sábado, 31 de agosto de 2013

REFUGIADOS

Face à situação dos sírios, que já somam mais de 2 milhões de refugiados, sendo metade só de crianças, posto aqui um vídeo que produzi em 2007 e que tenta abordar de forma poética a situação daqueles que buscam sair do seu país e dos seus lares em busca de refúgio.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

DROGAS, DEPENDÊNCIA. COMO RESOLVER?

Há muito tempo estou convencido de que o Brasil precisa investir em assistentes sociais e psicólogos para atender uma grande parcela da população, em especial as vítimas de maus tratos e violências de todos os tipos, que reúne como maioria as crianças, mulheres e idosos, os mais atingidos, além de negros e homossexuais e usuários ou dependentes de drogas, inclusive cigarros e álcool.
O combate às drogas é importante. Quanto menos houver, menor será o dano. Mas só isso não resolve.
Uma polêmica tese está no ar, de que o problema não está nas drogas viciantes, como o crack, que viciam cerca de 20% dos usuários, mas na alma fragilizada dos que se viciam. Sim, é polêmico. Mas para isso o Estado pode recorrer aos psicólogos e assistentes sociais. Ação Já! Leia o texto na Super Interessante. Clique aqui para acessar.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

TODOS OS CAMINHOS LEVAM À LUZ

A escuridão pode estar presente em muitos caminhos da vida, mas jamais poderá estar eterna no seu fim. Todos os atalhos e caminhos conhecidos, mais longos ou curtos, mais perfeitos ou não, nos levam a um destino de luz e também de sabedoria. A ausência de luz ocorre apenas por algum momento, mais duradouro ou não, mas não será eterno, pois não tem esse poder nem local definitivo no universo espiritual. A luz, ao contrário, sim. 
Ao contrário do que ocorre fisicamente com os buracos negros, que a ciência diz se expandir no universo, espiritualmente parece ocorrer exatamente o contrário com a expansão da luz, por mais que não sejamos capazes de sentir.
Por isso, independentemente das escolhas que fizermos ao caminhar, devemos ter em mente aquilo que buscamos, para não nos depararmos por longo tempo com a triste ausência de luz, sapiência e fraternidade, e termos a esperança de que encontraremos a luz que tanto buscamos.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ENTREVISTA DE BARDI - MAKING OFF

MAKING OFF (PEQUENINA PARTE) DE UM DOCUMENTÁRIO PRODUZIDO POR 4 REALIZADORES, INCLUINDO ESTE VELHO BLOGUEIRO, SOBRE UM EMPRESÁRIO NA CUBA SOCIALISTA. O VÍDEO (Pés Calçados) É IMPERDÍVEL E FOI ELOGIADO PELO DIRETOR DA EICTV.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O BRASIL E A SITUAÇÃO NO ORIENTE MÉDIO

