sexta-feira, 29 de julho de 2022

EXPOSIÇÃO DE CIRO NAS MÍDIAS SOCIAIS, TEVÊS E RÁDIOS, EM ENTREVISTAS COLETIVAS E DEBATES, PODE PROPORCIONAR AUMENTO SIGNIFICATIVO DE INTENÇÕES DE VOTOS NAS PESQUISAS ELEITORAIS

Há uma real possibilidade de crescimento de Ciro Gomes nas próximas pesquisas de intenção de voto para a presidência da República.

Ciro tem comparecido a todas as entrevistas e debates para os quais é convidado, seja nas mídias sociais, seja nas tevês e rádios, o que tem ampliado a sua visibilidade perante os indecisos e os eleitores de Bolsonaro e Lula que não são "tão convictos".

Por outro lado, a decisão de Lula e Bolsonaro de se recusarem a comparecer a debates e entrevistas coletivas, reduz a exposição desses candidatos hoje melhor colocados e pode causar uma significativa perda de possíveis eleitores.

Ou seja, enquanto Ciro cresce, Lula e Bolsonaro podem perder votos, o que pode vir a aproximar Ciro de Bolsonaro nas pesquisas, podendo vir a tirar o atual presidente do segundo turno.

E isso provavelmente já vá ocorrer nas próximas pesquisas, entre o final de julho e o começo de agosto.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

SPUTNIK: QUEM SÃO OS NEONAZISTAS BRASILEIROS?

Uma importante reportagem investigativa da agência Sputnik revela quem são os neonazistas brasileiros.

Jornalistas da Sputnik se infiltraram em diversos grupos neonazistas brasileiros. O resultado é que os neonazistas brasileiros saíram do anonimato. Suas atividades e o perigo que representam foram expostos na reportagem.

A extrema direita, que inclui os neonazistas, cresce no mundo ocidental, inclusive no Brasil.

No Brasil há, pelo menos, 530 núcleos extremistas, que envolvem cerca de 10 mil indivíduos. Se comparado a janeiro de 2019, tais números revelam um crescimento superior a 270% e que coloca o Brasil na sétima posição de países que sofreram com o crescimento do nazismo.

O que há em comum entre os grupos extremistas é o conservadorismo das tradições raciais e de classe. Muitos se dizem conservadores e liberais, mas não. São reacionários. Eles têm medo de perder a posição social que alcançaram.

No Brasil, os neonazistas se mostram em publicações nas redes sociais, com o intuito de recrutar seguidores.

Há o grupo Antissemitas BR que está presente em algumas redes sociais e as páginas revisionismo histórico, desfragmentando a sociedade, nazi talk, conselho conservador identitário nacional, Cristãos pela Pátria e nacionalistas, dentre outros.

Recentemente, generais do Exército do Brasil divulgaram publicações da extrema direita no Twitter..

O movimento de extrema-direita paramilitar na Ucrânia nasceu em novembro de 2013, durante o golpe. Diversos crimes foram praticados por esse movimento.

Segundo a reportagem, o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) publicou em suas redes sociais a mensagem de que "Está na hora de Ucranizar o Brasil! Quem sabe o que foi feito por lá entenderá".

Os extremistas ucranianos buscam reconquistar o nacionalismo original e homogêneo. No Brasil, continua a matéria, a unidade nacional não seria alcançada, segundo os extremistas de direita, por responsabilidade do Legislativo e do Judiciário.

Por isso, muitas manifestações de direita incluem bandeiras de grupos neonazistas ucranianos.

Com isso, muitos brasileiros foram lutar ao lado da milícia neonazista ucraniana incorporada ao Exército nacional daquele país, o chamado Batalhão Azov.

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou que chegaram à Ucrânia 46 mercenários brasileiros, dos quais 19 foram eliminados e 18 saíram do país. Apenas 9 continuam lutando ao lado das forças ucranianas.

Veja a matéria na íntegra no seguinte link:

https://br.sputniknews.com/20220726/investigacao-da-sputnik-revela-quem-sao-os-neonazistas-que-assombram-o-brasil-23792283.html

sexta-feira, 22 de julho de 2022

O NOME DE JESUS NÃO É TÃO IMPORTANTE QUANTO OS SEUS ENSINAMENTOS. SIGA OS EXEMPLOS DE JESUS E NÃO OS JULGAMENTOS MORAIS DAQUELES QUE USAM INDEVIDAMENTE O NOME DE CRISTO

Mais do que nunca o nome de Jesus ressoa em Igrejas, conversas de rua e em discursos de políticos, mas isso, ao contrário do que muitos imaginam, não é nada bom!

Não é o nome de Jesus que deveria ressoar, mas as suas ações, os seus exemplos e os seus ensinamentos.

Cristo nunca fez questão de mostrar seus poderes. Ao contrário, mostrava as suas virtudes e o seu amor descomunal.

As pessoas daqueles tempos, assim como hoje em dia, anseiam pelo Deus de Moisés, vingativo, poderoso em um Olimpo nababesco. O Deus amoroso apresentado por Cristo não agrada aos falsos moralistas e aqueles que escondem a imagem de força que coincide com o Deus do velho testamento.

