quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

PESQUISAS DOS PAÍSES RICOS ANALISAM O AQUECIMENTO GLOBAL, MAS E O BRASIL?


Um estudo publicado hoje no jornal britânico The Guardian revela que a circulação do Oceano Atlântico é a mais fraca em mil anos, o que pode ocasionar condições climáticas mais extremas, seja com tempestades muito fortes, um frio mais intenso ou um calor insuportável com grave seca, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, inclusive com elevação do mar na costa leste estadunidense, aumento de furacões e mudanças sem precedentes em toda a região banhada pelo Oceano Atlântico, afetando a vida marinha e as populações de peixes.

Um dos sistemas de circulação oceânica do mundo, chamado de AMOC, transporta água quente de superfície do Golfo do México para o Atlântico Norte, onde esfria e se torna mais salgada, até afundar ao norte da Islândia. Essa circulação também é acompanhada de ventos que levam um clima ameno e úmido para muitos países da Europa Ocidental.

Porém, com o aquecimento global e as altas emissões de gases do efeito estufa, essa circulação oceânica está se enfraquecendo.

A corrente de jato, que ocasionou o frio intenso em toda a Europa, é afetada diretamente pelo aumento das temperaturas no Ártico. O Ártico com temperatura mais quente acarreta correntes de jato fracas, o que favoreceu o frio intenso no sul do continente Europeu e a elevação de temperatura no norte da Europa.

O aquecimento da região polar também afeta a AMOC, interrompendo o seu fluxo com o despejo de enormes quantidades de água gélida no sul da Groenlândia.

O clima está esquentando em todo o mundo e pesquisas dos efeitos do aquecimento global sobre os países mais ricos é constante, como se percebe.

E no Brasil? Temos estudos sobre os efeitos sobre a nossa agropecuária, tão dependente das chuvas e do clima?

E de nossas grandes cidades, majoritariamente situadas na zona litorânea ou a poucos quilômetros do mar, mais suscetíveis a inundações e danos ocasionados pelo maior volume do Oceano Atlântico, com o crescente degelo dos polos? A atividade de pesca seria afetada? O que poderíamos fazer para evitar esse agravamento?

O fato é que não fazemos pesquisas e não nos planejamos para o futuro previsível, e isso poderá por fim a qualquer crescimento brasileiro, tão dependente principalmente da agropecuária.

Cuidar de nossas matas, rios, lagos, fauna e água doce é uma atitude não apenas inteligente, mas necessária, para nos garantir um mínimo de possibilidade econômica no futuro próximo que promete ser muito mais quente e com menos água!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

PALESTINOS, OS EUROPEUS ARABIZADOS PERSEGUIDOS PELO SIONISTAS EUROPEIZADOS E INTERESSES ECONÔMICOS


Ao lado de prisões de crianças, muitas com 6 ou 8 anos de idade, agressões a idosos, destruições de plantações e de casas palestinas, cada vez mais países cedem a pressões para reconhecer Jerusalém como a capital “indivisível” de Israel, detruindo de vez qualquer sonho palestino de independência e dignidade.

A questão palestina e todo o sofrimento desse povo é esquecido cada vez mais pela mídia, pelas pessoas e pelos Estados, inclusive árabes.

Em 1947 a ONU determinou a criação de dois Estados naquilo que era a Palestina sob mandato britânico. Ao mesmo tempo em que grupos terroristas judaicos expulsavam palestinos, mais e mais judeus europeus chegavam ao território britânico da Palestina.

A Palestina, como era chamada a área onde hoje ficam os territórios palestinos e de Israel, estava sob a ocupação britânica.

Antecipando-se à decisão da ONU, os judeus declararam a independência do Estado de Israel, enquanto a Palestina ainda continuava sob a força de ocupação britânica.

Exércitos de países árabes recém libertos saíram em defesa dos palestinos e Israel saiu vitorioso e, dia a dia, foi ocupando mais áreas palestinas e de vizinhos árabes.

Hoje, os palestinos agrupam-se em pequenas áreas não contíguas. Áreas da Cisjordânia, que deveriam ser integralmente palestinas, estão ocupadas por colonos israelenses e o que era a Cisjordânia não se comunica com a faixa de Gaza, ambas drasticamente diminuídas em relação ao Mapa determinado pela ONU.

