foto: The Guardian
Em entrevista à revista britânica New Left Review, o destacado historiador Eric Hobsbawm, faz uma análise do mundo atual e compara a recente crise econômica mundial àquela ocorrida em 1929. A matéria foi traduzida e publicada no Brasil pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo. Para Hobsbawm, hoje, graças aos Países Emergentes, com suas economias pulsantes, o mundo não piorou ainda mais. Em 1929, com a crise, fortaleceram-se os movimentos direitistas, como fascismo e nazismo, o que favoreceu o nacionalismo xenofóbico.
Para o analítico historiador, o islamismo cresce há dois séculos sem qualquer atividade missionária, ao contrário das outras religiões. Segundo ele, o islã "confere às pessoas pobres o sentimento de que valem tanto quanto todas as outras e que todos os muçulmanos são iguais" ... "duvido que os cristãos negros acreditem que valham tanto quanto os colonizadores cristãos, enquanto alguns muçulmanos negros acreditam nisso, sim. A estrutura do islã é mais igualitária". Culto, o historiador cita que "os mercadores de escravos no Brasil deixaram de importar escravos muçulmanos porque eles sempre insistiam em rebelar-se". Fato conhecidíssimo é a revolta dos escravos muçulmanos na Bahia, em 1835, conhecida como Revolta dos Malês. Malê, na língua iorubá (falada ao sul do Saara, principalmente na Nigéria, Congo, Togo e Serra Leoa), quer dizer muçulmano.
Na entrevista tem muito mais. Vale a pena ler.
Na entrevista tem muito mais. Vale a pena ler.