Fiz uma viagem que começou muito engraçada uns meses atrás.
Resolvi viajar de férias justo no final de semana em que teve a Parada do Orgulho Gay em São Paulo, o que me fez ver mais homossexuais no aeroporto do que nunca.
Sem dúvida alguma, São Paulo, junto com o seu transporte público, era uma cidade assumidamente gay, ao menos nesse final de semana.
Olhava tudo ao meu redor e tentava entender a reação dos homos em relação a outros homos e aos heteros e desses em relação ao grande número de homos. E se há uma coisa que os homossexuais têm é bom humor. O ambiente no aeroporto realmente estava leve, e com certeza graças aos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.
Estava lá observando quando, de repente, passa uma moça morena linda bem ao meu lado que nem me olhou, mas foi só abrir a boca que percebi que não era bem mulher, mas uma travesti ou transexual. Creio que essas sejam coisas engraçadas da vida, ao menos vejo as diferenças dessa forma, como algo que faz o mundo diferente, mais colorido e, por isso mesmo, mais interessante e bonito.
Após o costumeiro atraso do embarque, entro no avião e a decolagem (ou descolagem, como se diria em Portugal) também é adiada por meia hora... Mas foi só o avião levantar voo que vi e interpretei a cena mais engraçada de toda a viagem.
Hoje vivemos num País que permite que pessoas menos favorecidas economicamente possam viajar, ainda que pagando parceladamente. E esse avião tinha algumas senhoras e moças que, perceptivelmente, eram viajantes de primeira viagem. O lance engraçado é que a decolagem provocava nelas uma reação estranha, cujos gritos e ruídos lembravam muito o momento do orgasmo feminino, mas não o primeiro orgasmo, mas aquele mais maduro, decorrente de intensa vivência sexual... E isso me fez chegar a uma conclusão. Um homem bom de cama, mas bom mesmmo, é aquele que é capaz de fazer o avião, a mulher, decolar como nunca...
