quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

ROTEIRO PARA A VIDA

Não desisto dos sonhos. Não os transformo em devaneios, mas insiro-os no roteiro da vida.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PROMESSAS DESVINCULADAS DAS NECESSIDADES DEMOCRÁTICAS

Tivemos mais uma eleição. No Brasil, estamos aprendendo a votar, a escolher e a eleger. Faz parte do processo democrático esse aprendizado nas urnas.

No entanto, parece-me que os partidos majoritários esquecem-se do básico. Se as eleições são representação e exigência natural de uma democracia, do poder do povo, de todos, nada mais natural do que solucionar os problemas básicos, em primeiro lugar.

Problemas não faltam ao nosso país. Erradicação da miséria; escolarização básica e alfabetização do total de brasileiros; acesso universal à informação de qualidade; realizações urbanísticas integrando lares, transporte público e locais de trabalho; acesso a saúde de qualidade. Parece-me que essas seriam as plataformas básicas, necessárias, a integrar os discursos de todos os candidatos à Presidência da República, já que se tratam de necessidades essenciais a todos os seres, àquilo que todos necessitam em primeiro lugar, devido à carência hoje existente.

Mas o que foi que eles prometeram, você se lembra?

domingo, 19 de dezembro de 2010

O QUE SERIA DA HUMANIDADE SEM AS MULHERES?

Às vezes eu fico pensando sobre o que seria da humanidade sem as mulheres.

Que prazer nós homens poderíamos ter?

Teria graça ir beber uma cerveja e não poder falar de mulheres? E ir ao jogo e não ter uma mulherzinha nos esperando, não ter uma mulher para brincar conosco nem uma mulher para nos encantar?

Que graça teria a vida?

Teríamos coisas boas também: não teríamos tantos shopping centers, nem casamentos com véu e grinalda nas Igrejas, não teríamos as eternas cobranças nem as dissimulações. E, de quebra, as nossas dores de cabeça diminuiriam.

Mas que graça teria viver sem essa dorzinha de cabeça que evidencia um certo sadomasoquismo de nossa parte e uma grande dependência desse sexo “oposto”?

É, a vida não seria a mesma e nós também não seriamos como somos hoje, sem vocês, mulheres.

sábado, 18 de dezembro de 2010

O QUE SERIA DA HUMANIDADE?

Às vezes eu fico pensando sobre o que seria da humanidade sem o consumo que pensa ser lúdico. Tornar-se-ia ela completamente depressiva? Descobriria novos prazeres? Quais prazeres?

E o que seria da humanidade sem o automóvel e o avião? Ah, e sem o celular, o iphone, ipod, computador, internet e games?

E o que seria da humanidade sem livros, cinema e teatro?

E o que seria da humanidade sem religião, nacionalidades e times de futebol?

Ah, mas o que seria, mesmo, da humanidade sem roupa?

O que seria de nós? Mudaríamos a nossa história?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

QUEM SOU? (versão 3)

1) Sou aquele que escreve para tentar entender o mundo e as pessoas, que tento dessa forma apagar as mágoas e ainda criar esperanças para a felicidade. Escrever é traçar o próprio destino, quando se crê. Também pode ser mera brincadeira com as palavras ou a melhor terapia de todas, barata, intensa e de respostas rápidas. Sou, digamos, um lápis autista movido a sentimento.

2) Um daqueles que acredita que o Brasil precisa de brasileiros, ensino, cultura e Justiça Social.

3) Mais um certo alguém.

4) Nossa, posso ser tantas coisas... Só agora eu percebi que, embora rotulados, somos muito mais que o conteúdo aparente.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UM JORNAL BRASILEIRO DE ESQUERDA

Dizem que não há condições de o Brasil ter um jornalão de esquerda. Hoje, a direita é representada pela maioria dos jornais brasileiros, como O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde, Agora... Não há mais o Última Hora, que foi fechado durante a ditadura militar.

Há um jornal de esquerda de circulação nacional, O Brasil de Fato, mas é por demais pequeno, com baixa circulação. Não pode ser considerado um jornalão em termos de impressão.

Bem, será que a esquerda não consome jornal no Brasil? Duvido.

