terça-feira, 31 de março de 2009

HUMANIDADE

Um vídeo de RAIO DE INDRA sobre a humanidade. Começa devagar e torna-se contundente e poético com mais intensidade a cada fração de segundo. Uma bela música para um belo vídeo.
Imperdível!
É daquelas histórias sarcásticas e com poesia visual e sonora, impagáveis. Clique em HUMANIDADE para assistir.

segunda-feira, 30 de março de 2009

PEDRAS NO CAMINHO DA HUMANIDADE

Há um poema clássico do mestre CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE que fala que no meio do caminho há uma pedra; há uma pedra no meio do caminho...
Mesmo com tantas pedras, o homem insiste em não ver aquilo que elas revelam. Creio que seja um dos melhores vídeos-textos que já produzi.

Clique em PEDRAS NO CAMINHO DA HUMANIDADE para assistir no canal youtube.

Boa diversão!

sábado, 28 de março de 2009

FOME X GUERRAS


Campanha mundial contra a fome, que tem a participação do ator estadunidense Sean Penn, critica os gastos com guerras e outros tipos de "investimentos". Veja aqui o vídeo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

TRÓIA DE BARRO, POR IOIÔ DA PROFESSORA

Ioio da Professora é um senhor que ultrapassa o tempo e explica a história de Canudos com extrema exatidão. Neste vídeo artesanal, publicado apenas para preservar a história oral e a cultura nacional, você conhecerá um pouco mais sobre Antônio Conselheiro e Canudos.
Lembramos que o som está ruim, já que as imagens foram colhidas na residência do entrevistado, sem qualquer recurso sonoro específico. A intenção era colher relatos para a elaboração de um livro.
Boa diversão!

quarta-feira, 25 de março de 2009

QUANDO BELEZA AJUDA A LOTAR CINEMAS

Será que alguém tem dúvidas de que atrizes e atores bonitos ajudam a tornar o filme um sucesso? Isso ocorre desde o início do século passado, quando pessoas passaram a integrar o que se chamava de sétima arte. No início, os diretores deslumbravam-se com cenas do cotidiano, da arquitetura das grandes cidades e da natureza. Aos poucos, os atores foram tomando conta e a beleza tornou-se requisito indispensável do cinema comercial. Boa parte dos filmes alternativos ainda aposta na qualidade do enredo, direção e interpretação. Hoje, a espanhola Penélope Cruz é disputadíssima... Bem, mas vamos falar aqui de Kristen Stewart, que nasceu em 1990 e é considerada uma das mais belas jovens atrizes do cinema estadunidense.

Embora participe do blockbuster Crepúsculo, deu shows em outros filmes comerciais, mas nem tanto, esbanjando talento. Veja a sua pequena, mas importante, participação em "Into the Wild", que no Brasil recebeu o título "Na Natureza Selvagem", dirigido por Sean Penn. Por sinal o filme é bem interessante para quem gosta de locar um vídeo para assistir confortavelmente esparramado em sua própria casa.




terça-feira, 24 de março de 2009

OS SONHOS

Já cheguei a sonhar que sonhava.
Já sonhei que sonharia.
E a realidade não mudava, como não mudou.
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Na vida não bastam os sonhos, os desejos e os delírios sempre benvindos.
Na vida é necessário um sonho próativo.
A vontade concreta de modificar.
E a modificação, também concreta.
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Na vida não bastam as boas intenções.
É necessário ter força.
Força para suportar os sonhos.
E força para implementá-los.
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Implementando os sonhos, percebemos que a vida é muito mais.
Mais que um sonho ou vários, a vida é a infinitude dos desejos e das possibilidades.
Viver é sonhar, ter novos sonhos e modificar, tanto o caminho da nossa vida como aquele que abre o caminho... nós mesmos.
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segunda-feira, 23 de março de 2009

INSPIRAÇÃO, ESTÍMULO PARA A ALMA

Ando sem inspiração alguma.
Sabe o que isso significa? Que a alma não está tão sensível. É, se isso pode ser bom para alguns, pois significa paz, também pode ser muito ruim para quem gosta de escrever, assim como eu.
Sinto profundas saudades daquelas palavras extraídas do fundo da alma e que representavam coisas abstratas ou concretas. Hoje, só tenha palavras diretas e objetivas, sem aquela capacidade de dramatizar... Falta emoção... Falta sensibilidade... Falta inspiração...
Acho que preciso viajar mais, observar mais, compreender mais, querer viver mais, querer sorrir mais e também chorar mais. A vida só tem graça com intensidade, com sabedoria e amor a tudo e a todos. Daí a sensibilidade e a capacidade de compreender a si e aceitar a existência de um universo que nos rege... Saudades dessas capacidades... Quero ir além desse meu mundinho para poder voltar a brincar com as palavras, esclarecendo através da razão com muita emoção. Isso não é apenas prazer, é dever!
É, depois de escrever tudo isso, acho que não perdi a capacidade de escrever, não. Falta apenas um grande estímulo para a alma...

sábado, 21 de março de 2009

A CHUVA, O BARRO E A NOSSA CIVILIZAÇÃO

Quase dois meses atrás fiquei assustado com o volume de barro que vi nas ruas dos bairros da zona oeste. Carros parados não me assustaram tanto quanto o volume de lama nas casas relativamente altas. Foi fácil notar o desespero de famílias inteiras e comerciantes que em pleno domingo colocavam móveis e objetos para fora de suas casas e lojas, em plena calçada, para tentar recuperar algo, diminuindo assim o prejuízo inesperado.

São Paulo não é a única cidade do mundo a sofrer com as chuvas, mas poderíamos dar um bom exemplo com uma solução não tão barata, mas bastante eficaz. Que tal criar pequenos canais -de largura - que rumassem ao interior, que constantemente sofre com a seca? Beneficiaríamos a agricultura do nosso interior, ao mesmo tempo em que livrávamos a capital do excedente das chuvas. Poderíamos fazer canais ainda mais extensos, rumando ao sertão do nordeste, mas aí a obra ficaria ainda mais cara, mas útil, diga-se de passagem.

Nos primórdios das civilizações havia inúmeros exemplos de criatividade. Hoje, visamos apenas o lucro e nos esquecemos das necessidades mais presentes. O que importa, na visão hodierna, é quanto o Estado-Administração gastará, pouco importando os malefícios ou benefícios decorrentes à população. Bem que podíamos voltar a nos preocupar com as pessoas e menos com a economia, a maior vilã da nossa civilização e que tanto mal tem feito à arte, à cultura e ao desenvolvimento humano e social.

Dizem que viemos do barro. É, pelo que vejo, devemos ter vindo, mesmo. Mas, de certo, voltaremos ao barro nessa ordem econômica, por mais que estejamos circundados de cimento e de dinheiro. Em alguns aspectos, a civilização nunca voltou tanto para trás como atualmente.

sexta-feira, 20 de março de 2009

terça-feira, 17 de março de 2009

FINANCIADORES DA DITADURA SÃO PROCESSADOS, NA ARGENTINA

Enquanto no Brasil a "ditadura" mais cruel que vivemos é esquecida ou chamada de "ditabranda", na Argentina os financiadores são processados. Desta vez são os bancos.
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Los prestamistas de la muerte






Hijos de detenidos-desaparecidos en La Plata demandarán a los bancos que financiaron la dictadura, cuya maquinaria de muerte se hubiera detenido sin esa ayuda. Los bancos contaban con precisa información sobre lo que ocurría, por lo que debieron imaginarse el dolo eventual que causarían.

por Horacio Verbitsky



Leandro Manuel Ibáñez y María Elena Perdighe presentarán un reclamo judicial contra los bancos extranjeros que financiaron a la dictadura militar que secuestró e hizo desaparecer a sus padres, en 1976 y 1977 en la ciudad de La Plata. Un estudio porteño de abogados, con apoyo de expertos de la Universidad de Nueva York, invocará normas y antecedentes internacionales y norteamericanos, como la jurisprudencia del Tribunal de Nuremberg, que condenó a empresarios alemanes que vendieron el gas letal usado en el campo de concentración de Auschwitz, emplearon mano de obra esclava y donaron dinero a las SS, y la Convención contra el Genocidio, que contempla sanciones no sólo a los perpetradores sino también a sus cómplices. “Quiero saber quién le daba plata a la Junta Militar que gobernaba un país quebrado pero podía pagarle el sueldo a los asesinos de mi padres y comprar las máquinas para torturarlos”, explica María Elena Perdighe, de asombroso parecido con su madre, según afirman quienes la conocieron.

