora e a luta contra a violência policial a que estão submetidas são fundamentais. Assim como a cobrança dos governos de medidas que deem condições reais a estas mulheres de decidirem sobre a sua própria vida. Isso só é possível com alternativas que lhes assegurem condições de emprego e renda, educação, saúde, moradia e proteção social.

O projeto 4.211/12, portanto, é um retrocesso ao legalizar mecanismos que garantam a exploração sexual e a prostituição como mais um comércio dentro da lógica capitalista. Não concordamos com ele. Não concordamos que o capitalismo se aproveite do corpo das mulheres para lucrar. Defendemos as mulheres em situação de prostituição e queremos que sejam donas de seus corpos. Para isso, no entanto, são necessárias condições concretas que possam livrá-las não só da violência policial, mas da violência desse sistema que lhes reserva opressão e exploração.

Ana Pagu é psicóloga e Raíza Rocha é Jornalista. Fazem parte do Movimento Mulheres em Luta (MML), filiado à CSP Conlutas. O movimento reúne jovens e mulheres trabalhadoras.( http://mulheresemluta.blogspot.com.br/)

domingo, 6 de outubro de 2013

O IDIOTA, O CHATO E O PODEROSO

Idiota é aquele que admira tudo, inclusive todos os poderosos.

Chato é aquele que reclama de tudo, inclusive de todos os poderosos.

E poderoso pode ser idiota, quando adora os idiotas que o admiram; chato, quando reclama de tudo e de todos; ou simplesmente poderoso, quando o poder não se confunde com chatice ou idiotice.

sábado, 5 de outubro de 2013

Rússia responde aos EUA com base aérea na Bielorrússia

Foto: Itar-Tass/Marina Listseva
Bielorrússia receberá até 2015 um grupo de pelo menos três caças, entre outros itens

Vítkor Litovkin, especial para Gazeta Russa

Criação de base soa como retaliação russa aos planos americanos de instalar escudo antimíssil na Europa.

As negociações do ministro da Defesa russo, Serguêi Choigu, com seu homólogo bielorrusso, Iúri Jadobin, e o líder do país, Aleksandr Lukachenko, foram seguidas pelo anúncio da instalação de uma base aérea russa na Bielorrússia.

Após sua viagem ao país vizinho, Choigu adiantou que primeiro será instalado um posto de comando e, na sequência, chegará um grupo de pelo menos três aviões de caça. Até 2015, a base aérea russa na Bielorrússia deve abrigar um regimento de aviação militar.

“No futuro, esperamos solucionar questões relativas ao aumento da capacidade defensiva de nossos colegas e irmãos bielorrussos”, declarou o ministro. A Rússia entregará ainda quatro divisões de sistemas de mísseis antiaéreos S-300 em 2014.

Entretanto, as razões que motivam a criação de uma base aérea na Bielorrússia não se limitam ao fortalecimento do parceiro. Em primeiro lugar, ambos os países são aliados estratégicos no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).

A Rússia, que já está presente militarmente na Bielorrússia, mantém um radar do sistema de aviso prévio contra mísseis perto da cidade de Baranovichi e uma estação de comunicação de alta frequência com navios em missão de serviço em mares e oceanos perto de Vileik.

Além disso, a resposta para a atual iniciativa russa pode ser encontrada nas ações da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que instalou uma base aérea perto da cidade de Siauliai, na Lituânia. Lá mantém em estado de alerta quatro caças bombardeiros F-16, capazes de transportar bombas nucleares de queda livre B61 armazenadas em cinco países da Otan (Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia). Para a Rússia, essas bombas podem se tornar armas estratégicas, uma vez que podem ser lançadas de Siauliai para Minsk ou Moscou em 15 minutos.