Os israelenses, hoje, ocupam áreas palestinas, exercem barreiras e força policial em toda a Palestina e se julgam no direito de prender crianças, mulheres, jovens e idosos sem mandado judicial e sem qualquer direito a julgamento e também o de destruir casas e plantações de palestinos.

Milhões de palestinos refugiados em países árabes vizinhos e no mundo afora são proibidos pelos israelenses do direito de retorno. E são proibidos de retornar não à área reconhecida como Israel, mas à própria Palestina declarada pela ONU.

A Israel determinada pela ONU é uma muito menor em relação à Israel de hoje, que expandiu-se sobre áreas libanesas, sírias e palestinas.

Graças a essa pretensão expansionista do Estado de Israel, os sucessivos governos daquele país têm sido chamados de sionistas, movimento surgido no final do século XIX e que defendia, desde então, a criação de um Estado para os judeus e que abrangesse o que julgam pertencer ao antigo Reino de Israel.

O antigo reino de Israel, segundo os sionistas, vai muito além do mapa determinado pela ONU e muito além da área hoje ocupada por Israel. As fronteiras desse país, hoje, não têm limites e estudiosos afirmam sobre o interesse das forças militares israelenses sobre o Líbano como um todo, parte da Síria e até da Jordânia.

Mas o mundo se cala perante tamanha desumanidade, e por qual motivo?

Muitos países árabes voltaram a manter relações diplomáticas com Israel por razões geopolíticas, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, mais preocupados com que a violência que exercem sobre minorias não sejam divulgadas no mundo afora, em especial Marrocos em relação ao povo do Sahara Ocidental e Bahrein em relação à maioria xiita.

Mas muitos países também têm cedido a Israel por motivos econômicos, já que esse país é uma potência nas áreas tecnológica e bélica.

Vêm diminuindo o número de países que defendem integralmente a causa palestina e daquele povo. E os palestinos correm o risco de serem abandonados à própria sorte.

Lembre-se que segundo os cientistas, os palestinos descendem de povos muito antigos de origem grega que por lá se fixaram milhares de anos atrás. Esses povos estiveram sob o jugo cananeu, filisteu, árabe, cruzado, turco-otomano, britânico e agora sob a dominação israelense. Os palestinos se declaram árabes devido à arabização ocorrida com o tempo e durante toda a sua história estiveram ligados à região que habitam, muito antes da islamização ocorrida por todo o Oriente Médio. A sua capital, que seria Jerusalém, hoje está sob ocupação Israelense, que pleiteia a sua integralidade e o reconhecimento como sua capital.

Os palestinos, um povo de múltiplas fés que defendeu Jerusalém contra o radicalismo entre cruzados e islâmicos, hoje está sendo derrotado pela traição de alguns países árabes, pelo radicalismo sionista e por interesses econômicos de outras nações.

A violação aos direitos humanos e humanitários naquela área é crescente, dia a dia, mas os palestinos não desistem de lutar pacificamente, através de sua cultura, na manutenção de suas raízes e de uma tolerância que um dia se fará brotar por todo aquele território, fincando a paz em toda a região, bem como tornando realidade o direito à sua autodeterminação como povo e Nação.

Numa estranha contradição, os europeus arabizados, que são os atuais palestinos, são perseguidos pelos sionistas europeizados que se declaram judeus.

A questão, portanto, exige acima de tudo compreensão e tolerância em relação a uma questão tão complexa como a que se apresenta.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

BOLSONARO, UM ALTÍSSIMO RISCO!


Que o governo Bolsonaro é um risco ao Brasil, 70% já sabem! É um enorme risco às instituições democráticas, à harmonia dos poderes, ao progresso civilizatório, à ciência, à cultura, à educação, às minorias, a muitas religiões, principalmente às espiritualistas e de matizes africanas, ao Judiciário, ao Legislativo e, principalmente, se espantem, ao Exército, o mesmo que o apoia incondicionalmente.

Bolsonaro é um risco ao Exército e às polícias, federal, civil e militares porque está permitindo o armamento, através de seus decretos recém baixados, com dezenas de armas por habitantes, principalmente caçadores e atiradores (e quem seriam caçadores e atiradores, qual o controle que se tem disso?) sem a necessidade do registro das armas no Exército (o que era até então necessário).