Complicidad corporativa
Según el tribunal de Nuremberg el responsable de un plan criminal necesita para ejecutarlo “la cooperación de políticos, militares, diplomáticos y empresarios. No puede considerárselos inocentes si sabían lo que estaban haciendo”. Los bancos que otorgaron créditos a la dictadura argentina deberían reparar los daños personales sufridos dada su “responsabilidad por complicidad corporativa”. Una fuente valiosa de información sobre el tema fue una investigación académica en curso de la directora del Programa de Derechos Humanos y Justicia Global de la Facultad de Derecho de la Universidad de Nueva York, Veerle Opgenhaffen, y del jurista argentino Juan Pablo Bohoslavsky, Hauser Fellow de la misma universidad, donde será presentada el 14 de abril. El estudio consigna que en 1976 la deuda pública externa de la Argentina era de 6.648 millones de dólares y en 1983 llegó a 31.709 millones. Las dos terceras partes (20.658,7 millones) correspondían a créditos bancarios, sin contar otros 5.441 millones en bonos, que presumiblemente también estaban en poder de los bancos. A mediados de la década de 1970 los bancos internacionales habían acumulado una enorme masa de petrodólares y presionaron a países de dudosa capacidad económica para que tomaran créditos, que en muchos casos usaron para reprimir a sus pueblos, como en el caso argentino. La caída de la demanda interna y de la actividad industrial provocados por la política de la dictadura militar hizo que el nivel de actividad de 1982 fuera 1,3 por ciento menor que en 1975. Entre 1976 y 1980 el déficit fiscal fue del 7,4 por ciento del PIB y entre 1981 y 1983 del 14,6 por ciento. Con el enfoque monetarista de aquellos años y la tablita de Martínez de Hoz, los ingresos públicos fueron menores que los gastos, como se ve en el cuadro, expresado en millones de dólares:
Ingresos
Gastos
1975
4.587.700
7.418.788
1976
8.242.294
11.682.397
1977
16.400.397
18.731.123
1978
23.872.867
28.081.505
1979
35.570.706
42.942.564
1980
54.912.860
67.260.035
1981
31.288.550
43.947.663
1982
13.361.217
19.666.174
Sin embargo, el presupuesto militar creció a más del doble entre 1975 y 1983, tanto en términos absolutos (de 1278 a 2500 millones de dólares), como en porcentaje del Producto Interno Bruto (de 2,04 a 4,39 por ciento). Cuando los bancos exigieron el repago, comenzaron la crisis de la deuda y una fuerte recesión, que a su vez precipitó la transición democrática. El trabajo de los académicos reproduce una afirmación del Congreso estadounidense al analizar el rol del banco Riggs en relación con la dictadura chilena de Pinochet: “El financiamiento es la clave del terrorismo, la corrupción y otros actos delictivos”. Como reconocieron dirigentes blancos sudafricanos que durante décadas resistieron el boicot comercial: la clave es el financiamiento externo, sin el cual el aparato estatal se hubiera paralizado, incluyendo la represión.
Dolo eventual
Los artículos publicados en la prensa internacional, los informes públicos del gobierno de Estados Unidos y de los organismos de derechos humanos no dejaban dudas sobre la gravedad de la situación en la Argentina dictatorial, por lo cual los bancos no pueden alegar ignorancia acerca de los crímenes de lesa humanidad que contribuían a financiar. Lo más significativo fue la negativa del gobierno del presidente norteamericano James Carter a suministrar ayuda militar y financiera a la Argentina, debido a las violaciones a los derechos humanos y a las normas fundamentales del Derecho Internacional y su voto en contra de los créditos multilaterales solicitados por la dictadura al Banco Mundial y al Banco Interamericano de Desarrollo. En marzo de 1977 el gobierno explicó esta política en el Congreso: Estados Unidos debía usar su voz y su voto en todos los bancos de desarrollo de los que formaba parte para defender los derechos humanos, dijo la subsecretaria de derechos humanos, Patricia Derian. Como consecuencia, en 1978 también la Overseas Private Investment Corporation (OPIC), decidió no asegurar a empresas que quisieran invertir en la Argentina, debido a las serias violaciones a los derechos humanos. La Comisión Sudafricana de Verdad y Reconciliación no incluyó a las empresas privadas que sostuvieron al criminal régimen del apartheid. Pero hay casos recientes tramitados en tribunales de los Estados Unidos que desarrollan ese concepto de la responsabilidad corporativa. Esos procesos fueron presentados contra
- la empresa bananera Chiquita, que contrató paramilitares colombianos para limpiar de sindicalistas sus plantaciones; bancos y empresas de distintos países que ayudaron a la Alemania nazi a prolongar la guerra por lo menos un año más, no devolvieron los depósitos a las víctimas o usaron mano de obra esclava;
- el banco Paris Paribas por haber entregado fondos al régimen de Saddam Hussein en violación del programa de Naciones Unidas Petróleo por Alimentos;
- Yahoo, por entregar información y archivos al gobierno chino que le permitieron identificar y torturar a un activista por los derechos humanos;
- Nestlé, por comprar cacao a plantaciones que usan mano de obra infantil;
- Unocal, por participar en el tendido de un oleoducto y contratar a fuerzas de seguridad responsables de trabajo forzoso, asesinatos y violaciones en Burma;
- el banco Barclays y otras compañías multinacionales que proveyeron de créditos, transporte y otros servicios esenciales para la implementación del apartheid en Sudáfrica.
Un precedente

Los mecanismos de justicia transicional tardaron en tomar en cuenta los factores económicos que permiten a un régimen reprimir a su población, como se aprecia en el “limitado alcance del informe de la CONADEP y en los mandatos de casi todas las comisiones de la verdad posteriores. El hecho de que en este momento se desenvuelvan juicios por aquellos crímenes ofrece una oportunidad única para que la Argentina establezca un precedente, demostrando la necesidad de considerar las complicidades civiles para determinar la verdad sobre el funcionamiento de un régimen determinado”, dice el trabajo de Opgenhaffen y Bohoslavsky. En la Argentina se compensaron los indultos de 1989 y 1990 con el dictado de varias leyes que establecieron el pago de reparaciones a las víctimas del terrorismo de Estado y sus herederos, por un monto de unos 225.000 dólares por caso. Otro trabajo académico, realizado en 2005 por Christina Marie Wilson en la Facultad de Derecho de la Universidad Jesuita Fordham, también de Nueva York, analiza el destino de esas reparaciones en el caos económico que vivió la Argentina. El pago prometido se demoró y en 1997 se dispuso por decreto que las indemnizaciones se cancelaran con Bonos de Consolidación de Deuda Pública. En 2002 se pesificó su importe. Los bonos que se emitieron a cambio entraron en el proceso de renegociación de la deuda externa, en el que como los demás bonos sufrieron una quita de dos tercios de su valor. El trato que recibieron fue el mismo que el de los demás tenedores de bonos argentinos, pese a que en este caso no se trataba de inversores que corrieron un riesgo, sino de víctimas de la dictadura que recibieron esos bonos porque el Estado no pudo o no quiso pagarles en efectivo. Pero estas reparaciones, cuya devaluación el Estado explicó por sus dificultades económicas, no obstan para el reclamo a los bancos, que no tienen las limitaciones del Estado. Según Opgenhaffen y Bohoslavsky se trata de obtener “respuestas más completas en términos de enjuiciamientos, reparaciones y otros mecanismos de responsabilidad”, lo cual actuaría como disuasivo para el comportamiento empresarial en el futuro. También “combatiría la noción de que apenas fue la experiencia de un puñado de generales que desarrollaron solos una campaña asesina y plantearía importantes preguntas acerca del papel que jugaron los actores financieros privados para ayudar y prolongar la dictadura”.

domingo, 15 de março de 2009

CALMA, PENÉLOPES, O TÁXI ROSA É LIBANÊS.

