quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

BISBILHOTE




Você sabe que pode acompanhar o blog aqui na página ou no facebook, por computador, notebook ou smartphone. O melhor é acompanhar por um computador, para poder visualizar todos os recursos da página. Lá tem desde dica de textos de alguns intelectuais ou escritores, o que fazer, tempo, links com vídeos legais, canais internacionais de telejornalismo e notícias de algumas mídias atualizadas em tempo real. Bisbilhote!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

O(S) CAMINHO(S) DA(S) VIDA(S)


Como dizem, o forte não é o que nunca cai, mas o que consegue se reerguer.

Na vida, tudo é aprendizado. Se aprendermos a cair, saberemos nos levantar e seguir o caminho.

Temos que enfrentar de frente a rejeição, o desamor, a desconsideração, a falsidade, a manipulação e a falta de lealdade. E sem medo. Certamente não é fácil de se enfrentar. E isso não pode nos tornar egoístas ou desamorosos. Ao contrário, teremos que continuar a distribuir esses sentimentos, mesmo não os recebendo e podendo vir a enfrentar toda a série de desconsideração. Aí está a força, a capacidade de superação e de elevação espiritual.

O estar preparado significa, de certa forma, virar a face para o outro tapa e, assim, entender que se é forte. O outro pode nos estender a mão, nos acolher, mas mesmo que isso não ocorra, devemos ser fortes. A vida é um caminho tortuoso repleto de surpresas, uma verdadeira guerra interior.

Enquanto for uma guerra interior, ótimo, estaremos repensando, refletindo e crescendo.

Não pode haver a transformação em uma guerra com os outros. O confronto gera desarmonia, desencontros e interfere nos caminhos, o nosso próprio, inclusive, o que, segundo os hindus, gera os Karmas.

Devemos sempre olhar a vida como um aprendizado e nos dispormos a superar os desafios, todos eles.

Cristo assim o fez. Enfrentou os religiosos, os políticos, e sofreu com a perseguição, a discriminação, a crucificação. Foi odiado por muitos. Foi traído. Mesmo trilhando com humildade o caminho da Justiça viu surgir desafetos, o ódio sem motivo, a vingança, a tortura, e a morte cruel.

O que Cristo nos ensina com o seu caminho? Que mesmo sendo Justo, Bom e Humano, haverá adversidades a serem enfrentadas. Não pode haver medo em seguir o caminho. São esses obstáculos iniciais que nos darão força para enfrentar os que estão mais à frente, e assim sucessivamente.

A vida foi feita para ser vivida. O prazer é muito diferente do que a sociedade nos ensina. Há pequenos prazeres, momentâneos, como uma bebida, uma comida, o sexo etc. O prazer mais intenso, a felicidade, é aceitar o destino e se dispor a seguir o caminho e, a cada etapa superada, perceber que se está moral e espiritualmente mais forte. Isso trará, além de prazer espiritual, força suficiente a enfrentar qualquer dificuldade. Foi o que Cristo fez! 

Aparentemente frágil, mas verdadeiramente forte, Cristo se submeteu a cada dificuldade, crueldade e ato de dor e os superou, como nós poderemos superar.

Cristo foi a fonte de luz e de ensinamento. Nós somos apenas a fonte de experiência. Podemos experimentar a vida, mas se seguirmos o caminho com afinco poderemos vivenciar outras vidas o quanto antes.

A vida confunde-se com a própria infinitude do Universo. Há infinitas possibilidades. Se trilharmos com medo e mais devagar, demoraremos a alcançar um próximo ponto ou estágio. 

Sigamos o destino com fé e força que os Oceanos se abrirão. Sigamos em frente, sempre!

Não julgue o outro. Não faça fofocas, não gere desarmonia. Não lute pelo poder. Não faça mal nem deseje o que não lhe pertence. Isso o prenderá em um caminho e por certo tempo não haverá rumo a seguir. A humildade aliada à força o afastará de ambientes repletos de pequenas maldades e o permitirá seguir o caminho.

O fim do caminho? Não sei se existe. Se existir, o que estará diante dele? Deus, nossos queridos ou outros que nem nós que se dedicou com perseverança ao enfrentamento das adversidades? Ou nada ou Todos?

Siga o caminho. É a melhor forma de se alcançar a felicidade! A cada etapa você vivenciará o prazer da alma, muito intenso, próximo da sensação da verdadeira Felicidade!

domingo, 24 de dezembro de 2017

Papai Noel

Papai Noel, coelhinho da Páscoa, Trump...políticos.

O pessoal acredita em cada figura!

sábado, 23 de dezembro de 2017

25 DE DEZEMBRO, DIA DE COMEMORAR A HUMANIDADE QUE NOS RESTA

foto: WSJ (crianças sírias deslocadas internas)

Não escrevo como católico, pois não tenho autoridade nenhuma para isso. Escrevo tão somente como uma pessoa repleta de religiosidade que admira muito os ensinamentos e a história de Cristo.

No Natal muitos se lembram das renas, Papai Noel, presentes, ceia, amigos e se esquecem do Menino Jesus, personagem mais importante da história da humanidade e que dizem ter nascido no dia 25 de dezembro. 

Normalmente, também lembramo-nos da figura humilde, mas forte, de Jesus, e nos esquecemos do Menino Jesus, inocente e perseguido desde o nascimento.

O menino Jesus e o Jesus já homem eram obviamente o mesmo ente, mas com representações um pouco distintas. Se o menino Jesus, frágil e desprotegido, era perseguido desde recém nascido, o homem Jesus, forte e decidido, foi desconsiderado pelas pessoas sádicas e abandonado à própria sorte.

Se Jesus viesse para a Terra, hoje, não seria muito diferente. Como adulto, provavelmente seria taxado de alternativo, comunista, socialista, defensor dos direitos humanos e até louco. Seria repudiado e alvo da intolerância que domina o cenário social e político atual.

Como menino, sua vida não teria valor, como ocorre com tantos meninos que trabalham, que se prostituem e que se abrigam nas ruas. E teria a mesma atenção que dispensamos a esses infantes, praticamente nenhuma. Ele foi protegido a vida toda por Marias, mas quem protege as crianças refugiadas, aquelas que moram em ruas, as que se entregaram à tentação do vício da droga e aos que simplesmente choram ao pensar na vida?

Cristo adulto era tudo o que a elite religiosa da época repudiava. Ele simbolizava a voz do mais humilde e a Justiça. Ao invés de pregar a força, defendia o amor incondicional. Hoje, ele continuaria a ser perseguido por isso, mas pela elite econômica. 

Hoje, cada criança refugiada me faz lembrar da imagem do menino Jesus procurando abrigo no Egito. Cada morador de rua abandonado à própria sorte, me traz à mente a imagem de Cristo já homem, abandonado ao sacrifício por desconsideração das pessoas e por um sadismo individual e doentio que persegue a humanidade. São representações dos excluídos, que Cristo tão bem representou e defendeu. 

A nossa sociedade, assim como aquela em que Cristo nasceu, vive a deturpação moral apegada aos valores materiais ou que o justifiquem, onde a religião não ensina o amor, mas o ódio travestido de força e discriminação.

A humanidade anda tão perdida quanto há dois mil anos. O ódio encontra-se tão presente quanto há dois mil anos. O materialismo solidificou-se com o consumismo, se comparado há dois mil anos.
A diferença é que naquela época tinhamos os profetas, os herois e Jesus. Hoje, temos o vazio criado pelo consumismo que fortaleceu o individualismo. 

Os profetas preparavam o terreno para a humanidade receber ensinamentos. Hoje, para o nosso trauma, temos os pseudo intelectuais tão idolatrados pela mídia que pregam o individualismo, o materialismo e a abstração da essência humana.

Não temos herois, não temos profetas, não temos o Messias. Resta a nós uma luta individual para fazer o diferente, para disseminar o amor e para não permitir que esse ciclo material extremamente individualista destrua a essência já esquecida da humanidade.

O Natal é momento para refletirmos e lembrarmos de quem foi o Menino Jesus e também daquilo que ele tão bem nos exemplificou: a nossa essência humana. É data para comemorar a humanidade que nos resta!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

ACOMPANHE EM TEMPO REAL AS POSTAGENS DO BLOG POR EMAIL

Agora você pode receber as atualizações do blog por email.