O que vem acontecendo na Síria tem na verdade uma causa externa, na verdade, provedores externos, chamados Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Como se sabe, a Arábia Saudita, terra natal de Bin Laden, defende uma versão islâmica fechada e retrógada, que veda quase tudo às mulheres, à semelhança dos talebans. E é a Arábia Saudita que tem ditado as regras no Oriente Médio. A ela não interessava a Irmandade Muçulmana no Egito (que a considerava muito moderada e rival) e, para a derrocada da democracia local, ofertou 12 bilhões de dólares aos militares golpistas. O resultado disso foi o retorno do país dos faraós à ditadura, através de um duro golpe. À Arábia Saudita não interessa um regime laico (ainda que ditatorial) na Síria (que com ela não mantém relações próximas) e por conta disso financia com dinheiro e armas os oposicionistas mais extremados que chegam a degolar crianças, impondo a fuga de milhões de pessoas, criando uma situação humanitária lamentável e de difícil solução. Também é a Arábia Saudita que tem provocado o Irã xiita. A bilionária Arábia Saudita tem financiado grupos extremados e golpes, de forma que não é descartada a suposição de que planeja uma guerra de longa duração, muito provavelmente contra o Irã. Enquanto ocorrer isso, terá Israel como aliado. Mas, e depois? E, embora o regime de extrema direita que governa Israel não tenha percebido, ou saiba e esteja apenas se aproveitando da situação, o seu maior rival não é o Irã, a Síria ou os palestinos, mas sim, a Arábia Saudita, que defende a versão mais arcaica do islamismo e a exporta, à base de muito sangue, aos vizinhos muçulmanos. E é esse país que possui as forças armadas mais modernas da região, logo após Israel, além de bases militares estadunidenses. E os Estados Unidos como veem tudo isso? Seriam cúmplices ou teriam sido pegos de surpresa? Esse financiamento saudita teria o aval estadunidense, que passa por cortes nos gastos públicos? Parece ser evidente que as ações da Arábia Saudita contam com o aval estadunidense, já que os EUA não cortaram a ajuda à Arábia Saudita e mantêm naquele país poderosas bases militares. Contudo, há algo no ar que parece tramar contra a Arábia Saudita ou contra os próprios estadunidenses. Como foi divulgado há uma década, há um mapa que recorta diversos países árabes em pequeninas nações, incluindo a Arábia Saudita, e é óbvio que os governantes daquele país sabem disso. Então, porque a Arábia Saudita estaria ainda rezando a cartilha estadunidense? Ao que me parece, o governo saudita tem sido muito hábil em convencer os americanos de que as suas ações são necessárias. Milionários sauditas compram muito nos e dos Estados Unidos e mantêm sociedades em poderosas empresas na maior potência econômica e militar do planeta. Além do que, exportam muito petróleo aos EUA. Há, portanto, grande interesse econômico em jogo, mas não só. Os sauditas têm conseguido convencer os americanos de que a Síria e o Irã, países inimigos do extremismo religioso representado pelos terroristas da Al quaeda e pelos salafistas (esses últimos abertamente financiados pelos sauditas), seriam os inimigos dos interesses americanos na região. Mas será que os salafistas defendidos pelos sauditas favoreceriam os interesses estadunidenses? Só se for pela compra de armamentos. São grupos religiosos retrógados que vão abertamente contra o estilo de vida estadunidense. Assim, parece que não haveria uma abertura econômica vantajosa aos Estados Unidos. Ao contrário. Estariam dando poder e dinheiro a seus inimigos. Será que após conseguir os seus objetivos até aqui visíveis a Arábia Saudita se aquietará ou tentará algo mais, como um conflito com os israelenses ou a expansão do terrorismo diuturno para além das fronteiras islâmicas? E por que esse país que fez tantos milionários precisa se envolver em questões tão polêmicas em busca de um poder regional? Procuram os sauditas unir os árabes e islâmicos através de uma versão religiosa que não satisfaz a maioria dos povos árabes e também daqueles que adotaram outras correntes do islamismo? Até quando os Estados Unidos permanecerão silentes? E o que há por detrás de tudo isso? Essas são perguntas que não sei responder e que me fazem ficar perplexo diante da complexidade da situação do Oriente Médio. Se fosse líder chinês, russo ou indiano, ficaria alerta e evitaria que os Estados Unidos ampliassem os seus domínios numa região tão próxima a eles e que os faz (EUA) controlar gás e petróleo. O ritmo atual aponta que esses três representantes dos BRICSs estão fadados a um cerco. Cerco militar estadunidense (vide Afeganistão e Iraque) e de domínio das reservas de gás e petróleo da região (Oriente Médio como um todo e Afeganistão. E provavelmente o Irã, mais à frente. Todos nas mãos dos interesses diretos dos Estados Unidos e dos membros da OTAN). E o Brasil com tudo isso? Entendo que o nosso país deve permanecer quieto, sem entrar em conflitos diretos, formando, no entanto, parcerias estratégicas na América do Sul e também no resto do planeta, com destaque na Ásia, a fim de poder confrontar estrategicamente seus concorrentes do BRICSs e ainda garantir eventual acesso a gás e petróleo da região, caso a sua economia cresça exponencialmente, além e possíveis mercados consumidores de produtos brasileiros. Se o Irã não estivesse nessa polêmica, seria o melhor parceiro, face à sua posição estratégica e aos seus avançados conhecimentos no seguimento aeroespacial e também de tecnologia. Contudo, como já escrevi há mais de 1 ano, o Brasil, líder do hemisfério sul, a fim de cumprir o quanto previsto constitucionalmente e em tratados internacionais, inclusive em atenção à grande comunidade síria no país, deveria exigir garantias à população síria, inclusive oferecendo refúgio, a fim de que se evite um massacre ainda maior do que o que vimos até agora. Seria um posicionamento justo e humanitário e que não lhe custaria o rompimento de alianças estratégicas. Se isso faria o Brasil conseguir a tão esperada vaga no Conselho de Segurança da ONU eu não sei, mas certamente o faria angariar simpatia da grande maioria dos países, propiciando-lhe, por consequência, facilidades de mercado e ampliação do seu poder político no cenário internacional. Certamente um Ministro das Relações Exteriores corajoso, como o foi Celso Amorim, tomaria uma decisão arrojada, como já fez tantas vezes, elevando o conceito do nosso país no exterior. No entanto, não há que se esperar isso de um Ministro deveras cauteloso, para não dizer receoso, como o Patriota, a não ser que a presidenta Dilma esteja convencida da necessidade de atuação corajosa do Brasil nesta questão e exija a adoção dessa providência.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

PÉS CALÇADOS

Veja abaixo um filme que realizei juntamente com outros três estudantes latino americanos de cinema: PIES CALZADOS, sobre 
Bardi, um pequeno empresário que vive as desventuras de um empreendedor em um país com uma economia fechada que começa a se abrir ao sistema de mercado.
Produzido pela Escuela Internacional de Cine y Television, de San Antonio de Los Banos, Cuba.