O mundo atual é repleto de contrastes.

Enquanto na Holanda há vitrines com seres humanos nús totalmente expostos, sejam do sexo masculino ou do feminino, no mundo afora existe uma série de ditas "prerrogativas" que beiram mais o ridículo contrasenso e a involução que qualquer outra coisa.

No Brasil há vagões de trem exclusivos para mulheres e academias também só para esse sexo, enquanto em alguns países do mundo islâmico há bares exclusivos para homens. Dizem que isso é para proteger as mulheres. Será?

Agora, no Líbano, criaram uma rede de táxis rosas só para mulheres, dirigidos por mulheres. Pode? Veja a matéria.
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Da página ARABESQ

“Taxi Rosa” é grande avanço pelos direitos femininos no Líbano


Os taxis cor de rosa devem toma conta das ruas do Líbano com a inauguração do serviço “Meninas Táxi", em Al-Mutailab nordeste de Beirute, que permite às mulheres requisitarem taxis guiados somente por motoristas do sexo feminino.
A autora da idéia, Nawal Yaghi Fakhry, achava que teria grande dificuldade em encontrar motoristas mulheres para os taxis “especialmente porque este trabalho se restringia aos homens no Líbano... Mas logo quando coloquei um anuncio nos jornais recebi dezenas de inscrições para o emprego. Escolhi mulheres com mais de trinta anos, maduras, elegantes e educadas.” disse Nawal que considera a elegância um pré-requisito indispensável para as novas motoristas.
Suad Hmadr, uma das meninas do taxi rosa, vestiu o uniforme de calça preta, camisa branca, gravata, flor no cabelo e maquilagem cor de rosa, antes de apontar orgulhosa para seu novo instrumento de trabalho, um Peugeot 2009, que considera ser mais um objeto de diversão.
Suad é casada e cuidava de seu marido e dos 4 filhos, mas optou por este trabalho pois quer provar que as “mulheres são capazes de fazer qualquer função realizada pelos homens, e de guiar de forma mais segura do que eles”. Para isso Suad contou com o incentivo dos seus filhos que “ficaram orgulhosos com a mãe”.
Segundo Lina Ghanem, assessoria de imprensa no Gabinete do Ministro do Turismo, Elie Maroni, que patrocinou a festa de lançamento, "a idéia é pioneira, e o Ministério do Turismo patrocinou o projeto para promover o espírito das iniciativas individuais no âmbito dos serviços turísticos".
"O Líbano é um destino para muitos turistas do exterior, especialmente do Golfo Árabe. A mulher dessa região pode preferir se deslocar acompanhada por outra mulher”, acrescentou Lina.
Este é o segundo projeto do gênero no mundo árabe, o primeiro foi lançado nos Emirados Árabes Unidos.
Apesar de alguns homens considerarem a idéia “discriminatória” a maioria parabenizou a iniciativa.
Com agências internacionais

sábado, 14 de março de 2009

AS ANGÚSTIAS DO CAPITALISMO

por FIDEL CASTRO*
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A última segunda-feira, como todas as demais, foi um dia repleto de contradições do capitalismo mergulhado em sua crise incurável.
Segundo a Agência britânica Reuters, a "América Latina crescerá menos este ano, golpeada por uma grande desaceleração ou recessão em algumas de suas principais economias, depois de anos de bonança marcados pelas altas naos preços das matérias-primas".
Lora, economista do Banco Insdustrial de Desenvolvimento, disse que "já não se fala que a região crescerá mais de um por cento neste ano. Inclusive, as últimas projeções tem indicado crescimento negativo. Basta ver essas projeções para entender porque todas as grandes economias estão em crise, disse Lora.
Nesse mesmo dia, a Agência espanhola EFE informou que "a produção de cocaína se alastrou a vários países da América Latina e tem desencadeado uma onda de violência e deslocamento populacional que faz com que muitos peçam uma verdadeira guerra contra o narcotráfico, informou hoje o diário britânico The Guardian".
"Essa indústria que gerou 'benefícios' de milhares de milhões de dólares tem forçado muitos agricultores a abandonar suas terras, tem dado lugar a guerras entre quadrilhas e corrompido as instituições do Estado, disse o periódico. Só no México, 6 mil pessoas morreram no ano passado por culta desse tipo de atividade e a violência está alastrando as mortes até os Estados Unidos.
“Ao mesmo tempo, tem crescido rapidamente o narcotráfico da América do Sul para a África Ocidental, cuja nova rota tem sido batizada como a ‘Interestatal 10’.”
“Cremos que a guerra contra as drogas tem sido um fracasso porque não se tem alcançado nenhum dos objetivos”, declarou ao jornal o ex presidente da Colômbia e co-presidente da Comissão Latinoamericana sobre Drogas e Democracia, César Gaviria.

“A estratégia dos Estados Unidos na Colômbia e no Peru, consistente em lutar apenas contra a produção da matéria priman , não tem surtido efeitos”, reconhece o René Sanabria, coronel-chefe da política antinarcóticos da Bolívia.
Um informe de agências americanas e um estudo independente do economista de Harvard, Jeffrey Miron, apoiado por outros 500 colegas, se tem somado a quem reclama por uma mudança de enfoque.
O presidente do México, Felipe Calderón, pediu aos Estados Unidos que assumam sua parte da responsabilidade na luta contra o narcotráfico, cuja atuação se concentra basicamente sobre toda a fronteira.

“Em nome das centenas de policiais mexicanos que morreram, é fundamental que os Estados Unidos assumam com força a sua parte na responsabilidade na luta contra o tráfico de drogas”, disse Calderón.
Estas noticias, bem frescas, que foram publicadas pelas agências noticiosas na última segunda, demonstram quão dignas de crédito foram as conclusões de Atilio Boron na síntese publicada por Granma nesse mesmo dia.
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* publicado no jornal estatal cubano GRANMA
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* tradução livre do blogueiro
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** nota do BLOG: Fidel Castro pode ter sido um ditador voraz, mas foi um dos presidentes latino-americanos mais empenhados no combate ao narcotráfico e que não cansou de denunciar por inúmeras vezes as ações criminosas dos ditos "cubanos exilados nos Estados Unidos" que, com o dinheiro oriundo do narcotráfico, financiavam ações subversivas na ilha.
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sexta-feira, 13 de março de 2009

O MESMO FIM PARA CANUDOS E ARAGUAIA

Há um ditado conhecido por todos de que "os brasileiros não têm memória". E não devem ter, mesmo, pois o nosso país não faz questão alguma de preservar os seus patrimônios históricos.


Primeiro foi Canudos, local da guerra que dizimou toda uma população no interior baiano, logo no início da história republicana, em 1897 e que foi submerso em 1968 pelo açude de Cocorobó (foto), que em tupi significa "coisa grande".


Agora, é o Araguaia, local em que houve a mais sangrenta batalha entre a forças da ditadura e a esquerda guerrilheira do PC do B. O governo federal autorizou a construção de barragem para a usina hidrelétrica naquela área. Com tantos locais, escolheram aquele, por que será? Submergirão não apenas os corpos não localizados dos 58 guerrilheiros desaparecidos, mas também a história de tempos sangrentos e, inclusive a história de tempos remotos, com o afogamento das pinturas rupestres de até 8 mil anos de idade.

Memória? De que? Para que?


Fique de olho!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sobreviver e resistir à ocupação, a difícil rotina dos palestinos

por Adriana Mabilia



Em frente, um assentamento ilegal que começou a ser construído há 7 anos abriga hoje por volta de 6 mil famílias israelenses. As obras em andamento indicam a expansão do lugar. O muro de 8 metros de altura e 790 quilômetros de extensão ainda não chegou à colônia, mas à esquerda já é possível vê-lo. Esta é a vista da janela do quarto do hotel onde estou hospedada em Belém, na Palestina.

