O que sabemos do mundo foi deixado por algum sonhador que escrevia, que desenhava, que captava imagens, que compunha ou que cantava.
A
história da humanidade foi construída por aqueles que sonham, desde as pinturas
rupestres de mais de 40 mil anos até as grandes produções cinematográficas
atuais. Eles sonhavam e, com a sua arte, ainda nos permitem sonhar em um mundo
cada vez mais insosso.
Os
que guerreiam, matam e destroem não fazem história. No máximo, marcam a
história da humanidade com sangue. São os que de alguma forma sonham que
contarão as glórias dos vencedores e a bravura dos derrotados e eternizarão
fatos que muitas vezes não deveriam ser repetidos. São sempre eles, os
sonhadores, que deixarão a realidade e os sonhos para os que virão.
Há
os que sonham que quase são esquecidos, mas um outro sonhador redescobre a
história e nos traz eventos incríveis de coragem e ousadia. Tudo pela liberdade
e pelo sonho contra um Estado frio e opressor.
A
história da Ilha da Rosa, que quis se tornar um país independente, está disponível
na Netflix e é baseada em fatos reais.
Um
criativo engenheiro, em 1968, em pleno ano das manifestações pacifistas, do
eterno ano que não acabou, constrói uma plataforma em águas internacionais, ao
lado da Itália, e pensa em morar lá, sem a opressão de um Estado que não
incentiva a criação e a liberdade, mas apenas impõe regras e comportamentos.
Como
um paraíso, a ilha atrai jovens sedentos por festas e liberdade, mas
conservadores italianos acusam a ilha de servir a paraíso fiscal e da jogatina,
além da fantasiosa instalação de mísseis russos.
De
um lado, os sonhadores. Do outro, os que têm pesadelo e sempre veem e desejam o
pior. Qualquer semelhança com a realidade, acredite, não será mera
coincidência.
O
mundo precisa mais dessas ilhas, de sonhadores, de música e de festa.
O
vírus da pandemia veio para abafar o grito de nossas almas, inquietas com
tantas aberrações que parecem não ter fim.
Talvez
seja por isso que os extremistas odeiam as vacinas e falam contra as máscaras.
Devem querer prorrogar a doença que nos cala, nos prende e nos limita.
Calma!
Em breve, depois da vacinação em massa, poderemos voltar a gritar e a cantar em
prol dos sonhos, da liberdade e da dignidade humana.
2021
entrará para a história, assim como 1968, e será lembrado como o ano do eterno recomeço!
Clique abaixo para assistir a dois documentários sobre a Ilha da Rosa (em italiano):
https://www.youtube.com/watch?v=3f3hf03esII
https://www.youtube.com/watch?v=XKTxTNaqgzE
Clique abaixo para ver o trailer do filme:
https://www.youtube.com/watch?v=I_bl2Dyu5Ig