sexta-feira, 30 de abril de 2010

PRÉ-AGENDADOS

Posso comemorar. Tenhos textos pré-agendados para dois meses. São 60 dias à frente para que em breve eu possa relaxar.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

VER OS OUTROS SAI CARO

Às vezes eu pensava que seria bom olharmos para lado e vermos como os outros são, se vestem e se comunicam (com os gestos ou a fala).
Pensava que com isso conseguiríamos perceber se somos absolutamente iguais à maioria, como robôs fabricados em série; se temos ao menos detalhes diferentes, como penteados ou gosto por cores fora de moda; ou se somos absolutamente "estranhos".
É, mas eu pensava.
Pense bem: se somos absolutamente iguais, é melhor procurar uma ajuda, em especial com terapia, afinal, cadê a nossa personalidade? Só com muita ajuda, mesmo.
Mas, se somos absolutamente diferentes, também é bom procurar um terapeuta para nos elucidar do motivo de tanto inconformismo, de tanta diferença. Será que desejamos chamar a atenção ou contestar tudo e todos?
É, mas se temos detalhes diferentes pode ser por medo de sermos absolutamente iguais ou diferentes... É, taí mais um motivo para terapia.
É, hoje eu acho que o bom, mesmo, é não observar muito o mundo ao redor. Ou se o visualizarmos, não o fazermos de forma crítica... Vermos os outros pode fazer com que tenhamos que nos ver e isso pode sair caro com tanta terapia!

terça-feira, 27 de abril de 2010

POESIA URBANA

Piso no mar,
me afundo no lamaçal.

Nado no rio,
Flutuo no mangue.

Caminho pela cidade,
viajo na terra,
passeio pela terra,
descanso sob ela.

Cyro Saadeh

segunda-feira, 26 de abril de 2010

UMA SÓ VEZ A ETERNIDADE

Quantas vezes já menti? Quantas vezes já ouvi mentiras?
Quantas vezes já ousei dizer a verdade? Quantas vezes já me disseram verdades?
Quantas vezes já vi pessoas recém-nascidas?
E quantas vezes me viram nascer? Uma só!
Quantas vezes já fui a enterros?
E quantas vezes irão ao meu enterro? Uma só!
Quantas vezes morremos nessa vida?
Quantas vezes viveremos?
Quantas vezes teremos a oportunidade do eterno? Uma só?


Cyro Saadeh

domingo, 25 de abril de 2010

COTAS RACIAIS: A FAVOR OU CONTRA?

SOMOS RACISTAS
por Leandro Fortes

Enquanto interessava às elites brasileiras que a negrada se esfolasse nos canaviais e, tempos depois, fosse relegada ao elevador de serviço, o conceito de raça era, por assim dizer, claríssimo no Brasil. Tudo que era ruim, cafona, sujo ou desbocado era “coisa de preto”. Nos anos 1970 e 1980, na Bahia, quando eu era menino grande, as mulheres negras só entravam nos clubes sociais de Salvador caso se sujeitassem a usar uniforme de babá. Duvido que isso tenha mudado muito por lá. Na cidade mais negra do país, na faculdade onde me formei, pública e federal, era possível contar a quantidade de estudantes e professores negros na palma de uma única mão.


Pois bem, bastou o governo Lula arriscar-se numa política de ações afirmativas para a high society tupiniquim berrar para o mundo que no Brasil não há racismo, a escrever que não somos racistas. Pior: a dizer que no Brasil, na verdade, não há negros.


Antes de continuar, é preciso dizer que muita gente boa, e de boa fé, acha que cota de negros nas universidades é um equívoco político e uma disfunção de política pública de inserção social. O melhor seria, dizem, que as cotas fossem para pobres de todas as raças. Bom, primeiro vamos combinar o seguinte: isso é uma falácia que os de boa fé replicam baseados num raciocínio perigosamente simplista. Na outra ponta, é um discurso adotado por quem tem vergonha de ter o próprio racismo exposto e colocado em discussão. Ninguém vê isso escrito em lugar nenhum, mas duvido que não tenha ouvido falar - no trabalho, na rua, em casa ou em mesas de bares - da tese do perigo do rebaixamento do nível acadêmico por conta da presença dos negros nos redutos antes destinados quase que exclusivamente aos brancos da classe média para cima – paradoxalmente, os bancos das universidades públicas.


Há duas razões essenciais que me fazem apoiar, sem restrições, as cotas exclusivamente para negros. A primeira delas, e mais simples de ser defendida, é a de que há um resgate histórico, sim, a ser feito em relação aos quatro milhões de negros escravizados no Brasil, entre os séculos XVI e XIX , e seus descendentes. A escravidão gerou um trauma social jamais sequer tocado pelo poder público, até que veio essa decisão, do governo do PT, de lançar mão de ações afirmativas relacionadas à questão racial brasileira – que existe e é seríssima. Essa preocupação tardia das elites e dos “formadores de opinião” (que não formam nada, muito menos opinião) com os pobres, justamente quando são os negros a entrar nas faculdades (e lá estão a tirar boas notas) é mais um traço da boçalidade com a qual os crimes sociais são minimizados pela hipocrisia nativa. Até porque há um outro programa de inserção universitária, o Prouni, que cumpre rigorosamente essa função. O que incomoda a essa gente não é a questão da pobreza, mas da negritude. Há contra os negros brasileiros um preconceito social, econômico, político e estético nunca superado. O sistema de cotas foi a primeira ação do Estado a enfrentar, de fato, essa situação. Por isso incomoda tanto.