Na verdade, a esquerda brasileira difere-se muito das dos demais países. Quem é de esquerda, hoje, no Brasil? A maior parte está inserida nas classes média baixa e baixa. A classe média brasileira, ao contrário do que ocorre em boa parte do planeta, é extremamente conservadora, leitora de revistas de direita. Então, um jornalão de esquerda tem que ser voltado, necessariamente, às classes mais baixas. E essas não têm jornal que as atenda, exceto aqueles distribuídos gratuitamente no metrô ou nas esquinas.

A esquerda brasileira é diferente do restante dos países. Enquanto na europa boa parte dos grandes jornais são de esquerda, como o Le Monde Diplomatique e o El Pais, no Brasil só há grande circulação para os veículos de direita. O motivo disso? É que a classe média, grande consumidora de jornais, é majoritariamente de direita no Brasil.

Se não houver investimento em um jornalismo pensado e feito para as classes populares, nunca teremos uma esquerda efetivamente forte e com voz atuante. Serão um ou outro intelectual, representantes da esquerda, que serão a voz ativa, mas a massa continuará sem ser cidadã e sem ter uma imprensa que a represente.

É possível, sim, ter um jornalão de esquerda. É possível, sim, esse jornalão ser lucrativo, bastando ver o quanto essas classes populares consomem. O que falta é coragem para alguns endinheirados da esquerda montarem um jornal e colocarem-no à disposição dos interesses nacionais e das classes menos favorecidas. Falta vontade, inclusive de parte da esquerda. Como disse, a nossa esquerda é diferente de qualquer outra esquerda, infelizmente.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A OUSADIA DA TRANSFORMAÇÃO

Às vezes tentamos mudar a realidade, crendo que a Justiça fale mais alto. Não que pensemos que somos Deuses, mas cremos que temos que lutar pelo o que é Justo! Eu sou assim. Não me conformo com a tristeza e a injustiça.
Já tentei modificar uma pessoa depressiva e agressiva. Também já tentei modificar uma pessoa fútil e apegada ao desnecessário. Insisti em tentar transformar alguém apegada ao banal em curiosa pela intelectualidade. Fui um fracasso. Não tive sucesso. Tentei e não tive êxito. Mas tentei. Dei o melhor de mim.
Agora, ao menos, sei que sou capaz de me doar, mas não de transformar. Não tenho o dom da Alquimia, mas de um simples ser humano que persevera pela Justiça e pela felicidade como fins da Humanidade! Não sou capaz de transformar todos, mas não deixo de ser capaz de iniciar uma mudança, ainda que individual, ainda que apenas minha. E é por ser capaz de mudar e tentar levar a Justiça e a Felicidade aos outros que sou feliz! Talvez a Alquimia também seja alcançada quando nos transformamos individualmente. É mágico!
Ouse! Ouse tentar! Ouse levar a felicidade e a Justiça aos quatros cantos. Basta ousar para se aprimorar. Não espere resultados, mas ouse!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A MAIOR SEQUELA DE UM CORAÇÃO QUE HAVIA PARADO: MEDO DE DEIXAR DE BATER PARA A VIDA

Uma vez me chamaram de Hércules. Outra, de Ciborg e também de Super Homem. Hoje, me chamam, simplesmente, de Cyro. É, não sou o todo poderoso, nunca fui, mas já causei boas impressões, até quando fui hospitalizado com urgência por conta de uma série de infartos.