Armar a população arma tanto os que apoiam Bolsonaro quanto os que o odeiam. Arma cidadãos "de bem" (que termo antiquado...) e bandidos. Além de fomentar a agressividade e a falsa sensação de segurança, o armamento descontrolado gera perigo às polícias e ao próprio Exército, já que permitiria que grupos criminosos, como grandes quadrilhas e organizações criminosas, como o são os grupos de tráfico e de milícias, se armassem facilmente, sem dispender grandes recursos para trazer armamentos ilegalmente do exterior.

Não se esqueça de que aos caçadores e atiradores são autorizadas várias armas de grosso calibre.

O que Bolsonaro propõe não é a sensação de segurança individual, que pode se discutir se ocorreria com uma arma ou com o fortalecimento da segurança pública, mas é o armamento descarado de grupos, onde se destacam, como sempre no Brasil, os grupos criminosos.

Com tantas armas e sem controle algum, o risco à segurança pública e às polícias torna-se evidente e cristalino, seja pelo aumento de homicídios e de crimes de sangue, seja pela criminalidade geral, que demandará ações pontuais e também individualizadas que desgastam e consomem os serviços policiais. Isso sem falar no risco ocasionado pelo fortalecimento e treinamento paramilitar de grupos extremistas, algo que já deveria estar sendo acompanhado pela ABIN e pelos serviços de inteligência de nossas Forças Armadas e Polícias, incluindo a Federal.

Mas o perigo gerado por Bolsonaro não para por aí.

O extremismo defendido, aliado ao armamentismo desenfreado sem controle, é um risco também às democracias de nossos vizinhos. Qualquer instabilidade séria no Brasil pode acarretar o contrapeso do surgimento, em cadeia, de governos autoritários pela América Latina, que visariam o controle da população e de cada país desse continente ou, no mínimo, da criação de grupos paramilitares e extremistas altamente armados, como está ocorrendo no Brasil, atualmente.

O descontrole que o governo Bolsonaro provoca, principalmente em questões sensíveis, como Amazônia, mineração ilegal e consequente contaminação de lençóis freáticos e de rios amazônicos, gera alto potencial de risco de intervenção militar estrangeira no país, e não se fala apenas do risco de intervenção dos Estados Unidos ou OTAN, que inclui países Europeus, mas da própria China, já que todos os países representados têm grandes investimentos e interesses no país. Explicarei de forma breve e com certo detalhamento a seguir.

Se à Europa, principalmente à Grã Bretanha e à França, a expansão agrícola do Brasil é um risco econômico, principalmente para os produtores locais daqueles países, para todos os países mencionados, em destaque os que integram a OTAN e os Estados Unidos, a preservação da Amazônia é ato simbólico representativo do combate ao aquecimento global e aos riscos que ele engloba.

Aos Estados Unidos, seja por suas empresas com concessão de exploração, ou por interesses geopolíticos do governo, a qualidade da água potável da região é de alto interesse, o que é ameaçado pela expansão agrícola desenfreada e pela mineração ilegal. Não se pode esquecer de que água potável é algo que deveria ser cuidado com todo o zelo e que, a cada dia que passa, se torna mais escasso no planeta. O olho das grandes potências na Amazônia não se dá apenas pela grande floresta, mas pela grande reserva de água que há na região amazônica brasileira. É o nosso verdadeiro ouro líquido.

Além disso, a instabilidade política regional gerada por Bolsonaro no chamado quintal dos Estados Unidos, leia-se América Latina, com risco de espraiamento de regimes autoritários pelo continente, é um perigo que o Pentágono terá que enfrentar muito em breve, e enfrentar através de ações pontuais de sua inteligência ou até mesmo por pressão ou por ações armadas.