Direção: Balkis Vega

Realizadores: Gabriella Bordasch, Lazaro Lemus, Aldo Vidal y Cyro Saadeh

Edición: Juan Carlos Llapur

Fotografía: Mayangdi Inzaulgarat

Sonido: Michel Caballero

domingo, 25 de agosto de 2013

DIA DO SOLDADO

Alguém se lembra de que hoje é dia do soldado? Daquele que obedece ordens e tem como missão defender o Brasil?
Alguém tem noção da importância do soldado para a nossa independência e liberdade?
Quantos pracinhas, soldados brasileiros, não perderam a vida defendendo a liberdade contra os nazistas lá na Itália?
Com os militares no poder, lembrávamo-nos dos coronéis e generais, os que mandam, mas e os soldados?
Alguém se lembra de que foram sargentos que se uniram e, pela primeira vez, entraram em luta armada contra os militares golpistas, em Caparaó?
Os soldados, não o regime militar golpista, são uns herois. Muitos foram exonerados, perseguidos, torturados e mortos por não aderirem ao golpe articulado no ápice do comando militar. Muitos trabalham sem a mínima condição de higiene, nas matas, para trazer segurança, e o Brasil é líder em combate a guerrilhas em matas fechadas. Muitos soldados ajudam as populações mais pobres do sertão brasileiro. Os militares constroem pontes, estradas, montam postos de saúde nos rincões e se esforçam para compreender a geopolítica mundial, com o intuito de propiciar ao Brasil uma posição de vanguarda e liderança regional.
Embora entenda que muitos militares e civis devam ser punidos pelos excessos praticados durante o regime ditatorial e golpista, não posso deixar de elogiar os brasileiros que sonham com um Brasil mais justo e melhor.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Nuevos musulmanes - Omar

NA HISPAN TV

Vale a pena conferir esse vídeo. Trata-se de um residente na Alemanha que optou por se converter ao islamismo.
A liberdade religiosa é ótima. Graças a ela conseguimos escolher a nossa religião, seja ela qual for, inclusive o direito de não acreditar em nenhuma.
Nuevos musulmanes - Omar

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

terça-feira, 20 de agosto de 2013

BBC NEWS NO YOUTUBE

Veja o canal de notícias internacionais da BBC no youtube.
BBC é a empresa de mídia mais prestigiada de todo o mundo.
Clique aqui para acessar: http://www.youtube.com/user/bbcnews08

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

GLOBO NEWS NO YOUTUBE

Veja algumas notícias veiculadas na GLOBO NEWS, de graça, no YOUTUBE. Clique aqui para acessar o canal oficial da GLOBONEWS no youtube: http://www.youtube.com/user/GloboNewsOficial

domingo, 18 de agosto de 2013

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

RT TV NO YOUTUBE

RT é um canal russo de notícias internacionais em língua inglesa.
Clique para acessá-lo no youtube: http://www.youtube.com/user/RTAmerica

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

CANAIS INTERNACIONAIS DE NOTÍCIA

A partir de amanhã você verá aqui dicas de canais internacionais de notícias. Tem canal americano, inglês, russo, chinês, sírio, iraniano e brasileiros. Não perca.
Temos que sair do marasmo da notícia mal investigada e tendenciosa. Contra isso temos que ter acesso a meios de comunicação que nos deem a possibilidade de ver o outro lado.

sábado, 10 de agosto de 2013

NÚMEROS PEQUENOS.

O meu blog e o meu canal de vídeos no youtube já foram bem mais acessados. Hoje, em média, 56 pessoas assistem diariamente aos meus vídeos e 15 pessoas diferentes leem meus textos neste blog. É pouco? Pode ser se comparado a números anteriores e às estatísticas de outros blogs e canais de vídeos, mas para mim é muito, se notar que não faço divulgações.
Quem me divulga? Talvez o google, o youtube ou quem gostou do que viu ou leu.
Mais do que números, o bom mesmo é saber que quem leu ou viu algo, realmente gostou.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Nova lente evita infecção da córnea


PRAVDA
Eutrópia Turazzi

LDC Comunicação

A ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar uma lente de contato que evita a infecção da córnea e por isso pode substituir os óculos com mais segurança,

Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a nova lente é produzida em um tipo especial de silicone hidrogel que permite à córnea manter a oxigenação igual a de um olho sem lente. Só para se ter uma idéia, tem uma permeabilidade de oxigênio ou PK de 120. Até agora, as lentes hidrofílicas mais seguras do mercado tem o PK igual a 20. Para melhorar o conforto, o especialista ressalta que a nova lente também contém uma substância para manter a umidade de suas duas faces, independente das condições externas. É o fim do olho vermelho depois de algumas horas usando lente.

Queiroz Neto destaca que a falta de oxigenação é o maior risco do uso de lente de contato porque, a córnea se alimenta do oxigênio vindo do ar. "É isso que explica porque mesmo os pacientes bastante cuidadosos podem ter infecções na córnea", afirma. Os sinais de que algo está errado é dor nos olhos, vermelhidão e fotofobia. A recomendação é interromper o uso da lente e passar por consulta com u m oftalmologista.

(...)