A quinhentos metros do hotel, um dos 700 checkpoints que se espalham pelo interior da Cisjordânia. É o pedágio que dá acesso a Jerusalém. Só passam por ele os poucos palestinos que têm permissão especial concedida pelo governo israelense: doentes que se submetem a tratamento em Israel; que têm emprego em Israel e outros casos raros e específicos. Cruzar checkpoints é uma rotina diária de constrangimentos e assédio moral. Os palestinos devem apresentar identidade, têm bolsas e sacolas vistoriadas, passam por interrogatório e, às vezes, são retidos para averiguação. Tudo sem explicação ou satisfação.Do outro lado de Belém, a 20 minutos do hotel, fica outro checkpoint movimentado, o que dá acesso a Ramalah, capital administrativa da Cisjordânia. Apesar de se tratar de limites entre duas cidades palestinas (Belém e Ramalah), o exército de Israel também controla a passagem. O cerco está se fechando. Wisam, que vive no vilarejo de Wadi Fukin, diz que Israel cria dificuldades novas, a cada dia, para que os palestinos desistam e abandonem suas terras. “Quando os israelenses percebem que nós nos adaptamos, eles dão um jeito de impor novas regras e de criar novos impedimentos para que a vida aqui se torne ainda mais insustentável. A pressão não parte só dos soldados, do governo. Os colonos que moram ilegalmente nas nossas terras também querem nos expulsar. Aqui, em Wadi Fukin, eles despejam água de esgoto na nossa plantação. Tivemos que deixar de cultivar parte da terra fértil por causa disso. Eles têm encanamento, mas desviam a tubulação só para nos prejudicar. Querem que os poucos palestinos que ainda restam em Wadi Fukim desistam e vão embora para viver por aí como refugiados”.Os moradores de Wadi Fukim também estão preocupados com a chegada do muro na região. Amim conta que Israel está construindo um túnel que ligará o vilarejo a Belém. “Israel toma as nossas terras e nos impede de transitar por elas. Estamos sem terra para plantar, sem emprego e confinados entre muros e túneis controlados pelo exército”. Com a construção do muro, os palestinos passam a viver em 11% dos 22% dos territórios que restaram aos árabes depois da guerra dos Seis Dias, em 1967. O fato de o muro estar sendo construído, em grande parte, dentro de território palestino desmente o argumento israelense de que o paredão se faz necessário para garantir a segurança do Estado judeu e reforça a tese da Autoridade Palestina que acusa Israel de ocupar ainda mais terras.Apesar das restrições, da falta de emprego, das condições precárias do sistema de saúde, das privações impostas, mais de 4 milhões de palestinos resistem e permanecem nos territórios ocupados. Alguns por falta de opção, a maioria por acreditar na justiça da causa palestina. Nadia, diretora de uma organização não-governamental para mulheres e militante do Partido Popular da Palestina, diz que a força e o amor à terra são passados de geração para geração: “Os meus pais, o meu marido e eu, e agora os meus filhos, três gerações que sofrem com a ocupação. E continuamos aqui, lutando, sempre de maneira pacífica. Uma hora isso vai acabar. Não há império que não tenha fim. A história mostra isso e nos dá ânimo para seguir em frente”.As manifestações contra a ocupação são também injeções de ânimo para os palestinos. Eles se reúnem, se integram e renovam os votos pela resistência. Acompanhei uma dessas demonstrações. Havia cerca de 60 pessoas e um grupo de 6 jovens israelenses que militam pela paz. Quinze soldados observavam a movimentação. Tudo acontece a menos de meio metro dos militares, apenas uma cerca de arame separava os manifestantes dos soldados. A manifestação começa com discursos dos líderes. Depois, militantes fazem os gritos de paz contra o muro e pelo fim da ocupação. Do megafone, o som ecoa, as pessoas gritam, repetem o coro, pulam, se abraçam, dão as mãos. Num dado momento, os soldados empurraram o arame para afastar os manifestantes, alguns rapazes se feriram, cortaram a mão, mas ninguém arredou pé. É, de fato, um momento de renovação, de perpetuação da fé no fim da ocupação.
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Adriana Mabilia, jornalista, pós-graduada em jornalismo internacional pela PUC-SP, especialista em Oriente Médio. Enviada especial do ICArabe à Palestina.

* O ICArabe agradece o apoio de Amyra El Khalili, do Mulheres pela Paz, ao projeto de Adriana Mabilia"

quarta-feira, 11 de março de 2009

ÁGUA PARA ALGUNS, TERRA PARA POUCOS E DINHEIRO PARA OS ESCOLHIDOS

Você pode não gostar do movimento das vias campesinas, do movimento dos sem terra ou de qualquer movimento social, mas difícil será não dar razão àquilo que dizem e por aquilo que realmente deveriam lutar.

Veja abaixo a matéria publicada na Agência Carta Maior.



Fotos: Eduardo Seidl

Texto: Clarissa Pont

Mulheres campesinas contra desertos verdes e agronegócio

Ações protagonizadas pelas mulheres da Via Campesina fazem parte da Jornada Nacional de Luta do movimento e pretendem denunciar as conseqüências da monocultura do eucalipto em diversas regiões do Brasil, onde, em muitas áreas, dizem, já falta água para o consumo humano e criação de animais. A preocupação se estende a operações de especulação financeira realizadas por empresas de celulose. Jornada também protesta contra consequências negativas do agronegócio no país.

As mulheres da Via Campesina realizaram protestos em cinco estados nesta segunda-feira (9). No Rio Grande do Sul, elas ocuparam área de uma papeleira e destruíram mudas de eucalipto. Em São Paulo, foi ocupada uma área em Barra Bonita, que pertence a uma usina. No Paraná, as trabalhadoras rurais marcharam em Porecatu até a praça da cidade, onde "partilharam alimentos da reforma agrária".

Em Brasília, cerca de 600 mulheres ocuparam o andar térreo do Ministério da Agricultura. Segundo a porta-voz do movimento Itelvina Masioli, o grupo não pretende se encontrar com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. "Viemos apenas denunciar o modelo de sustentação do agronegócio, que tem como base as empresas multinacionais", afirmou. Mas a principal reivindicação em Brasília foi contra a determinação do Ministério Público do Rio Grande do Sul em fechar as escolas itinerantes em acampamentos mantidos pelo MST o que é, na avaliação do movimento, apenas a ponta de um iceberg que acumula uma rede de ações criminalizantes que tentam “dissolver” o Movimento no estado.

As camponesas, então, ocuparam a Fazenda Aroeira (antiga Fazenda Ana Paula), do Grupo Votorantim. Deixaram o local em uma marcha que reuniu cerca de 700 mulheres. Líderes sindicais, representantes da Via Campesina, do MST e políticos estavam reunidos com a Brigada Militar ao meio-dia para decidir os rumos da manifestação. Segundo presentes, havia um clima de tensão no local. Na Fazenda Aroeira, as manifestantes derrubaram mudas de eucaliptos em uma área de aproximadamente dois hectares, usando foices e facões. A fazenda tem uma área total de 14,5 mil hectares, com 7,5 mil hectares plantados, somente com eucaliptos e é historicamente reivindicada para reforma agrária.

No Espírito Santo o alvo foi um porto de exportações em Aracruz. Segundo a nota, as mulheres entraram no porto, fizeram um ato com a destruição da produção de eucalipto e saíram da área. Ato teria contado com 1,3 mil pessoas no protesto no Portocel. "O objetivo da ação é denunciar a concentração de terras da empresa, que são usadas para plantio de eucalipto para exportação, prejudicando a soberania alimentar; e o repasse de recursos públicos do Estado para essa multinacional, o que tem aumentado ainda mais com a crise mundial".

As manifestações pelo Dia Internacional da Mulher aconteceram também em Recife, num protesto que terminou em confronto com policiais militares de Pernambuco e um sem-terra preso na manhã desta segunda. A ação da Via aconteceu em frente à Usina Cruangi onde no início do ano o Ministério do Trabalho retirou dos engenhos 252 trabalhadores, entre eles 27 menores que estavam em situação degradante. As camponesas pretendiam ocupar o pátio da usina, mas foram impedidas por soldados da PM que fizeram um cordão para evitar a passagem. Um militante do MST foi levado para a delegacia do município de Aliança, a 85 quilômetros de Recife, por pichar um dos muros da usina. Homens e mulheres do MST não aceitaram a prisão do integrante do movimento e entraram em choque com a polícia.

