sábado, 6 de junho de 2020

A ECONOMIA BRASILEIRA SENDO UTILIZADA PELOS ESTADOS UNIDOS EM DEFESA DE SEUS INTERESSES EXCLUSIVOS CONTRA A CHINA


CHINA

INTRODUÇÃO

A China é pouco maior que o Brasil, com 9.597.000 km², e possui 7 vezes a nossa população, com mais de 1 bilhão e 400 milhões de habitantes.
É um Estado onde vigora o unipartidarismo, com o partido comunista chinês, mas a sua economia abriu-se ao capitalismo e possui muitas empresas privadas.
A história da China data de mais de 3 mil anos, mas unificou-se no ano 221 AC. No período dos pequenos Estados, quando floresceu a filosofia chinesa, com destaque ao  confucionismo e ao taoísmo.
Em sua história, foi dominada e colonizada por diversos impérios, do Mongol ao japonês, passando pelo britânico, e por partes da China já houve domínio dos portugueses, dos espanhóis, dos holandeses e dos russos.
Hoje, a China é considerada a segunda economia do Mundo e tem uma disputa política com Taiwan, onde se refugiou o grupo rival aos Comunistas. A ilha de Taiwan era chamada de Formosa, avistada pelos Portugueses nos idos do século XVI.
Embora pouco conhecida, a imigração chinesa no Brasil data do início do século XIX, quando chineses vieram ao Brasil para trabalhar em plantações de chá, muito antes da imigração europeia.

ATRITO COM OS ESTADOS UNIDOS E A PRESSÃO DESTE SOBRE OUTROS PAÍSES

A razão do atrito não é a pandemia, Taiwan ou Hong Kong. Esses são meros pretextos para os Estados Unidos levantarem a voz contra a China. A razão da briga travada pelos Estados Unidos é essencialmente econômica e geopolítica, mas decorre também da campanha presidencial deste ano nos Estados Unidos.
Trump está em plena campanha para a reeleição e visa mostrar-se um forte defensor das questões de cunho nacional.

CONTENSÃO ECONÔMICA E GEOPOLÍTICA

Os Estados Unidos preveem a rápida ascensão da China ao pódio de maior potência econômica do globo e passou a considerá-la como uma perigosa rival, e visam isolá-la diplomaticamente, boicotá-la economicamente e minar os esforços do governo chinês de expansão econômica.
Aos Estados Unidos interessava uma China crescendo economicamente e produzindo produtos baratos, até perceber que aquele país estava investindo em tecnologia e ampliando a sua base de influência geopolítica, além de chegar ao espaço com tecnologia própria, integrar blocos economicamente poderosos como o BRICSs e recriar a Rota da Seda, o que fez os EUA perceberem que a China não era mais economicamente dependente de seu país.
Mas o governo Trump acirrou os ânimos estadunidenses no enfrentamento, e não é de hoje.
Estrategicamente, a tecnologia 5G, hoje liderada pelos chineses, leia-se Huawei, importa aos Estados Unidos, por terem reflexos no posterior desenvolvimento dessa tecnologia de ponta em comunicação e também por claras questões econômicas, e por isso pressiona há longo tempo países aliados, principalmente os europeus, japoneses e brasileiros, a aderirem à tecnologia estadunidense.
Visando minar os BRICSs e a em especial a China, os Estados Unidos pensaram em convidar a Índia, a Rússia e o Brasil, além da Coreia do Sul e Austrália, a integrarem a nova versão do G7.
Recentemente, matéria do britânico Financial Times divulgou que Donald Trump emitiu um memorando solicitando que o Departamento do Tesouro criasse regras para dificultar a colocação e a circulação de títulos chineses nas bolsas estadunidenses.
A própria Nasdaq, mercado de ações, tomou a decisão de tornar mais rígidas as regras de admissão em bolsa, com a exigência de um valor mínimo de arrecadação, afetando quase um terço das empresas chinesas.
Por outro lado, Donald Trump proibiu que os famosos fundos de pensões dos servidores públicos estadunidenses investissem em títulos chineses.
A China refez o mapa da Moderna Rota da Seda e mudou o itinerário que incluía a Síria e a Turquia para os portos de Israel e do Egito, também no Mediterrâneo, o que levou o Secretário Mike Pompeo a viajar rapidamente a Israel para convencer o governo desse país a vetar a ampliação dos investimentos chineses em seu país, que já controlam metade da produção agrícola israelense.

A guerra na Síria, que abrange os vizinhos Turquia e Iraque, evidencia que surgiu não como fator para “deter” o Irã, mas como instrumento para barrar as pretensões econômicas e geopolíticas chinesas na região.

Ao lado disso, congressistas de diversos países, como Reino Unido, Suécia, Noruega, Canadá, Alemanha, Austrália, Estados Unidos e Japão, criaram uma aliança para adotar um posicionamento contra a expansão da influência global da China, que consideram uma ameaça aos valores e princípios democráticos ocidentais, em questões de comércio, segurança, direito internacional e direitos humanos.

DAS CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS PARA O BRASIL

Embora a China seja a maior compradora de produtos brasileiros desde 2009, recentemente criou barreiras comerciais a alguns produtos brasileiros.
A razão está tanto no alinhamento ideológico do governo brasileiro à extrema direita estadunidense, com discursos preconceituosos em relação aos chineses e à defesa da independência da ilha de Taiwan, considerada pela China continental parte de seu território, como na forte pressão que os Estados Unidos fazem para que a China compre mais produtos estadunidenses, deixando de importar os de outros países, incluindo os do Brasil.
Enquanto o Brasil vivencia no discurso governista o anti-comunismo primário, que agrada meia dúzia de pessoas perdidas no tempo, os Estados Unidos se utilizam desse discurso anacrônico para manterem-se como a primeira economia do globo, às custas da própria economia brasileira. Só quem não percebe são parcela do povo e do empresariado e parte dos militares brasileiros, seduzida por benesses. 
A este governo pouco interessa a economia ou as vidas perdidas de brasileiros na pandemia. O que interessa, tão somente, é a reeleição de Trump e de Bolsonaro, custe o que custar.
O preço que o Brasil está pagando é alto demais.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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