Ao invés de entrar na página a todo instante no trabalho, em casa ou no hotel, você pode, comodamente, receber as atualizações aonde estiver, pelo celular, tablet, notebook ou computador de mesa.

Veja a barra lateral. É só preencher o campo e automaticamente você receberá as atualizações por email. Depois, ao receber a mensagem, é só clicar no link disponibilizado e acessar diretamente a novidade no blogdocyro.

Mais um recurso disponibilizado pelo blog, com a tecnologia Google.

domingo, 17 de dezembro de 2017

TRADUZA

Agora é possível seguir o blogdocyro em qualquer língua, graças a um recurso disponibilizado pelo google para este blog, o TRADUZA (veja a barra lateral do blog). 

Bom para você e também para mim, pois podemos aprender línguas novas, bom pra mim pois posso ter leitores de outros cantos e é bom para os estrangeiros, pois podem conhecer um pouco mais do Brasil.

sábado, 16 de dezembro de 2017

CAMINHOS

ESTE BLOG INSISTE EM SER UMA VOZ CONTRA A IRRACIONALIDADE QUE ASSOLA O PLANETA

Enquanto este blog alcança quase 100 mil visualizações, o que não é pouco, o canal de vídeos no youtube atinge os 400 mil acessos, o que dá gás para continuar a lutar contra a voz uníssona da irracionalidade, travestida de verdade absoluta, que ecoa ódio e promove o fim da humanidade aos quatro cantos. 

Os que clamam contra a fraternidade, a solidariedade e a caridade não apregoam contra determinado posicionamento político, mas contra a essência do ser humano. Tentam robotizá-lo como se ele fosse limitado à lógica fria do consumismo calculista. A essência do ser humano é a capacidade de adaptação, de absorção do diferente, de indagação e de busca de conhecimento.

Os que clamam o fim da solidariedade e o fim do conhecimento buscam apenas escravizar a alma humana em um corpo destinado a servir ao mecanismo irracional de consumo e de poder, pouco se importando com a natureza humana ou das que nos rodeia.

O ser humano não é só consumo, nem investimento ou dinheiro. O mundo não se resume aos interesses econômicos de uma classe.

O ser humano é cultura. O ser humano é expressão. O ser humano é sensualidade. O ser humano é amor. O ser humano é espírito de sobrevivência. 

A limitação que nos querem impor retira a nossa essência.

Ninguém pode ser a favor da corrupção nem da discriminação, dos favorecimentos, da dissimulação, do ódio e da irracionalidade.

Vamos ser a voz contra a irracionalidade que está dominando vários povos, inclusive o nosso. 

UM DOCUMENTÁRIO SOBRE BRASIL, UMA HISTÓRIA INCONVENIENTE

Imperdível.

Uma história sobre a escravidão brasileira. O Brasil foi o país que mais se utilizou da mão de obra escrava e que mais recebeu escravos.

Brasil, uma história inconveniente. Clique ao lado para assistir ao documentário da BBC e History Channel

A CRISE NA SÍRIA CONTINUA


A crise humanitária na Síria não acabará tão cedo, assim como a da própria humanidade!

Ainda que o Daesh - como formação - esteja aniquilado, há que se considerar o jogo de forças existente no país árabe.

Há os curdos, que ainda que sejam financiados pelos Estados Unidos e treinados por eles, em parte, mantêm bom contato com o governo sírio. Parte deles, porém, sedenta pela criação de um Curdistão na área, cria na Síria questões étnicas complexas, como a expulsão de turcomenos, árabes e assírios do norte, numa verdadeira tentativa de dar um viés curdo às áreas hoje ocupadas.

Há outros grupos de oposição, a maior parte terrorista, sob o manto de proteção dos Estados Unidos. E esses causam sérios problemas, seja pela questão étnica que imporão no território sírio, principalmente ao sul e ao leste, na fronteira com o Iraque, seja pela crise humanitária a que dão causa, seja pelos crimes de guerra praticados.

Para complicar a situação, os Estados Unidos permanecem na Síria com inúmeras bases militares e de treinamento.

Diz a inteligência russa que os Estados Unidos estão utilizando campos de refugiados em território sírio para treinar opositores, a maior parte formada por militantes do Daesh.

Como se verifica, há inúmeros crimes de guerra praticados pelos militantes e terroristas treinados pelos Estados Unidos (expulsão da população local, assassinatos, utilização de armas químicas ou biológicas).

Além do mais, há três outras questões que, além de prorrogar a crise humanitária, podem ocasionar até o próprio impeachment do presidente dos Estados Unidos. O primeiro é a invasão do território sírio sem declaração de guerra e sem aval do próprio Congresso ou do pais invadido (Síria).

O segundo é ainda mais estarrecedor. A inteligência russa aponta para a utilização de campos de refugiados dentro da Síria pelo governo dos Estados Unidos para treinar militantes - a maior parte formada por milicianos do Daesh - contrários ao governo de Damasco. 

A utilização de Campos de Refugiados para tal fim, com o afastamento dos próprios refugiados, criando-se terror na área, afronta os Pactos Internacionais e o próprio Direito Humanitário.

A terceira e, por enquanto, última, é a questão dos Estados Unidos treinarem terroristas. O Congresso dos Estados Unidos permanecerá silente? Até quando?

O que está em jogo não é apenas uma relação de forças entre EUA e Rússia ou uma questão geopolítica vital para a região. Vai além disso. Está em jogo a demonstração de poder bélico para que sirva de vitrine para a venda de armas. Mas também não é só isso. Está em jogo a criação de novos territórios na Síria, remodelando a região em prol dos interesses estadunidenses, com o aval expresso de Israel e Arábia Saudita, contra posição uníssona do Catar, Iraque, Irã e Turquia.

Jerusalém, como sempre, serviu para despistar questão ainda mais polêmica que se avizinha.

O que se sucederá na região não é possível antever, a não ser que a crise humanitária permanecerá presente, seja pelo clima de guerra, seja pelas questões étnicas que os Estados Unidos estão agravando e ao mesmo tempo fomentando naquele país.

Disso é possível concluir que: a Rússia não deveria sair tão cedo da Síria, deveria haver a formalização de um exército do mundo árabe que auxiliasse a Síria contra os terroristas, deveria haver maior suporte médico, humanitário e estratégico aos deslocados internos e refugiados, deveriam ser propostas ações jurídicas que implicassem responsabilização dos que dão suporte físico, material e treinamento aos terroristas. 

O atual Caminho de Damasco ainda não se concretizou. O primeiro foi o da revelação do Deus amoroso pelos homens sedentos por vinganças. Passados dois milênios, o homem ainda não sedimentou esse ensinamento de compaixão e amor. O atual caminho, esse que vivenciamos, porém, talvez nos ensine à força que apenas a solidariedade e a caridade farão com que o homem possa conviver em sociedade, habitar este planeta e sobreviver aos próprios venenos que ele mesmo criou e sedimentou em sua "curta" permanência neste planeta (armamentos, poder, propriedade, riqueza material, "status", ódio, tráfico de entorpecentes, medicamentos que não curam, mas apenas amenizam e viciam). São males que assolam qualquer mundo ideal. A corrupção, os assassinatos, a segregação, o racismo, teses de supremacia, a dependência química, as doenças físicas e algumas mentais, a depressão e a ansiedade, são efeitos de todo esse mal que o homem insiste em dar valor

Mais que questão humanitária, a guerra havida em Damasco revela uma questão filosófica e espiritual importante.  Só não a vê quem não percebe o intrincado processo de radicalização que vive a humanidade, com o extremismo assolando novamente o planeta. Ou mudamos o caminho a seguir ou o nosso caminho já estará traçado. A cegueira de Saulo no Caminho Bíblico de Damasco, hoje alcança a todos nós. Porém, Saulo converteu-se em Paulo e voltou a enxergar, e nós permaneceremos inertes, silentes, aquiescendo com tudo o que ocorre com a própria humanidade?