Mais de 3 anos atrás ocorreu um evento grave em minha vida. Sofri 6 infartos, o primeiro com 45 minutos de parada cardíaca. Bem, uma das médicas diz que foram 50 minutos. E, ao menos aparentemente, não sofri sequelas. Dizem que foi um verdadeiro milagre, algo raro na medicina. Será? Em fevereiro, mais exatamente no dia 7, passou no programa Fantástico, da TV Globo, o que diziam ser o maior milagre: um sujeito que ficou 14 minutos com o coração parado e que não teve sequela alguma... Hummmm... A minha médica conversou comigo no dia seguinte, uma segunda-feira, e disse. Cyro, você precisa ir ao Fantástico. Você é o verdadeiro caso raro da ciência médica, pois ficou mais que o triplo do sujeito com o coração parado e está aí, inteirinho da Silva. Bem, se estou inteirinho da Silva eu não sei, mas que estou bem, graças a Deus, estou. Bem, a questão é que eu fiquei olhando para a minha médica... Ah, eu não quero promoção, não quero status, não quero panfletagem. O que quero? Quero o que o Tim Maia e o seu sobrinho Ed Mota querem em uma de suas músicas: sossego. Ah, o meu coração está aí, batendo forte e feliz. O que preciso mais que a vida e a felicidade, me contem? Só espero que ele não precise ficar de repouso por tantos minutos para se desestressar. Espero que as horas bem dormidas sejam suficientes para acalmá-lo e deixá-lo pronto para o dia que está a nascer. A única sequela que com certeza carrego comigo? O medo de que o meu coração pare de bater para e pela vida.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A QUEM NÃO INTERESSA AS LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE IMPRENSA?

Muito se fala que o Ocidente é o berço das liberdades. Pode ter sido o berço, mas não é o abrigo, com certeza.                                                                                                   Retrocedendo no tempo, verifica-se que a Grécia antiga, berço da democracia, era formada por territórios que hoje incluem o Oriente, como a Palestina, o Egito, a Síria e a Turquia. Os nascidos nessas terras, mesmo longe da Grécia definida nos mapas modernos, eram considerados gregos. Tornaram-se filósofos famosos, mas não eram propriamente gregos. São vários os filósofos orientais que deram origem à cultura e filosofia ocidentais. Dentre eles está Tales de Mileto, filósofo grego nascido na Turquia, por exemplo.                                                                                                  Hum... Parece que as raízes da cultura ocidental têm muito da cultura oriental. Isso sem adentrarmos nas influências sofridas durante o período da Idade Média.
A verdade é que hoje o Ocidente se autodenomina como local sagrado das liberdades individuais. Em parte é verdade, mas só em parte.
É no Ocidente que reinam as grandes hipocrisias e os maiores hipócritas da humanidade, que falam uma coisa, utilizando um discurso aparentemente sereno e bonito. Porém, por debaixo dos panos esses grandes contadores de estórias fazem coisas diametralmente diversas.

São vários os exemplos dessa hipocrisia. A velha política do pão e circo, adotada pelos ocidentais romanos, bem demonstra a hipocrisia adotada em benefício de um pequeno grupo que pretendia manter-se no poder e gozar de seus privilégios, às custas da ilusão da breve alegria do povo. A escolha ofertada por Pilatos ao povo judeu, para que escolhesse quem deveria ficar livre, se um bandido comum ou Jesus Cristo. Hitler e o seu discurso que aparentemente visava proteger o povo alemão, mas que escondia um propósito imperialista da pior espécie. E quem não se lembra de Bush Jr. defendendo a invasão do Iraque em razão das armas de destruição em massa? Até hoje não foi encontrada uma única arma de destruição em massa no território iraquiano, que não o próprio Bush Jr. e a sua equipe política.

São discursos como esses, mentirosos, que escondem a verdadeira intenção de um governante ou de um país em benefício não de todos, mas de um grupo, um seleto bando de indivíduos que se utilizam dos mais sórdidos meios para manterem os privilégios.

Hoje, muitos ainda acreditam no ideal americano de paz, direitos humanos, igualdade e liberdade individual, pois é lá que está a maior democracia do mundo.

Não. Não creio que seja verdade. Quem manda nos Estados Unidos não é o povo americano, mas um grupo, um seleto grupo que fabrica armas e que explora petróleo, detentor de um forte lobby na câmara e senado estadunidenses. Obama, que até a eleição era considerado um pacifista, se comparado a George Bush, recebeu pressão para colocar Hillary Clinton, ligada a lobbies da indústria de armamentos, num posto chave de geo-política: o de secretária de Estado, uma espécide de primeira-ministra, que lida com assuntos externos da política estadunidense.

Para quem não sabe, os Estados Unidos tornaram-se potência vendendo armas durante a primeira grande guerra mundial. Continuaram a vender na segunda guerra, mas tiveram que posicionar-se, mesmo não querendo, de início, pressionados pela Grã-Bretanha e pelo ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí.