Por fim, vale lembrar também dos planos dos EUA de instalar na Polônia elementos de seu escudo antimíssil, encarado pelo governo russo como um meio de neutralização de seu arsenal de dissuasão nuclear. Apesar de Washington ter sugerido modificações para afastar os receios da Rússia, as mudanças concebidas não diminuem a preocupação do lado russo. Assim, a base área na Bielorrússia pode ser uma resposta à aparente ameaça norte-americana.

Diante das especulações, o presidente bielorrusso Aleksandr Lukachenko se adiantou dizer que os exercícios militares russo-bielorrussos “Oeste 2013”, marcados para setembro deste ano, não atentam contra os poloneses, países bálticos nem a Otan. “Mas se eles empreenderem algumas ações inamistosas contra nós, haverá retaliações”, arrematou Lukachenko.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Aprender russo de graça

Confesso que não sei se o curso é sério. Consta dos anúncios do Google. E aprender qualquer língua de graça é bastante tentador, não? Imagine, então, aprender algumas palavras em russo e poder ir para Moscou e paquerar aquelas loiras que fazem sucesso no mundo todo? Está bem, acho que exagerei. Vamos mudar um pouco o enfoque. Imagine aprender russo e poder conversar com os cidadãos de Moscou em frente ao Kremlin. Soa melhor assim, não é?

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Comissão quer que EUA respeitem a vida dos prisioneiros em Guantánamo

Foto: Rádio ONU

Um grupo de especialistas independentes da ONU sobre direitos humanos afirmou, esta que os Estados Unidos devem respeitar e garantir a vida, a saúde e a integridade física dos prisioneiros da base naval de Guantánamo, em Cuba.
A Comissão Interamericana sobre Direitos Humanos disse que recebeu informações a respeito dos danos físicos e psicológicos causados nos detidos pela indefinição de aspectos básicos de suas vidas. (...)

Os especialistas pediram ao governo americano que adote medidas concretas para acabar com a prisão, por tempo indeterminado, de pessoas. Eles querem que os detidos sejam libertados ou processados de acordo com os princípios e padrões da lei internacional de direitos humanos. (...)

Segundo ele, essa situação causa um estado de sofrimento, estresse, medo e ansiedade que, por sí só, constituem uma forma de tratamento cruel, desumano e degradante. (...)

O relator especial da ONU sobre contra terrorismo, Ben Emmerson, chamou a atenção para o fato de o governo americano ter admitido que, pelo menos, 86 prisioneiros foram liberados para transferência
Emmerson afirmou que isso significa que todas as agências e autoridades de segurança americanas concluíram que esses detidos não representam qualquer ameaça ao país.

Para ler a matéria na íntegra, acesse o site da Rádio ONU - clique aqui.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A ditadura lida por dentro

OUTRAS PALAVRAS
Alexandre Pilati

Romance de Bernardo Kucinski escava com atualidade e vigor literário o terror da ditadura brasileira

Lê-se o romance K. (Expressão Popular, 2011) de Bernardo Kucinski de um fôlego. Envolvente, o conjunto de fragmentos de que a narrativa se compõe abraça o leitor e pede dele atenção grave, sentimento operante e uma resposta comprometida. Tudo isso porque reconta, sob uma forma literariamente tensa, a busca de um pai pela filha desaparecida nos anos 70 durante a criminosa ditadura militar brasileira. Dado o tema, haverá quem reconheça no livro, de imediato, um mérito histórico, ligado ao resgate de um conjunto de questões que nunca será demais repisar: a tortura, os assassinatos, os crimes perpetrados por um sistema de opressão bem montado e com tonalidades próprias de perversão, as quais configuram a nota específica do terror institucional à brasileira. Outros dirão talvez que há muito valor nos traços universalizantes da narrativa, que articula a tragédia histórica do nazismo ao golpe brasileiro e seus atos de baixeza, escavando a natureza humana subjetiva em abstrações tais como a perda, o luto, a saudade, o amor entre pai e filha. Haverá ainda aqueles que destacarão a potência literária do livro, sua forma inquieta, não tradicionalista de oscilar narradores e transitar entre perspectivas narrativas distintas de que derivam estilos também distintos, num modo muito próprio de lidar com a memória. Mas é claro que uma leitura K. que se pretenda suficientemente profunda e abrangente não poderá considerar cada um desses aspectos isoladamente, sob pena de suprimir aquilo que podemos chamar de “a sua força contemporânea”. Tal força está precisamente na maneira como a narrativa se organiza e não, de maneira isolada, pelos seus méritos de denúncia e de reconstituição histórica de um tempo nefando. Esta força está em como ficção e história se articulam no romance em função de uma forma narrativa capaz de descortinar a vida que flui imperfeita, sob as aparências às vezes ambíguas que o tempo vai adesivando nos fatos, o que comumente favorece o bloqueio de sua inteligibilidade.