Não é demais afirmar que não sobreviveremos à terceira guerra Mundial.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

O VENDEDOR DE SONHOS



Há uns 15 anos queria montar um jornal popular gratuito, entregue em cada casa. Seria algo grande, repleto de responsabilidades e estresses. Havia o estresse de conseguir anúncios publicitários, de verificar o dinheiro tão escasso em caixa, de verificar se a gráfica entregaria os exemplares no prazo prometido, de acompanhar a entrega pontual do jornal por pessoal contratado, de acompanhar a equipe de jornalistas. Não deu certo. Não tinha tempo nem saúde. Infartei e perdi a pouca energia que tinha para tocar o projeto para a frente. Ele só ficou no papel. E o tempo que tinha não podia mais ser tão recheado de estresse. A pouca energia que tinha devia canalizar no meu emprego de advogado público. Não conseguiria ter condições de tocar um projeto dessa importância e responsabilidade  à noite. Tinha que descansar a cabeça e o coração.

Depois montei um jornal com atualização diária na internet, com a ajuda de colaboradores queridos (http://jornaldapompeia.blogspot.com.br/). O jornal tinha acesso a todas as informações importantes dos outros órgãos de imprensa e inúmeras páginas de interesse. Foi algo modesto mas também ousado. Quase um ano depois eu não aguentei e parei a atualização. 

Hoje vejo que nenhum projeto que tentei implementar no jornalismo deu certo. Sou, de certa forma, perdedor. Mas também sou, de certa forma, vencedor, pois nunca perdi os sonhos.

Ao ver a Caros Amigos não ser mais editada fiquei entristecido, mas como guerreiro que não aceita a derrota de forma fácil, imaginei a possibilidade de propor aos editores e colunistas da revista continuar o seu trabalho na forma televisiva, numa grande parceria com alguns canais de televisão estrangeiros que seriam retransmitidos ao vivo para o Brasil, via youtube, mas necessariamente em português. Ao mesmo tempo haveria parcerias internas para ampliar o projeto. Seria algo muito interessante e uma nova opção ao espectador sedento por informação de qualidade no campo televisivo. Ah, isso nem vou colocar no papel. Ficou só no sonho. No sonho de montar um canal de tevê com informações de qualidade no plano internacional, nacional, econômico, cultural e social. Se não tive condições de tocar um projeto simples na internet, nem saúde para tocar um jornal impresso, imagine uma tevê com notícias ao vivo?

Prefiro ser aquele sonhador que vive que aquele que implementa e não vive para contar a sua história. Estou vendendo sonhos. Alguém quer?


PROJETO PARA 2018

2018 promete!

Não tenho nenhum sonho grande. Tenho apenas um projeto simples, um curta do gênero documentário, sobre a minha família. Quero fazer algo diferente. 

Veremos se sai e o que sai.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O FIM DA CAROS AMIGOS

Ao chegar em casa, hoje, recebi o exemplar 248 da Revista Caros Amigos com um editorial que me emocionou, onde era comunicado o fim dessa revista mensal.

Recebi a última edição, a última verdade e o último signo do bom e verdadeiro jornalismo.

Restará nas bancas o entretenimento revestido de informação. O fim da Caros Amigos é uma enorme perda aos Brasileiros que gostam de se informar com criticidade e a mais verdadeira profundidade.

A Revista, você pode acreditar,  tinha o cheiro de informação. Não. Não era o cheiro do papel. Era cheiro de informação. Você sabe o que é isso? É o cheiro da verdade, sem manipulação, doa a quem doer. As cores, a impressão e o nome já faziam o meu cérebro receber a revista com ansiedade. E ela ainda tinha o formato de jornalismo, o conteúdo bombástico e as palavras que cutucavam, incomodavam e exigiam a reflexão, um verdadeiro oásis se comparada à mídia tradicional que se rendeu à repetição e ao copia e cola sem qualquer apuração ou à análise mais aprofundada. Essa mídia que restará nas prateleiras hoje repete sem fim o que o governo ou grandes grupos econômicos querem e jamais trará a criticidade natural e ardente da Caros Amigos.

Embora não exerça a profissão, sou formado em comunicação social  e posso afirmar que o bom jornalismo não se faz com manipulação ou inverdades, mas com ideal e questionamento, elementos que faltam aos grupos empresariais que exploram a mídia nacional. Se esse governo, hoje, está desmantelando o Estado brasileiro, a mídia nacional começou a ser implodida a uma década, quando o diploma de jornalista passou a não ser exigido. Segundo um Ministro do Supremo Tribunal Federal os jornalistas se equivaliam aos cozinheiros, pois bastava seguir uma receita pronta.

Sem desmerecer os cozinheiros, pois a gastronomia envolve arte e dom, o jornalismo exige uma formação humanista, própria da área de humanas, acrescida de outros requisitos básicos para um jornalista não ser, ele próprio, manipulado.

Mas o que se vê hoje é o ponto de vista único, repetido incessantemente. E as pessoas creem naquilo que ouvem e leem.

A notícia fácil não é jornalismo, mas uma mera aparente e meia verdade. A outra, não revelada, é que guarda todos os segredos da notícia. que jamais serão revelados ao público por um grupo de empresários desvinculado do compromisso de apurar, questionar e informar. Para esses, o que interessa é o lucro fácil, e só. 

O jornalismo não pode se misturar à figura empresarial comum. Naquele há uma responsabilidade social imensa, seja pela informação que leva às pessoas, seja pelo trabalho que faz com os seus profissionais de comunicação. E esse é o motivo de ser tratado expressamente em nossa Constituição Federal. Por isso, meros grupos empresariais que apenas almejam lucro jamais poderiam ser donos de jornais, de revistas, de sites de conteúdo e de emissoras de rádio e tevê.

O jornalismo de verdade está desaparecendo do cenário brasileiro. Restará veículos que visam apenas vender publicidade e espaços de manipulação a quem pagar mais.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

MP 795: 1 trilhão de motivos para ser contra

A proposta que o Planalto e seus aliados tentam aprovar estende de forma inédita as isenções fiscais já bastante generosas para a indústria do petróleo

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Márcio Astrini, Nicole Oliveira e Carlos Rittl*
REVISTA ÉPOCA
http://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/noticia/2017/12/mp-795-1-trilhao-de-motivos-para-ser-contra.html

Até mesmo para um governo orgulhoso de sua impopularidade, como o de Michel Temer, a Medida Provisória 795 é difícil de entender. A proposta que o Planalto e seus aliados tentam aprovar a toque de caixa no Congresso não faz nada menos do que estender de forma inédita as isenções fiscais já bastante generosas para a indústria do petróleo, levando o país a uma perda de arrecadação de centenas de bilhões de reais. Isso no exato momento em que o presidente se esforça para convencer a população de que tirar dinheiro de aposentados é uma medida necessária para "botar o Brasil nos trilhos".

A chamada "MP do Trilhão" passou na Câmara na madrugada do último dia 6 e seguiu para o Senado, onde deve ser votada nos próximos dias. É um presente de Natal para o setor fóssil de fazer inveja a Donald Trump: até 2040, todo o dinheiro investido em produção de óleo poderá ser deduzido da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e do Imposto de Renda de pessoa jurídica; além disso, a importação de equipamentos para o setor passa a ser livre de impostos. A renúncia fiscal total em 25 anos – seis mandatos presidenciais – depende das premissas adotadas no cálculo. As estimativas mais conservadoras falam em cerca de R$ 300 bilhões, mas, como ela não afeta somente os campos do pré-sal, pode ultrapassar R$ 1 trilhão.

Seja qual for o montante final, trata-se de uma transferência de renda do contribuinte brasileiro para empresas privadas como "nunca antes na história deste país". Para efeito de comparação, o governo quer economizar em dez anos R$ 480 bilhões com a polêmica reforma da Previdência.

Em duas canetadas, as multinacionais petroleiras, que vêm enfrentando sérios problemas para expandir seu portfólio em diversos países do mundo, ganharam as reservas (com a decisão anterior do governo de quebrar o monopólio da Petrobras no pré-sal) e os incentivos tributários para vir para o Brasil.

Não é à toa que o país vem sendo propagandeado como o novo darling do setor no mundo, com promessas de investimentos fabulosos e receitas idem.