A nova lente não é indicada para todos. O especialista ressalta que corrige até 10 graus de miopia (dificuldade para enxergar à distância) ou hipermetropia (dificuldade de enxergar próximo) e astigmatismo (falta de foco para perto e longe) até 1 grau.

Mesmo permitindo a completa oxigenação da córnea não deve ser usada por portadores de olho seco severo porque contém 48% de água, nem além do prazo de 12 horas. O especialista diz que a nova lente também é contra-indicada para portadores de doenças sistêmicas que alterem a superfície ocular, alérgicos, pessoas com doença na córnea, pálpebras e conjuntiva.

Para ele, quando o assunto é lente de contato, um dois maiores problemas no país é o fácil acesso, inclusive pela internet, sem supervisão médica. Isso aumenta o número de complicações que em muitos casos ocorrem por falha na adaptação.

(...)
Queiroz Neto afirma que por ser de descarte diário, a nova lente deve reduzir os erros mais comuns cometidos pelos brasileiros que usam lente de contato. Isso porque, um estudo conduzido pelo médico com 210 pacientes mostra que o uso além do prazo de validade ou durante a noite responde por 45% das complicações, alergias por 35%, contaminação por manutenção e armazenamento inadequados por 20%.

(...)

LEIA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA CLICANDO AQUI.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cerca de 870 milhões de pessoas padecem fome, apesar da abundância de alimentos


SAN JOSÉ, “Por volta de 870 milhões de pessoas no mundo padecem fome, apesar de que existe mais oferta que demanda de alimentos”, assegurou o diretor regional da FAO para a América Latina e o Caribe, Raúl Benítez.

Pobreza e fome na Espanha.

“Isso obedece à ausência de acesso de setores da população aos alimentos por falta de ingressos para adquiri-los”, disse o funcionário da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) ao jornal costarriquenho La Nación.

"Realmente, no mundo há muito mais oferta de alimentos do que demanda. Contudo, embora exista volume para alimentar toda a população mundial (uns 7,8 bilhões de pessoas), há perto de 870 milhões de pessoas com fome", asseverou.

"Isto é porque o problema assenta nem tanto na produção mas sim em que há pessoas, há setores da sociedade, que não têm acesso aos alimentos. Não podem gerar os ingressos suficientes para poder comprar esses alimentos", advertiu.

"Outro dos problemas é o desperdício dos alimentos. Mais ou menos um terço se perde depois da colheita. Isso é um ponto que certamente temos que melhorar", mencionou, segundo a Notimex.

"Acontece por um péssimo manuseamento da colheita, temos problemas para armazená-los, às vezes temos problemas no transporte e depois temos problemas em que fazemos ou preparamos comida demais e isso se converte em desperdício", explicou o especialista.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

IRÃ NEWS em português

Quem diria que o Irã teria uma agência de notícias internacionais em língua portuguesa? Não acredita? Acesse o site da IRÃ NEWS (http://www.iranews.com.br/).
Tem coisas interessantes por lá. Vale a pena bisbilhotar e ver o outro lado da notícia.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A depressão de Van Gogh

QUADRO PLANTAÇÕES DE TRIGO
Todo artista tem algum desvio de normalidade, certo? E o que dizer de artistas como Johann Sebastian Bach e Carlos Drummond de Andrade?


Alguns biógrafos de Vincent van Gogh afirmam que sua loucura foi conseqüência do constante contato do pintor com trigais. Pelas descrições que nos chegam de seu comportamento, hoje se pode afirmar com segurança que se tratava de um caso de depressão. Suponho que os psiquiatras da época ainda não tivessem, com sua pouca ciência, grande conhecimento da doença. Cá entre nós, não me inclino a crer na causa apontada nem dela duvido. Emanações do trigo maduro? Algum tipo de defensivo? Não importa. Demos de barato que tudo aconteceu assim mesmo.

Então quando olho em volta, fico cismando: será que do canavial não emana algum fluido malévolo, causador de algum tipo de transtorno? Acredito que não. Pelo menos os cientistas atuais, com muito mais ciência do que no século XIX, até hoje não acusaram as plantações de cana de causarem moléstia alguma. É bem verdade que o efeito psicológico da monotonia da paisagem também não pode ser desprezado. Alguns ecologistas acrescentariam que o carvão a que submetemos o aparelho respiratório durante as queimadas é um subproduto da cana prejudicial à saúde. Mas dizer que da cana, da cana como está agora, aquela imensa mancha parada, toda ela verde clara, cobrindo as colinas da região, dizer que dela emana alguma coisa, até hoje ninguém disse. Pelo menos que eu saiba.

Fico imaginando a família Van Gogh transferindo-se para Ribeirão Preto. Uma das conclusões a que chego é que o Vincent poderia não sofrer de depressão e, por isso, é bem provável que não se suicidasse. Mas também é possível que, livre da “loucura”, não pintasse tela nenhuma.

