Para começar a entender o mundo, o ser humano precisa partir da diferenciação daquilo que ele cria e daquilo que já foi criado antes dele.
O que o homem cria é necessariamente matéria. Energia ele não cria. Já existia. Ele apenas utilizou recursos já existentes na natureza. O homem apenas constroi ou destroi. Tudo o que o homem faz ou desfaz conseguimos ver e, dependendo de nossa capacidade, perceber, ou não.
Criamos as bombas, as armas, os prédios, as pontes, os equipamentos, os robôs, os carros, as roupas, os computadores, o celular, as espaçonaves e tantas outras coisas que nos permitem ter uma grande comodidade, e se limitam a isso.
O que já existia antes do homem nós não necessariamente vemos, tocamos e, muitas vezes, sequer sentimos.
O vento existe e, embora o sintamos, não o vemos. Somente vemos o que o vento consegue marcar e fazer ou desfazer com a sua força e arte.
A humanidade em si não vemos, mas sabemos que ela está lá, escondida dentro de cada pessoa.
O amor nós não vemos. Apenas somos capazes de ver o que o amor é capaz de construir.
O calor do sol nós também não vemos, mas sentimos.
A cura das doenças nós também não vemos. E ela está aí, a ter a sua lógica descoberta.
Quem já não sentiu as pessoas queridas que já se foram?
Quem já não sentiu a perda de um ente querido?
Há coisas que não se materializam e que não podemos ver ou tocar. Elas não foram criadas pelo homem. Por isso são mágicas.
O Universo não é só matéria. Nunca foi. É energia, basicamente energia. Se o que vemos já é uma imensidão sem fim, se tivessemos noção da energia, saberiamos claramente que não somos nada.
Há tanta energia no Universo, capaz de curar tudo o que o nosso cérebro deturpa em nós mesmos.
Somente descobriremos a cura quando permitirmos sentir o que não vemos e acreditarmos que o Universo não está aí para nos esconder, mas para nos integrar e nos preencher com a sua energia.
Tudo o que não vemos no Universo é energia. Energia criativa. Energia que gera vida. É amor! A ausência dessa energia poderosa permite a lacuna, o buraco negro que se intensifica inclusive nas relações humanas.
O Universo é composto de amor. Nós somos substratos de amor. Fomos criados lá no ínício pela força do amor. Nos materializamos e tivemos a mágica da vida! Mas não somos apenas matéria.
O amor é a energia principal do Universo.
A sua antítese, que gera o fim da própria matéria e da vida é a ausência do amor, a desconsideração, o ódio ou o que se assimile à falta de amor.
Quando o homem se conscientizar de que o vital a ele é apenas o amor, ele será feliz e terá a cura às suas mãos.
O milagre da vida não se deve a uma explosão ou a um milagre. Se deve ao ato de amor, que é infinito, assim como o próprio Universo.
Não há segredo ou mistério. O que não podemos fazer é racionalizar tudo, como se a vida se resumisse à matéria. A vida é muito mais que isso. A essência da vida, certamente, está muito distante da matéria. Está na simplicidade, na aceitação, na admiração, no ato mais singelo de amar.
Curar está tão ligado à energia do Universo como ao próprio amor, pois um não se difere do outro. A cura, resultado do amor, é a vida.
Para tornar mais claro, é a ausência do amor, como a guerra, o sentimento de amargura e de raiva que causa as doenças e a própria morte.
O fim nunca existiu. Há, como tudo no Universo, mera transformação, onde a energia de cada coisa, de cada gesto, de cada pensamento, liga-se a outra energia e dá vida a outro gesto, outro pensamento, outra matéria, outra realidade.
Quando nos vamos, deixamos uma realidade e vamos à outra.
O que está por detrás de cada realidade? A capacidade e a intensidade de amar. As dimensões são as dimensões do amor. Quanto mais se ama, maior será a dimensão e as possibilidades. Se ampliam as cores, as formas, as sensações, a sensibilidade. Quanto menor a intensidade do amor, mais densa será a matéria.
Quando descobrirmos a intensidade do amor, como o próprio Universo, alcançaremos a Felicidade, o contato com o Divino.
É tão simples, mas complicamos tanto!
Olhe não apenas querendo ver contornos e objetos, mas para perceber a delicadeza de cada matéria, de cada detalhe. Sinta a energia de cada momento, coisa ou local.
Tudo pode ser abstração e não ser real. A única verdade é a energia do amor que fez o Universo expandir sem fim e incessantemente.
Talvez só o amor exista. Só é forma de expressão, pois o amor integra o todo e o tudo.
Quer viver, curar e sentir? Ame.