Esses que discorrem sobre Cristo em suas palavras, normalmente escondem sua formação baseada no Deus vingativo, e não no amoroso de Jesus. Engrandecem-se e se acham superiores. O amor de Jesus que iguala, é uma aberração para esses falsos moralistas que se sentem reis, poderosos e superiores.

Narcísicos, tentam justificar um Deus assemelhado ao que almejam, poder e vingança.
 
Os ensinamentos de Jesus, mesmo, são praticados por poucos, e que muitas vezes são criticados por esses mesmos falsos moralistas que apenas usamm o nome de Jesus em vão. Um desses que se volta a ajudar o próximo, pondo em prática os ensinamentos do Mestre Jesus, é o Padre Júlio Lancelotti, a que oportunistas de plantão criticam.

Se há fome, levai comida, para saciá-la. Em seguida, dê acesso à educação para que o faminto de hoje possa se tornar o plantador de amanhã. As ações ensinam, amenizam sofrimentos e criam afetos recíprocos, que suavizam as relações humanas. Mas os críticos dos ensinamentos de Cristo procuram apenas justificar a fome existente, sem jamais procurar erradicá-la, proliferando os julgamentos morais, a discriminação, os confrontos e as guerras.

Há muito que se aprender sobre os ensinamentos de Cristo, e ainda há muito o que se ensinar, passados dois mil anos de sua vinda à Terra.

Você não precisa dizer incessantemente o nome de Jesus para demonstrar ser um verdadeiro cristão. Você não precisa frequentar assiduamente Igrejas para demonstrar ser um verdadeiro cristão. Você não precisa - e não deve - julgar as ações e comportamentos dos outros. O verdadeiro cristão pratica os exemplos de Cristo, derrama amor a cada passo, ajuda a curar doenças com ações fraternas, distribui pães e não pratica julgamentos morais. É difícil acreditar no Deus de Jesus e tentar seguir o seu exemplo. É difícil ser um cristão verdadeiro. É mais fácil acreditar no Deus vingativo e crer que a situação de fome, dor e abandono dos outros decorre de merecimento dessas pessoas e de ação divina.

A dor do outro existe, mas serve para nos ensinar. Nada na vida é isolado. Tudo o que ocorre com o outro tem uma razão para nós. Nos tornamos melhor quando socorremos o próximo. Quando ignoramos nossa responsabilidade, a dor do outro, independentemente de sua causa, passa nesse instante a ser causada por nós.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

A SERIEDADE E DUREZA QUE A CONSTITUIÇÃO EXIGE PARA A DEFESA DA DEMOCRACIA

O atual presidente testa a paciência e a força dos Poderes. O discurso dele visa, primeiramente desmoralizar os poderes instituídos, principalmente a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal.

Quando ele e os asseclas falam em golpe, isso não significa que as três Forças Armadas o seguirão. Há alguns poucos generais de pijama e aqueles que tomam remédios fortes, além do viagra, que sonham com a ditadura (pense você como quiser, mas esses que se entopem de viagra devem pensar em qualquer tipo de ditadura), mas há a maioria de democratas e legalistas que sonham com um Brasil que siga as leis e permita que todos se desenvolvam de acordo com a Constituição votada pelos constituintes.

Bolsonaro tem discurso sem compromisso e visa testar os poderes. Por enquanto, as nossas instituições têm se mostrado fracas quando diz respeito à defesa da Democracia. Um Supremo tem que ser altivo e não tolerar discursos antidemocráticos. Penso que o Ministro mais coerente com a defesa da Democracia, quer você concorde ou não, é o Alexandre de Moraes, que, de fala mansa, é duro e severo nas decisões, como tem que ser. Ele é autoridade e foi colocado no Supremo para defender a Constituição e a Democracia! 

Aqueles que têm a missão de defender a Constituição e a Democracia e não o fazem não serão perdoados mais tarde. Permitir que um déspota utilize recursos públicos em seu benefício quando a lei e a Constituição vedam é mais que ser permissivo, é ser condescendente. A Democracia só é frágil porque muitos não são sérios o suficiente para exercerem os cargos que ocupam e outros acham que exercer a autoridade pode ser vista como autoritarismo. Não. Não exercer a autoridade na defesa da Constituição ou da Democracia é ser serviçal dos autocratas. É ser banana. É ser alvo constante de piadas inconsequentes, graves e de mau gosto.

Só existe democracia em países sérios em que as autoridades são sérias no que fazem. Contra ditadores, déspotas e bananinhas de dinamite que vomitam contra a lei, a ordem, os Poderes, as Autoridades, a Constituição e a Democracia, os Poderes Instituídos e os ocupantes de seus cargos têm que ser duros como a lei pede que sejam.

Bolsonaro testa a Democracia e devíamos utilizar esse momento triste para amadurecer como país na defesa da Constituição e do regime democrático.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Há os que perdem e há os que não sabem perder. Os efeitos da derrota virão. O Brasil há de ganhar!