A segunda razão que me leva a apoiar o sistema de cotas raciais é vinculado diretamente à nossa realidade política, cínica, nepotista e fisiológica. Caso consigam transformar a cota racial em cota “para pobres”, as transações eleitoreiras realizadas em torno dos bens públicos irão ganhar um novo componente. Porque, como se sabe, para fazer parte do sistema, é preciso se reconhecer como negro. É preciso dizer, na cara da autoridade: eu sou negro. Alguém consegue imaginar esses filhinhos de papai da caricata aristocracia nacional, mesmo os mulatinhos disfarçados, assumindo o papel de negro, formalmente? Nunca. Preferem a morte. Mas se a cota for para “pobres”, vai ter muito vagabundo botando roupa velha para se matricular. Basta fraudar o sistema burocrático e encher as faculdades públicas de falsos pobrezinhos. Ou de pobrezinhos de verdade, mas selecionados nas fileiras de cabos eleitorais. Ou pobrezinhos apadrinhados por reitores. Pobrezinhos brancos, de preferência.


Só um idiota não percebe a diferença entre ser pobre branco e pobre negro no Brasil. Ou como os negros são pressionados e adotam um discurso branco, assim que assumem melhores posições na escala social. Lembro do jogador Ronaldo, dito “Fenômeno”, ao comentar sobre as reações racistas das torcidas nos estádios europeus. Questionado sobre o tema, saiu-se com essa: “Eu, que sou branco, sofro com tamanha ignorância”. Fosse um perna-de-pau e tivesse que estudar, tenho dúvidas se essa seria a impressão que Ronaldo teria da própria cor, embora seja fácil compreender os fundamentos de tal raciocínio em um país onde o negro não se vê como elemento positivo, seja na televisão, seja na publicidade – muito menos nas universidades.


O fato é que somos um país cheio de racistas. Até eu, que sou branco, sou capaz de perceber.

sábado, 24 de abril de 2010

O QUE SOU?

Pingo no "i",
pingo na grama,
não sou ponto nem água.
Apenas pingo em gota,
sem cheiro e sem forma.
Apenas preencho pequenos espaços
sem chamar a atenção
Não sou o ponto final nem a exclamação.
Não penso em ser a interrogação tampouco a reticências.
Seria um hífen se fosse um traço.
O que sou?
Um pingo no "i" e um pingo na grama.

Cyro Saadeh

quarta-feira, 21 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

HOBSBAWN ANALISA QUESTÕES ECONÔMICO-GEOPOLÍTICAS

foto: The Guardian
Em entrevista à revista britânica New Left Review, o destacado historiador Eric Hobsbawm, faz uma análise do mundo atual e compara a recente crise econômica mundial àquela ocorrida em 1929. A matéria foi traduzida e publicada no Brasil pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo. Para Hobsbawm, hoje, graças aos Países Emergentes, com suas economias pulsantes, o mundo não piorou ainda mais. Em 1929, com a crise, fortaleceram-se os movimentos direitistas, como fascismo e nazismo, o que favoreceu o nacionalismo xenofóbico.
Para o analítico historiador, o islamismo cresce há dois séculos sem qualquer atividade missionária, ao contrário das outras religiões. Segundo ele, o islã "confere às pessoas pobres o sentimento de que valem tanto quanto todas as outras e que todos os muçulmanos são iguais" ... "duvido que os cristãos negros acreditem que valham tanto quanto os colonizadores cristãos, enquanto alguns muçulmanos negros acreditam nisso, sim. A estrutura do islã é mais igualitária". Culto, o historiador cita que "os mercadores de escravos no Brasil deixaram de importar escravos muçulmanos porque eles sempre insistiam em rebelar-se". Fato conhecidíssimo é a revolta dos escravos muçulmanos na Bahia, em 1835, conhecida como Revolta dos Malês. Malê, na língua iorubá (falada ao sul do Saara, principalmente na Nigéria, Congo, TogoSerra Leoa), quer dizer muçulmano.
Na entrevista tem muito mais. Vale a pena ler.

VÍDEO: VIDA


Clique aqui e veja o vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=Hf-1oWDsK_Q

"Às vezes falta um sentido e quando o alcançamos pode ser tarde".
Eu descobri que a letra do vídeo foi transcrita como se fosse poesia. E parece ser, a poesia implícita na vida, doce ou amarga.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ISRAEL EXPANSIONISTA SE ESQUECE DOS JUDEUS