Mesmo adotando uma posição externa conservadora, Obama, negro, descendente de muçulmanos e maçom, sofre oposição ferrenha dos ultra-conservadores do partido republicano, em especial dos loucos que integram o "Tea Party". Esse grupo de fundamentalistas religiosos que odeia os muçulmanos e latinos, defende a invasão imediata do Irã e da Venezuela, e uma intervenção direta no Brasil. Por enquanto, a esquerda do Partido Democrata, representada principalmente pelo ex-presidente Jimmy Carter, tem conseguido segurar a ânsia beligerante que domina a mídia e parcelas significativas dos parlamentares e do manipulado público norte-americano.

Porém, muitos não acreditam no que escrevi acima, que é repetido diuturnamente pela mídia independente no mundo afora. Parte da massa dominada pela comunicação que faz lavagem cerebral acredita no heroísmo ingênuo do governo norte-americano. Que os Estados Unidos são poderosos como os super-heróis ninguém tem dúvida. São hoje o maior império da história da humanidade, com forças militares espalhadas por todos os recantos do nosso planeta e que podem agir em questão de minutos após acionadas, inclusive. A questão que se coloca, porém, é a respeito das verdadeiras intenções escondidas por detrás de uma fala preparada e estudada.

Nunca houve tantos agentes de inteligência como há hoje em dia. Os Estados Unidos lideram pela força e também pelo o que se chama de inteligência, através da ação humana e da tecnologia.

Bem, nem todas as ações de inteligência estadunidenses são realmente inteligentes, convenhamos. Vide a ação totalmente falha, previamente à invasão do Iraque, a falta de prevenção ao atentado de 11 de setembro e também os recentes comunicados desnecessários de altas autoridades estadunidenses reveladas pelo jornalista diretor do Wikileaks, uma organização sem fins lucrativos que visa divulgar documentos que apontem para interesses obscuros nas relações políticas no plano internacional.

Os Estados Unidos foram colocados a nú perante a opinião pública internacional com a divulgação de documentos pelo Wikileaks, publicadas pelos principais jornais de todo o mundo. Foram divulgadas informações sensíveis, que inclusive afetam seus interesses no mundo afora. A reação não podia ser mais autoritária e desmedida que a perseguição ao site, o bloqueio de contas do wikileaks, as ações tramadas por governos ocidentais, subalternos, diga-se de passagem, para a retirada do site do ar e a acusação - que tem tudo de estapafúrdia - contra Julian Assange, o australiano e jornalista que se tornou famoso no mundo afora, que resultou na sua prisão na Inglaterra.

Querem calar a liberdade de expressão. Querem calar a liberdade de imprensa. Querem calar o direito dos povos, e de todos os povos, a saberem o que se passa no mundo em que vivem, sob o falso argumento de que se trata de documentos obtidos ilegalmente. Não. Eles foram passados por fontes jornalísticas. A pressão dos americanos e de alguns aliados é enorme para que haja a delação daqueles que denomina de "anti-heróis" ou "espiões".

A verdade é que o mundo hoje tem consciência e certeza, a absoluta certeza, de que não há ingenuidade nas ações dos governos que comandam as potências bélicas. Hoje, tornou-se sabido às claras que há interesses escusos e que direitos de povos e até de autoridades internacionais, como dos dirigentes da ONU à não violação à sua comunicação, são violados. E não são violados por agentes ditatoriais. São violados por agentes que atendem ordens de líderes de países considerados democráticos.

Esse é o mundo em que vivemos. Um mundo hipócrita, com líderes hipócritas, que falam que um sonho é possível, mas que permitem que suas assessoras diretas façam reinar o pesadelo. Haja hipocrisia. Mas foi assim desde o início da humanidade. E os Estados Unidos são apenas mais uma potência imperialista que utiliza-se das mesmas forças, de inteligência e das armas, além do grande poder bombástico e manipulador do cinema e de suas agências noticiosas, para manter-se uma potência econômica que aos poucos se esvai.