O desespero do atual governo federal em reverter o placar hoje favorável a Lula, assusta qualquer pessoa minimamente imbuída de um sentimento de amor pelo país.

Dinheiro injetado na TV Globo; recursos destinados a programas sociais em período em que a lei eleitoral proíbe; tentativa de compra de combustíveis da Rússia, que invadiu a Ucrânia, e que tem interesses contrários à OTAN e aos Estados Unidos, numa tentativa desesperada de diminuir o preço do diesel... e tantas outras ações, ao mesmo tempo em que a inércia e a incompetência reinaram no país. Isso sem entrar no mérito e na análise das corrupções existentes em várias áreas e Ministérios, ultrapassando o universo das rachadinhas de Bolsonaro e Flávio. Também sem entrar na fala descontrolada e irresponsável, desde aquela contra a ciência, contra a vacina, contra medidas protetivas, contra os maiores parceiros econômicos do país e aquela ácida contra os livros e a cultura, contra os povos indígenas, contra os pretos, contra as mulheres, contra os gays, contra o carnaval, contra o jornalismo e os jornalistas...

Foram 700 mil mortos pela covid-19 no país. Aumento de mais de 100% nos combustíveis, incluindo diesel, gasolina e álcool. Aumento da energia elétrica. Aumento do gás. Aumento dos alimentos e do básico à sobrevivência. Fechamento de indústrias e estabelecimentos comerciais. Paralisação do setor da cultura. Aumento do uso de entorpecentes. Aumento da criminalidade. Desemprego assombroso. Aumento do número de pessoas em situação de rua. Aumento do desmatamento ilegal. Aumento de atividades ilegais na Amazônia. Aumento do que é ruim e paralisação do que é bom. Esse é o retrato do atual governo.

O Brasil, em sua essência, vive um ataque à sua existência. O governo não quer o Brasil miscigenado em que o preto, o indígena e o português deram a base de nossa formação, subsista. Quer um brasileiro robotizado, que desconheça as suas raízes históricas. Quer um Brasil sem cultura. Um Brasil com deseducação, desde a escrita até o desconhecimento geral. Esse é o governo da inverdade, que segundo Mahatma Gandhi era o maior mal que poderia existir.

Desde a nossa formação há os que lutam contra a nossa integridade cultural e também territorial. O que causa espanto é que hoje essa ameaça não vem de um outro país, mas de parte de uma elite brasileira, que envolve políticos do toma lá dá cá, ansiosos por controlar grande parte dos recursos financeiros, de parte do generalato, ansioso por seus interesses corporatistas, desde o recebimento de remédio contra a impotência, passando por próteses penianas a benefícios salariais exclusivos, até duplos salarios bem gordos.

A corrupção que levou um ódio generalizado e, em certa parte, exagerado contra o PT, hoje está em evidência no atual governo, seja naqueles que governam, naqueles que apoiam, naqueles do toma lá, dá cá. O mal que esse governo tem feito ao país demorará décadas para ser revertido.

É um governo sem proposta, onde o discurso é só um: contra a esquerda. Não há ações na economia. Não há ações nem projetos na ciência e tecnologia, mas cada vez menos recursos nessas áreas.

Talvez Lula ganhe já no primeiro turno, talvez no segundo. Bolsonaro jamais ultrapassará a margem de sua enorme e pavorosa rejeição. Pode subir 3 ou cinco pontos percentuais, isso após todas as medidas inconstitucionais e ilegais adotadas, mas estancará numa derrota eterna. Com ele e por causa dele a direita, muito provavelmente, ficará décadas sem subir novamente ao poder. Ele fez muito mal ao país, mas mais mal ainda à direita.

O povo não aguenta mais pagar a conta por tudo, passar a fome e ver o seu país derrotado, entregue, sem precisar haver uma guerra para isso.

O que estava em jogo nunca foi a luta contra a corrupção, mas apenas a tomada do poder. A tomada por aqueles que sempre sugaram o país.

A fala reiterada de incentivo e promoção de golpe, as atitudes antidemocratas e contra o sistema eleitoral e os Tribunais Eleitorais e o STF não podem ser aceitos pela sociedade civil. Chega! Os que rosnam contra a democracia engolirão todo o ácido que visam jogar nas instituições, e não sobreviverão. O Brasil não aceitará mais esse golpismo e os golpistas e que só querem o benefício próprio. 

Se quisermos realmente mudar o Brasil, precisamos de um choque de cidadania e de responsabilização. O presidente, seus ministros e os representantes militares, além dos chefes de alguns órgãos importantes para a persecução criminal, devem ser responsabilizados pelos seus excessos, pelas suas omissões, pelas suas falas e pelas ações contra a Constituição Federal. O Brasil precisa ser passado a limpo e tem que ser a primeira medida a ser tomada pelo futuro presidente, seja Lula, seja Ciro, seja Tebet, seja Janones...

quinta-feira, 14 de julho de 2022

QUANTAS PERGUNTAS NÃO SERIAM FEITAS APÓS O SER HUMANO OLHAR NO ESPELHO DA SUA REVELAÇÃO HISTÓRIA E INDIVIDUAL?