Tem-se, então, o governo brasileiro escolhendo a dedo um setor da economia para brindá-lo com centenas de bilhões de reais do contribuinte diante da promessa de um pote de ouro do outro lado. Se você acha que já viu esse filme antes, é porque viu: a lógica usada por Michel Temer, Henrique Meirelles e a turma do laissez-faire instalada no governo federal é a mesma aplicada pela "intervencionista" Dilma Rousseff em sua política de desonerações. Como todos sabemos, o que havia dentro do pote na época não era ouro, mas algo com um cheiro bem diferente – os setores beneficiados demitiram e cortaram investimentos, e o fosso fiscal nacional aumentou.

Uma das diferenças entre um caso e outro é que, na época, desconfiávamos de que uma hora o dinheiro acabaria; agora temos certeza de que ele já acabou. Segundo uma análise da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, somente entre 2018 o governo deixará de arrecadar, caso a MP 795 seja aprovada, R$ 16,37 bilhões. Considerando que o Executivo recentemente precisou pedir autorização ao Congresso para aumentar o limite de déficit em R$ 20 bilhões na Proposta de Lei Orçamentária para o ano que vem, os consultores da Câmara expressaram "dúvidas sobre a capacidade do erário em absorver mais esse pacote de incentivos sem que isso venha ensejar futuras alterações nas metas de resultado fiscal".

Será que o setor de óleo e gás precisa mesmo de tanto mimo? Em entrevista recente a Roberto D'Ávila, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que o pré-sal é "uma das três melhores áreas do mundo" em termos de custo de produção, a US$ 7 o barril. Se é tão barato e mesmo assim precisa de incentivos tão grandes é porque, numa hipótese extremamente benevolente, o governo gostaria apenas de fazer um "saldão" desse óleo e vê-lo fora do subsolo o mais rápido possível. E isso nos traz a outro problema insanável da MP do Trilhão: além de uma bomba fiscal, ela é uma bomba climática.

(Continua. Veja a matéria na íntegra clicando no link acima)

*Marcio Astrini é coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace
*Nicole Oliveira é diretora da 350.org Brasil e América Latina
*Carlos Rittl é secretário executivo do Observatório do Clima

A VIDA, SIMBOLIZADA PELO PRÓPRIO UNIVERSO EM EXPANSÃO, E O BURACO NEGRO, A DESESPERANÇA

A cada dia a fome se expande, a seca se agrava, as tormentas se enfurecem mais, a radiação nos contamina, as doenças inexplicáveis se alastram e o eixo da terra se altera.

A cada dia temos os claros sinais de que algo muito grave e incompreensível está para acontecer.

A cada dia mais pessoas se brutalizam, as religiões pregam  a intolerância e o radicalismo, a razão dá espaço ao impulso do prazer do consumo desenfreado, a poesia cede às fotos com falsos sorrisos e a história da humanidade é esquecida por faltar tempo para a reflexão e a lembrança. Para a nossa sociedade atual, o hoje é o quase amanhã e há muito a descartar na sociedade de consumo massivo e compulsivo. VIvemos o prazer individualista aliado ao consumo desenfreado de massa. Somos como uma manada rumando sem consciência ao abatedouro criado por mentes doentias de nossa própria sociedade que pretende devorar, saciando-se com os falsos poderes que a vida apresenta.

Nessa sociedade, para sobreviver, mais e mais pessoas já se desapegam de bens e se isolam, ainda que em pequenas comunidades. É o que nos resta para a reflexão e para a adoção do caminho de luz e racionalidade. É o que chamamos de espiritualidade, o caminho da luz, da razão interior e da compreensão do todo.

As guerras se aproximam. A individual, de cada um, e a da própria humanidade. Com elas a energia do desencanto, da desavença e de tudo o que destroi. Essa energia, aliada ao prazer compulsivo consumista e ao individualismo narcísico fará propalar os monstros eternos que carregamos conosco. E essa energia estranha que recebe os nomes mais diversos está a tomar conta de cada um de nós. É a escuridão do vazio, tão caracterizadas pela depressão e pela ansiedade.

Vemos a escuridão dos atos e da irracionalidade que nos levará à escuridão do fim.

Mas a reflexão dos poetas permite perguntar o que é o fim senão o recomeço nesse nosso Universo infinito? Ainda será possível encontrar o necessário impulso da vida que apenas os que refletem e amam intensa e desinteressadamente poderão emitir e que nos permitirão um novo caminho.

E naquilo que alguns chamam de fim, que não existe na verdade, mais estrelas brilharão, mais planetas surgirão, mais cometas aparecerão, mais sois conduzirão, mais galáxias serão vistas. E a vida continuará.

Por outro lado, o buraco negro absorverá toda a energia que se antepõe à vida, e crescerá, mas permanecerá como o vazio no meio da vida.

Aí a pergunta clássica: como ser eterno como o Universo? Se formos reparar no Universo, tão repleto de diversidades, mas sempre em harmonia, teremos que buscar essa capacidade de nos harmonizarmos com as diferenças, sem apego aos excessos e aos descaminhos que possam nos levar a uma energização particular. O Universo depende da energização livre, coletiva. Por outro lado, individualmente, a introspecção, a criticidade e o amor serão as molas propulsoras da vida, que fará com que o Universo continue a se expandir, sem fim.

A luta, no fim das contas, é entre os que amam desinteressada e verdadeiramente contra os que apenas enxergam prazeres egoísticos, seja pelo falso prazer do poder, do consumo ou da vaidade, pouco se importando com o restante da humanidade. Aos primeiros está reservadoo equilíbrio e o Universo. Aos últimos, que acarretam o desequilíbrio e a diminuição da vida, o buraco negro do vazio crescente.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

CAMPANHA DE DOAÇÃO PARA CRIANÇAS REFUGIADAS QUE SE ENCONTRAM NO LÍBANO


O drama dos refugiados não têm fim. O número é assustador. Os sírios não são 4 milhões de refugiados. São muito mais. Não são 5 milhões. São muito mais. Só de refugiados sírios no Oriente Médio e norte da África são 5 milhões. Ao todo, são cerca de 6,5 milhões de sírios refugiados pelo mundo. Sim!
Só no Líbano são quase dois milhões de sírios que se refugiaram das loucuras praticadas por terroristas e pelas grandes e médias potências. O problema é que no Líbano, quando o número de refugiados sirios alcançou o número de 1.100.000, a pedido do governo daquele país, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) não aceitou mais o ingresso formal. Mesmo assim entraram quase outro milhão de sírios.
O Líbano tem uma situação especial. Com quatro milhões de habitantes, acolhe cerca de 500 mil refugiados palestinos e dois milhões de refugiados sírios. É um número que deveria assustar qualquer um.
Muitas crianças sírias são compelidas a trabalhar, mulheres sírias a se prostituir e a viver de mendicância.
Você não verá esse número na mídia, mas o verá no site do ACNUR. Basta somar os números. 
Eles não têm renda e no frio não tem sequer calçados para pisar no chão gelado repleto de neve.
É o maior drama humanitário da história da ONU.
Você pode ajudar, fazer algo. Se puder doar, doe. Se não puder ou achar que não deve, tudo bem, mas faça algo pelos refugiados, sejam sírios, palestinos, nigerianos, colombianos ou venezuelanos. Têm muitos refugiados precisando de um ombro amigo, de uma mão acolhedora, de um sorriso, de um prato de comida. Há inúmeras, quase infinitas, formas de ajudar. Você pode rezar, orar, meditar e pensar positivamente neles. E, garanto, o poder da mente, somado ao amor verdadeiro emanado, será capaz de realizar pequenos milagres. Acredita? Faça. Não acredita? Faça e aguarde. Não. Nós não mudamos o mundo físico, mas se mudarmos a forma de nos relacionarmos, verdadeiramente, isso já será uma pequena grande revolução, acredite! A humanidade precisa dessas pequenas e grandes ações, mais do que nunca!
O drama humanitário não exige apenas soluções jurídicas. Exige as soluções humanas, como amor, afeto, compaixão e compreensão.
Hoje já são mais de 26 milhões de refugiados pelo mundo, sem contar os deslocados pelas guerras e que não conseguiram sair do país conflituoso.
Dizem que o número só tende a aumentar.
Não tenho medo de dizer que o problema mais sério da humanidade, atual e futuro, será o do drama dos refugiados, cada vez mais crescente.
A ação humanitária do Líbano é apenas uma gota d'água de esperança, um passo, mas uma ação necessária para os que receberão ajuda. Fará muita diferença para aquele universo restrito de pessoas e você pode fazer parte dessa mudança.
Que tal?
PARA DOAR:

Caixa Economica Federal 
Ag 2183
OP 023
C.c 00019426-4
Marcia Karine Gomes Garcez

terça-feira, 28 de novembro de 2017

LIFE AFTER SYRIA

Um documentário simples, contundente e belo, produzido em 2017, sobre a situação dos sírios refugiados na Jordânia.