O preconceito contra outros povos sempre esteve presente no cotidiano dos impérios e também no dia-a-dia de alguns países que se consideram mais evoluídos que os outros. Se hoje o preconceito se volta contra os árabes, os muçulmanos, indianos e os negros, não podemos nos esquecer de que até pouco tempo atrás também era direcionado frontalmente  ao povo judeu, culminando no fatídico holocausto. 
Israel foi criado pouco tempo depois do fim da segunda guerra mundial, graças à pressão política e influência econômica dos sionistas. E hoje Israel, criado para dar paz e segurança aos judeus, propicia justamente o contrário. Tudo parecia levar a crer que Israel seria a razão da tranquilidade do povo judeu, mas infelizmente não parece ser a realidade.
Não se pode esquecer do aumento dos movimentos neonazistas nos países Europeus, incluindo a Rússia, nem se pode abstrair de uma realidade hodienda: das pichações nazistas feitas no próprio solo de Israel, lugar criado para dar paz aos judeus. Esses atos de vandalismo não são feitos por muçulmanos ou palestinos, mas por russos que ganharam a nacionalidade israelense em razão da ascendência judaica. Você acha um absurdo judeus ou descendentes fazerem isso? Também acho, mas infelizmente é a realidade oriunda da globalização das futilidades, da ganância do poder e da falta de cultura e informação.
Enquanto Israel provoca os vizinhos árabes, em especial os palestinos, os seus inimigos crescem em força e em número muito longe das fronteiras. São os neonazistas, os neofascistas e a extrema direita cristã que vêm se fortalecendo em países do então chamado primeiro mundo, com economias em declínio e um crescente ódio às próprias minorias e também de outros países.
O governo sionista deveria se preocupar com a segurança judaica e não apenas com o crescimento de Israel segundo uma visão bíblica da grande Israel. Hoje, é muito mais fácil o Estado judeu criar relações crescentes de confiança com os seus vizinhos árabes do que com os distantes racistas disfarçados de nacionalistas ou de movimentos religiosos.
O tão famoso serviço de inteligência externa de Israel não percebeu o risco que o povo judeu corre. Nisso eles não estão só. Os latino-americanos, os árabes, os africanos, os indianos e os muçulmanos são parceiros, ainda que inconscientes. São minorias que sofrem e sofrerão cada vez mais o preconceito de parcela crescente da população dos países decadentes economicamente.
O governo de Israel, pode-se dizer, não vem se preocupando com a real segurança dos judeus, mas apenas com o ilegal crescimento territorial de um pais que foi criado artificialmente tão somente para albergar um povo discriminado por longo período na história da humanidade. Os governantes daquele país têm, sucessivamente, praticados atos horrendos. Invadem, expulsam e criam inimigos. Não agregam, mas desagregam. Não honram a história de muitos judeus ilustres, mas denigrem a imagem e se aproximam dos radicais fascistas. E, o pior, não olham mais longe, para perceber o crescimento dos neonazistas e neofascistas. Eu sei que muitos governantes neofascistas, hoje, apoiam Israel, mas por quanto tempo? Enquanto economicamente for conveniente? Enquanto a propaganda do cinema estadunidense surtir efeito? Mas por quanto tempo essa propaganda da importante comunidade judaica americana será veiculada? Não se pode esquecer de que os fascistas nunca primaram pelo equilíbrio e o respeito às diferenças, muito pelo contrário, tampouco a extrema direita e os neonazistas.
Quando muitos intelectuais dizem que Israel se enfraquece com a sua política externa e interna, parece haver muita verdade em tais afirmações. Em paralelo, o povo judeu e não apenas os israelenses parecem que voltarão a frequentar o balaio dos discriminados e injustiçados.
Está mais do que na hora de Israel devolver os territórios ocupados da Palestina, Síria e Líbano e também desocupar as colônias da Cisjordânia. Está mais do que na hora daqueles povos se darem as mãos em respeito a um passado de relativa harmonia na região, protegendo-se e unindo-se contra a forte e silenciosa onda de racismo que a extrema direita das ainda atuais potências militares e econômicas, embora decadentes, propaga. Está na hora de haver paz. Está na hora de agregar os historicamente injustiçados. Está na hora de haver um fortalecimento contra o risco de novas barbáries mundiais, mais próximas do que imaginamos, infelizmente.
Nisso, o governo de Israel poderia ajudar, e muito, o próprio povo judeu.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A PREFERÊNCIA NACIONAL

Alguns dizem que a preferência nacional é a cerveja, outros que é o samba e alguns que é o carnaval. Ouso dizer que a preferência nacional é o verso. Sim, o verso.

O verso perfeito, que até som passa a ter.
O verso harmonioso, com linhas delirantes.
O verso que exala poesia e nos faz feliz.
O verso que é pura... poesia.
O verso que tem uma conotação erótica, despudorada e contagiante.
Verso que desce redondo e que nos hipnotiza ao sentirmos que remexe com as palavras.
Esse verso é verso brasileiro, um grande verso.
E viva o verso, composição maior de nossas mulheres.
E viva o verso feminino!

terça-feira, 13 de abril de 2010

NUNCA MAIS NESSA VIDA...

É doloroso saber que nunca mais poderemos fazer, ouvir, ver, sentir ou pensar algo, mas o pior é ouvir isso inesperadamente.
Já tive essa surpresa desagradável em um relacionamento, quando voltava de viagem. Porém, nunca esperava me deparar com essa situação ao comparecer a um posto de doação de sangue para ajudar o Hemocentro do Rio nesse momento delicado que a cidade e redondezas estão vivendo. Por ter enfrentado um ataque cardíaco, a política adotada pelo órgão era não permitir que eu doasse, pois poderia prejudicar a minha saúde. Um sinal de preocupação que comove, reconheço, porém, me senti impotente. É um impedimento não para hoje, amanhã ou o ano que vem, mas para a vida inteira, você é capaz de imaginar o que é isso?
Doi demais. Me senti um inútil. Nunca mais poderei ajudar alguém dessa forma! Ah, mas se for um caso de emergência, eu prefiro correr o risco e salvar uma vida, sem dúvida.
Logo depois de ouvir que estava proibido de doar, me encolhi e quando não havia ninguém por perto, confesso, deixei escorrer uma lágrima dos olhos. É uma pequena morte, dentre tantas outros que enfrentamos no percurso da vida.
Há diversos momentos na nossa existência em que nunca mais poderemos algo. Geralmente isso ocorre na fase adulta, quando estamos no auge da atividade mental e intelectual.
Para mim veio como uma enxurrada. Há muitas coisas que nunca mais poderei na vida. Uma delas é doar sangue. Tenho inúmeras outras, mas prefiro me reservar neste momento.
Nunca mais nessa vida, sem dúvida alguma, é uma das frases mais fortes que já ouvi. É o oposto de sempre, uma impossibilitação não temporária, porém, nos impõe um recomeço, pois será a partir desse momento, que teremos uma nova vida, com novas limitações e novas perspectivas. O "nunca mais nessa vida" funcionou para mim como uma esperança, a de viver um novo eu. Talvez o "nunca mais nessa vida" tenha possibilitado o milagre de encarar e super o limite, com novas perspectivas.
Nunca mais nessa vida me deixarei abalar por ouvir que nunca mais nessa vida poderei algo. Nunca mais nessa vida e também na próxima. Sim, na seguinte também, pois a próxima vida começará automaticamente, a cada vez que ouvir essa frase...nunca mais nessa vida...