O que o Wikileaks revelou não é novidade a todos, mas é importante. A liberdade da internet, a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, quando não interessa aos poderosos, pode ser restringida pelos motivos mais estapafúrdios. A mídia cala-se. Os líderes políticos calam-se. O mundo cala-se. Agora, eu me pergunto por qual motivo se calam?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CARNES, ALFACES. ALGUMA SEMELHANÇA COM A VISÃO DOS HOMENS SOBRE AS MULHERES?

Depois de associar chocolate a mulheres, imagino que dê para associá-las às mais tentadoras carnes e às delíciosas folhas de alface.

Pensamento que não necessariamente é de um troglodita e que poderia ser até de um homem vegetariano.
Homem que é homem vê a mulher como um bom pedaço de carne.
A pele ou couro é a primeira parte em que ele já mete a boca para deliciar-se.
Homem que é homem adora uma gordurinha, porque dá um gosto especial.
Ama qualquer carne. A de 1ª ele aprecia logo de cara. A de 2ª ele analisa, mas depois encara. A de 3ª demora um pouco mais de tempo, não é lá aquela delícia, mas dá pro gasto.
Ah, os ossos fazem parte. Homem que é homem devora até o osso. Faz parte.

Pensamento que não necessariamente é de um vegetariano ou natureba.

Homem que é homem vê a mulher como uma boa folha de alface.
Cai de boca na alface e parece sempre precisar de outra folha para lhe satisfazer.
Elas podem ser crespas, enrugadas, ou lisas.
Têm tantos tipos, as romanas, americanas...
Mas todas são apetitosas.

Alface é para comer até o talo.
O bom é que quanto mais se come alface, maior é a chance de emagrecer.
É um bom exercício.
Dizem que alface, pelo menos, não faz mal ao coração.
Ah, mas a verdade é que as saladas de alface são o sonho de todo homem. Todas aquelas folhas misturadas e prontas para um só ataque! Que maravilha!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

SABEDORIA, ALMA HUMANA, INFINITUDE E TEMPO

Muito se fala em sabedoria e que ela é adquirida com muita leitura e estudo. Eu sempre contestei isso. Para mim essa afirmação, se não é elitista, reflete muita ingenuidade.

A sabedoria não advém simplesmente do estudo. É óbvio que muitos estudiosos podem tornar-se sábios. Mas nem todos os sábios tiveram oportunidade de sentar nos bancos de universidades.

Afinal, quem os filólogos consideram sábio? No dicionário Aurélio há a definição de que é aquele que sabe muito, erudito, que tem profundos conhecimentos numa dada matéria,sensato, prudente. Aí eu me pergunto, porque têm tantas pessoas que leem e têm dificuldade de compreender o mundo? Porquê algumas pessoas se apegam tanto a conceitos e matérias e se esquecem de enxergar aquilo que é o simples, o óbvio e que simplesmente foge do convencional? Então me vem a seguinte indagação: o sábio é o que estuda e não vê ou aquele - humilde ou estudioso - que enxerga? Não tenho dúvida em afirmar que é o segundo, aquele que vê.

O sábio é capaz de ver simplicidade. O esforçado pode estudar, estudar, pensar e não ser capaz de ver a simplicidade das coisas, por falta de sensatez.

Não quero dizer que sábio é aquele que não reflete e nada sabe, desconhece por completo, sendo incapaz de enxergar o todo, muito ao contrário. Para mim, sábio é aquele que é capaz de enxergar algo aparentemente complexo com uma capacidade de decodificação enorme. É aquele que simplifica por conhecer o todo ou quase. É aquele que sabe da vida, enxerga a alma, compreende o ser humano. Sábio, então, ao menos no meu ponto de vista, é o erudito conhecedor da alma humana. E erudito não necessariamente precisa ter diplomas ou título de doutor, é o que vê além da média.

É, para ser sábio não é necessário ser elitista. Para ser sábio é necessário, primeiro, saber que qualquer discriminação ou rótulo nada mais esconde que o medo da superação, uma fragilidade escondida sob a arrogância. Não que eu seja sábio, mas estou aprendendo a enxergar no que é complexo algo óbvio, graças à dedução.