A REPÚBLICA DAS BANANAS OU DOS BANANAS?

Que os brasileiros mal conhecem a sua história e a do seu povo, todos nós sabemos. Isso não é novidade alguma.

Que os brasileiros se aquietam com as aberrações, com golpes e com violações a direitos, todos nós sabemos. Foi assim em toda a história da Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Brasil. As manifestações de 2013 e seguintes foram surpreendentes, mas foram fruto de uma histeria coletiva que transformou-se hoje em silêncio complacente.

Escolhi cursar direito para lutar contra injustiças e só fui me encantar pelo curso nos últimos semestres da faculdade.

Enfrentei algumas dificuldades, mas consegui me formar, estudar, trabalhar e passar em um concurso público. Foi nos idos de 1994. E de lá para cá estou na Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, a mesma carreira do nosso Presidente da República. E posso afirmar que o trabalho lá, para a grande maioria, é exaustivo. 

O serviço de Procurador não tem nada de trabalho escravo, mas não recebemos vale refeição nem qualquer ajuda para o transporte ou para o pagamento do plano de saúde. Sai tudo do nosso bolso. Com a iniciativa privada não é assim!

Por ser funcionário estatutário, também não tenho direito a fundo de garantia. Se sair voluntariamente da carreira, saio com uma mão à frente e outra atrás, sem qualquer direito a ser indenizado ou compensado, pouco importando se trabalhei lá por meses, anos ou décadas. Com a iniciativa privada não é assim!

Não tenho direito a qualquer benefício que muitas empresas nacionais e multinacionais dão, como pagamento de fundos de aposentadoria, 14º e 15º salários, participação nos lucros etc.

Por ser funcionário aqui em São Paulo, recolho 11% a título de contribuição previdenciária sobre todos os meus vencimentos, sem qualquer exceção. Já com o trabalhador da iniciativa privada não é assim. Ele recolhe de 8 a 11%, mas não sobre a totalidade dos vencimentos, mas até R$ 5.531,31. É o cálculo feito para o limite da aposentadoria do setor privado. O funcionário público, ao contrário, recolhe sobre a totalidade porque receberia - o velho engodo e promessa vazia - a aposentadoria integral. As contribuições respectivas e diferentes decorrem, portanto, dos cálculos correspondentes ao limite de cada aposentadoria, pública e privada.

O funcionário da iniciativa privada pode mudar de emprego quantas vezes quiser e carregar consigo direito a verbas rescisórias e ao FGTS. Com o servidor público não é assim. Se ele sair da carreira não terá direito a nada, a não ser a experiência, muitas vezes frustrante, nada mais. Se o candidato entrar num serviço público, terá que assumir o compromisso de trabalhar lá até se aposentar. A única vantagem que teria em relação à iniciativa privada, por inúmeras razões, algumas explicadas acima, é a aposentadoria integral.

Experimente ficar doente no serviço público. Há uma dificuldade enorme em obter afastamento/licença. E se ela ultrapassar 30 dias, ainda atrapalha a própria aposentadoria. Você sabia disso?

Hoje o governo federal faz uma campanha difamatória contra o servidor público e os órgãos de classe nacionalmente representativos se silenciam e não ecoam os protestos que ocorrem no interior de cada instituição. É um absurdo!

O servidor público em sua grande maioria é honesto, trabalhador e tem princípios éticos muito sérios, pois trabalha não em prol do lucro ou de um partido, mas em prol de uma sociedade mais justa que tenha como limites de responsabilidades e de direitos a legislação. É o primeiro fiscal, o que pode se confrontar com o político corrupto, mesmo sabendo que poderá ser perseguido, por possuir o que se chama de estabilidade.

A estabilidade não é um luxo, mas uma garantia. Ela serve para que o servidor público, se necessário, possa confrontar agentes políticos e superiores hierárquicos que eventualmente tenham praticado irregularidades.

E mesmo tendo estabilidade, nem sempre se garante Justiça ao servidor que age de acordo com a consciência e a lei, pois a perseguição que vem em seguida muitas vezes é descomunal, transformando-se em verdadeiro assédio ou até assassinato, como é de conhecimento de muitos servidores públicos de todo o país.

É óbvio que há casos estarrecedores de servidores públicos que ganham acima do teto salarial, o que deve ser investigado e apurado, pois estaria sendo desrespeitada a Constituição Federal. Mas isso é uma exceção restrita a pouquíssimas pessoas e carreiras que podem ser consideradas privilegiadas. O grande grosso do servidor público está há vários anos sem qualquer reajuste, e não falo aqui nem em aumento, mas em mero reajuste da inflação que corrói qualquer salário, seja o meu ou o seu.

Ao mesmo tempo em que o governo  manipula o direito administrativo e princípios constitucionais para terceirizar, colocando de forma indireta no serviço público pessoas que têm formação privatista e não publicista, e muitas vezes colocando, sem concurso, mas pela terceirização ou cargos de confiança, pessoas ligadas ao partido, numa verdadeira esculhambação do princípio da moralidade administrativa e do princípio da igualdade, via transversa, ainda pretende acabar com a única garantia que o servidor público, concursado, honesto, sem ligações com o governante, mas sim com o Estado e os seus princípios éticos e legais, tinha: a estabilidade, e a única vantagem pecuniária que tinha em relação ao serviço privado: a aposentadoria integral a que contribuiu integralmente (e não proporcionalmente como ocorre com a iniciativa privada).

Agora, já tendo arrecadado décadas de contribuição excessiva e sugado o sangue dos servidores, o governo pretende mudar as regras, locupletando-se moral e financeiramente dos servidores que estão sem voz e sem oportunidade de ação, pois a campanha milionária bancada pelo governo federal é estridente. Ela agrada aos bancos, sempre aos bancos, os mesmos que sempre lucram com as mudanças das leis trabalhistas e previdenciárias. O empresário, o empreendedor, o trabalhador da iniciativa privada e o servidor público são meras mulas de carga, que servem para produzir, prestar, enquanto tiverem forças. O país, esse não precisa crescer, mas sim os mesmos privilegiados de sempre. Precisa-se dizer os nomes?

O concurso público foi instituído no país há 80 anos, apenas, por Vargas, como uma forma de se garantir o direito à igualdade, pondo fim às indicações sem limites. Agora, interesses financeiros e políticos querem minar aqueles que representam o povo e ocupam cargos não como privilégios, mas como missão de defender o que a lei e em especial a Constituição dispõem.

O alerta que deve ser ressoado é que o enfraquecimento do serviço público não possibilitará o progresso da Nação. Ao contrário. Servirá de meio para o aumento da corrupção, do fortalecimento do vínculo perverso de empresas e de pessoas contratadas por estas, que ocupam funções públicas, a grupos políticos e partidos, facilitando as decisões administrativas ilegais e a maquiagem da ilegalidade, dificultando a elucidação de ilícitos pelos órgãos de apuração contábil, de responsabilidade e criminal.

Vivemos um momento do engodo. Mais um. E os brasileiros podem regressar ao milênio passado, com o trabalho similar ao escravo tolerado,  menos direitos trabalhistas, sem concurso público e uma previdência social de faz de conta.

Não. Nós não precisamos de inimigos externos para nos afundar. Só precisamos de estórias repetidas incessantemente para nos convencer de que a realidade não é a que vemos e a que sentimos, mas aquela que nos querem fazer acreditar.