Todas as ações protagonizadas pelas mulheres da Via Campesina fazem parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina e pretendem denunciar as conseqüências da monocultura do eucalipto em diversas regiões do Brasil, onde, em muitas áreas, dizem, já falta água para o consumo humano e para a criação de animais. A preocupação se estende a operações de especulação financeira ministradas por empresas de celulose.

Em nota, as mulheres explicaram as ações:

“Depois de especular contra a moeda brasileira e ter prejuízos com a crise financeira, a Votorantim Celulose e Papel recebeu R$ 6,6 bilhões do governo brasileiro para adquirir a Aracruz Celulose, através da compra de metade da carteira do Banco Votorantim e de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O custo da compra foi de R$ 5,6 bilhões. A VCP havia prometido gerar 30 mil empregos no estado e mesmo recebendo recursos e isenções fiscais dos governos federal, estadual e de municípios, a Aracruz causou a demissão de 1,2 mil trabalhadores em Guaíba, entre trabalhadores temporários e sistemistas, e a VCP outros 2 mil trabalhadores na metade sul. O agronegócio foi o segundo setor que mais demitiu com a crise financeira. Apenas em dezembro, o agronegócio demitiu 134 mil pessoas em todo país”.

terça-feira, 10 de março de 2009

INTELECTUAL CULPA O OCIDENTE PELA VIOLÊNCIA NO MUNDO

Esta matéria foi extraída da página ARABESQ
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Juergen Todenhoefer
Porque você mata, Zaid? É o título do livro escrito pelo ex-político e professor alemão de direito internacional, Juergen Todenhoefer, sobre a vida de um jovem iraquiano de 22 anos chamado Zaid que não desejava participar da guerra no Iraque.
O livro conta que o jovem iraquiano viveu 12 anos sofrendo das sanções econômicas americanas sobre o Iraque comandado por Sadam Hussein. Resultando na escassez de alimentos e remédios para a população iraquiana.
A devastação econômica do Iraque impedia as expectativas de que haveria uma guerra nesse país isolado. Mas em certo ponto, as bombas começaram a cair sobre a cidade de AL-Ramady.
Zaid e seus dois irmãos decidiram se dedicar aos estudos e não participar da resistência iraquiana. Após três anos, no verão de 2006, o irmão mais novo do Zaid foi assassinado pela manhã, por um atirador americano.


Zaid tinha outro irmão chamado Kareem de 19 anos. Ambos decidiram que, apesar do ocorrido, não fariam parte da luta da resistência iraquiana contra a ocupação americana, ao contrário da maioria de seus amigos.


No inverno de 2006 uma bomba caiu próxima da casa da família do Zaid que correu em pânico para se refugiar na casa do seu avô ha uma quadra de lá. Quando chegaram lembraram que haviam esquecido de apagar o aquecedor a base de querosene. O combustível é muito caro no Iraque, e o aquecedor é velho, pode acabar incendiando a casa. O irmão mais novo do Zaid decide retornar para desligar o aquecedor. Quando abriu a porta, zaid chamou seu irmão e pediu para que tenha cuidado.


Kareem consegue andar apenas trinta metros fora da residência antes de ser atingido e morrer por um tiro que partiu dos soldados americanos. Zaid tentou sair para socorrer o irmão, mas foi impedido pela família. O bombardeio foi prolongado naquele dia. Por horas, Zaid e sua família ficaram olhando Kareem sangrar na rua.


Só ao final da noite Zaid pôde retornar o corpo do seu irmão para sua casa e enterrá-lo na manhã do dia seguinte. Nesse momento Zaid decidiu lutar ao lado da resistência iraquiana contra a ocupação americana, para parar o assassinato do povo iraquiano.


Em entrevista ao canal alemão ZDF, o autor do livro, Juergen Todenhoefer, disse ter visitado diversas vezes o Iraque e visto de perto o sofrimento pelo qual passa o povo iraquiano.


“Eu lembro das residências destruídas e dos altos muros construídos na fronteira. Eu lembro das barreiras militares onde éramos revistados enquanto soldados apontavam armas pesadas contra o nosso carro. Eu lembro das famílias miseráveis e de um país em sofrimento. Mas antes disso lembro da mãe que contava a história do Zaid, e de um amigo dela perguntando: Quem no ocidente está pensando sobre esta mãe que perdeu seus filhos no Iraque?” relatou Jeurgen.


“Mais de 1 milhão de 200 mil iraquianos foram mortos após o início da guerra. Eu considero sarcástico o nosso discurso no ocidente sobre a violência do mundo islâmico. Agimos como se Zaid representasse a violência islâmica considerada, por nós, o principal problema do nosso tempo. Sobre isso quero apresentar dois fatos: Os terroristas da AL-Qaeda mataram 5000 civis ocidentais em 20 anos, as famílias dessas pessoas sofrem essas perdas trágicas, por isso não considero este [al-qaeda] um movimento de libertação ou resistência. Eles são assassinos. Mas o presidente americano não matou apenas 5000 civis no Iraque. Ele matou centenas de milhares. Eu não consigo aceitar a nossa arrogância quando dizemos que o problema do nosso tempo é a violência do mundo islâmico. A verdade é que o nosso problema são as invasões realizadas por alguns países ocidentais no Oriente Médio”.


ZDF: Então descriminamos o Islã?
Juergen Todenhoefer : “Há algumas declarações de autoridades ocidentais que carregam claro significado de racismo... Nós criamos uma grande mentira nas nossas vidas. A mentira de que somos os ‘mocinhos’. Nós não dominamos o mundo com o nosso magnífico jeito de pensar, ou os nossos magníficos valores, ou a nossa magnífica religião. Nós dominamos através do uso da violência sem misericórdia. Não são os muçulmanos quem dilaceraram 4 milhões de pessoas durante as cruzadas, ou mataram 50 milhões durante o colonialismo, ou 70 milhões durante a primeira e a segunda grande guerra, ou mataram 6 milhões de judeus. Todos esses crimes foram resultado de invasões realizadas por ocidentais”.
“só há 1000 combatentes da AL-qaeda no Iraque, enquanto tem 100 mil resistentes que não lutam contra civis, mas sim pela liberdade, contra a presença dos soldados americanos. Nós não vemos no ocidente a luta desses resistentes e nem as 100 operações militares americanas diárias no Iraque. O que vemos na TV são dois ou três ataques terroristas monstruosos realizados por membros da AL-qaeda. Só vemos isso porque o governo americano precisa desses ataques para justificar a guerra no Iraque. Nós não vemos a verdade.”


Com ZDF

segunda-feira, 9 de março de 2009

PAIXÃO POR FUTEBOL E O RIGOR DE ALGUMAS INTERPRETAÇÕES DO ISLÃ

É interessante notar o que as pessoas são capazes de fazer por uma paixão. O diretor iraniano Jafar Panahi retrata em seu filme "Fora do Jogo" a realidade de algumas jovens que amam futebol, mas não podem entrar nos estádios para assistirem a partidas de seus times masculinos. É algo razoavelmente comum no Irã as mulheres se vestirem de homens visando burlar o controle rígido pela polícia de costumes local. Algo semelhante aconteceu recentemente na Arábia Saudita, um país de costumes islâmicos rígidos. Veja a matéria abaixo.
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Deu na página do ARABESQ*


A jovem produtora saudita, Haya Saad Sultan (29), revelou ter se disfarçado com roupas masculinas para poder ver as partidas do seu time de futebol “al-Etihad” na cidade de Jeddah na Arábia Saudita.
Haya, que é torcedora fiel do Al-Etihad, teve que se disfarçar usando calça jeans e óculos de sol, escondendo o cabelo e qualquer outra marca que mostre sua identidade feminina para poder ver os jogos nos estádios exclusivos para os homens.