domingo, 11 de abril de 2010

FARMÁCIAS E PASTELARIAS PORTUGUESAS

Sabe o que tem em algumas farmácias portuguesas, além de remédios? Sapatos. Sim, os bons e belos pares que utilizamos para os nossos pés.
As padarias brasileiras, quase sempre comandadas pelos bons portugueses, em Portugal e na Espanha recebem, respectivamente, o nome de pastelaria e pasteleria. Lá se encontram praticamente alguns pães e muitos, mas muitos doces artesanais... Vale a pena desfrutar dessa tentação.

sábado, 10 de abril de 2010

METRÔ E TRENS EM ESPANHA E PORTUGAL

Os trens funcionam muito bem na Espanha e em Portugal, embora não haja linha que liguem esses dois paíeses. Na Espanha a empresa RENFE utiliza alguns trens muito novos e rápidos, mas cujos preços são altos. Muitas vezes as tarifas de algumas empresas aéreas são muito mais baratas.
Em Lisboa as linhas do metrô não nos deixam tão confusos como em Barcelona e Madrid, onde mais de dez linhas mesclam-se em linhas que mais parecem degraus de escadas, misturando-se entre si.
Além disso, tome cuidado: muitas vezes pagamos duas vezes pelo metrô e pelo trem, por falta de informação e sinalização. Acabamos saindo da estação de metrô ou trem e retornamos a ela para utilizar o serviço do trem ou metrô, respectivamente. É uma confusão. Se não acredita, arrisque sem tomar o recomendado cuidado...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SINTRA e CASCAIS

Se você for a Lisboa, não deixe de conhecer cidades próximas e muito interessantes, para não dizer belas: Sintra e Cascais.
Sintra têm muitos sítios históricos únicos, além de ser muito linda e nos dar uma razoável noção da Europa. Já Cascais lembra Portugal antigo, com os barcos de pescadores e uma vista incrível do Atlântico, aliada a paisagens de deixar qualquer um com o queixo caído. Olhando Cascais entendemos porque os portugueses participaram tão efetiva e fundamentalmente da expansão marítica. O mar é o solo firme para os pés portugueses, como já disse Camões com outras palavras, muito mais lindas e poéticas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

UM LOCAL INESQUECIVEL: ANDALUZIA

Antes de tudo, desculpem-me pela falta da acentuacao. Posso nao ser o maior especialista em lingua portuguesa, pois cometo erros, mas nao se trata de descaso tambem, e sim por falta de condicoes, pois escrevo diretamente da Espanha, onde os teclados sao muito diferentes dos nossos.

Tive uma sorte que julgo merecida e passei uns dias em um local maravilhoso, o sul da Espanha. Que lugar lindo e de arrepiar atè o mais insensivel dos mortais. Conheci castelos, mesquitas, catedrais, sinagogas, museus, teterias, cafes e comi muitos pasteles. Vi pela rua pessoas de todas as etnias, cores, que falavam as linguas mais diversas. Também vi pelas ruas um monte de descendentes de mouros.

Para quem nao sabe, os mouros dominaram a Espanha por 800 anos, 8 sèculos, e foi gracas a eles que houve a possibilidade da Europa sair da escuridao e caminhar para o Renascentismo. Um rei catolico, que amava a cultura moura, foi afastado por pressao da Igreja e por força de alguns poderosos radicais. Esse rei  chamava-se Alfonso, conhecido como o sabio, ja que defendia o ensino do latim e do arabe.

Ah, pasteles por aqui sao doces. Pasteleria nada mais e que uma padaria. E como tem doces deliciosos.

O que eh barato na Espanha sao os doces. Os livros, devido ao Euro, saem pelo mesmo preco que no Brasil. Os livros juridicos sao caros assim como os nossos.

O legal e que comprando um jornal ou uma revista voce pode ganhar um livro ou um dvd de brinde. Mas o mais bacana eh que as pessoas nao param de ler, nos metros, nos onibus, nos trens, nas ruas, nos cafes. Eh algo que chama a atencao, pois nao se trata de senhores ou senhoras, mas de jovens. Bom sinal. A Espanha tera futuro, pois cultura eh algo valorizado por aqui.

Bem, estou dando voltas pois ha muito o que se comentar daqui. O povo daqui eh bem bonito. As mulheres olham e encaram. Bem, o que reparei foi isso nelas, apenas isto, esta bem?

A televisao apresenta sexo explicito apos as 11 da noite. No comeco eu me assustei, juro.

Mas prepare o seu bolso. O cafe aqui eh carissimo, assim como a conducao, os hoteis e tudo o mais, com excecao â alimentacao, que eh bem farta e sai quase que pelo mesmo preco do Brasil. Resultado disso? Prepare-se para voltar redondinho. A Espanha, literalmente, desce redondo!