Porém, o maior perigo ao democrata Joe Biden é se deparar com um governo de extrema direita que fomenta o armamentismo e discursos de ódio, ao modelo do presidente golpista Donald Trump, em pleno continente americano. Grande ala política dos Estados Unidos e até mesmo no Brasil tem fomentado o discurso de que Bolsonaro só chegou ao poder graças ao abraço amigo de Donald Trump e de seu ideólogo Steve Bannon, daí o motivo de tanto amor e devoção de Bolsonaro por Trump. O fim do governo Bolsonaro não apenas agrada aos democratas, mas se torna vital à própria existência pacífica da democracia nos Estados Unidos, já que a extrema direita mundial, avessa a valores democráticos e humanistas, como já se sabe, se auto fomenta com discursos, apoios e financiamentos externos. Ou seja, enquanto existir um governo de extrema direita que controle uma grande economia, o risco de financiamento e de apoio, por estratagemas e discursos, à extrema direita americana continuará, por mais que a inteligência interna dos Estados Unidos esteja alerta ao movimento dos ativistas extremistas em seu próprio solo.

À China, que fez altíssimos investimentos nos mais diversos setores brasileiros, que necessita da importação de grande quantidade de minério brasileiro para a produção industrial e de enorme quantidade de grãos e carne para o consumo de sua população e de animais, o descontrole e o risco ocasionados por Bolsonaro e o seu discurso anti-China também a colocam em alerta. 

O fim do governo Bolsonaro não agrada apenas a 70% da população brasileira, às instituições democráticas e ao próprio Exército e polícias dos diversos órgãos federativos, mas às grandes potências do globo. O risco que Bolsonaro causa ao povo, à democracia e ao mundo não é pequeno. 

Ele traz consigo o risco de guerra, não apenas interna e regional, mas até mesmo de intervenções militares estrangeiras! E se um país invadir, outros também poderão fazê-lo para defender os seus próprios interesses. Os brasileiros deveriam estar em alerta máximo! O risco não é uma brincadeira ou mera suposição! Muitos estudiosos que lidam com questões de geopolítica já falam abertamente em alto risco de guerra, incluindo aí a primavera à brasileira, que já estaria em andamento. Espera-se que a qualificada inteligência militar brasileira e os seus bons estrategistas já tenham alertado o seu alto comando! Os militares devem parar imediatamente de apoiar essa aberração política, sob pena de enfrentarem muito em breve as graves consequências de sua irresponsabilidade e de uma guerra que poderá estraçalhar o território brasileiro, como já previa Chico Xavier, falando porém em guerra mundial!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O que nos espera? Muita coisa. Algumas boas e outras nem tanto. Ouso apontar sem fazer teste de futurologia, mas como reflexo lógico dos fatos passados e presentes.


2021 poderá ser o ano em que o Brasil se tocou de tudo de errado que fez, ou não! Viveremos o embate entre o ridículo e o correto, a morte e a vida, o individualismo exagerado e a noção de cidadania e brasilidade. Nos tocaremos que grande parte da elite só pensa nela e muito pouco no Brasil. E veremos o Brasil patinar na economia e em tantas outras questões. A esquerda crescerá muito, mas em 2022, e não falo propriamente em PT, e como contraponto a tudo o que o governo atual está desmantelando, destruindo e incapacitando, com reflexos na renda do brasileiro, na economia, na desindustrialização, no desemprego, na cultura, na saúde e na sensação de estarmos sempre para trás. 

O Exército, que deu o golpe para a implantação da República e que tantas vezes assumiu o poder à força, e que massacrou nossos irmãos paraguaios e praticou a degola em milhares de brasileiros em Canudos, passará ainda mais vergonha ao lado desse governo maléfico e propositalmente incompetente. E precisará se reinventar.

Talvez daí possa surgir um movimento de políticos e militares realmente nacionalistas, que estudem geopolítica atual e que se preocupem com o rumo das coisas, sem preocupar-se com regimes ou sistemas, mas com brasilidade.

Enquanto isso, a Argentina cresce e se desponta como a economia que mais crescerá nos próximos 20 anos na região, graças ao investimento massivo chinês e aos projetos do governo nacionalista. A gigante Europa se enfraquecerá aos poucos, sugada pela economia cada vez mais decadente (no sentido de estar perdendo a liderança econômica para a China) dos Estados Unidos.  A Ásia continuará a ter cada vez mais países com economia crescente, graças ao investimento e parcerias com a China, e o mesmo ocorrerá com poucos países da América Latina.

O Brasil seguirá isolado, com uma economia em declínio ou, no máximo, estagnada. Deixaremos de ser a China do hemisfério sul, como diziam os estadunidenses, para nos tornarmos um Sahara, quase sem vida. Falta pouco para isso.