O vilão da história deixou de ser o corrupto e passou a ser o trabalhador e em especial o trabalhador (servidor) público.

O Brasil tornou-se independente com o filho do Rei de Portugal e proclamou a República com um golpe militar, na base da espada. E o povo brasileiro, sempre silente, permitirá mais uma vez que afundem não apenas os seus próprios direitos, mas o país, em benefício de grupos que não querem largar o poder?

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

DICA PARA OS AMANTES DA SÉTIMA ARTE

Sem dúvida as primeiras imagens do cinema retratavam o que chamamos de cine documentário. Imagens espontâneas que retratavam a realidade. 

Os irmãos Lumiére praticamente inauguraram esse gênero. 

Na foto uma cena do filme ficcional de Melies. 

Mas foi o filme Nanook, que retrata a vida de um esquimó, o mais antigo e conhecido filme do gênero documentário. É da década de 20 do século passado, tendo quase cem anos. Esse filme é um clássico que todos os amantes do cinema devem conhecer. É a dica da vez do Blog do Cyro.


Ou clique abaixo.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Um Brasil sem guerras e inimigos externos, mas ineficiente

foto AP/Sputnik News

com informações da Agência de Notícias Sputnik News

O Brasil é um país conhecido por ser pacífico e um dos poucos que não têm qualquer inimigo. Embora essa seja uma vantagem e tanto, isso não significa que não tenhamos problemas.

Não temos inimigos externos, mas temos muitos inimigos internos. São principalmente os corruptos, mas também os corruptores, o crime organizado, alguns membros da elite que se preocupam apenas com o seu poder de consumo e quase nada com o futuro do país.

Um país assim, mesmo rico, mesmo sendo a 8ª maior potência econômica do planeta, não tem um futuro muito promissor. Todo o dinheiro ou vai para fora ou fica nas mãos de poucos, de mega empresários e de corruptos. Não sobra muito para investir em tecnologia, em estudos científicos de ponta nem o suficiente em educação e saúde. Ao contrário. Qualquer crise econômica é motivo para o governo cortar investimentos adivinha em que setores? Adivinhou: educação e saúde.

Um país que não investe massivamente em educação, que não planeja a longo prazo, tende a ser uma espécie de colônia por longa margem de tempo.

Vamos ver um exemplo contrário: a Síria, devastada pela guerra, com uma economia minguando, ela consegue dar bons exemplos, mesmo com a rede de transporte arrasada, com prejuízo nesse setor calculado em mais de 13 bilhões de reais. São mais de 50 estradas, com mais de 4.095 quilômetros de extensão, e de 17 ferrovias, com 2.400 quilômetros, totalmente aniquiladas.

Porém, mesmo com todo o drama conhecido da guerra da Síria (500 mil mortos, 5 milhões de refugiados, 800 mil deslocados internos, economia cambaleante), ela consegue dar exemplos de superação que colocam o Brasil numa posição ainda mais vergonhosa.

Quando o exército sírio consegue libertar uma área do poder dos terroristas, os construtores das chamadas brigadas de construção imediatamente dão início à restauração da infraestrutura e dos prédios destruídos, a fim de possibilitar o regresso da população e o repovoamento das áreas.

O trabalho não é fácil, pois bombas instaladas pelos terroristas têm que ser descobertas e neutralizadas o mais rápido possível, a fim de possibilitar o trabalho das brigadas e a segurança da população.

Em Aleppo, quando retomada dos terroristas, o exército sírio neutralizou 130 bombas e conseguiu reconstruir 18 quilômetros de ferrovia em 20 dias. Sim, 20 dias. Uma outra estrada, com 186 quilômetros destruídos, foi completamente restaurada em 70 dias. O segredo? Organização. Tudo é planejado com antecedência. E a guerra não deixou qualquer espaço para individualismo ou corrupção. O dinheiro é minguado e deve ser corretamente aplicado. E eficiência, ao que parece, não falta àquele povo.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

AINDA O CAMINHO DE DAMASCO NA ATUALIDADE

foto: agência Sputinik
O governo russo diz que 98% do território sírio está sob o controle do governo local. Não é bem assim. Há muitas regiões controladas por grupos ligados à Al Qaeda, principalmente próximo à Jordânia e a Israel. Há grupos com o Isis, próximo ao Iraque, além de regiões dominadas por turcomanos, curdos e outros rebeldes que contam com o apoio expresso do governo estadunidense, através de suas forças aéreas.

As maiores cidades, sim, estão sob o controle do governo sírio.

Essa união da Síria pode ser a maior derrota do governo dos Estados Unidos na região, já que havia a previsão de interesse daquela potência em tripartição da Síria entre sunitas, curdos e os "sírios".

Afinal, quem são os sírios? Os sírios são os sunitas, os xiitas, os sufistas, os assírios, os cristãos, os ateus, os comunistas, os socialistas, os nacionalistas, os direitistas, os judeus e tantos outros que compõem o vasto leque étnico do povo sírio, sempre impregnado do seu multiculturalismo histórico, sempre dominado por grandes civilizações e impérios.

A Síria somente será a Síria se mantiver a harmonia da integração das etnias, como vinha fazendo, com grande êxito, até 2011. Sempre houve interesse das grandes potências na repartição dos países. Assim se deu com a Alemanha (até a queda do muro), com a Coreia (ainda hoje), com a Iugoslávia e, sem êxito até o presente momento, na Síria e no Brasil. Sim, o Brasil já sofreu séria ameaça de divisão de seu enorme território, e não falo na época do Império. Foi em 1964, quando agentes estadunidenses espalhavam-se pelo nordeste brasileiro com o intuito de fomentar a criação de pequenos países e enfraquecer o governo central, caso houvesse resistência militar ao golpe. O Brasil era uma potência em expansão, a China do Sul, como chamavam, e que não era vista com bons olhos por militares estadunidenses. João Goulart e o seu comando militar foram exitosos e evitaram o retalho do país.

Voltemos à Sìria.

Hoje o país tem uma população de 18 milhões de habitantes. A guerra ocasionou a fuga de mais de 5 milhões de refugiados sírios e quase 8 milhões de deslocados internos (que se deslocaram fugindo da guerra, mas sem sair do país), 500 mil mortos, 120 mil desaparecidos, cerca de 30 mil prédios arrasados, a redução do PIB em mais de 70%, a redução das importações em 90%, 3 milhões de crianças sem escolas.

O Brasil acolheu um número insignificante de refugiados sírios, enquanto o pequeno Líbano, de 4 milhões de habitantes, recebeu 2 milhões (metade de sua população) de refugiados daquele país. A Turquia recebeu outros 3 milhões. É um número impressionante e que está prejudicando a economia do Líbano, já ameaçado internamente por interesses políticos e econômicos da Arábia Saudita e do Irã.

*com dados parcialmente fornecidos pela Russia Today

sábado, 18 de novembro de 2017

LIGHT IN BABYLON


O mundo não se divide entre Oriente e Ocidente. Talvez assim tenha se dividido num passado não muito recente.
Hoje, a divisão se dá entre estilos de vida. Há aqueles que visam apenas o enriquecimento individual e aqueles que almejam o conhecimento espiritual. Isso pode se dar em qualquer canto.
O fato de um país adotar uma religião oficial não significa que almeje o enriquecimento individual. Ao contrário. Muitas vezes serve para evitar a transcendência necessária para o conhecimento, próprio e do que nos rodeia.
O mundo anda muito confuso. Irã e Arábia Saudita, como Nações, adotam a religião islâmica de acordo com os seus pontos de vista. A Coreia do Norte adota o ateísmo. Os Estados Unidos e o Brasil se dizem laicos, mas o primeiro exige juramentos, inclusive do presidente, com a mão sobre a Bíblia. No Brasil, o crucifixo está na Suprema Corte e o  Cristo no cartão postal internacional, Rio de Janeiro. A França chega a proibir algumas vestes em locais públicos, sob o pretexto de defender a laicidade. Mas nenhum desses países propicia o efetivo espiritualismo. Talvez alguns menos que outros, inclusive.
O espiritualismo persiste muito pontuado. Temos Nações mais espiritualizadas, como Nepal e Butão, e outras menos. Mas há pessoas espiritualizadas e centros que propiciam o autoconhecimento em muitos cantos do planeta.
O Brasil possui muitos locais de enriquecimento espiritual, sob roupagens diversas. Alguns ligados a religiões, outros a filosofias, outros a estilo de vida.
O grupo musical turco Light in Babylon, que toca nas ruas de Istambul, representa bem a dubiedade dos nossos tempos modernos. A cantora, de origem iranoesraelita, foi atrás de espaço para se redescobrir. Veja esse incrível documentário no youtube.

sábado, 11 de novembro de 2017

O SILÊNCIO QUE ANTECEDE A SURPRESA!