Os trens daqui sao maravilhosos e pontuais, mas caros. Mas eh uma forma rapida de se viajar. A empresa que administra os trens eh estatal. O Governo da Espanha faz questao de investir em trens, visando a melhoria das condicoes de turismo, sua principal renda.

E nao se espante ao olhar pelas janelas dos trens ou dos carros. Ha muita oliveira pelo caminho. Nao eh a toa que a Espanha lidera a producao de azeite na Europa.

O engracado eh que as pessoas tem habito de fazer comprar em pequenas mercearias. Os supermercados sao frequentados, mas ainda nao viraram algo de extrema necessidade e de habito de consumo como no Brasil.

O que mais falar da Espanha? Dizem que por aqui ha grande violencia. Nego. Nao vi nada disso. Nao vi assaltos e vi muitos policiais pela rua. A seguranca parece ser preocupacao dos Espanhois e de seus governos central e regionais.

Eh isso. Se tiver condicoes e gostar de cultura e historia, va para a Espanha. Nao ira se arrepender.

Eh isso.

Ate a pròxima dica.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

ESPANHA E PORTUGAL - ALGUMAS DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS

Espanha e Portugal são países Ibéricos. Ambos têm raízes semelhantes, como origem fenícia, romana, goda, visigoda e moura...
Ambos têm litoral interessante e castelos e história de monte, mas os seus povos, por incrivel que pareça, são muito diferentes.
Enquanto os portugueses são mais tristonhos e lamentam-se a todo instante, os espanhóis são risonhos e brincalhões. A igualdade é que os dois povos são solícitos, mas um pouco grosseiros num primeiro olhar.
Os espanhóis leem muito, no metrô, na rua e até caminhando... E foi por eles que tivemos os primeiros comunistas e anarquistas no Brasil.
Hoje, como já escrevi em um artigo aqui no blog, o espanhol é utilizado pela esquerda mundial. É a língua anti-imperialista. É a língua da tolerância e do diálogo. Se você for à Espanha, verá árabes, estadunidenses, muçulmanos, chineses, brasileiros, alemães e muitos outros povos andando lado a lado, com respeito. A Andaluzia, berço do renascimento ocidental, ainda floresce naquele canto, mesmo em um mundo truncado pelo temor ao terrorismo, consumismo desenfreado, beligerância em prol de grandes conglomerados industriais e tantas outras coisas ruins à humanidade.
Portugal, antes, foi berço de grandes escritores, de Camões e de Fernando Pessoa. A Espanha teve Cervantes. Mas ambos preservam o apreço pela escrita, pela cultura e pela história. São países únicos que merecem uma visita de muitos dias.

terça-feira, 6 de abril de 2010

ESPANHA - mais dicas

A espanha é um lugar especial que reúne vestigios de quase todos os grandes impèrios antigos da humanidade. Por ela já passaram os fenicios, os cartagenos, os romanos, os godos, os visigodos e os árabes. A Espanha é um país especial, com uma mistura de raças. No sul, as espanholas e os espanhóis lembram os árabes, com uma sobrancelha comprida e forte e cabelos negros. Muitos ainda tëm o nariz acentuado, como os àrabes, mas muitos também sao parecidos com os italianos, com os portugueses e sabem por quê? Porque o mundo é uma grande mistura, esta é a verdade.

Mas vamos aos hábitos e caracterìsticas, alguns que para nós soam estranhos e outros muito semelhantes. Eles andam devagar nas ruas. Fecham os estabelecimentos para o almoço. È difìcil encontrar supermercado aberto aos domingos ou depois das nove da noite. Apenas dois refrigerantes custam muitas vezes mais que o preco de um bom prato em um restaurante. Por isso, coma bem, mas beba com moderacáo. As livrarias pequenas sò abrem no perìodo da tarde. Quando resolvem fazem reformas nas ruas, o caos está criado, pois falta espaco para os pedestres e é uma só bagunça, inexistindo sinalizaçao adequada. É um povo que ama a noite, ama a cerveja e ama rir e conversar. Fala alto e é simpático. E as mulheres sáo ainda mais briguentas que as brasileiras. Como pode? Calma, brincadeirinha. Elas, ao menos elas, são bravas, mas percebe-se que são amorosas também.

Se estiver no sul, nao perca o Flamenco. As touradas reserve apenas se você tiver estômago e não se importar com o estado dos bichos (touros). Se estiver em Madrid, nao perca a noite e uma boa livraria.E se estiver no Brasil, nao perca a oportunidade de planejar uma boa viagem para a Espanha e Portugal também. Se fizer tudo direitinho, gastarà menos do que imagina. Basta ter criatividade e nao ficar por aì comprando e indo a restaurantes desnecessariamente.

Mais uma dica dada.

Peco desculpas pela falta de acentuacao, pois escrevo direto da Espanha e os teclados daqui sao muito diferentes.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O ESPANHOL E ALGUMAS QUESTÕES GEOPOLÍTICAS

Muito tempo atrás era chique ser contra o imperialismo. Aprendia-se o francês e o russo, pensando que com isso ia contra a onda imperialista. Ledo engano, pois tanto a França quanto a então União Soviética eram imperialistas, vendiam armas e exploravam da pior forma o ser humano. Na verdade, não havia muita diferença entre um império e outro. Apenas a língua e o sistema econômico é que os diferenciava.


Hoje, pós-era Bush, o espanhol e o árabe se tornaram as línguas anti-império. Duas línguas tão distintas e de certa forma distantes.