Está cada dia mais difícil ser humano e continuar a gostar desse ser.

Nos primórdios, a luta era pela sobrevivência individual e da espécie. Hoje é pelo acúmulo de bens e capital.

Nos primórdios, o ser humano criou o fogo para o aquecimento, cozimento e iluminação. Hoje, criou a selfie para “brilhar” individualmente, já que o resto, hoje, é supérfluo.

No início, havia a penitência e o isolamento em algumas religiões. O enriquecimento era espiritual. Hoje, as novas igrejas (com “i” minúsculo, mesmo) são edificadas em busca da contribuição dos fiéis, e esses frequentam tais locais simplesmente pelo interesse em participar de grupos sociais, visando ao enriquecimento financeiro.

A fé não é mais em Deus. A humildade não é mais uma busca. Solidariedade e empatia estão fora de moda. Hoje, o indivíduo se acha deus (sim, com “d” minúsculo) onipotente e onipresente e cercado de espelhos que refletem uma imagem ampliada.

Antes, os políticos até podiam se seduzir pelo poder, mas a finalidade era a prosperidade da Nação. Hoje, grande parte dos candidatos a políticos ingressam nessa lucrativa “carreira” pela prosperidade financeira pessoal, lícita e ilícita. E o termo país ficou reservado ao local a ser explorado.

Os Monarcas preocupavam-se com os mendigos, moradores das poucas ruas e mandavam pessoas de confiança ver de perto as condições dos mais pobres. Hoje, os políticos se aproximam dos pobres apenas nas eleições. Depois, somem das ruas.

A coisa pública do termo república, hoje, com o capitalismo brasileiro, uma versão ainda mais doente da doença que assola as mentes, foi privatizada.

Nacionalismo deixou de ser uma palavra voltada à preocupação com o país e o povo para retratar um posicionamento ideológico de oposição a algo, somente isso.

Antes, as palavras eram lapidadas, utilizadas de forma precisa e poética. Hoje, as palavras vazias e as sentenças sem sentido ganharam vulto nunca visto anteriormente. Entender e ser compreendido não é mais uma preocupação. Hoje, procura-se “lacrar” com frases feitas que induzam a algo, ainda que não tenham sentido, expressão ou comprovação.

Contestar o incontestável, principalmente a firmeza e certeza da ciência, da educação, da cultura, da vacina e da própria humanidade virou moda em tempos de terra plana.

O amor pregado por Cristo deixou de ser moda, para dar vazão ao ódio materializado pelos discursos de ódio, armas e pouco respeito pelas pessoas.

Se Noé estivesse entre nós certamente repetiria: eu não disse? Olha no que deu.

Se Cristo encarnasse nesse momento, certamente voltaria como psiquiatra para analisar cada mente e alma que habita esse planeta.

Dessas frases e suas conclusões resultam inúmeras perguntas. Cá estão algumas delas. Uma mente desconexa e preocupada apenas com o ego indica uma alma extremamente primitiva e imperfeita? Se a resposta for afirmativa, esse mundo e os seres ditos inteligentes que cá habitam, são primitivos ao extremo? O dito mundo de prova e expiações do Espiritismo estaria na fase de revelações individual e coletiva? A terra tão perfeita, repleta de vida e diversidade, que abrigou dinossauros e os homens das cavernas, expurgaria seres tão imperfeitos quanto o homem das selfies? Quando a Bíblia trata do fim dos tempos, demonstra o inconformismo dos escribas e profetas bíblicos com o que se revelaria nos tempos atuais ou revela a dicotomia do ser humano que alberga ao mesmo tempo evolução e involução e início e fim?  Darwin reescreveria sua teoria nos tempos atuais?

quarta-feira, 13 de julho de 2022

O PRESENTE ÚNICO, INCOMPARÁVEL, REVELADOR DE CADA SER.

Vivemos uma época fenomenal, onde o melhor do ser humano e também o pior se encontram, onde a ciência que não para de evoluir, nos mostra a realidade que estava oculta no Universo e na medicina.

Pelo conhecimento acumulado e pela evolução, deveríamos estar na Era da ciência e do saber, mas não. A negação à ciência ainda é uma realidade muito presente no Brasil e em muitos locais que se utilizam da demagogia de uma suposta religiosidade, na verdade inexistente, para combater muitos dos avanços sociais e científicos.

Vivemos a dicotomia, na verdade. Aqueles que atacam a ciência quando lhes convém, a abraçam quando ela lhes traz benefícios, como no que diz respeito à internet e recursos tecnológicos. Os que defendem a ciência, querem voltar no tempo em que o homem respeitava o meio ambiente, os outros seres e a própria humanidade.

Enquanto o mundo se digladia entre extrema direita e bom senso, os Estados Unidos perdem força na economia e dão espaço à poderosa China. Militarmente, os Estados Unidos continuarão uma potência durante décadas, mas cada vez menos hegemônica.