Talvez, e agora digo como fruto de sonho, o Sahara Ocidental e a Palestina consigam uma pacificação e o surgimento de Estados-Nações para os povos sofridos e apátridas daquelas regiões, algumas das últimas colônias do planeta, uma na África e outra no Oriente Médio.

Ao mesmo tempo, a ciência despontará e propiciará grandes avanços tecnológicos. E a humanidade poderá vir a ter contato com a sua história de forma única, e descobriremos que há muitas surpresas boas em tudo o que nos contaram e fizeram crer, na Era que poderá vir a ser chamada de Era da Revelação, mas isso talvez dentro de meses, anos ou décadas.

Sem fazer futurologia, é o que a lógica impõe, como consequência dos eventos presentes e também passados. Se tenho razão ou não, só a linha cronológica imaginária que nos circunda e à qual denominamos tempo dirá.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

TRABALHO, O COMPLEXO E CONTRADITÓRIO DESTINO DE CADA ALMA

Queria entender o motivo e a necessidade que tenho de dormir tão pouco, menos de 4 horas diárias, e de produzir tanto. Não paro de trabalhar um instante, sequer!

Tenho o meu trabalho de advogado público que é realmente desgastante, pois exige um raciocínio mental complexo e aprofundado para cada questão apresentada nos processos, mas isso não inibe que ainda tenha um pouco de energia para produzir textos para esse blog e vídeos para o canal VAMOS TV.

Trabalho praticamente 20 horas diárias, ou mais, mesmo nas horas das refeições, onde continuo a pensar, refletir e a escrever sem dar pausa à mente que visivelmente está sobrecarregada, necessitando de relaxamento.

Talvez o verdadeiro motivo de produzir incessantemente seja querer deixar a marca da minha alma em tudo o que produzo, reflexo de um possível medo de já não estar por aqui em um dado momento.

A história é reflexo dessas marcas, marcas das almas de pessoas que por aqui passaram. Quaisquer conquistas também são frutos dessas marcas, assim como as histórias narradas em livros, filmes ou novelas e até em propagandas. Em tudo o que aqui existe construído pela mente humana há a marca de cada alma que ajudou em sua produção, de cada alma que por aqui caminhou.

Em sua complexidade, a vida terrena resulta repleta de marcas de Espíritos que por aqui já não se encontram. Enxergando por uma via poética, o que vivenciamos é fruto da conquista e da história de almas dos antepassados, e nós damos continuidade a essa história, numa sequência que parece eternizar os Espíritos dos que por aqui já estiveram. A história da humanidade talvez seja a marca e a revelação de todo o conjunto de Almas que nenhuma religião conseguiria, por si só, arrebanhar.

Talvez a necessidade que tenho de aprender também resulte nesse trabalho incessante. Produzo para me aperfeiçoar e aprender, para tornar os futuros textos mais claros, os seguintes vídeos mais interessantes e os pareceres que virão mais objetivos e precisos. Aprendo mais a cada dia com o que produzo, assim como cada um de nós com o que edifica. Talvez me aperfeiçoe efetivamente, talvez não. Mas aprendo, ainda que não consiga por em prática tudo o que assimilo com a vida e com a reflexão incessante trazida pelo trabalho mental de questionar o que já foi vivido, produzido e apresentado.

O trabalho incessante significa querer mais, mas não para mim, mas para o que deixarei pelo trabalho, seja ele assim chamado ou não, que na verdade é uma doação da alma, como quase tudo o que fazemos ou deixamos.

Talvez o trabalho seja uma terapia em época de pandemia. Talvez o trabalho, enfim, seja tudo isso: a necessidade de produzir incessantemente para aprender, doar, desgastar-me e relaxar, numa complexidade e contradição tão profundas como é a própria vida em todas as suas possibilidades.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

EXTREMA DIREITA: INTOLERANTE E PERVERTIDA

Se há uma palavra que define com exatidão a extrema direita, essa é a intolerância.

Tolerância, ao contrário, é a base para um convívio em sociedade, com pensamentos díspares. Tolerância também é a base inicial da fé, de aceitar os diferentes e fatos que nos desagradam, já que a verdadeira fé nos ensina a não julgar e, na maior parte das vezes, a aceitar. Tolerância é uma característica que nos liga à maternidade, de aceitação e acolhimento.