Como saber? Algumas pessoas defendem a ideia de que todo artista tem algum desvio da normalidade, ou seja, é portador de alguma espécie de perturbação mental. E para usar um termo antigo, eles querem dizer que todo artista é meio louco. E citam exemplos, pois exemplos é que não nos faltam. Tudo que se queira provar vai encontrar sempre exemplos comprobatórios. E isso me leva fatalmente à conclusão de que o exemplo não comprova coisa nenhuma.

E para rebater a ideia de que todo artista é meio louco (com seus devidos exemplos), chamo em meu socorro nomes como Johann Sebastian Bach, organista de igreja, pai de dezoito filhos (no século dezessete essa quantidade era perfeitamente normal). De que loucura ele poderia ser acusado? Pai exemplar, esposo amantíssimo (muito amantíssimo), compositor mais do que sereno. E o Carlos Drummond de Andrade? Funcionário público exemplar, um dos diretores da Biblioteca Nacional, cumpriu pela vida fora todos os expedientes que a função lhe exigia, marido nem tão exemplar, mas isso, nos dias que correm, é indício de normalidade e não do contrário.

Querem mais? Existem aos milhares artistas que foram seres comuns, isto é, que qualquer psiquiatra atestaria como vivendo dentro dos limites do que se costuma chamar de normalidade.

Mas isso também não prova nada.

domingo, 4 de agosto de 2013

Guerra Global: O carácter informático da guerra moderna


Tradução de Anna Malm – Correspondente de Pátria Latina na Europa

Se já estamos de-facto na Terceira Guerra Mundial, a informática seria então o carácter fundamental dessa guerra.

Hoje temos que antes que se ataque um país trabalha-se para destabilizar a situação interna do mesmo, por exemplo através da instigação de conflitos entre grupos sociais ou étnicos. Sempre é melhor que se lute com mãos alheias quando se tem a intenção de salvaguardar os próprios interesses, sejam esses de poupar seus soldados ou orçamentos. O objetivo primordial da guerra moderna hoje em dia não é o de destruir o exército do inimigo, ou a simples tomada de seu território. O objetivo da guerra moderna é o de estabelecer uma nova ordem mundial, ou seja, uma nova realidade político-social de carácter global.

Agora, se já estamos de-facto no prelúdio da Terceira Guerra Mundial, essa nova realidade seria então o seu objetivo supremo.

[Se perguntassem a mim, poderia responder que esse é o único cenário em que os acontecimentos dos últimos três a quatro anos fazem sentido do ponto de vista de onde me encontro.]

Analistas políticos estão ao falar de um crescente número de ameaças militares tirando, nesse contexto, a conclusão de que o uso da força continua a fazer o papel principal quando de disputas político-econômicas a serem resolvidas entre diversos países.

Nos últimos anos um número significante de peritos e analistas políticos tem chamamado a atenção para o fato de que possíveis ameaças militares estão tomando mais e mais um carácter local, ou no máximo que tem apresentado um carácter regional.

[Isso pode ser notado na grande quantidade de conflitos armados e ou guerras locais e regionais através do mundo todo. Aqui parece se tratar mais da quantidade, inúmeras, em vez da qualidade, apocalíptica.]

Analistas também tem notado que as fronteiras entre paz e guerra tem sido apagadas ou estão por assim dizer a ficarem cada vez mais pálidas, a ponto de se desvanecerem sem contornos detectáveis.

Países já não declaram guerras oficialmente da maneira tradicional, e as guerras atuais não são mais conduzidas como as do cenário tradicinal. Entretanto, em termos das consequências os novos tipos de conflitos são comparáveis as guerras tradicionais. [Pode-se até acrescentar com milhões e milhões de mortos. Como se consegue esconder, nos tempos modernos, uma tal realidade seria caso para muitos e muitos anos de pesquisa. Um aspecto dessa questão deveria então começar por aprofundar-se na questão do controle da informação.]

Depois ainda temos que uma característica peculiar dos conflitos atuais é que esses fazem, no começo, mais uso de métodos não militares, como por exemplo através de diversos tipos de sanções, sejam essas humanitárias, políticas ou econômicas. Um caso típico é o daqueles que pretendem iniciar um conflito começarem por exacerbar os sentimentos antagonistas de uma população, antes de entrarem em fase de ataque direto.

Muitos começam a reinvidicar que a Terceira Guerra Mundial já começou. Em fato, se a terceira grande guerra já começou, essa é a natureza dessa guerra. É então uma luta entre diversos grupos da elite mundial, que tem poder e recursos necessários para ganhar uma guerra onde o poder de controlar a informação é central.

Também se tem que considerar no contexto que arruinar um país e depois estabelecer um regime de marionetes é mais barato, assim como mais efetivo, do que tentar destruir as forças armadas de um país, o que em muitos casos poderia apresentar-se como muito dispendioso, também em termos de vidas humanas para o próprio agressor. Talvez mesmo com um preço exorbitante.

Esse princípio sempre foi válido, mas hoje em dia os que estão almejando uma dominância global fazem desse princípio - nessa época de tecnologia de informação avançada - a sua pedra fundamental.