O petróleo, que levou muitos países à guerra no século passado e no início deste, deixará e ser tão importante em poucas décadas, dando espaço ao hidrogênio e outras formas de energia menos poluidoras.

O dólar, que reinou por um século, começa a perder força. Toda a pressão que os Estados Unidos colocaram contra a Rússia pode ter um efeito bumerangue e se voltar contra a Nação hoje mais poderosa do mundo. As sanções fizeram com que a Rússia se aproximasse da China, realizassem transações em moedas nacionais, além de permitir que a Rússia passasse a comercializar produtos mais baratos, aumentando a sua exportação e importância estratégica.

O Brasil, que poderia ser uma potência econômica, voltou 7 casas e deixou de ocupar o 6º lugar, para ficar na 13ª posição entre as maiores economias do globo. O Brasil que poderia voltar a se industrializar e investir em tecnologia, optou pelo agronegócio, como quase sempre fez, desde a colonização. Foram poucas décadas que a industrialização liderava e permitia que o Brasil fosse o país que mais crescia em todo o mundo.  E devemos isso a Getúlio e sua política industrial e de desenvolvimento.

Hoje, cada vez mais pessoas falam em Espíritos e Seres extraterrestres, além de Jesus Cristo. Hoje, muitas pessoas valorizam o campo e a praia como forma de resgate da paz que só a natureza proporciona. Hoje, muitas pessoas deixaram de comer carne por conta do sofrimento a que as espécies estão sujeitas desde a criação até o abate. 

Hoje há diversas religiões, templos os mais diversos espalhados pelas cidades, assim como pessoas largadas a cada esquina.

Esse é o tempo da revelação, onde mostramos a nossa hipocrisia de ter um discurso conservador e desrespeitarmos as pessoas e a família, onde temos uma suposta religião e só pensamos em dinheiro e círculos sociais. A hipocrisia é reinante e a vemos cada vez mais e mais presente.

Talvez estejamos na Era em que sempre acreditei, na da Revelação, onde o ser humano mostrará para si mesmo as suas hipocrisias e falhas, revelando-se como realmente é, para depois rumar a um caminho ainda desconhecido, talvez de acordo com o merecimento individual, e que apenas nos será revelado em seguida.

O presente que vivenciamos, por qualquer ângulo que seja visto, é único, tanto para o bem quanto para o mal.

sábado, 9 de julho de 2022

9 DE JULHO. A GUERRA DO PASSADO E A GUERRA QUE LEVOU O BRASIL AO CAOS.

O 9 de Julho é uma data importante para São Paulo, que se colocava contra o governo Vargas, que derrubara, àquela época, a chamada República do Café com Leite, onde São Paulo e Minas Gerais alternavam-se no comando do País.

Em São Paulo diz-se que se lutava por uma Constituição democrática. No restante do país dizia-se que São Paulo lutava pelo baronato do Café. Sim, àquela época quem mandava na economia do país eram os latifundiários que cultivavam café e que até pouco tempo atrás ainda se utilizavam de força escrava.

Vargas revolucionou o país. O Brasil viria a se industrializar; instituiu o concurso público como forma democrática de ingressar no serviço público, tentando por fim às indicações políticas, que até hoje sobrevivem no país; o Brasil permitiu o voto feminino; instituiu leis trabalhistas; criou a previdência social. Em pouco tempo houve uma explosão de criatividade na música, no cinema e no teatro, o Brasil era o país que mais crescia economicamente no mundo afora e a curiosidade e respeito por esse país até então desconhecido crescia no mundo afora.

O governo Vargas sofria pressão à direita e à esquerda e a saída que encontrou para evitar o golpe foi a prática do suicídio. Exatos 10 anos se passaram e o seu herdeiro político, João Goulart, um trabalhista nacionalista, foi deposto por um golpe plenajeado pela CIA e que contou com o apoio do que existe de pior na política brasileira, a extrema direita, inclusive aquela de nossas Forças Armadas.

Foi Geisel, ainda durante a ditadura, que fez renascer o espírito nacionalista e promoveu a tentativa de fortalecimento da industrialização brasileira, com a criação de empresas estatais vitais, ao mesmo tempo em que já planejava a chamada abertura democrática.

O Brasil de 1930 a 1980 cresceu como nenhum outro país no globo, permitiu que grande parte de sua população, então vivente no campo, pudesse morar nas grandes cidades e ter acesso à educação e  cultura. O Brasil era respeitado pelos blocos econômicos mundiais (capitalista e comunista), dialogava com todos os países do planeta e impunha-se como uma Nação respeitosa.

O Brasil era tão importante que em 2001 o banco Goldman Sachs cunhou o termo BRICs, que significava, se referindo à Rússia, China, Índia e Brasil como os países de economia influente e que estavam apartadas das grandes economias tradicionais. O Brasil estava ao lado de países respeitados que dominavam a tecnologia e tinham armamentos atômicos.  Foram realizadas reuniões desses grupos, que depois incluiu a África do Sul e o grupo passou a chamar-se BRICSs.