O árabe tornou-se importante porque o mundo muçulmano, que fala predominantemente o árabe, foi objeto de ameaças e invasões por parte da maior potência militar e econômica do planeta. E daí vieram as resistências e a importância nos noticiários. Além disso, as causas árabes, como a da Palestina, a do Iêmen e a do Saara Ocidental, são amplamente apoiadas pela intelectualidade, mas não pela mídia conservadora e oportunista que comanda o mundo das agências noticiosas.

Mas, como diria Noam Chomsky, é na América Espanhola, incluindo a portuguesa, representada pelo Brasil, que está ocorrendo o movimento mais interessante do planeta. Um movimento verdadeiramente social e anti-imperialista.

Bolívia, Paraguai, Nicarágua, Equador, Venezuela e El Salvador, acompanhados de perto do Uruguai, Argentina e Brasil, estão revitalizando o continente e tentando posicionar-se livremente no aspecto econômico e geopolítico. E, por sorte e com o apoio dos países latino-americanos, o Brasil desponta como o grande líder regional e firma-se como uma importante economia mundial.

Hoje, a América Latina está na moda, assim como o Brasil. Depois de séculos sendo explorado, o continente inicia o processo de libertação e iniciação no mundo político de forma ativa, conseqüente e independente. E o Brasil, ao mesmo tempo em que vê o continente libertar-se e reivindicar inclusive contra os seus interesses (Itaipu x Paraguai; Petrobras x Bolívia e Empreiteiras brasileiras x Equador), cresce assustadoramente, graças à ampliação das exportações para o Oriente Médio, África e a própria América do Sul. É o momento do Brasil despontar, apoiado pelos países mais à esquerda e também pelos mais centristas. O grande rival do Brasil, ao contrário do que dizem, não é a Venezuela ou o México, mas a Colômbia.

Enquanto o Brasil quer mostrar sua importância geopolítica, a Colômbia visa aumentar a parceria com os Estados Unidos e fortalecer-se econômica e militarmente. A Venezuela sabe que o seu crescimento econômico e de área de influência é extremamente limitado, assim como o México, que viu o acordo do Nafta levá-lo a uma estagnação. As bases colombianas, próximas do Brasil, servirão de base para os interesses militares e geoestratégicos dos Estados Unidos, a maior potência militar do planeta azul.

A Venezuela que percebeu o poder de influência do Brasil, tornou-se grande importador de produtos fabricados no nosso país, colaborando com o nosso crescimento inclusive em grau de importância estratégica.

A maioria dos países independentes e de esquerda, incluindo os da América Latina, desejam ver o Brasil liderar o hemisfério sul.

Ao mesmo tempo em que se desenha toda essa nova ordem geopolítica, verifica-se que a esquerda fala, majoritariamente, o espanhol. A Espanha, governada pelo socialista Zapatero, fala o espanhol, assim como a Argentina, o Equador, a Bolívia, a Venezuela, o Paraguai, o Uruguai, a Nicarágua, Cuba e El Salvador. Grandes pensadores de esquerda escrevem em espanhol, como Eduardo Galeano. Uma mídia independente e poderosa, como o El Pais e a agência de notícias da Espanha, EFE, crescem em grau de importância.

A América Latina, o continente mais disputado e que mais se desponta, fala majoritariamente adivinha que língua: sim, o espanhol.

Agora é moda aprender a falar e a escrever espanhol. Mas mais do que isso, é necessário conhecer essa língua e ver como pensam os grandes escritores, importantes intelectuais e influentes líderes.

Ver o mundo sob a ótica de países emergentes e que se libertam é importante para compreender todo o drama causado pela colonização e o imperialismo. É hora da América Latina se libertar, assim como nós mesmos de nossos pensamentos viciados, equivocados e pouco aprofundados. É hora de vivenciar e aprendermos história. É hora de aprender ou, ao menos, tentarmos compreender o espanhol, a língua que hoje representa a libertação das amarras do imperialismo.

E que o Brasil não se esqueça da importância da língua irmã espanhola. O ensino infantil dessa língua deveria ser primordial, para fortalecermos não só os laços econômicos com os nossos vizinhos, mas também e principalmente o político, já que o apoio da América Espanhola é imprescindível para todas as nossas causas, inclusive e principalmente a cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

domingo, 4 de abril de 2010

SEMANA IBÉRICA

A partir de amanhã você lerá alguns artigos sobre a Espanha e Portugal. São fruto de uma visita que fiz a esses países tão semelhantes ao Brasil em alguns aspectos e tão díspares sob outra ótica.

Espero que gostem, embora os artigos tenham sido escritos com a costumeira pressa em decorrência do trabalho avassalador impeditivo de tempo para refletir o quanto seria necessário para a elaboração dos textos que gostaria de produzir.

Boa leitura!

sábado, 3 de abril de 2010

AONDE O BRASIL SE PERDEU?

A causa do Brasil não caminhar pra frente com a velocidade necessária e não resolver os problemas do seu povo é a visão de colonizados que carregamos conosco há séculos, faltando-nos amor próprio e uma real noção de nacionalidade.

Somos um povo a parte, formados por índios que se desindianizaram, negros que se desafricanizaram e europeus que se deseuropeizaram, dando formação a um povo mestiço, como diria o saudoso intelectual e antropólogo Darcy Ribeiro. E mais, no aspecto de como nos vemos, somos um povo majoritariamente voltado às perspectivas do outro lado do Atlântico (a leste ou ao norte), como também diria o intelectual, jornalista e revolucionário Euclydes da Cunha, esquecendo-nos da mestiçagem vívida do sertão e do interior.