E não se diga que qualquer dedução é reflexo de sabedoria, pois não é. Quanto mais se sabe do mundo e do ser humano, maior é a capacidade de deduzir com acerto. Há várias possibilidades, mas a dedução parece soar adequada, como se fosse algo verdadeiramente intuitivo. Porém, quanto menos se sabe, mais fácil é apontar deduções rápidas, frágeis e erradas.

Quanto mais conhecemos a amplitude do universo e das possibilidades humanas, aumentamos a chance de acertarmos nossos processos dedutivos. Porém, quanto mais nos limitamos a paradigmas, conceitos e dogmas, embora pareçamos intelectuais num primeiro momento, incorremos na mais completa inverdade que o tempo se incumbirá de demonstrar.

Sábio, então, é aquele que foge do tempo e se aproxima do infinito? Nunca havia pensado nisso. Pode ser! Eureca! E você, o que acha?

domingo, 5 de dezembro de 2010

A ERA BIPOLAR

Não vou tratar aqui de geopolítica, mas posso afirmar por outras ciências que vivemos na era bipolar.

Bem, como gostamos de criar definições, podemos afirmar que o mundo é bipolar e algumas pessoas também o são. Vivemos na era bipolar do consumo desenfreado, da depressão...

As palavras e os pensamentos não surgem do nada, mas talvez caminhem para lá. A explosão de luz, que ilumina e cria lógica, contrapõe-se ao dito buraco negro, que tudo absorve. Para a nossa psique, a explosão de luz poderia ser a euforia, enquanto o buraco negro equivaleria à letargia da depressão.

As pessoas são bipolares, ora eufóricas, ora depressivas. Porém, preferimos estigmatizar e crer que o consumo desenfreado não é euforia e que a crítica contumaz não é depressão. Preferimos crer na nossa aparente normalidade. A sociedade é bipolar. Consome e depois vive no vazio.
 
O mundo também é bipolar. Vide o Ártico e a Antártida, respectivamente Polo Norte e Polo Sul. O norte e o sul. A neve e a praia. O mar e o rio.
Ah, mas o universo é bipolar. O nada e o tudo. O finito e o infinito. O bem e o mal.

Não existe mais a União Soviética, mas os Estados Unidos percebem que não lideram mais sozinhos esse nosso planeta. Há a China, que contrapõe-se à hegemonia dos caubóis. O mundo está bipolar.

A economia também é bipolar. Às vezes explode de emoção com as bolsas subindo, às vezes vive a depressão da queda contumaz. Há ricos e também há pobres. A economia capitalista, hoje implacavelmente dominante, é bipolar.

Até o corinthians também é bipolar. Em alguns momentos vence, e bonito, em outros, perde, e feio!

Eu? Sou bipolar, com certeza. Às vezes rio, às vezes choro. Às vezes penso, às vezes vivo a inércia mental. Às vezes ganho dinheiro, às vezes nada tenho. Àlgumas, às vezes, e outras, todas vezes.

sábado, 4 de dezembro de 2010

TARTARUGAS PODEM VOAR - Turtles can Fly (trailer)

Um dos filmes mais bonitos dos últimos 10 anos. Mas se prepare, pois será difícil sair de frente da tevê sem derrubar um monte de lágrimas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

BLOG SEM AUDIÊNCIA E INTERNACIONAL

Não sei o que tem havido, mas de 100 acessos/dia, a frequência de visitação a este blog caiu para a média diária de menos de 30. E sabem o que descobri? Que esse blog é acessado na Grã-Bretanha, Marrocos, Estados Unidos, Portugal, Holanda, Alemanha, Itália... Isso porque escrevo apenas na nossa modesta língua.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

DEU NA SUPER INTERESSANTE

(veja trechos, abaixo, ou a matéria na íntegra clicando aqui)


SUPER INTERESSANTE
Thiago Perin

Acabou o café?! O plano B é ir lá fora respirar um pouquinho de ar fresco. E o efeito vai ser o mesmo.

Um passeio de 20 minutos ao ar livre é tão revitalizante para corpo e mente quanto uma dose normal de café.

Imaginar estar ao ar livre já foi suficiente para aumentar a energia geral dos estudantes. E 20 minutos do lado de fora (agora de verdade) resultou num “aumento massivo” de vitalidade nos jovens.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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