quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A VIDA HUMANA QUE NÃO IMPORTA


foto: internet


O Brasil republicano já teve uma forte tradição de respeito à área da saúde, ajudando a fundar organismos internacionais nessa área e tornando médicos e pesquisadores famosos no mundo afora.

No entanto, em meio a uma pandemia que já matou mais de 170 mil pessoas, o Brasil da atualidade parece estar paralisado, sem ação, enquanto outras Nações, já com os recursos e meios necessários, estão para iniciar a vacinação já nos próximos dias, como Inglaterra, Estados Unidos, Rússia, Turquia e tantos outros.

Temos um general da ativa no comando do Ministério da Saúde para enfrentar uma pandemia que já matou mais brasileiros que em todas as guerras somadas da qual o Brasil império e república já participou e o resultado de sua atuação é pífio.

Enquanto aqui não sabemos exatamente quais vacinas poderiam ser adotadas e quais serão contratadas, não houve planejamento na aquisição das imprescindíveis ampolas, o que já deveria ter sido providenciado há meses. Esse atraso do governo custará caro em vidas humanas, pois sem esse material será impossível o início da vacinação, e a chegada desse material, se efetivamente contratado, ainda levará vários meses.

Ao mesmo tempo, milhões de exames para o Covid-19 ficaram armazenados pelo Ministério da Saúde sem utilização, e com vencimento próximo estampado nos produtos, em claro sinal de desrespeito com a população, já que os exames preventivos, em larga escala, constituem um meio de combater a disseminação do vírus.

O desprezo com o dinheiro público impressiona, mas o que mais assusta é a desconsideração com a vida humana. São brasileiros morrendo a cada dia por conta de uma pandemia que não é encarada seriamente. Isso resultará, obviamente, em prejuízo econômico ao setor privado, custo elevado ao erário público e alto custo de saúde e, o que deveria ser considerado mais importante, o de vidas humanas.

Mas o que perturba é perceber que os órgãos de controle e fiscalização se voltam mais às questões financeiras que às das vidas humanas envolvidas. Parece ser inacreditável vermos tantas mortes e não haver ações de responsabilização das autoridades públicas brasileiras omissas e incompetentes. Ações populares, civis públicas e de improbidade deveriam ser uma realidade.

O Brasil, mais uma vez, demonstra o total desrespeito pelas vidas humanas! Foi assim com os escravos libertos e descendentes, os indígenas, as mulheres, pessoas em situação de rua, homossexuais e transexuais. Agora é com qualquer brasileiro. Aqui a vida humana não importa. Nunca importou.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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