De cara, o romance propõe uma discussão que envolve fato e ficção, história e narrativa literária. A frase que inicia o aviso ao leitor que funciona como epígrafe do livro não deixa dúvidas quanto à intenção que a obra tem de instaurar uma inquietação para o leitor. A interpelação é dialética, como se reconhecerá: “Tudo neste livro é invenção, mas quase tudo aconteceu.” A armadilha ao leitor descuidado está no fato de que “invenção” em literatura não significa delírio ou evasão. Invenção ou fabulação são a matéria fundamental da ficção, são a base contraditória da obra literária que é a um só tempo mimese e poiese, como já ensinou Aristóteles há tantos séculos. Trocando em miúdos, a obra literária é imitação do real que se dá não apesar da fabulação, mas sim através da invenção. A esse respeito diz o autor: “Deixei que lembranças fluíssem diretamente da memória, na forma como lá estavam, há décadas soterradas, sem confrontá-las com pesquisas, sem tentar completá-las ou lapidá-las com registros da época.” Assim, o que o romance K. nos apresenta é, além de um dilacerado painel do tempo, uma grande problematização do fazer literário. Usando os elementos do romance, diríamos que a ditadura não é simplesmente relatada, documentada, exposta ou representada objetivamente por Kucinski. Em seu romance o que se vê é, de forma franca, a subjetividade, a dimensão mais íntima de um autor-narrador, filtrando os fatos da objetividade, nunca em detrimento da verdade histórica, mas sempre a favor de uma exposição tensa e vívida dela.

O dado formal fundamental da obra é a sua dinâmica narrativa, que se estabelece num movimento tenso entre tendências e formas dispersivas, por um lado, e, por outro, elementos unificadores. Também nesse ponto as palavras do autor são bastante esclarecedoras: “A unidade se deu através de K. Por isso, o fragmento que o introduz inicia o conjunto, logo após a abertura. E o que encerra suas atribulações está quase no final. A ordem dos demais fragmentos é arbitrária, apenas uma entre as várias possibilidades de ordenamento dos textos.” O que o leitor verá, portanto, é um conjunto de fragmentos, aparentemente postos em movimento de dispersão, que, no entanto, têm a unidade entre si garantida, em primeira instância, pelo elo que é a personagem K. Nesse dado formal encontramos uma adequação do autor a certa tendência à dispersividade narrativa do romance contemporâneo. Aí está, pois, um bom sintoma de sua atualidade. Entretanto, seria bom alertar que K. não é apenas um romance atual e sim um ótimo romance contemporâneo. Pensar assim passa por reconhecer um outro nível da dinâmica dispersão-unidade, que não está expresso pelo autor, mas que pode ter sido por ele intuído, uma vez que está excelentemente formalizado na obra.