Ela divulgou sua estratégia após uma polemica lançada pelos meios de comunicação locais quando divulgaram que a jovem produtora usava roupas masculinas durante filmagens no deserto de Al-Taif.
Haya produziu o vídeo-clipe da música “Eu sou Beduíno” escrita pelo príncipe ‘Badr bin Abdulmohsen’, composta por ‘Saleh AL-shahri’ e interpretada pelo cantor Emirati ‘Aluasmi’. A produção será exibida durante a participação do cantor ‘Aluasmi’ no programa de grande audiência “poeta do milhão”, transmitido pelo canal Abu Dabi dos Emirados Árabes Unidos.
A matéria escrita, sobre a jovem, pelo jornalista Atallah Aljaid no jornal "Al-Watan", afirma que Haya ainda trabalha em produções particulares por ter apoio financeiro e moral de alguma personalidade importante na Arábia Saudita.
"Eu não conseguiria fazer nada sem essa pessoa” disse Haya ao jornalista, sem identificar o nome do fã.
Haya estudou produção de televisão em cursos técnicos na cidade de Jeddah, e trabalha usando o seu nome verdadeiro.
Seu sonho é usar o trabalho para produções que ajudem a melhorar a vida de crianças abandonadas e re-incluir os idosos na sociedade.
A Arábia Saudita, o país árabe mais conservador, proíbe às mulheres de dirigir qualquer veículo ou ver partidas de futebol nos estádios, evocando uma interpretação rigorosa do Islã, considerada exagerada pela maioria dos praticantes do islamismo no mundo.

Com Al-Arabiya
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* página na internet voltada aos assuntos e interesses árabes

domingo, 8 de março de 2009

TODA MULHER É UM SER ÚNICO

No dia internacional das mulheres não podia faltar um texto em homenagem ao ser que já foi frágil e hoje comanda o mundo e os nossos corações.
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Um homem pode ver uma mulher de várias formas. Há aquelas que são vistas apenas para o sexo, seja principalmente pelo conjunto físico, seja ainda pela facilidade de acesso. Há aquelas que são endeusadas, amadas platonicamente,pelos seus encantos, que podem ser desde a capacidade de sedução até uma inteligência e perspicácia encantadoramente surpreendentes. Há as mulheres que são ótimas amigas, confidentes, mas que podem ou não nos seduzir.

Há tantos tipos de mulheres que os homens vêem. Há tantos tipos de mulheres realmente existentes. Como diria o meu irmão sexólogo, cada mulher é um ser único, diferente das demais. E não é que ele tem razão, como sempre? Todas têm acertos e desacertos, como qualquer ser humano, mas sempre diferentes das outras.
Por isso amamos uma, duas, três... Talvez não de uma vez, mas nada seria impeditivo de amarmos várias representantes desse sexo tão interessante e apaixonante ao mesmo tempo. Mais do que uma pessoa, amamos a mulher, aquele ser sensível, diferente, com pontos de vista que às vezes irritam o mais calmo dos mortais masculinos, e que tem tantas representantes pelo mundo afora. Amamos cada parte da mulher, cada gesto, cada jeito, cada olhar...

Um viva a todas as mulheres do mundo, cada uma com uma essência e um jeito diferente de nos conquistar. Viva! Agradecemos por vocês existirem e nos fazerem sonhar também acordados!

sábado, 7 de março de 2009

AL JAZEERA REVOLUCIONA OS DIREITOS AUTORAIS

Que a TV Al Jazeera sempre inova muita gente já sabe. Hoje, há um canal em inglês e pensa-se em um canal em língua espanhola. Mas essa rede de TV do Qatar não pára por aí.
A Al Jazeera é a primeira grande rede de televisão do mundo a disponibilizar em "copyleft" (livre de direitos autorais) as suas imagens para edição, inclusive. A página da rede árabe de televisão no youtube tem o seguinte endereço: http://www.youtube.com/user/AlJazeeraEnglish
Há um vídeo fantástico, em inglês, no youtube, sobre o recente "conflito" em Gaza, um Crime de Guerra? As imagens traduzem muito do que está sendo pronunciado. http://www.youtube.com/watch?v=IKzIxXkFvVE

sexta-feira, 6 de março de 2009

O CÉREBRO HUMANO E A BELEZA

'Paisaje de Capri', de Francisco Pradilla, um dos quadros
reproduzidos com autorização do Museu do Prado para o ensaio


QUESTÃO DE EVOLUÇÃO

Os cérebros de homens e mulheres percebem a beleza de forma diferente e ativam regiões diferentes do cérebro para decidir se algo realmente é belo.

por MARIA VALERIO, para o EL MUNDO, de Espanha

MADRID - Debate-se questões a respeito das diferenças entre os sexos. Cientistas espanhóis recorreram à magnetoencefalografía para medir tanto os campos eletromagnéticos produzidos pela atividade elétrica dos neurônios, como e o fluxo sanguíneo.
No total, 10 homens e 10 mulheres, todos com cerca de 25 anos, foram submetidos à observação de fotos e pinturas dos estilos mais diversos. Ao analisar a beleza dos objetos analisados, os cérebros masculinos mostraram atividade somente no hemisfério direito, enquanto as mulheres reagiam bilateralmente.

Os cientistas ligam essas reações difentes à evolução da humanidade. As funções que eram destinadas aos homens e às mulheres antigamente obrigaram adaptações diferentes nas funções cognitivas.
A apreciação de uma obra não leva mais de um segundo. É o tempo suficiente para dizer: gostei ou não.

quinta-feira, 5 de março de 2009

CASSAÇÃO: RETROCESSO À REPÚBLICA OLIGÁRQUICA

A cassação do mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago, da coligação "Frente de Libertação do Maranhão" (PDT, PPS, PAN), representa um retrocesso na política nacional, um desrespeito ao voto popular e o retorno do poder oligárquico a esse Estado nordestino, algo combatido no Brasil desde a Revolução de 1930.
O processo que originou a cassação foi apresentado à Justiça Eleitorial em janeiro de 2007 pela coligação "Maranhão, a Força do Povo" (DEM, PTB, PV, PMDB) e acusava o governador eleito de praticar abuso de poder político e econômico e também de comprar votos. No dia 04 houve o julgamento do Recurso Contra Expedição de Diploma nº 671 pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral e foi permitido que a segunda candidata, Roseana, filha de Sarney, ex-presidente, ex-govenador e atual senador, tome posse, aguardando-se apenas o esgotamento das vias recursais.
Lago foi eleito duas vezes prefeito de São Luís e enfrenta desde sempre a oposição do grande grupo de mídia controlado pela família Sarney no estado, que inclui uma afiliada da TV Globo. Os Sarney controlam o poder político no Maranhão desde o advento do golpe de 1964. Eram ligados à extinta Arena, posterior PDS. Durante o reinado da família, o Maranhão permaneceu no topo dos estados mais pobres do país. Isso é história e também geografia.

Segundo o jornalista Procópio Mineiro, a queixa da coligação derrotada nas eleições "se centra na acusação de que o governador anterior, José Reinaldo Tavares, teria promovido convênios com prefeituras no ano eleitoral, e que tais convênios teriam beneficiado o candidato do PDT, embora José Reinaldo Tavares (PSB) apoiasse o candidato de seu partido. Foram celebrados convênios entre o governo estadual e 157 municípios maranhenses, aliás uma rotina administrativa em qualquer Estado, e tudo dentro dos prazos permitidos pela lei eleitoral. Roseana Sarney derrotou Jackson na imensa maioria desses municípios (101 municípios), o que desqualifica a acusação de interferência dos convênios sobre a lisura eleitoral e o equilíbrio da disputa, ainda mais que o candidato apoiado por José Reinaldo Tavares, Edson Vidigal, foi dos menos votados nos municípios conveniados".

Procópio ainda faz as seguintes ressalvas: "imagine-se o tumulto administrativo que se pode instalar em diversos Estados, com uma eventual troca de governo, a apenas dois anos do fim do mandato" e o risco de haver uma "bola de neve incontrolável, caso se abram também processos contra os eventuais derrotados que vierem a ser empossados no lugar dos vencedores de 2006".
O incansável jornalista ainda realça que "de Estado-solução,como o definia Celso Furtado nos anos 50 e começos dos 60, por sua característica de grande produtor agrícola e abrigo para os sertanejos tangidos pela seca dos Estados vizinhos, o Maranhão virou Estado-problema, quando o então governador José Sarney editou uma lei de terras que permitiu a formação de imensos latifúndios por parte de bancos e indústrias, sobretudo paulistas. Bom para os bancos e indústrias (a Volkswagen formou logo um latifúndio de 200 mil hectares) e ótimo para os interesses do clã em âmbito local e nacional. Já o agricultor familiar foi desalojado e a violência no campo maranhense brotou com a ação de capatazes e jagunços. As conseqüências são sentidas até hoje: de exportador de arroz para todo o Nordeste e parte do Sudeste, o Maranhão tornou-se importador desse alimento essencial. De acolhedor de levas de deslocados da seca, o Maranhão tornou-se origem de migrantes para outros Estados (Amazônia Legal e até Sudeste), por falta de terras para se trabalhar". E exemplifica isso citando que "dos 19 trabalhadores rurais mortos em Eldorado dos Carajás, 11 eram maranhenses que haviam deixado seu Estado para buscar um pedaço de terra no Pará".

