A pandemia do Covid-19 trouxe muitas lições ao mundo e às pessoas que o habitam. Muitas não serão mais as mesmas na Terra pós pandemia. E muitas talvez mudem para melhor.
Mas é o chamado povo do Brasil quem mais tem a ganhar com as lições desta triste pandemia. Ganhar aprendizado, pois ela escancarou a nossa fragilidade, a nossa cultural falta de compromisso, o nosso perverso egoísmo e a nossa dissimulada hipocrisia.
Ao mesmo tempo em que perdemos dezenas de milhares de vidas, milhões de empregos e de oportunidades, vimos com tristeza a falta de seriedade de nossos governantes, ao não tratarem essa pandemia prontamente e tampouco com os esperados compromisso e eficiência.
Ela perdura por largo tempo, ao contrário do que ocorreu na grande maioria dos países, muitos deles muito mais pobres, nos trazendo muitas dores aos que ainda são capazes de sentir, amar e se solidarizar.
Ao mesmo tempo, nos deparamos com a falta de compromisso, de educação e de respeito de nosso povo, ao vermos muitos insistindo em sair de casa e ao se recusarem a usar máscaras, em um claro sinal de desrespeito com o outro e numa evidente e triste ausência de solidariedade e de empatia.
Temos muito a aprender. E escancaramos no pior momento as nossas deficiências e o nosso fracasso como Nação. Perdemos a guerra e o resultado são milhares de mortos e o fracasso como povo e como país.
Ainda nos faltam elementos próprios para nos chamarmos de Nação e de povo, como solidariedade, elementos de união, identificação e de compromisso com o país e com o outro. Vivemos em uma terra como exploradores, e não como povo. Nos falta muito amor, garra e fé! E o que temos de sobra é a mais pura hipocrisia.
Evidenciamos ao mundo nossas características, como o egoísmo, o descaso, o despreparo e a idiotice. Sugamos a nossa própria terra e o nosso próprio povo, como se fossemos colonizadores ou exploradores de uma terra alheia.
O resultado disso perante o mundo é que deixamos de ser admirados e passamos a ser ignorados. Esse é o Brasil que temos deixado ser moldado à nossa própria forma, a mais abjeta que se poderia imaginar.
Que os tristes resultados dessa pandemia, para em especial o nosso povo, sirvam para nos revolucionarmos e assumirmos uma postura moral e socialmente mais digna dessa grande terra chamada Brasil e que, se a revolução interior de cada um for exitosa, poderá vir a se tornar verdadeiramente uma Nação com um grande grupo que se identifique como povo para habitá-la.