Não vou tratar aqui de geopolítica, mas posso afirmar por outras ciências que vivemos na era bipolar.
Bem, como gostamos de criar definições, podemos afirmar que o mundo é bipolar e algumas pessoas também o são. Vivemos na era bipolar do consumo desenfreado, da depressão...
As palavras e os pensamentos não surgem do nada, mas talvez caminhem para lá. A explosão de luz, que ilumina e cria lógica, contrapõe-se ao dito buraco negro, que tudo absorve. Para a nossa psique, a explosão de luz poderia ser a euforia, enquanto o buraco negro equivaleria à letargia da depressão.
As pessoas são bipolares, ora eufóricas, ora depressivas. Porém, preferimos estigmatizar e crer que o consumo desenfreado não é euforia e que a crítica contumaz não é depressão. Preferimos crer na nossa aparente normalidade. A sociedade é bipolar. Consome e depois vive no vazio.
O mundo também é bipolar. Vide o Ártico e a Antártida, respectivamente Polo Norte e Polo Sul. O norte e o sul. A neve e a praia. O mar e o rio.
Ah, mas o universo é bipolar. O nada e o tudo. O finito e o infinito. O bem e o mal.Não existe mais a União Soviética, mas os Estados Unidos percebem que não lideram mais sozinhos esse nosso planeta. Há a China, que contrapõe-se à hegemonia dos caubóis. O mundo está bipolar.
A economia também é bipolar. Às vezes explode de emoção com as bolsas subindo, às vezes vive a depressão da queda contumaz. Há ricos e também há pobres. A economia capitalista, hoje implacavelmente dominante, é bipolar.
Até o corinthians também é bipolar. Em alguns momentos vence, e bonito, em outros, perde, e feio!
Eu? Sou bipolar, com certeza. Às vezes rio, às vezes choro. Às vezes penso, às vezes vivo a inércia mental. Às vezes ganho dinheiro, às vezes nada tenho. Àlgumas, às vezes, e outras, todas vezes.