Se há uma coisa que acho maluca é SPA. As pessoas gastam uma fortuna para ficarem hospedadas em um local caro, onde a comida rareia. 300, 600, 800 calorias por dia! Pásmen. E ainda é quase que obrigatório praticar esportes, caminhar bastante e ter bom humor! Quem aguenta?
Prefiro gastar esse dinheirão em cinema, em livros, em guloseimas e em tênis e roupa para a prática esportiva. Me perdoem os aficcionados, mas acho muito dinheiro jogado fora com os SPAs. É o máximo da contradição do consumismo. Queremos viver muito, consumir quase tudo e ter prazer pelo luxo, mas ao mesmo tempo nos privamos dos prazeres mais elementares, o comer, desde frutas até iguarias, que necessariamente ingerimos pela porta mais generosa de nossa alma, a boca.
Que sociedade é essa que pretende mudar até a própria natureza humana? Deixaremos de ser humanos e nos tornaremos o que, como frutos do consumismo? Consumos? Insumos? Húmus? Prateleiras de produtos? Robôs comandados por controle remoto pela mídia marqueteira?
Será que com tudo isso ainda preservaremos a alma, mesmo esvaindo a energia que nos liga à natureza?