Somos um povo diferente e não temos noção exata disso. Somos mestiços. Sofremos na carne a escravidão. Carregamos conosco a injustiça de sermos afastados de nossas terras (índios). Buscamos espaços para uma vida melhor, uma outra vida (europeus). Mas somos mais. Hoje temos pessoas do Oriente Médio, Ásia, enfim, do mundo todo, que aqui procurou abrigo ou a reconstrução de uma vida paralisada ou perdida.

Somos um povo em construção, que busca o equilíbrio sem radicalismos. Almejamos justiça e felicidade e isso se nota em nossos atos e em nossas festas mais populares. Não é por outra razão que dizem que o Brasil é o país da esperança. Se no aspecto econômico podemos ser o país do futuro, na questão justiça podemos ser um país que ainda carrega esperanças.

Com tudo isso, qual o motivo de não decolarmos e sempre vivermos conflitos que emperram a solução dos graves problemas de grande parcela de nossa população, como moradia digna, educação de qualidade, assistência médica eficaz, tratamento de esgoto, violência doméstica, e questões gerais, como uso de entorpecentes, tráfico de drogas, criminalidade e sensação de insegurança, corrupção e burocracia administrativa?

Qual a causa disso, Brasil?

Não é pretensão minha expor todas as possíveis causas para isso em um breve texto para este blog, mas um dos grandes motivos, que julgo o mais significativo é a de não valoração das ações de afirmação do Brasil como um país independente com visão própria e um destino a buscar, e não copiar.

A nossa mídia e parcela significativa dos políticos sempre têm uma visão restrita, arcaica e limitada dos nossos passos. Adotamos como padrão de felicidade o estilo estadunidense. A conduta correta, para essa mesma mídia e classe política, também seria aquela que o governo estadunidense aponta como certa. Quando um intelectual, político ou líder ousa discordar, há uma corrente de críticas sem qualquer base ou aprofundamento, beirando a irracionalidade.

O Brasil não é igual aos Estados Unidos, Europa, Israel ou países Árabes. O Brasil é uma mistura de tudo e de todos com uma visão mais amena, mas próxima do equilíbrio. E porquê digo isso? Porque o Brasil não tem interesses imperialistas ou territorialistas nas questões envolvidas. Apenas quer um equilíbrio entre as nações, algo necessário para que possa crescer econômica e exponencialmente, tornando-se um dos líderes da economia dentro de 15 ou 20 anos. A instabilidade vai contra os interesses nacionais. E levar a paz gera um tipo de credibilidade inquebrável, um poder de fato equiparável, em força, ao imperialismo imposto pelas armas.

Porém, mesmo com tudo isso muito claro, parece que a nossa mídia não percebe isso e beira a ignorância ao dizer que o Brasil não deveria se intrometer nas questões do Oriente Médio.

Ora, somos um dos poucos países no mundo moderno em que as comunidades árabe e judia se comunicam e interagem. Temos capacidade de tolerância interna e necessitamos que isso seja expandido. Se não o for, seremos meramente uma potência regional da América do Sul, como quase sempre fomos (salvo a época gloriosa do Paraguai) desde o Império.

A imprensa e parte dos políticos agem maliciosamente ao criticarem uma posição internacional de independência? Parcela sim, parcela não, creio. Imagino que a visão de um país colonizados por mais de 3 séculos ainda acarreta uma certa sensação de insuficiência, incapacidade e incredulidade em muitas pessoas, sejam intelectuais, jornalistas, empresários, políticos ou formadores de opinião em geral.

A falta de investimento em educação e a pouca disponibilidade de órgãos de informação de qualidade agravam e facilitam a perpetuação da sensação de impotência. Somos um povo pouco instruído. Não fomentamos o ensino de qualidade ou em período integral. Permitimos baixos salários aos professores e aceitamos com frieza a má formação desses profissionais. Invertemos a ordem de prioridade na sociedade. Valorizamos o sucesso momentâneo, os dos "Big Brothers" em detrimento do sucesso do conhecimento educacional e cultural, que é atemporal.

Mais. O empresariado brasileiro com viés nacionalista existe, mas não tem a voz ativa e segura necessária para calar a sensação de que apenas as multinacionais são sérias e dão empregos confortáveis a boa parcela da população. Com isso, nos rendemos mais ainda à visão de que os interesses dos Estados Unidos são bons também para nós.

Os empresários nacionalistas e sérios já existiram nos setores de comunicação, mas foram cassados e perderam suas concessões. O caso mais exemplar foi da TV Excelsior, a criadora do padrão de qualidade copiado pela TV Globo. O jornal Ùltima Hora também já foi a voz ativa dos intelectuais que viam a possibilidade de um Brasil e de um mundo diferentes. Hoje, os meios de comunicação estão nas mãos de meia dúzia de famílias, cujo interesse é apenas a permanência e ampliação do poder comercial e de fato. E esse poder comercial se liga ao grande número de empresas estrangeiras anunciantes. Há um ou outro veículo diferente que nos dá uma visão diferenciada do mundo e do Brasil, mas contam-se nos dedos de uma mão. Enquanto isso, nos Estados Unidos, Europa e Argentina, há grandes veículos de comunicação sérios e voltados aos interesses do seu próprio povo e valores como democracia, direitos humanos e paz.

Enquanto não tratarmos essa sensação de eternos colonizados, não seremos capazes de mudar nossos posicionamentos políticos. É preciso investir em educação, comunicação de qualidade e sensação de nacionalidade.