No final da década passada, porém, a situação do país mudou de figura. Houve o que se chama de revolução colorida, onde um país estrangeiro, sem utilizar de armamentos, consegue com que grupos econômicos e sociais do país alvo se coloquem contra o governo. Houve inúmeras manifestações chamadas de populares contra o governo, surgiram movimentos de direita se proclamando nacionalistas (Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre...), mas que só lutavam contra um grupo político e nada propunham para o desenvolvimento do país. Ao mesmo tempo, com apoio de instituições públicas dos Estados Unidos, a chamada Operação Lava Jato ganhava força na mídia, atuando de forma até persecutória contra o ex-presidente Lula, como demonstraram as conversas havidas entre o juiz Moro e procuradores da República, sem respeitar princípios e normas Constitucionais e legais. Nessa esteira, foi eleito como presidente da República um ex-deputado federal famoso por defender o corporativismo e interesses salariais dos militares, com um discurso extremista. Face ao posicionamento político adotado, o Brasil isolava-se mundialmente, mantendo contato com países periféricos e sem importância geopolítica. Ao mesmo tempo, a desindustrialização atingiu o seu pico, muitos dos direitos trabalhistas foram revogados, promoveu-se mais uma reforma previdenciária, uma crise econômica sem precedentes fez aumentar o número de famintos, desempregados e de moradores de rua. O Brasil fechou ou vendeu empresas vitais para o seu desenvolvimento tecnológico, como a ELETROBRÁS e a CEITEC. A venda da Petrobrás passou a ser discutida no governo.
  
Hoje o Brasil caiu da 6ª posição de maior economia do planeta para a 13ª, com diminuição do PIB. Hoje a economia é dependente da exportação de minérios e do agronegócio. A desindustrialização no país é uma das maiores do globo. O poder de compra do brasileiro diminui e cada vez mais nacionais passam fome. Aumentou assustadoramente o número de moradores de rua.

O Brasil passou por uma verdadeira guerra que o levou à ruína. A covid-19, e a má gestão do governo federal, apenas veio escancarar que 700 mil brasileiros haviam sido mortos ao lado dessa guerra sem ataques de mísseis e tanques, mas com muitos tiros que mataram líderes indígenas, indigenistas e jornalistas, principalmente em regiões de interesse da exploração mineral ilegal, da pesca ilegal, da caça ilegal e de um agronegócio primitivo. A Amazônia passava a ser terra de ninguém, com a atuação do crime organizado internacional ligado ao tráfico de armas e de drogas.

Desde 2013 o Brasil está sob ataque e em guerra. O resultado dessa guerra vemos por todos os lados, na economia, na cultura, na educação, na desindustrialização, na venda ou fechamento de empresas vitais para o País, no desemprego, na carestia, na fome, na miséria, na rua lotada de viciados e de pessoas em situação de rua, nos 700 mil mortos pela covid-19, muitos desses como resultado do descaso do governo federal. Vemos o ressurgimento de grupos neonazistas, no ressurgimento do separatismo dos Estados do Sul do país. O Brasil está sob ataque. Vemos os destroços por todos os lados. A ruína ao país foi muito severa. Demoraremos décadas para nos recompor, se tivermos sorte.

Ao mesmo tempo, outros países dos BRICSs sofrem ataques. Um deles é a Rússia, sob forte ataque econômico, com sanções que visam implodir a sua economia, levando-a a investir menos em armamentos, até fraturar-se territorialmente, inclusive, atingindo dessa forma a China. O outro é a China, a economia que irá ultrapassar os Estados Unidos em pouquíssimo tempo, e que é alvo crescente da extrema direita mundial. A China, hoje, é o país que mais investe nos países pobres e em desenvolvimento. O BRICSs, hoje, é alvo generalizado, com exceção à Índia, que interessa - parcialmente - aos Estados Unidos em sua contenda com a China.

Essa é a realidade. A solução para isso? Evitarmos uma divisão entre direita e esquerda e buscarmos o imediato crescimento brasileiro, com investimento massivo em educação e tecnologia de ponta, ao lado da reindustrialização. O agronegócio é importante para trazer divisas, mas não pode ser a única área prioritária. Temos que diversificar, investir em tecnologia e em indústrias. Ao mesmo tempo, temos que voltar a valorizar o meio cultural, que tanto cria empregos. Temos que sair dessa guerra o quanto antes.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

TENTATIVA DE GOLPE. RECONHECIMENTO COMO ORGANIZAÇÃO TERRORISTA

Pode haver tentativa de golpe no Brasil? Sim. É bem possível que o bolsonarismo mais radical tente. Daí a haver êxito há uma grande diferença. Mas seria em que momento? Muito possivelmente a partir de agosto, data em que as pesquisas estariam ainda mais apuradas e em período de debates. Um pouco mais à frente, se um candidato de oposição ganhar, em especial o Lula, aí as chances desse grupo continuar a pressionar durante o início do mandato do novo presidente tende a aumentar.