O objetivo supremo dessa guerra então não é a destruição das forças armadas dos adversários, ou mesmo seu território. O objetivo primordial é o de assegurar a si mesmo o papel de arquiteto da nova realidade mundial, ou em outras palavras, assegurar uma dominância político-econômica global para si mesmos.

[Conte-se então aqui com muito mais Líbias, Sírias, Iraques, Somálias, Malis e sabe lá Deus mais o que.]

Bil Van Auken também se impressionou pelo tema, dando-nos bons aspectos a refletir a respeito, e eu cito um deles, talvez um dos aspectos mais centrais da questão:-

“Dando o tom para a Conferência de Segurança de Munique, esse ano marcada por um neocolonialismo desavergonhado, o vice presidente americano assinalou que o imperialismo norte americano estava se preparando para batalhar em todos os cantos do planeta”

No original: “Setting the tone for this year´s Munich Security Conference, marked by unabashed neo-colonialism, the American vice president signalled that US imperialism is gearing up for battle in every corner of the planet.”

Bil Van Auken ressaltou também que Obama em seu discurso inaugural nesse seu Segundo Termo, não muito mais que a duas semanas atrás, afirmava que uma década de guerra estava agora chegando ao fim, mas que entretanto as palavras do vice presidente Biden na Conferência de Segurança de Munique, não mais que tres ou quatro dias atrás, tinha posto as cartas em ordem de importância.

Biden tinha deixado claro então que não só não teria essa década de guerras chegado ao seu fim. Essa época de guerras estava agora a se encaminhar para seu ponto de erupção, e isso num grande número de novas áreas através do globo.

Para nós isso significa que é uma nova era a ameaçar a vida de incontáveis milhões de pessoas pelo mundo. Pela nossa experiência sabemos também que essas vidas não serão de pessoas abastadas ou de elementos da elite mundial.

Bil Van Auken ainda ressaltou que Biden tinha apontado para o novo foco do imperialismo norte americano e europeu, e esse era então o Norte da África.

Biden tinha também ressaltado que os extremistas do Norte da África estavam explorando as condições de desmantelamento de governos, miséria de massas, desemprego e fácil acesso a armas deixadas para trás depois da guerra dos Estados Unidos e OTAN, quando da derrubada do governo da Líbia.

Biden tinha em seguida apontado para a necessidade de eliminar as ameaças que o desenvolvimento dessas condições poderia trazer para os “interesses ocidentais”. O que então não foi dito por Biden é que as condições acima enumeradas foram criadas por não outros que pelos representantes dos “interesses ocidentais” através dos anos, e isso muito especialmente nos últimos vinte anos.

Referências e Notas:

Sergey Duz, “Informational nature of modern war” – apresentado por Rick Rozoff – STOP NATO – O original encontra-se em http://rickrozoff.wordpress.com

Bil Van Auken, “Biden in Munich: The ugly face of imperialism”- O original encontra-se em www.wsws.org

Tradução assim como comentários dos dois artigos acima apresentados em resumo: Anna Malm* - www.bahnhof.se/wb224120

*Anna Malm – Licenciatura: Economia-Psicologia

sábado, 3 de agosto de 2013

PORTUGAL E SALAZAR

Há 80 anos o país mudou de mãos


Luís Farinha

Depois de em 1932 se ter tornado chefe do Governo, Salazar e os salazaristas estabelecem, no Verão de 1933, a futura arquitetura institucional do Estado Novo Corporativo. A partir do final deste ano, um ano chave da instauração do Estado Novo, a luta antifascista realizava-se nas mais sufocantes condições de clandestinidade e repressão. Artigo de Luís Farinha, historiador.

Entre 1924 e 1933, a esquerda e a direita combateram-se em Portugal e no Império até à morte: depois de 16 anos de regime republicano e uma Guerra Mundial brutalmente destruidora, a esquerda ensaiava os primeiros passos de uma democracia social e de um partido de massas moderno, e a direita uma Ditadura política, “ordeira” e antidemocrática, de carácter corporativista e fascizante.

Nos derradeiros anos da República, o “centrão”, herdeiro do projeto revolucionário de 5 de Outubro de 1910, “reinava” mas não governava: detinha o poder a todo o custo, em função de uma hegemonia que lhe fora atribuída pela história e pela capacidade de adaptação política a todas as circunstâncias. Do seu seio foram saindo todas as tendências, à esquerda e à direita, frágeis e inconsistentes eleitoralmente sempre que procuravam autonomizar-se e concorrer com o partido histórico. A direita democrática, sempre muito frágil, balanceou-se, nos últimos anos do regime, entre o jogo democrático ou a interrupção da democracia – propunha “a boa ditadura contra os maus políticos”. Com o agudizar da crise do regime, foi engrossando o campo da direita anti-democrática, empenhada na subversão da República.