A surpresa, não se esqueçam, pode vir da conclusão da investigação que a Polícia Federal realiza sobre as ações de Fernando Sarney na obtenção de financiamento ilegal de campanha da sua irmã (Roseana Sarney) para o governo do estado do Maranhão em 2006.
Pena que Ministros tão ilustres tenham vedado os olhos à realidade que extrapola os autos. Pena que o líder Leonel Brizola esteja morto e não possa usar o seu sarcástico poder argumentativo esclarecedor para derrubar os contraditórios argumentos utilizados pelos advogados da coligação que perdeu nas urnas, mas venceu nos Tribunais. Pena que, com essa decisão, o Brasil, e não apenas o Maranhão, tenha retrocedido 80 anos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O PLANO CONDOR E A DOUTRINA BUSH

O conselheiro do Centro Internacional de Juristas, Andreu Guzmán, expôs a um grupo de advogados, juízes e promotores que os abusos cometidos à época da administração Bush assemelham-se às práticas impulsionadas pelos Estados Unidos durante a última ditadura argentina.

Leia, abaixo, o texto em espanhol.

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Do Diário Argentino PÁGINA 12
por Eduardo Febbro, de Paris

Mary Robinson, ex alta comisionada de la ONU para los Derechos Humanos, presentó en Ginebra un informe en nombre de la Comisión Internacional de Juristas (CIJ) en el que pide al presidente Barack Obama que ponga fin a la violación de los derechos humanos consecutiva a la política que Estados Unidos aplicó luego de los atentados del 11 de septiembre de 2001. “Si no logramos actuar ahora, nos arriesgamos a que los daños infligidos al derecho internacional sean permanentes”, dice el informe elaborado por un grupo de prestigiosos juristas internacionales que, durante tres años, recorrió todas las regiones del mundo para constatar que el planeta había hecho un espantoso retorno al pasado en materia de respeto del derecho internacional y de los derechos humanos. Entre las conclusiones del informe y lo que declaró Robinson quedó esbozado un panorama de terror difundido por la primera potencia mundial y aplicado luego por numerosos Estados del mundo, que aprovecharon el clima para arreglar sus propias cuentas. Con el informe en mano, la Comisión Internacional de Juristas pide a Obama no sólo que cambie el rumbo de esa política sino, además, que investigue a los responsables de haberla ejecutado. En esta entrevista con Página/12, Federico Andreu Guzmán, consejero general –director jurídico– del Centro Internacional de Juristas, expone las demandas del informe, describe los abusos cometidos por la administración de George Bush, al tiempo que señala la similitud entre las prácticas impulsadas por Estados Unidos y lo que ocurrió en la Argentina durante la última dictadura militar.
–Algunos párrafos del informe presentado por Mary Robinson son elocuentemente duros. Por ejemplo, entre las conclusiones se habla de la “amplitud” de las violaciones del derecho cometidas en los últimos siete años, así como del hecho de que el orden legal basado en el respeto de los derechos humanos, tal y como se construyó durante la segunda mitad del siglo pasado, “está en peligro”.
–Se le está pidiendo a la nueva administración norteamericana que revise toda la política que se adoptó a partir del 11 de septiembre de 2001 mediante la ley patriótica y que incluyó por ejemplo Guantánamo. Consideramos que muchas de las medidas antiterroristas que se han tomado en el mundo vulneran principios básicos. Por ejemplo, las prácticas que consisten en mantener presa a la gente de manera incomunicada, de modo permanente, indefinido, viola preceptos básicos del derecho internacional, de los derechos humanos y del derecho internacional humanitario. Las conquistas que se han logrado desde la Declaración Universal de los Derechos Humanos han sido vulneradas. Se puede también citar la práctica de las famosas “rendiciones extraordinarias”, que son una forma de secuestro internacional. Ha llegado entonces la hora de superar esto. Este panel de juristas eminentes trabajó más o menos tres años haciendo audiencias por todas las regiones del mundo y en muchísimos países. Se vieron así cuáles eran las prácticas incompatibles con las normas de derechos humanos, con los principios del Estado de derecho, con el derecho penal y el derecho internacional humanitario.
–¿Se puede hablar casi de una suerte de parapolítica en el montaje de la lucha antiterrorista que empezó hace siete años en Estados Unidos?
–No diría una parapolítica porque la parapolítica implica un aparato paralelo ilegal, no reconocido. Aquí se trató de una política de Estado, donde todo fenómeno terrorista real o ficticio se mira a través del prisma de la respuesta militar y a contramano de los principios básicos de los derechos humanos y del derecho internacional humanitario.
–Pero la forma de actuar mediante secuestros, arrestos indiscriminados, traslados clandestinos, torturas y detenciones sin cargos recuerdan de manera flagrante lo que pasó en la Argentina en la Escuela de Mecánica de la Armada, la ESMA.
–Si miramos la historia podemos hacer un ejercicio un poco patético. Si uno revisa, por ejemplo, el informe sobre la Argentina elaborado por la Comisión Interamericana de Derechos Humanos en 1987, se verá que mucho de lo que se hizo durante la lucha antiterrorista es muy parecido. La Operación Cóndor es muy similar a la política de rendiciones extraordinarias implementada por Estados Unidos. En la Operación Cóndor se secuestraba gente en un país y luego aparecía en otro país. Hay muchas similitudes con los viejos métodos autoritarios de enfrentar problemas reales o supuestos.
–Esa línea política norteamericana ha contagiado a muchísimos países del mundo en donde, en nombre del antiterrorismo, se sacrificaron las libertades y se pisoteó el derecho.
–Sí, claro. Y hay que acordarse de que tan pronto se produjeron los terribles eventos del 11 de septiembre, el Consejo de Seguridad de la ONU adoptó la resolución 1371 que creó la obligación, para todos los Estados miembros de la ONU, de combatir el terrorismo. Esa resolución dio una inmensa discrecionalidad para hacerlo, sin recordar las obligaciones en materia de derechos humanos, de derecho internacional humanitario, ni derecho de refugiados. Progresivamente eso se fue corrigiendo, pero el hecho es que numerosos Estados europeos, africanos, asiáticos –mucho menos en América latina– han entrado en esta dinámica del discurso de la guerra contra el terrorismo. En realidad, no hay una guerra contra el terrorismo. Hay actos de terror en ciertos países que se pueden controlar, cuando se dan en tiempos de paz, con operaciones de policía y, cuando se dan en tiempos de guerra, con los estándares que prescribe el derecho internacional humanitario. Es obvio que hemos constatado graves problemas en la lucha antiterrorista que afectan derechos inderogables y principios básicos del Estado de derecho, y ello en muchos países. La política de la administración Bush fue un ejemplo muy negativo que muchos Estados siguieron, unos por presiones, otros porque les venía como anillo al dedo. Pero es obvio que con esto se generó un movimiento terrible.
–El informe del Centro Internacional de Juristas le pide al presidente Obama que remedie los abusos de la lucha antiterrorista y que lleve a cabo una investigación “amplia y transparente”. Ello equivale a decir que hay mucho por investigar.
–Sí. Nosotros creemos que en el curso de esta llamada guerra contra el terrorismo se cometieron muchos abusos. La práctica de las rendiciones extraordinarias, por ejemplo, es asimilable a casos de secuestro o de desapariciones forzadas. Más aún, cuando sabemos que todo esto no fue objeto de decisiones individuales sino de una política de Estado, uno podría plantearse si esto no entra en la configuración de crímenes de lesa humanidad. La tortura fue también ampliamente practicada, así como las detenciones arbitrarias por tiempo indefinido. Creemos que es hora no sólo de que se anulen todas estas medidas, sino también de que se investigue a los responsables que planearon y ejecutaron estas medidas.
–¿Cuáles son los tres pasos que tendría que dar el presidente Barack Obama?
–Uno, derogar todas aquellas medidas que sean incompatibles con las obligaciones internacionales que tiene Estados Unidos, tanto en derechos humanos, derecho internacional humanitario o derecho penal. Dos, frente a lo que son amenazas o hechos terroristas, cuyos autores deben ser investigados, juzgados y castigados, tendría que ver cómo proceder en el marco del respeto de los principios del Estado de derecho, de los derechos humanos y del derecho internacional. Tres, iniciar investigaciones y llevar ante la Justicia a quienes, dentro de la lucha antiterrorista, han cometido crímenes. En suma, hay varias recomendaciones, pero es obvio que Obama tiene que revisar la instrumentalización del tema terrorista para apoyar políticas que están basadas en la violación de los derechos humanos.

terça-feira, 3 de março de 2009

SUPERIORIDADE CANINA

arquivo pessoal
Olhe para esta figura. Sabe quem é? Um poeta, um senhor poeta.