Uma breve contabilidade descritiva dos capítulos dará a ver melhor este outro nível da referida dinâmica. K. é composto por 29 fragmentos narrativos. Desses, 15 fragmentos, ou seja mais da metade, apresentam uma voz narrativa em terceira pessoa e apresentam como personagem central o próprio personagem K., o pai que busca a filha desaparecida. Nesses fragmentos, apresenta-se uma tensa relação de distanciamento e aproximação do personagem, o que dá eles uma profunda humanização do relato. A intimidade entre narrador e personagem, embora sutil, é profunda e verifica-se uma empatia de alta sensibilidade entre eles, o que é determinante para a eficácia estética não apenas desses fragmentos, mas também da obra como um todo. Outro grupo significativo de fragmentos é aquele composto pelos 5 textos escritos também em terceira pessoa, mas que, diferentemente daquele grupo majoritário, não têm o personagem K. como protagonista. Os protagonistas são diferentes em cada um deles: um agente do terror, uma faxineira da casa de tortura, um general cassado, os professores em reunião de colegiado na universidade. Aqui a relação entre narrador em terceira pessoa e personagem se dá mais pela via da mediação crítica e avaliativa, do que pela via da subjetividade sentimental, como no caso dos fragmentos dedicados predominantemente a K. Há ainda um outro grupo de fragmentos em que a narrativa encontra-se em primeira pessoa, ou seja, os próprios personagens protagonistas falam, expondo a sua história. São eles: o pai do genro de K., que desfia saudade em um tom simples e tocante; um agente da polícia estúpido, que não sabe o que fazer com a cadela do casal assassinado; alguém que reflete sobre a busca inútil pela filha, que pode ser o próprio K. (ou quiçá o narrador daqueles primeiros fragmentos onde ele era o protagonista); o perverso delegado Fleury e, por fim, a amante do delegado torturador. Nesses fragmentos a notação ficcional se acentua, como forma de evidenciar as forças humanas em jogo numa sociedade massacrada pelo terror institucionalizado. Completam o quadro dos 29 fragmentos ainda duas cartas, uma do personagem Rodriguez e uma da personagem A., além de dois textos que poderiam ser creditados ao próprio autor, uma vez que evidenciam certos princípios e sentimentos que catalisam a produção do romance, falando da permanência fantasmática da personagem desaparecida e de uma resistência do sistema opressor mesmo em tempos de propalada democracia. No fim das contas, esses dois fragmentos, postos no início e no fim do livro, dão-lhe a moldura histórica e motivacional, evidenciando claramente a consciência do autor relativamente à contemporaneidade de sua obra. São ainda esses fragmentos sintomas da presença unificadora de um autor-narrador (ou autor textual) absolutamente consciente dos mecanismos que atuam no caleidoscópio narrativo que vai montando aos olhos do leitor, num processo que sempre revela as marcas da reflexão profunda que empreende acerca do fazer literário em tempos de ignomínia normalizada como instituição de governo.

A respeito dessa pluralidade narrativa, em jargão de crítica literária, diríamos que este é um modo de bem trabalhar com tensões e oscilações de tendências autodiegéticas, heterodiegéticas e homodiegéticas. Ou seja, com narradores que contam seus próprios feitos na condição de protagonistas; com narradores que contam feitos de outrem a uma relativa distância dos acontecimentos e com narradores que têm algum comprometimento com a história, embora dela tenham participado. Desse modo, em dínamo oscilante, dilata-se e amiúda-se a distância de empatia entre narrador e personagem, provocando um movimento de sentimento e experiência vital também no leitor. Vê-se, pois, que K. é construído a partir de uma eficientíssima pluralidade de pontos de vista narrativos e de gêneros literários, que movimentam-se nos meandros da recolha documental e a fabulação a serviço sempre de um resultado capaz de dar a ver a força da História. Assim, trata-se de uma multiplicidade que não serve ao delírio de invariância que caracteriza o grosso da narrativa pós-moderna. Tal variedade está amarrada ideologicamente fortemente pela presença grave e comprometida desta entidade que aqui chamamos de autor-narrador. Portanto um bom nome para essa peculiaridade estética do romance de Bernardo Kucinski é multiplicidade convergente, pois todas as versões apresentadas nos 29 fragmentos da obra convergem para uma verdade: o massacre articulado, sistêmico e institucional perpetrado pelo regime de terror da ditadura brasileira, o qual, de outra forma jamais seria com o mesmo teor de tensão revelado. Das suas virtualidades estéticas, pois, K. extrai a sua concretude política, que não deixa de ser uma aposta na força da História e na necessidade de que ela se construa como algo além do factual, exatamente para ser mais verdadeira. Estamos nas vizinhanças dos 50 anos do Golpe Militar de 1964 e K. deve ser visto como uma lição contemporânea acerca da vigilância relativa à compreensão do passado, nem que seja por meio do filtro da ficção. Esta, aliás, talvez a melhor forma de entender o massacre subjetivo dos regimes de exceção, uma vez que propõe uma leitura interpretativa da História não apenas a contrapelo, mas por dentro de seu obscuro bojo.

