O Brasil é um dos países com natureza mais exuberante, que inclui a Amazônia, o Pantanal, o semiárido, Lençóis Maranhenses, Fernando de Noronha, as Chapadas (Veadeiros, Guimarães, das Mesas do Araripe, Diamantina, do Jalapão, do Monte Roraima), Parques Nacionais como Itatiaia, a Serra da Canastra e a Serra do Mar, os 8 mil quilômetros de praias e as Cataratas de Iguaçu. Mas não é apenas a natureza que atrai os turistas. A arquitetura carioca, mineira e de Brasília, a história presente nas antigas cidades brasileiras, em Canudos e nas Missões Jesuíticas, a arte barroca e de Niemeyer, as ricas culturas regionais de todos os Estados brasileiros e a gastronomia diversificada também são grandes atrativos. Nisso se destacam o Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e São Paulo.
Com um potencial turístico enorme, o Brasil recebe menos turistas estrangeiros que o pequeno Uruguai. E com isso perde investimentos aonde mais precisa: em infraestrutura e em mão de obra.
O problema do turismo no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial está na questão da insegurança, da precária infraestrutura e na mão de obra que não domina línguas estrangeiras, como publicado no The Travel & Tourism Competitiveness Report 2017.
No meio de tantas notícias ruins, surgem duas boas. Uma é a trilha das Missões Jesuíticas, que liga o sul do Brasil à Argentina e ao Paraguai, numa espécie de peregrinação religiosa por meio das antigas trilhas guaranis, missioneiros e tropeiros. Nada melhor ao Mercosul que a implementação de um projeto turístico desse porte, que tem potencial para atrair estadunidenses e europeus. A outra boa notícia é o projeto que prevê a criação de uma grande trilha de 3 mil quilômetros no meio da mata, entre os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. É para os ecoturistas, que gostam de se aventurar no meio do mato. Segundo os especialistas, isso propiciará a criação de pequenas pousadas e restaurantes ao lado da longa trilha.
O Brasil sempre teve jeito, basta planejamento a médio e longo prazo.