O blog do Cyro não sumiu. Ele está no ar!

Você pode fuçar matérias antigas e que ainda são atuais, bisbilhotar as dicas de páginas. Tem muita coisa para fazer por aqui.

O autor está fazendo como os ermitões, dando um tempo, se afastando. Somente assim passamos a ver com outro olhar, o que se faz necessário, principalmente numa era em que se escreve apressadamente sobre tudo, sobre todos, sem reflexão alguma, criando-se sérios vícios não só de linguagem, mas de comportamento. Talvez desse apressamento e dessa necessidade de exposição decorram a agressividade e a falsidade tão atuais. 

Se você acompanhar o blog, verá que em 2018 teremos novidades legais. Coisas diferentes acontecerão por aqui. É o que esperamos e o que nos propomos a fazer!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

CRÔNICA: A ARCA DA HUMANIDADE

Era uma vez um planeta colorido, repleto de terra, de árvores e água, e que do céu parecia uma bola linda, azulada.
Parecia o próprio Céu.
Mas, em um determinado período da humanidade, esse planeta chamado Terra, já com as florestas devastadas, água potável escassa, com fortes poluições sonora e ambiental,  foi ameaçado com um dilúvio com proporções inimagináveis. Os seres que já dominavam o planeta, denominados inadvertidamente de humanos, construíram um arca e colocaram lá todos os de sua espécie. Os 7 bilhões de bípedes mais divertidos que os seus parentes macacos, estavam reunidos naquela nau de proporções gigantescas, construída com o que sobrou do planeta, lixo.
Mas foi só entrar na Arca gigantesca que começou o jogo da discriminação, e com a evidente exclusão forçada de membros da própria raça chamada humana.
Graças ao preconceito contra as mulheres, as primeiras a serem jogadas ao mar, sobraram 3,5 bilhões de bípedes.
Desses 3,5 bilhões, 1 bilhão era de esquerdistas, comunistas e anarquistas, também jogados ao mar.
Sobraram 2,5 bilhões. Mas, outro bilhão foi jogado ao mar. Era composto de muçulmanos, judeus e evangélicos.
Sobrou 1,5 bilhão de pessoas. Mas a população não suportava indígenas, negros, árabes, chineses e latinos, que também acabaram por serem lançados na tempestade.
Haviam sobrado, então, 500 milhões. Mas os gordos, os carecas, os peludos, os que apresentavam alguma deficiência e os obesos também foram abruptamente convidados a se afogarem. Sobraram 70 milhões.
Daí os feios também foram eliminados. Sobraram 10 milhões.
Mas daí resolveram discriminar aqueles que soltavam puns, que arrotavam, ainda que discretamente, e que não tinham um bom cheiro. Restaram, então, apenas 100 mil pessoas.
Mas daí discriminaram os que usavam roupas grudadas, sensuais e que usavam tatuagem.
Sobraram 80 mil "sortudos".
Os próximos a serem discriminados foram os tímidos, os que não fofocavam nem participavam de jogos pelo poder.
Sobraram menos de 10 mil pessoas. Daí lembraram dos que já haviam sido pobres antes de entrarem na arca e os lançaram ao mar. 
Sobraram apenas 500 pessoas.
Daí se recordaram das questões sexuais e resolveram eliminar todos os que não eram considerados típicos héteros, inclusive os enrustidos. 
Sobraram 200 pessoas. Mas daí, discriminaram os idosos, depois os que não eram simetricamente perfeitos, em seguida os que eram corinthianos e os que eram servidores públicos.
Sobrou uma única pessoa. Mas como ela não sabia navegar nem pode se procriar, não lhe restou muito tempo.
Aí acabava a história da humanidade e da vida em sociedade.
Dessa história não sobrou ninguém.
Daí o planeta anteriormente devastado, após o fim do dilúvio se revitalizou e voltou a ser belo, colorido, brilhante, repleto de diversidade de vidas aquáticas e terrestres. O lixo se decompôs, animais viviam em abundância em seu habitat original e as aves lotavam os céus.
Os humanos foram só um dos seres da diversidade que compõe o planeta. Foram esquecidos até que, milhares de anos depois, chegou uma espaçonave com uns seres de cor rosa que resolveram recolonizar o planeta.
Começaram por jogar corante nas águas e por criar uma tinta que tingia a atmosfera. A terra deixava de ser azul.
E daí começou tudo de novo...

domingo, 5 de novembro de 2017

ESCRITA: EMOÇÃO TRANSGRESSORA

Às vezes é necessário escrever.

A escrita surge hoje como desabafo, como indireta, como desafio, como um retrato frio de intenções e de manipulações, mas nem sempre foi assim.

No início a escrita surgiu como uma grande descoberta. A cada sílaba, um som. A cada palavra um entoado quase cantado. E a humanidade conseguia, assim, como se fosse uma criança a descobrir as paisagens novas a cada novo passo, registrar a sua história.

Com a escrita vieram os mais fabulosos conhecimentos e a vontade e necessidade de descobrir o mundo ao redor. A poesia surgia como algo inevitável na história da humanidade. E a escrita, apoderando-se dos poemas e contos, fez-se arte!

As grandes civilizações prosperaram com a escrita, e a escrita as retratou para a eternidade.
Mas a escrita não foi capaz de revelar segredos ocultos, muitas vezes mistificados, ampliados, exagerados. E a escrita consolidou, também por ela, algumas lendas, alguns contos e muita fantasia.

O ser humano ardiloso passou a usar a escrita não mais para comover, ampliar horizontes e revelar a própria humanidade, mas para manipular, como se fosse arma. Fez isso com os jornais e faz isso com a nova mídia eletrônica, como o Facebook.

A escrita, hoje massiva, utilizada por bilhões de seres, não registra mais, de forma prioritária, fatos históricos, mas um dia a dia superficial, intenções muitas vezes expressas, outras não, de manipular através de ocultação parcial de verdades ou de utilização expressa de pequenas ou grandes mentiras. A escrita, antigamente de poucos, e ligada, sim, aos poderosos, hoje, embora acessível a bilhões de seres, é descaradamente utilizada em prol do poder.

A escrita que estava ligada à arte, à intensa liberdade, hoje é utilizada como meio reacionário. Através dela, grupos se manifestam massivamente clamando por uma limitação do ser humano, como se a humanidade pudesse ser compreendida como algo estanque e sem a necessidade de dar passos além, para conhecer o que jamais foi esclarecido, decodificar de outra forma o que já é conhecido e propiciar novos sentidos, como a arte, registrada pelas palavras escritas através de poemas e contos.
Querem, hoje, através da escrita, limitar a arte e demarcar espaços para a humanidade, impedindo aqueles pequenos e grandes passos necessários para a ampliação do nosso horizonte e do próprio conhecimento.

Querem a escrita não mais para libertar e, assim, propiciar novas visões de mundo, mas para nos aprisionar a conceitos já existentes e muitas vezes ultrapassados.

Em um mundo em que as palavras são utilizadas de forma breve, fria, sempre acelerada, prioritariamente para propagar a superficialidades de um cotidiano repleto de luxo, mas vazio de intensidade de alma, não soa estranho a escrita ser utilizada para cercear, ao invés de libertar.  

A escrita, hoje, mais nos prende e menos nos permite alcançar a liberdade, que no passado.