*Alexandre Pilati é professor de literatura brasileira da Universidade de Brasília. Poeta e crítico literário é autor, entre outros, de A nação drummondiana (7Letras, 2009).

terça-feira, 1 de outubro de 2013

‘Sem voz ativa, Brasil é colônia dos grandes conglomerados internacionais das telecomunicações’

Valéria Nader e Gabriel Brito

Em meio a diversos planos de investimentos que visam manter ‘aquecida’ a economia brasileira e seu respectivo ciclo de ascensão recente, como nas infraestruturas de diversos setores, o governo pretende também contemplar, ainda sem saber como, o setor das telecomunicações, altamente lucrativo e oligopolizado por poucas empresas.

Para analisar a situação do momento, o Correio da Cidadania entrevistou o jornalista Samuel Possebom, estudioso das comunicações e editor da revista Teletime. Para o jornalista, os novos investimentos em vista não necessariamente configuram uma nova rodada de privatizações do setor, cujas concessões de prestação de serviço de telefonia fixa e móvel, além de internet, vencem em 2025. O problema maior neste sentido reside, segundo Possebom, na ambiguidade da lei das privatizações de 1998, que deixa margens para dupla interpretação sobre a questão da reversibilidade dos bens da União cedidos à iniciativa privada.

O jornalista alerta, no entanto, para o importante fato de que, a despeito da série de informações e notícias recentes, o governo ainda não tem definido o modelo de execução dos investimentos no setor. Decorre desta indefinição a possibilidade de que os investimentos em uma nova infraestrutura não estejam sujeitos às regras das concessionárias. “Tal política estaria regida pela Lei do Regime Privado e, portanto, sem bens reversíveis, controle tarifário e universalização, entre outros princípios inerentes às regras das concessões”, ressalta Possebom.
Lamenta ainda o jornalista o fato de o Brasil não se constituir hoje, de forma alguma, um ‘player’ global de relevância no setor, uma vez que todas as grandes empresas estão sob controle estrangeiro: “O Brasil é simplesmente uma colônia dos grandes conglomerados internacionais das telecomunicações, sem nenhuma voz ativa no processo”. Do que decorre, ademais, graves implicações financeiras e orçamentárias em um momento de acirramento da crise econômica global: “Se for analisar, todos esses grupos que atuam no Brasil têm dívidas que somadas superam 100 bilhões de euros. Isso os faz pressionarem o Brasil pela remessa de mais dividendos aos acionistas de fora”.

Quanto ao acesso à internet, Possebom ressalta que o governo não tem a universalização da banda larga como meta, deixando ao mercado a missão menor de apenas massificá-la, dentro de suas próprias diretrizes e dinâmicas, inclusive por meio do acesso via celular. “O crescimento apresentado pela banda larga, desde o início do Plano Nacional de Banda Larga, se deu muito mais pelo desenvolvimento do próprio mercado, nos poucos lugares onde existe concorrência”.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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