Mas uma tentativa de invasão ao TSE ou ao próprio STF não está descartada. Porém, tal medida provavelmente será condenada mundo afora, a começar pelos Estados Unidos, vítima da invasão ao Capitólio em  janeiro de 2021.

A ação de invasão, incentivada por Trump, está sendo investigada nos Estados Unidos e um grupo desses invasores já foi declarado como organização terrorista pelo governo da Nova Zelândia. Caso uma invasão semelhante ocorra no Brasil, imagina-se que países democráticos venham a repreender a ação de imediato, exigindo apuração e condenação do governo Bolsonaro.

domingo, 3 de julho de 2022

NOVA ORDEM: INTERVENÇÃO DO ESTADO NO SETOR DE ENERGIA

Foreign Affairs é uma revista estadunidense de relações internacionais e política externa. O nome da revista significa relações exteriores em português.

Abaixo apresento os principais pontos de um texto que os políticos brasileiros devem ler: A Nova Ordem Energética, e de como os governos transformarão os mercados de energia.

Cada vez mais haverá intervenção do Estado. Você não acredita? Veja o texto “A Nova Ordem Energética” publicado na conceituadíssima revista estadunidense de geopolítica “Foreign Affairs”.

O texto original você lê em https://www.foreignaffairs.com/articles/energy/2022-06-07/markets-new-energy-order

Por Jason Bordoff e Meghan L. O'Sullivan - julho/agosto de 2022

O mundo está em transformação, e uma das provas disso é que o neoliberalismo já deixou de ser o supra sumo da economia mundial.

Além de o petróleo já não ser mais o ouro negro de amanhã, já que o mundo busca reduzir as emissões de carbono, a segurança energética recomenda não depender de energia vinda de fora, considerando-se os altos preços dos combustíveis devido a guerra na Ucrânia.

 

A produção doméstica de energia e a cooperação regional serão as prioridades da vez. Isso implica numa certa desglobalização, com a intervenção dos Estados no setor de energia, numa escala nunca vista na memória recente.


Os países ocidentais, face aos riscos geopolíticos de energia, já veem a necessidade de participar dos processos de influência de onde as empresas privadas compram e vendem energia.

 

A atuação do Estado, desde que não seja excessiva, pode prevenir os piores efeitos das mudanças climáticas, mitigar muitos riscos de segurança energética e ajudar a gerenciar os maiores desafios geopolíticos da próxima transição energética.

 

Os articulistas dizem que as crises energéticas da década de 1970 se deveram ao exagero de intervenção dos governos. O microgerenciamento havido foi o grande erro.

 

Mesmo o governo liberal dos Estados Unidos fez diversas interferências no setor ao longo dos tempos.

Os articulistas esclarecem que a Rússia não é apenas o maior exportador mundial de petróleo e produtos refinados de petróleo, mas também o principal fornecedor de gás natural para a Europa e um grande exportador de carvão e urânio de baixo enriquecimento usado para alimentar usinas nucleares. Com os preços do carvão, gasolina, diesel, gás natural e outras commodities perto de recordes, novas interrupções no fornecimento de energia russo, iniciadas pela Rússia ou pela Europa, acelerariam a inflação, convidariam à recessão, demandariam racionamento de energia e forçariam o fechamento de negócios.

Os articulistas partem da premissa de que o setor privado não consegue, por si só, construir infraestrutura para a garantia energética dos países, que a construção da infraestrutura tornar-se-ia obsoleta antes das empresas terem o retorno sobre o investimento realizado e os custos para a redução de emissões em curto espaço de tempo são altos, sendo suportados, hoje, pela sociedade.

A Lituânia é o primeiro país europeu a não importar gás russo, e isso se deve ao investimento que o governo fez em um terminal flutuante de gás natural liquefeito, com operação de alto custo, há uma década. Mesmo com grande investimento, sem qualquer lucratividade, a Lituânia foi capaz de garantir a sua necessária segurança energética.

A Alemanha tenta copiar o exemplo lituano e investe em quatro terminais flutuantes de importação de gás natural liquefeito, mesmo que a um custo mais alto para empresas e consumidores.

Os Estados Unidos, há décadas adota a política de estocar petróleo através da chamada Reserva Estratégica de Petróleo. Ainda é uma boa ferramenta para a segurança energética.

O artigo aponta que minerais necessários para uma transição energética bem-sucedida, como lítio (Bolívia e Argentina possuem as maiores reservas), níquel (Rússia e Canadá possuem as maiores reservas) e cobalto (Congo é o maior produtor), provavelmente serão escassos à medida que os veículos elétricos se tornarem mais predominante.

Biden está oferendo incentivos para o aumento da extração desses minerais.

O texto pontua que “a intervenção governamental para aumentar a segurança energética não precisa se limitar a subsídios, incentivos fiscais e outros incentivos. A diplomacia também pode ajudar a garantir suprimentos de energia adequados em uma crise”.

Sem a intervenção do governo, o mundo sofrerá um colapso na segurança energética ou os piores efeitos das mudanças climáticas.