Para nos sentirmos uma nação não basta termos festas generalizadas como o carnaval. É preciso mais. Temos características diferentes em cada canto, sim, mas é possível nos sentirmos como membros de uma só nação. Para isso precisamos ter uma noção maior e melhor de nossa história. E isso só vem com investimento e promoção de produções nacionais de qualidade, valoração da educação e investimento em cultura e informação séria. Mais. Precisamos preservar os sítios arqueológicos que retratam períodos de nossa história como, exemplificativamente, Canudos, Araguaia e fronteiras com o Paraguai.

Vivenciando quem fomos, quem somos e o que fizemos, teremos uma noção melhor do que deveremos fazer para o nosso próprio bem e, consequentemente, de parcela significativa da humanidade. Esse é o papel do Brasil de um novo lider, não em busca do poder imperial, mas da estabilidade para poder crescer. E não basta ter estabilidade nas suas fronteiras. É preciso pacificar o mundo, aumentando o consumo e a movimentação econômica.

Enquanto isso não ocorrer, o Brasil não crescerá economicamente como necessita nem será capaz de solucionar os seus graves problemas sociais internos. Crescer pensando externamente, mas sabendo quem se é, é a base para a revolução econômica e comercial que o Brasil tanto necessita.

É o interesse econômico em prol da estabilidade e da paz.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS: HAITIANOS VIVEM SEM DIGNIDADE HUMANA

Deu no EL PAIS

Médicos sin Fronteras denuncia que las condiciones de vida de los haitianos "violan la dignidad humana"

La organización lamenta que dos meses después del terremoto cientos de miles de personas viven hacinadas y sin atención sanitaria suficiente

Haití entra en una fase "crucial". Dos meses después del terremoto que devastó el país y causó más de 250.000 muertos, las necesidades médicas continúan siendo "enormes" y las condiciones de vida de la población "extremadamente precarias", según la organización Médicos sin Fronteras. "Cientos de miles de personas viven hacinadas en campos en condiciones muy difíciles que se están agravando con la llegada de las lluvias", señala la ONG, que añade que la respuesta ante esta situación es "insuficiente".
Sede: Barcelona (España)

Colette Gardenne, encargada de gestionar la labor de Médicos sin Fronteras durante las últimas semanas, subraya la labor de las organizaciones de ayuda en atención médica, pero echa de menos que la solidaridad no se refleje realmente "sobre el terreno", especialmente en los saneamientos y refugios para las víctimas.

"La falta de refugio y las deficientes condiciones de higiene constituyen una afrenta a la dignidad humana para miles de haitianos que se han quedado en la calle", señala Christopher Stokes, director general de la organización en Bruselas. "Muchos haitianos me hablaron de que están abandonados, no se les informa acerca de lo que les ocurrirá o lo que recibirán. No saben adónde ir", explica.

El futuro de Haití

Otro de los principales problemas, según Médicos sin Fronteras, es la inseguridad. Apenas hay iluminación por las noches, destacan los responsables de la ONG, que inciden en el aumento de casos de violencia sexual.

Para Médicos sin Fronteras, comienza ahora una época decisiva en la que miles de heridos van a necesitar atención médica a largo plazo. Destaca que han ampliado su capacidad para ofrecer cuidados postoperatorios especializados y reforzar la atención primaria en ambulatorios y la secundaria, como obstetricia de emergencia, tratamiento terapéutico intensivo para niños con desnutrición y cuidados hospitalarios de pediatría y de adultos.

Stokes describe la incertidumbre y el miedo que la población siente ante el futuro. "Hace dos meses, un compañero haitiano me preguntó llorando: '¿Qué vamos a hacer con este país? Hay tantos amputados y heridos'. En ese momento fue cuando me di cuenta de que nos íbamos a quedar allí mucho tiempo".

quinta-feira, 1 de abril de 2010

OS EUA PROPÕEM PRIORIZAR A INTERNET

Deu no EL PAIS

EE UU propone un plan para priorizar Internet frente a otras redes de comunicaciones

El proyecto, dotado con miles de millones de dólares, desplazará al teléfono y a la televisión.- Está llamado a desatar una batalla entre grandes grupos de medios

La Comisión Federal de Comunicaciones (FCC en sus siglas inglesas), la agencia estatal estadounidense que bajo mandato del Congreso regula las telecomunicaciones, propone un plan para 10 años en los que se alterará de raíz el mapa de los medios de comunicación del país. Las conexiones a Internet de banda ancha se convertirán en "la red dominante de comunicación", según publica hoy el diario The New York Times . Este rotativo asegura que el proyecto, que se presenta el martes al Congreso, desatará una guerra entre los gigantes de la comunicación, que ven cómo día a día surgen nuevos competidores.

La propuesta de la FCC incluye subvenciones para proveedores de acceso a Internet en zonas rurales que todavía carecen de acceso. También pondrá en marcha la subasta de parte del espectro de telecomunicaciones para dejar sitio a la señal de aparatos con conexión sin hilos (wi-fi). Otra de las medidas pasa por desarrollar un descodificador universal que aúne la conexión a Internet y a la televisión por cable.
El plan movilizará miles de millones de dólares (la cifra exacta no se conoce). No obstante fuentes de la FCC afirman que la propuesta debe autofinanciarse mediante la subasta del espectro de telecomunicaciones. Algunas de las recomendaciones de las que consta el proyecto necesitan el visto bueno del Congreso y el apoyo de la industria, señala el diario neoyorquino, quien apunta que todas las medidas afectarán directamente a los usuarios en sólo algunos años.
Cerca de un tercio de los estadounidenses no tienen acceso a la banda ancha y no pueden costeárselo.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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