O golpe de estado de 28 de Maio de 1926 foi o momento de chegada ao poder de uma frente política e militar subversiva, onde cabiam quase todas as tendências que se opunham ao Partido Democrático, chefiado por António Maria da Silva. Uns, pretendiam apenas o derrube do governo, outros a sua substituição por uma “ditadura temporária e regeneradora”; mas, os mais decididos estavam empenhados na eternização de uma ditadura que abrisse caminho a um poder executivo forte, à inutilização do parlamento, dos partidos e dos sindicatos e, in extremis, à instauração de um regime de exceção, com perda de garantias e direitos fundamentais. Tacitamente, todos aceitaram que a natureza do novo regime havia de pender para o lado de quem tivesse mais força militar.

A instrumentalização política da instituição militar e a militarização do poder político nos anos pós –guerra – como, aliás, acontecera por toda a Europa -, facilitou a disputa do poder por fações político-militares antagónicas e irredutíveis. Entre 1924 e 1933 desenrolou-se, no país, uma guerra civil larvar e intermitente.

A esquerda democrata-social ensaiou todas as soluções, mas perdeu pela força das armas. A Revolução de Fevereiro de 1927 - a “Revolução da Semana Sangrenta” - foi a última oportunidade dos republicanos democratas. Centenas de feridos e mortos, alguns milhares de deportados, encarcerados e exilados, asseguraram à Situação uma posição de domínio que lhe permitiu expurgar todas as instituições liberais e republicanas: sindicatos, partidos e imprensa estiveram entre os primeiros a serem decapitados. A partir de 1930, a direita expulsou do seu seio todos os democratas, e federou, em torno de Oliveira Salazar, com apoio de um sector maioritário dos militares, todas as direitas da direita. Recuperou as doutrinas ultranacionalistas e tradicionalistas e recorreu às instâncias conservadoras de poder para proceder a um novo enquadramento político-institucional e à repressão para aniquilar os elementos mais intransigentes do operariado urbano, do funcionalismo, do meio estudantil e dos setores militares mais republicanizados.

Depois de em 1932 se ter tornado chefe do Governo, Salazar e os salazaristas estabelecem, no Verão de 1933, a futura arquitetura institucional do Estado Novo Corporativo.

A oposição reviralhista republicana lançaria nesse mesmo ano os seus derradeiros argumentos, ao mesmo tempo que era definitivamente decapitada. A Polícia de Defesa Política e Social conseguiu desarticular, no início do ano de 1933, a principal rede de resistência, a atuar entre o centro e o norte do país. No Porto, foi preso o seu líder histórico – o capitão Nuno Cruz. Na mesma altura são presos dezenas de reviralhistas e apreendida documentação comprometedora e armamento abundante, muito dele vindo de Espanha, por efeito do apoio da II República aos exilados portugueses aí residentes. Pouco depois, a polícia desarticulava uma poderosa rede civil e militar, composta de antigos sindicalistas e funcionários públicos, que atuava no triângulo militar de Entroncamento/Tancos/Abrantes. Em Maio daquele ano, é apreendido em Lisboa um dos principais depósitos de armamento, composto por milhares de granadas, morteiros, armas diversas e cartuchos.

Apesar de derrotado no interior, o Reviralho reativou a sua atividade política no exílio galego. Idos de vários pontos, congregaram-se em Vigo Esquerdistas, Democráticos, Liberais e Anarquistas e constituíram uma “Frente Única” em torno de um “Projeto de Plataforma de Frente Única das Forças Populares Motoras da Democracia”. Era um programa que respondia às exigências crescentes da situação e aos programas de comunistas e anarquistas. Previa uma organização política popular, em que uma “Câmara Técnica” seria constituída por representantes dos sindicatos, com voto consultivo, a laicização completa dos serviços de saúde e ensino e a nacionalização de um conjunto de sectores fundamentais da economia, entre eles os caminhos-de-ferro e os tabacos, bem como a municipalização dos latifúndios.

A desagregação das forças revolucionárias era, porém, o mais natural, nas condições de dispersão e exiguidade dos meios reunidos. Em 19 de Novembro, são deportados para o Forte de S. João Batista de Angra do Heroísmo os “150 prisioneiros mais perigosos”, acrescentando desde modo o número de alguns milhares já existentes nas prisões atlânticas, da Madeira a Timor.

A partir deste final do ano de 1933, um ano chave da instauração do Estado Novo, a luta antifascista – mais unitária que em períodos anteriores –, realizava-se nas mais sufocantes condições de clandestinidade e repressão.

Desses tempos de luta contra a fascização dos sindicatos vem este grito exaltante do reviralhista Jaime Cortesão, sobre o heroísmo do anarquista Jaime Rebelo, um pescador setubalense.


“- Quem é este homem sombrio

Duro rosto, claro olhar,

Que cerra os dentes e a boca

Como quem não quer falar?



- Esse é o Jaime Rebelo,

Pescador, homem do mar.

Se quisesse abrir a boca,

Tinha muito que contar.



Ora ouvireis camaradas,

Uma História de pasmar.



Passava já de ano e dia,

E outro vinha de passar,

E o Rebelo não cansava,

De dar guerra ao Salazar.