·         JASON BORDOFF é cofundador da Columbia Climate School e diretor fundador do Center on Global Energy Policy da Columbia University's School of International and Public Affairs. Durante o governo Obama, atuou como Assistente Especial do Presidente e Diretor Sênior de Energia e Mudanças Climáticas na equipe do Conselho de Segurança Nacional.

·         MEGHAN L. O'SULLIVAN é Jeane Kirkpatrick Professora de Prática de Assuntos Internacionais na Harvard Kennedy School e autora de Windfall: How the New Energy Abundance Upends Global Politics and Strengthens America's Power . Durante o governo George W. Bush, ela atuou como assistente especial do presidente e vice-conselheira de segurança nacional para o Iraque e o Afeganistão.

sábado, 2 de julho de 2022

DO JORNAL THE INTERCEPT: EUA USARAM PROGRAMA SECRETO PARA GUERRAS POR PROCURAÇÃO

imagem: The Intercept


Uma extensa matéria investigativa do Jornal The Intercept revela como o Pentágono utilizou um programa secreto para inúmeras guerras por procuração.

Os jornalistas Nick Turse e Alice Speri investigaram, coletaram documentos e ouviram testemunhas, dentre elas mais de doze funcionários do governo.

A matéria original você pode ler em inglês na página do jornal (clique aqui para ir à página) 

O programa secreto dos Estados Unidos chama-se 127e ou 127eco (127 echo).

A base desse programa de guerra se concentra nas pequenas equipes das forças de operações especiais.

Sabia-se da atuação dos Estados Unidos, por guerras por procuração, na África, mas agora, através de documentos obtidos através da Lei da Liberdade de Informação foi revelado que o Pentágono também atuou no Oriente Médio e na Ásia, através de, pelo menos, 14 programas 127e entre 2017 e 2020. Foram, no mínimo 23 programas da chamada guerra por procuração nesse período em todo o mundo.

O general aposentado Joseph Votel, que chefiou o Comando de Operações Especiais e o Comando Central, confirmou a existência de ações de contraterrorismo no Egito, Líbano, Síria e Iêmen. Outro oficial disse que também houve atuação no Iraque.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Intercept revelam também atuação na Tunísia e inúmeros outros países africanos.

Documentos revelam que os Estados Unidos se utilizam de forças parceiras estrangeiras e também irregulares por todo o mundo.

Congressistas e altos funcionários do Departamento de Estado desconhecem essas ações.

“Através do programa 127-eco, os EUA armam, treinam e fornecem inteligência a forças estrangeiras. Mas, ao contrário dos programas tradicionais de assistência externa, que se destinam principalmente a construir capacidade local, os parceiros do 127e são então enviados em missões dirigidas pelos EUA, visando os inimigos dos EUA para atingir os objetivos dos EUA”, aponta o jornal.

Generais aposentados dizem que a vantagem dessas operações é a redução de riscos para as forças dos Estados Unidos.

Mas será que essas ações estão de acordo com a Constituição dos Estados Unidos? Críticos dizem que não, que representam uso ilegal da força, que há um risco de escalada militar e de envolvimento em vários conflitos ao mesmo tempo. Já os generais defendem essas ações, que chamam de “contraterrorismo”.

As origens do programa 127e estão no início da guerra dos EUA no Afeganistão, quando a CIA buscava apoiar a Aliança do Norte Afegã em sua luta contra o Talibã. 

O Congresso dos Estados Unidos concedeu ao Departamento de Defesa a permissão de que comandos dos EUA conduzissem operações à margem da guerra, com supervisão externa mínima.

O programa 127e atua basicamente no contraterrorismo, enquanto outras ações envolvem forças de elite – Navy SEALs, Army Green Berets e Marine Raiders – que conduzem operações clandestinas de inteligência e contra-inteligência ou de ajuda para forças estrangeiras em guerra irregular.

Segundo o general Richard D. Clarke, atual comandante de Operações Especiais, em testemunho perante o Congresso em 2019, os programas 127e “resultaram diretamente na captura ou morte de milhares de terroristas, interromperam redes e atividades terroristas e negaram aos terroristas espaço operacional em uma ampla gama de ambientes operacionais, por uma fração do custo de outros programas.”

Porém, o comando não tem números sobre os capturados ou mortos durante as missões 127-e, segundo um porta-voz do SOCOM, alto comando das Forças Armadas.

Documentos apontam que essas ações do programa 127e custaram US$ 310 milhões. Um valor baixo, perto dos gastos militares do país, mas alto, se comparado ao custo de um programa assemelhado de 2005.

No Líbano, o programa 127-e serviu para atacar redes afiliadas ao ISIS e à Al Qaeda.

No Egito, porém, houve prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura e execuções extrajudiciais, inclusive contra civis, segundo várias organizações de direitos humanos.

A classificação de muitos documentos impede que a imprensa e até o próprio Congresso dos Estados Unidos e o Departamento de Estado tenham acesso a todas os relatórios oficiais.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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