terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

IMPEACHMENT, QUESTÃO DE TEMPO!


O Brasil vivencia um dos momentos mais graves de corrupção, e com um presidente que foi eleito prometendo à população mudar o jogo político e não fazer o velho "toma lá, dá cá".

Após demitir o ministro símbolo da luta anticorrupção (para muitos) e ter revelados laços de amizade com milicianos, além da prática corrupta da rachadinha, o governo gasta bilhões comprando votos para colocar um presidente da câmara dos deputados que seja contra o impeachment. As pautas econômicas pouco importam, como se verá com o tempo.
 
3 bilhões de reais foram gastos com as nada isonômicas emendas parlamentares, onde os deputados fieis ao senhor presidente receberão quantias astronômicas para investir onde e como quiserem, enquanto os demais enfrentam a perseguição nas mídias sociais e o país vivencia um grave desemprego; pessoas sem ter o que comer; carestia geral, impactando principalmente nos combustíveis, alimentos, gás e energia elétrica; enorme entrada legal e ilegal de armas; fortalecimento das organizações criminosas, incluindo as milícias; saída de capital estrangeiro e de empresas; fechamento de empresas e de vagas de emprego; diminuição drástica no investimento em cultura e ciência e tecnologia. Esse é o Brasil de Bolsonaro, um governo voltado não à governança, mas tão somente a condições políticas que permitam a sua reeleição e de seus filhos.

Com Arthur Lira não se abrirá um processo de impeachment (ao menos tão imediatamente) e Bolsonaro jogou pesado nisso. Não confiava em Rodrigo Maia, um deputado que alavancou as votações nas pautas econômicas e agradou o mercado. Com Lira, sem uma vontade do governo, talvez isso comece a desmoronar e o mercado perceba o engodo em que se meteu.

Lira é um velho deputado do famigerado centrão, que gerou as últimas ondas de corrupção que abalaram o país (petrolão, mensalão...). Cerca de um quarto dos deputados, apoiadores do Bolsonaro, são investigados pela Justiça. Além de receberem muito dinheiro, ocuparão ministérios e postos chave de comando no governo Bolsonaro, ao lado da irracional extrema direita. Que governo!

Mas até quando durará isso? O governo Bolsonaro, isolado internacionalmente e criticado por sua postura em relação ao tratamento dado ao meio ambiente e à pauta de direitos humanos, incluindo aí a imprensa, poderá vir a sofrer sérias sanções dos Estados Unidos e Europa, o que lhe acarretaria graves prejuízos de ordem econômica, com a diminuição das exportações e do investimento internacional.

A última coisa que o Brasil precisa, nesse momento, é de sanções internacionais.

Porém, o pretenso monarca que preside o Brasil só pensa em um longo governo, com uma reeleição ou, se não for possível ganhar legitimamente, através de um golpe, como já deu a entender diversas vezes ao dizer que não aceitaria não ganhar as próximas eleições e ao apregoar o fechamento do Congresso e intervenção no Supremo Tribunal Federal. Alguns militares, exemplos do que há de pior no pensamento da ala militar, se divertem ao lado dos filhos do pretenso monarca, como hienas vendo carniças expostas de cada brasileiro que morre de fome, de covid-19 ou de vergonha.

O Brasil virou uma selvageria sem ética, sem moral, sem amor pelo país e pelos brasileiros.

O número de brasileiros mortos pela pandemia é assustador e vergonhoso. Nunca morreram tantos brasileiros em menos de um ano, nem em todas as guerras, somadas, nas quais o Brasil já participou.

Os números de nossa economia também assustam e só fazem brilhar os olhos de quem ganha especulando na bolsa de valores e no sistema financeiro, já que poupança e investimentos tradicionais rendem menos que a própria inflação, cada vez mais crescente.

Quem ganha dinheiro no Brasil são o crime organizado, incluindo aí a crescente milícia carioca que se espalha por todos os cantos do Brasil, os contrabandistas, os desmatadores, os garimpeiros ilegais, os fazendeiros que invadem e desmatam terras públicas, os grandes investidores do mercado financeiro, os pregadores de uma falsa fé, revestida de um falso moralismo, e os inúmeros oportunistas que ocupam postos chave neste governo ou o apoiam em troca de uma "boquinha".

É vergonhoso. Enquanto isso, aumentam o número de brasileiros que não têm o que comer; dos que estão desempregados; dos que perderam a oportunidade de estudar; dos que foram despejados por falta de pagamento; dos que estão com o nome sujo; ao mesmo tempo em que se fecham pequenos e médios comércios e grandes, médias e pequenas empresas; se fecham postos de emprego; aumenta-se exponencialmente a inflação, reduzindo dia a dia o poder de compra dos brasileiros economicamente pobres e médios; estrangula-se o funcionalismo público; e apaga-se a credibilidade do país perante as outras Nações. O Brasil promete ser um fracasso econômico não por esse ano, mas pelos próximos anos.

As chefias das instituições públicas, hipnotizadas ou compradas, se calam, e o Brasil se afunda com um governo voltado a por fim àqueles que não gosta: pobres, negros, mulheres, idosos e pessoas com doenças crônicas. É o governo oportunista que impõe a eugenia como política sem que a imprensa alerte a população e o Brasil. Poucos são os órgãos de comunicação que chamam a atenção para a eugenia, com a covid-19, praticada de forma oportunista pelo governo brasileiro. Daí a razão do que se pensa ser incompetência ou de pensamento anticiência. Não é só isso. É eugenia, a mesma que os nazistas tentaram implantar no nosso mundo. As milícias são a força extra desse novo tipo de pensamento fascista e nazista que cresce no Brasil.

E o centrão tradicionalmente corrupto se alia à extrema direita tradicionalmente oportunista e antinacional.

Porém, quando as massas começarem a sair nas ruas e a gritar contra o governo federal, o tão conhecido centrão cobrará mais caro o seu apoio, até que o governo federal não tenha mais como pagar, e aí virá o impeachment.

O governo Bolsonaro não é incompetente, mas mal intencionado. Está conseguindo implantar o que sempre quis: o enfraquecimento de nossa já desastrosa educação, o desinvestimento na cultura e na ciência, o armamentismo, o espalhamento das milícias para além do Rio de Janeiro, o controle das instituições e a prática explícita da eugenia. É um governo que atua contra o Brasil e brasileiros que os historiadores, no futuro, tratarão como se deve: um governo repleto de oportunistas, corruptos e de ideais já rechaçados pelo mundo pós segunda guerra. Economia e bem estar não interessam ao governo. Ele é ideológico e quer implantar no Brasil muito do que os nazistas não conseguiram na Europa.

O impeachment é questão de tempo, com ou sem Arthur Lira. O fim da Era Bolsonaro é questão de tempo. O mundo não quer e não aceita Bolsonaro.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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