Os intolerantes julgam; são favoráveis às armas; às milícias armadas; aos governos totalitários; a processos eugênicos, de “aperfeiçoamento da raça”; à imposição de padrões sociais e morais; e se julgam moralmente superiores.

A extrema direita representa o narcísico que pretende o belo e repele o que não se iguala ao que supõe ver em si. Embora cite liberdade, na verdade a odeia. Odeia o diferente. Odeia o pensamento aprofundado. Odeia a vastidão do Universo e a ciência que explica e modifica conceitos. Odeia o amor que acolhe e modifica, assim, a lógica retilínea. A extrema direita ama ver o homem másculo e a mulher sem sensualidade.

A extrema direita precisa ser analisada no banco, dos réus e dos psiquiatras.  É perigosa por não ver em si a contraposição ao próprio conceito de sociedade e democracia. É o movimento contra a história da humanidade e sua evolução. É o símbolo de uma perversão sexual que retira das mulheres a sensualidade e a liberdade, escondendo em si a também perigosa característica de perversão sexual que engrandece o másculo e o masculino em detrimento do feminino.

Não há características mais maternas e algumas exclusivamente femininas que o amor, a compreensão e a sensualidade de um olhar brilhante, rechaçadas pela extrema direita.

A extrema direita ama o masculino e o endeusa. E, por mais que pareça antagônico, é composta por homens que se dizem “machos”. Será? Freud a explicaria em essência.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

IMPEACHMENT, QUESTÃO DE TEMPO!


O Brasil vivencia um dos momentos mais graves de corrupção, e com um presidente que foi eleito prometendo à população mudar o jogo político e não fazer o velho "toma lá, dá cá".

Após demitir o ministro símbolo da luta anticorrupção (para muitos) e ter revelados laços de amizade com milicianos, além da prática corrupta da rachadinha, o governo gasta bilhões comprando votos para colocar um presidente da câmara dos deputados que seja contra o impeachment. As pautas econômicas pouco importam, como se verá com o tempo.
 
3 bilhões de reais foram gastos com as nada isonômicas emendas parlamentares, onde os deputados fieis ao senhor presidente receberão quantias astronômicas para investir onde e como quiserem, enquanto os demais enfrentam a perseguição nas mídias sociais e o país vivencia um grave desemprego; pessoas sem ter o que comer; carestia geral, impactando principalmente nos combustíveis, alimentos, gás e energia elétrica; enorme entrada legal e ilegal de armas; fortalecimento das organizações criminosas, incluindo as milícias; saída de capital estrangeiro e de empresas; fechamento de empresas e de vagas de emprego; diminuição drástica no investimento em cultura e ciência e tecnologia. Esse é o Brasil de Bolsonaro, um governo voltado não à governança, mas tão somente a condições políticas que permitam a sua reeleição e de seus filhos.

Com Arthur Lira não se abrirá um processo de impeachment (ao menos tão imediatamente) e Bolsonaro jogou pesado nisso. Não confiava em Rodrigo Maia, um deputado que alavancou as votações nas pautas econômicas e agradou o mercado. Com Lira, sem uma vontade do governo, talvez isso comece a desmoronar e o mercado perceba o engodo em que se meteu.

Lira é um velho deputado do famigerado centrão, que gerou as últimas ondas de corrupção que abalaram o país (petrolão, mensalão...). Cerca de um quarto dos deputados, apoiadores do Bolsonaro, são investigados pela Justiça. Além de receberem muito dinheiro, ocuparão ministérios e postos chave de comando no governo Bolsonaro, ao lado da irracional extrema direita. Que governo!

Mas até quando durará isso? O governo Bolsonaro, isolado internacionalmente e criticado por sua postura em relação ao tratamento dado ao meio ambiente e à pauta de direitos humanos, incluindo aí a imprensa, poderá vir a sofrer sérias sanções dos Estados Unidos e Europa, o que lhe acarretaria graves prejuízos de ordem econômica, com a diminuição das exportações e do investimento internacional.

A última coisa que o Brasil precisa, nesse momento, é de sanções internacionais.