Mas a escrita que reflete o sentir, o pensar e o amor pelo o que a natureza humana e o Universo proporcionam pode voltar a ser um grande instrumento de progresso da humanidade. Para isso, precisa transgredir e ser capaz de ser revolucionária. Necessita não de um amontoado de palavras ou de letras, não necessita ser excessiva, mas tão somente expressar emoção, a mesma que dominou a humanidade ao se fascinar pela sua então criação: a escrita.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

DICA DE UM CURTA LIBANÊS

Um curta muito bacana que aborda a questão ambiental e o vazio que o lixo provoca, e ainda tem a tirada de dizer que quem fuma e quem pratica surf destroem da mesma maneira o meio ambiente, mas dá uma mensagem de esperança para que o inocente surfista não se sinta tão vilão.

HUMANOS TRANSTORNADOS INSENSÍVEIS AOS DRAMAS HUMANITÁRIOS

A humanidade vive momentos difíceis.
Por um lado aumenta o ódio, o discurso agressivo e a vontade de muitos brigarem. Os países se fecham, levantam cercas e muros, criam leis punindo ajuda a quem busca refúgio. As pessoas tornam-se menos tolerantes e passam a ver o diferente, sejam pessoa ou pensamento, como inimigo mortal.
O Brasil, que sempre esteve distante dos problemas humanitários que assolam a África, Ásia e Oriente Médio, continua distante, recebendo um número pífio de refugiados.
Não demorará a termos um conflito mundial, atingindo provavelmente todos os continentes.
Ao invés de se resolver a causa dos problemas do refúgio, que são as guerras financiadas por potências externas, o ser humano resolve insuflar a participação de países, aumentando o número de venda de armamentos e, por consequência, aumentando o número de vítimas fatais.
A Síria tem mais de 5 milhões de refugiados, mais de 8 milhões de deslocados internos e mais de 500 mil pessoas mortas pela guerra. A Síria está devastada e o seu povo vive um grande êxodo.
Mulheres e crianças refugiadas muitas vezes passam fome e a única forma de obter algum recurso é através da mendicância, um raro trabalho informal ou da prostituição, inclusive infantil.
Casamentos infantis continuam a ocorrer. 
O que será da Síria talvez só os Estados Unidos e a Rússia tenham uma noção.
Se depender dos EUA, ela será recortada em dezenas de pequenos territórios. Um para os xiitas, outro para os sunitas, um para os curdos, outro para os grupos terroristas (Al Qaeda e outros) que estão na divisa com Israel, nas Colinas do Golan, outro para os turcomanos, outro para o governo sírio. A Síria que nos primórdios, antes de sua independência, era enorme, alcançando também o Líbano e a Palestina, hoje está cortada em retalhos.
Muitos sírios hoje refugiados temem não poder voltar à localidade onde moravam, em razão do temor - não infundado - de sua cidade ou povoado passar a fazer parte de um território independente e artificialmente desenhado, destinado a uma determinada etnia, grupo religioso ou convicção política. Temem ser perseguidos também por isso ao retornarem. 
A estupidez humana não tem fim, a começar pelos líderes das grandes potências.
Não se pode ficar insensível a qualquer drama humano, menos ainda quando envolve crianças.
Um ser que não se sensibiliza, muito provavelmente apresenta algum transtorno psiquiátrico grave.
E a humanidade, quase que como um todo, está se enquadrando nesse diagnóstico terrível da psicopatia. 
Abaixo um vídeo de 2016 sobre a situação síria e como as crianças tentam superar as dores das perdas incessantes através da música.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

UM PAÍS E UM POVO À BEIRA DO ABISMO

foto: internet

No Brasil houve um grande movimento massivo pela ética na política. Hoje verifica-se que grande parte dos deputados e senadores eleitos, então, estão envolvidos em escândalos, que o atual Presidente da República foi acusado de ser o líder da grande organização criminosa de corrupção neste país e que líderes de influentes partidos, mesmo com fortes acusações, continuam a exercer os seus ofícios em liberdade.
Houve um movimento, que beirou a histeria coletiva, contra um determinado partido. Políticos de outras siglas partidárias, que praticaram os mesmos crimes com mais intensidade, inclusive, não são tão afetados pela repulsa popular. Não há panelaços nem grandes manifestações de rua.
O povo se conformou com a corrupção praticada por algumas siglas. Conformou-se com os acordos nada republicanos praticados às claras. Conformou-se com o fim de alguns direitos trabalhistas. Conforma-se com uma reforma que praticamente vai tornar impossível a aposentadoria. Conformou-se com menos investimentos em educação e na saúde. Conformou-se com a entrega de áreas estratégicas a grupos estadunidenses. Conformou-se com o enfraquecimento do Mercosul e Unasul e uma participação mais simbólica nos BRICSs. Conformou-se com um Brasil que constantemente passa vergonha.
Um governo com menos de um ano e meio conseguiu fazer mais estragos ao Brasil que qualquer outro da história. Economia em crise. Política em crise. Educação, saúde, direitos trabalhistas e direitos previdenciários são diuturnamente afrontados e ameaçados. Servidores públicos, os concursados, são tratados como vilões. Os políticos, justamente eles, apontam os dedos acusando aqueles que trabalham por um país mais republicano.
Esse Brasil está de pernas para o ar. A oitava economia mundial desaba em credibilidade e respeito.
O discurso no Brasil é simplista, nunca aponta uma solução e visa camuflar interesses pessoais ou de grupos. Vejamos alguns exemplos.
Prioriza-se a terceirização no serviço público e a privatização para justamente poder se praticar a corrupção.
Prioriza-se a compra de armamentos da polícia para falsear a incompetência em combater o crime com inteligência.
Paga-se mal o policial, o professor e o profissional de saúde, com piores condições de trabalho, e exige-se dedicação descomunal, ao mesmo tempo que privilegia com grandes fontes de recursos organizações de saúde.
Retira-se dinheiro da educação para privilegiar os grandes grupos de ensino privados. O mesmo ocorre com a saúde.
Será que o povo brasileiro ainda suportará isso por muito mais tempo?
Quais seriam as alternativas?
Há muitos políticos que posam como novidades, mas sempre participaram de uma forma ou outra do jogo político, têm um discurso vazio e que, ao invés de serem a solução, poderão tornar-se como uma causa maior do problema, implicando até numa grave crise social.
Por enquanto nem a direita nem a esquerda perceberam o risco de uma convulsão social se um determinado político, ex militar, eleger-se presidente da República.
Graças à sua própria incompetência, o seu apoio irrestrito ao Presidente e às suas ações anti sociais, aos graves crimes que são imputados a algumas de suas lideranças, dificilmente o PSDB conseguirá ir ao segundo turno das eleições presidenciais. Talvez nem eleja o sucessor do governador de São Paulo.
O PT talvez consiga se reerguer das cinzas, mas dificilmente levará um candidato ao segundo turno, ainda que seja o ex presidente Lula.
O PMDB provavelmente diminuirá de tamanho, o mesmo ocorrendo com outros partidos.
O mais provável é que o ex militar chegue ao segundo turno, disputando com uma liderança de centro esquerda, que pode ser representada por Marina Silva, Joaquim Barbosa ou Ciro Gomes.
Discursos de ódio ainda ecoam. Falas sem qualquer escrúpulo ressoam entre a população.
Minorias sempre discriminadas são alvo de discursos fracos, mas recheados de oportunismo. Mulheres, negros e homossexuais continuam a ser alvos de mentes doentias.
Vivemos uma crise sem precedentes: moral, econômica, social e de Nação.
Enquanto o país atravessa essa grave crise, o seu povo demonstra vivenciar um vazio.
Algumas pessoas odeiam o que o Brasil representa, negam a história do País e pregam o ódio ao outro, seja o que for que ele represente.
O país sofre uma grave crise e o seu povo também.
O Brasil precisa passar por reformas e o seu povo também.
Mas as reformas que o povo precisa enfrentar dependem de investimento em educação e cultura. Somente conhecendo quem somos e o que representamos, poderemos ter consciência de Nação.
A salvação, ao contrário do que esse governo faz, é investir massiva e urgentemente em educação e cultura.
O Brasil está à beira do abismo e os brasileiros estão prestes a saltar no escuro do desconhecimento.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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