Ele é bem humorado e é capaz de fazer qualquer ser humano sorrir. O seu nome é Ulisses Tavares, um brasileiro que já escreveu dezenas de livros e centenas de poemas. A mais recente poesia publicada na revista Caros Amigos está demais. É imperdível.
Com o título Superioridade Canina, o texto compara atitudes dos seres humanos e dos cachorros e chega à conclusão de que: "há mais de 4 mil anos sabem os canídeos, pela convivência, que humanos são animais bem primitivos e mais carentes que eles. E que, por isso, não resistem a uma bela lambida e a um rabinho abanando".



Vá à banca mais próxima e compre a revista. Mesmo que você não goste dos outros artigos e textos, que eu duvido, você terá a certeza de que aplicou bem os seus R$. 9,90. Esse texto é realmente magnífico. Você também pode esperar por uma eventual publicação na página da Caros Amigos ou na página pessoal do escritor- Ulisses Tavares.

Ah, uma boa dica. Se você gostar de ler, esse é um requisito, e quiser concorrer a um livro autografado por essa personalidade ímpar chamada Ulisses Tavares, escreva para poetaulisses@terra.com.br, mencionando nome, endereço e telefone. E boa sorte!

Estão dadas as dicas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

CRÔNICA: PRECONCEITOS. WOODY ALLEN, VOCÊ É UM GÊNIO!

Recentemente vivi uma experiência inusitada. Ah, digo de antemão que os meus amigos ficaram com inveja e curiosíssimos. Teve um que me ligava quase que de hora em hora para saber todos os meus passos antes de uma viagem que posso resumir em uma só palavra: magnífica.

Não fui para Barcelona, não; não fui personagem de "Vicky, Cristina, Barcelona"; e não conheci a Penélope Cruz ou a Scarlett Johansson, mas mesmo assim vivi momentos indescritíveis (esse termo eu utilizei porque a loira disse exatamente isso para mim). Ah, acho que não chega a serem totalmente indescritíveis, pois estou aqui tentando descrever e rabiscar alguns certos detalhes.

Vale a pena voltar um pouco no tempo para dizer que numa viagem a um local próximo de S. Paulo conheci duas meninas incrivelmente maravilhosas, falantes, alegres e visivelmente amorosas. Depois de um bom papo já me serviram alguns doces que haviam feito e levado a uma festa de uma amiga. Achei aquilo doce, muito doce. Não, o bolo ou o brigadeiro não eram tão doces, mas sim a atitude. As duas eram pessoas simples e especiais e deu para notar isso logo de cara. Não posso negar que me encantei por elas. E quem não se encantaria?

Durante a conversa eu falei de uma praia que havia conhecido e que era linda. Elas olharam com carinhas de que queriam conhecer e não tiveram dúvida em aceitar o convite que fiz para viajar, mas com um detalhe: os três, o seja, eu e as duas, uma loira e uma morena, sonho de qualquer mortal masculino... Realmente era um sonho. Cada uma tinha um detalhe que complementava a outra (desculpem-me, mas não vou entrar nesses "detalhes" para vocês!).

Não vem ao caso o que rolou e se rolou algo. O interessante da história, penso, não são os detalhes sórdidos ou angelicais, mas as situações constrangedoras que as outras pessoas criam. Não foi difícil nem exigiu muito tempo notar como há inveja e como há preconceito quando uma pessoa anda acompanhada de duas do sexo oposto! Realmente o ser humano precisa amadurecer muito para sair das árvores e deixar de comer aqueles frutos amarelos que chamamos de banana em várias línguas. Pense, ser humano, pense, e pare de agir como um ser primitivíssimo.

Bem, voltemos à história.

Como foi aceito o convite para viajarmos, eu não titubiei em passar no lugar e no momento combinados. Após beijos e abraços de cumprimentos, rumamos de madrugada para aquele paraíso terrestre. Acabei procurando hospedagem em uma pousada não tão bonita, onde a dona olhou feio quando me viu acompanhado daquela loira de saias curtas e daquela morena com a cintura exposta. Ah, aquela senhorinha sexagenária deve ter tido inveja e deve ter pensado que só aceitava hospedar-nos pela diária que seria paga. Recriminava-nos com o olhar e percebi que as minhas amigas, assim prefiro chamá-las, estavam magoadas. Não tive dúvida em dizer tchau e rumar para uma outra pousada, quase em frente.

Aquela segunda pousada era bem mais espaçosa e mais aconchegante. Todos os três optaram por esse local repleto de árvores, mas sem macacos (ainda bem. Acho que eles optaram por ficar na primeira pousada e em alguns outros locais). Ficamos por lá.

O incrível foi notar que somente três quartos estavam ocupados: um comigo e as duas; outro com um sujeito mais velho e duas mulheres maravilhosamente lindas; e um terceiro com um sortudo e quatro mulheres. Fiquei imaginando que nunca seriamos recriminados naquele lugar, e não fomos, ou quase.

A comparação era inevitável. Durante os nossos cafés eram travados verdadeiros combates, sem sangue, mas que visavam o poder. Um homem olhava para o outro como se estivesse querendo dizer: eu sou mais homem que você, pois veja as mulheres com quem estou, pela qualidade e quantidade. Quanta babaquice! É, o preconceito e a disputa também estavam presentes nos olhares dos próprios homens, desses homens macacos!

Mas não era só.

Na praia era inevitável o olhar das mulheres. Os homens não encaravam, sei lá se por sentirem inveja ou por admirarem a coragem, mas as mulheres... Ah, elas olhavam e acompanhavam os passos. Parecia que a situação de estar acompanhado de duas mulheres despertava nos outros espécimes femininos um fetiche, um desejo, uma imaginação libidinosa ou sei lá o que. Eu sei que nunca recebi tantos olhares desejosos como nessa viagem. Ah, essas mulheres! Macacas, não, pois não havia preconceito, mas admiração, prefiro pensar!

Situação parecida (mas que não se visa comparar à da película), foi vivenciada no imperdível filme do Woody Allen: Vicky, Cristina, Barcelona? Se você não assistiu, então vá. Vale a pena. Você perceberá como os preconceitos somem e desaparecem, de acordo com as situações ou a "evolução" individual. Pense nisso e veja o filme. É incrível.

Bem, disso tudo tirei (e dá para qualquer um tirar) uma lição: ah, Woody Allen, você é um gênio!

domingo, 1 de março de 2009

BOLSA DE VALORES NA SÍRIA

Pode parecer contradição, e de fato é, mas a Síria, que é um país socialista, onde os estudos são obrigatórios e gratuitos até o ensino médio, inclusive, inaugurará agora em março a sua primeira Bolsa de Valores, na capital Damasco. Isso em plena crise da 3ª onda capitalista, com quebra de instituições financeiras pelo mundo afora.
Foi uma maneira inteligente, diga-se de passagem, de atrair os mais de 100 bilhões de dólares aplicados por sírios no exterior. Agora, só faltava Cuba e Coréia do Norte aderirem à idéia. Como parece que cubanos e coreanos do norte não tem dinheiro aplicado no exterior, a chance disso acontecer por tais bandas é por demais remota!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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