Porém, o pretenso monarca que preside o Brasil só pensa em um longo governo, com uma reeleição ou, se não for possível ganhar legitimamente, através de um golpe, como já deu a entender diversas vezes ao dizer que não aceitaria não ganhar as próximas eleições e ao apregoar o fechamento do Congresso e intervenção no Supremo Tribunal Federal. Alguns militares, exemplos do que há de pior no pensamento da ala militar, se divertem ao lado dos filhos do pretenso monarca, como hienas vendo carniças expostas de cada brasileiro que morre de fome, de covid-19 ou de vergonha.

O Brasil virou uma selvageria sem ética, sem moral, sem amor pelo país e pelos brasileiros.

O número de brasileiros mortos pela pandemia é assustador e vergonhoso. Nunca morreram tantos brasileiros em menos de um ano, nem em todas as guerras, somadas, nas quais o Brasil já participou.

Os números de nossa economia também assustam e só fazem brilhar os olhos de quem ganha especulando na bolsa de valores e no sistema financeiro, já que poupança e investimentos tradicionais rendem menos que a própria inflação, cada vez mais crescente.

Quem ganha dinheiro no Brasil são o crime organizado, incluindo aí a crescente milícia carioca que se espalha por todos os cantos do Brasil, os contrabandistas, os desmatadores, os garimpeiros ilegais, os fazendeiros que invadem e desmatam terras públicas, os grandes investidores do mercado financeiro, os pregadores de uma falsa fé, revestida de um falso moralismo, e os inúmeros oportunistas que ocupam postos chave neste governo ou o apoiam em troca de uma "boquinha".

É vergonhoso. Enquanto isso, aumentam o número de brasileiros que não têm o que comer; dos que estão desempregados; dos que perderam a oportunidade de estudar; dos que foram despejados por falta de pagamento; dos que estão com o nome sujo; ao mesmo tempo em que se fecham pequenos e médios comércios e grandes, médias e pequenas empresas; se fecham postos de emprego; aumenta-se exponencialmente a inflação, reduzindo dia a dia o poder de compra dos brasileiros economicamente pobres e médios; estrangula-se o funcionalismo público; e apaga-se a credibilidade do país perante as outras Nações. O Brasil promete ser um fracasso econômico não por esse ano, mas pelos próximos anos.

As chefias das instituições públicas, hipnotizadas ou compradas, se calam, e o Brasil se afunda com um governo voltado a por fim àqueles que não gosta: pobres, negros, mulheres, idosos e pessoas com doenças crônicas. É o governo oportunista que impõe a eugenia como política sem que a imprensa alerte a população e o Brasil. Poucos são os órgãos de comunicação que chamam a atenção para a eugenia, com a covid-19, praticada de forma oportunista pelo governo brasileiro. Daí a razão do que se pensa ser incompetência ou de pensamento anticiência. Não é só isso. É eugenia, a mesma que os nazistas tentaram implantar no nosso mundo. As milícias são a força extra desse novo tipo de pensamento fascista e nazista que cresce no Brasil.

E o centrão tradicionalmente corrupto se alia à extrema direita tradicionalmente oportunista e antinacional.

Porém, quando as massas começarem a sair nas ruas e a gritar contra o governo federal, o tão conhecido centrão cobrará mais caro o seu apoio, até que o governo federal não tenha mais como pagar, e aí virá o impeachment.

O governo Bolsonaro não é incompetente, mas mal intencionado. Está conseguindo implantar o que sempre quis: o enfraquecimento de nossa já desastrosa educação, o desinvestimento na cultura e na ciência, o armamentismo, o espalhamento das milícias para além do Rio de Janeiro, o controle das instituições e a prática explícita da eugenia. É um governo que atua contra o Brasil e brasileiros que os historiadores, no futuro, tratarão como se deve: um governo repleto de oportunistas, corruptos e de ideais já rechaçados pelo mundo pós segunda guerra. Economia e bem estar não interessam ao governo. Ele é ideológico e quer implantar no Brasil muito do que os nazistas não conseguiram na Europa.

O impeachment é questão de tempo, com ou sem Arthur Lira. O fim da Era Bolsonaro é questão de tempo. O mundo não quer e não aceita Bolsonaro.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________