sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

O VENDEDOR DE SONHOS



Há uns 15 anos queria montar um jornal popular gratuito, entregue em cada casa. Seria algo grande, repleto de responsabilidades e estresses. Havia o estresse de conseguir anúncios publicitários, de verificar o dinheiro tão escasso em caixa, de verificar se a gráfica entregaria os exemplares no prazo prometido, de acompanhar a entrega pontual do jornal por pessoal contratado, de acompanhar a equipe de jornalistas. Não deu certo. Não tinha tempo nem saúde. Infartei e perdi a pouca energia que tinha para tocar o projeto para a frente. Ele só ficou no papel. E o tempo que tinha não podia mais ser tão recheado de estresse. A pouca energia que tinha devia canalizar no meu emprego de advogado público. Não conseguiria ter condições de tocar um projeto dessa importância e responsabilidade  à noite. Tinha que descansar a cabeça e o coração.

Depois montei um jornal com atualização diária na internet, com a ajuda de colaboradores queridos (http://jornaldapompeia.blogspot.com.br/). O jornal tinha acesso a todas as informações importantes dos outros órgãos de imprensa e inúmeras páginas de interesse. Foi algo modesto mas também ousado. Quase um ano depois eu não aguentei e parei a atualização. 

Hoje vejo que nenhum projeto que tentei implementar no jornalismo deu certo. Sou, de certa forma, perdedor. Mas também sou, de certa forma, vencedor, pois nunca perdi os sonhos.

Ao ver a Caros Amigos não ser mais editada fiquei entristecido, mas como guerreiro que não aceita a derrota de forma fácil, imaginei a possibilidade de propor aos editores e colunistas da revista continuar o seu trabalho na forma televisiva, numa grande parceria com alguns canais de televisão estrangeiros que seriam retransmitidos ao vivo para o Brasil, via youtube, mas necessariamente em português. Ao mesmo tempo haveria parcerias internas para ampliar o projeto. Seria algo muito interessante e uma nova opção ao espectador sedento por informação de qualidade no campo televisivo. Ah, isso nem vou colocar no papel. Ficou só no sonho. No sonho de montar um canal de tevê com informações de qualidade no plano internacional, nacional, econômico, cultural e social. Se não tive condições de tocar um projeto simples na internet, nem saúde para tocar um jornal impresso, imagine uma tevê com notícias ao vivo?

Prefiro ser aquele sonhador que vive que aquele que implementa e não vive para contar a sua história. Estou vendendo sonhos. Alguém quer?


Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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