De dia tinha o mar alto,

De noite a luta bravia,

Pois só ama a Liberdade,

Quem dá guerra à tirania.

Passava já de ano e dia…

Mas um dia, por traição,

Caiu nas mãos dos esbirros

E foi levado à prisão.



Algemas de aço nos pulsos,

Vá de insultos ao entrar,

Palavra puxa palavra,

Começaram de falar.

- Quanto sabes, seja a bem,

Seja a mal hás-de contá-lo.

- Não sou traidor, nem perjuro;

Sou homem de fé, não falo!

- Fala: ou terás o degredo,

Ou a morte a fio de espada.

- Mais vale morrer com honra,

Do que vida desonrada!

- A ver se falas ou não,

Quanto posto na tortura.

- Que importam duros tormentos,

Quando a vontade é mais dura?!



Geme o peso atado ao potro

Já tinha o corpo a sangrar,

Já tinha os membros torcidos

E os tormentos a apertar,

Então o Jaime Rebelo,

Louco de dor, a arquejar,

Juntou as últimas forças

Para não ter que falar.

- Antes que fale, emudeça! –

Põe-se a gritar com a voz rouca,

E, cerce, duma dentada,

Cortou a língua na boca.

A turba vil dos esbirros

Ficou, na frente, assombrada,

Já da boca não saía

Mais que espuma ensanguentada!



Salazar, cuida que o Povo

Te suporta quando cala?

Ninguém te condena mais

Que aquela boca sem fala!



Fantasma da sua dor,

Ainda hoje custa a vê-lo;

A angústia daquelas horas

Não deixa o Jaime Rebelo.

Pescador que se fez homem

Ao vento livre do Mar,

Traz sempre aquela visão

Na sombra dura do olhar,

Sempre de boca apertada,

Como quem não quer falar.

Luís Farinha, historiador, Investigador do Instituto de História Contemporânea (IHC) da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SHOWS BREGAS NA TEVÊ INDIANA

Ser brega não é exclusividade latina. Todos os povos têm o seu lado brega.
Mas, confesse, você esperaria isso do povo indiano?
Não?
Então dê uma olhada no que rola nos shows das tevês indianas.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

QUANDO LEMOS, COMEMOS E BEBEMOS ERRADO

Todos nós somos resultado daquilo que lemos, comemos e bebemos. Os caminhos para as nossas vidas e da própria humanidade, os nossos destinos, as nossas ações e reflexões dependem muito disso. Precisamos de verdade e leveza para sermos menos impuros e verdadeiramente mais humanos. A mentira e a falta de leveza corroem as nossas almas, invertem o sentido de nossas mentes, nos transforma em seres transtornados, deprimidos, frios, egoístas e menos apegados ao verdadeiro sentido da solidariedade. Quando ingerimos pelos olhos, bocas e mentes inverdades, maldades e impurezas, tornamo-nos menos iluminados, nos distanciamos do criador e aproximamo-nos de um inferno físico e mental desastroso. É o que ocorre com a humanidade nesse momento de rupturas de valores (e não digo de valores comportamentais, entenda-se bem). A mídia hodierna desinforma o cidadão e noticia apenas crimes, guerras e calamidades. Isso afeta negativamente a mente e a alma, ou será que alguém ainda tem alguma dúvida a respeito? Os alimentos vegetais contêm toxinas e os produtos processados possuem alto teor de gordura e sódio, podendo ter uma causa direta com muitas das doenças que hoje assolam a humanidade. Água pura e cristalina, antes encontrada em muitos rios e riachos, hoje é engarrafada e custa caro. Muitos produtos refinados exigem grande quantidade de água para o seu processamento, enquanto grande parte da humanidade não possui acesso à água potável para matar a sua sede. Lemos pouco e, quando o fazemos, o que consumimos quase nada nos acrescenta. Por outro lado, alguns comem muito e sempre produtos com pouca qualidade, enquanto muitos comem muito pouco sem qualquer qualidade. E ainda neste planeta terra, enquanto alguns bebem, outros sofrem a carência de água. Vivemos em um mundo bipolar, do contraste; em um planeta que convive com o luxo e a miséria; os lucros e a fome; as empresas que enriquecem com as guerras, as mesmas que destroem povos; os governos eleitos com dinheiro doado por grandes grupos empresariais e as contratações desses grandes grupos empresariais pelo governo que foi eleito graças a essas mesmas empresas. Vivemos em um mundo que ruma à perda do caráter e de valores essenciais ao convívio social. Necessitamos de uma revolução interior, em cada um de nós, para que em seguida possamos revolucionar o modo de elegermos os políticos e a própria forma de se fazer política. Precisamos avançar em todos os aspectos e sentidos da vida. Que nos revolucionemos pacífica e sabiamente. Que saiamos às ruas para reivindicar, para protestar e também abraçar. Que possamos saber o que realmente precisamos para viver melhor e com dignidade e que possamos distribuir a todos os seres humanos alimentos e bebidas para a mente, a alma e também o corpo e que assim nos façamos mais humanos a cada dia.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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