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A última segunda-feira, como todas as demais, foi um dia repleto de contradições do capitalismo mergulhado em sua crise incurável.
Segundo a Agência britânica Reuters, a "América Latina crescerá menos este ano, golpeada por uma grande desaceleração ou recessão em algumas de suas principais economias, depois de anos de bonança marcados pelas altas naos preços das matérias-primas".
Lora, economista do Banco Insdustrial de Desenvolvimento, disse que "já não se fala que a região crescerá mais de um por cento neste ano. Inclusive, as últimas projeções tem indicado crescimento negativo. Basta ver essas projeções para entender porque todas as grandes economias estão em crise, disse Lora.
Nesse mesmo dia, a Agência espanhola EFE informou que "a produção de cocaína se alastrou a vários países da América Latina e tem desencadeado uma onda de violência e deslocamento populacional que faz com que muitos peçam uma verdadeira guerra contra o narcotráfico, informou hoje o diário britânico The Guardian".
"Essa indústria que gerou 'benefícios' de milhares de milhões de dólares tem forçado muitos agricultores a abandonar suas terras, tem dado lugar a guerras entre quadrilhas e corrompido as instituições do Estado, disse o periódico. Só no México, 6 mil pessoas morreram no ano passado por culta desse tipo de atividade e a violência está alastrando as mortes até os Estados Unidos.
“Ao mesmo tempo, tem crescido rapidamente o narcotráfico da América do Sul para a África Ocidental, cuja nova rota tem sido batizada como a ‘Interestatal 10’.”
“Cremos que a guerra contra as drogas tem sido um fracasso porque não se tem alcançado nenhum dos objetivos”, declarou ao jornal o ex presidente da Colômbia e co-presidente da Comissão Latinoamericana sobre Drogas e Democracia, César Gaviria.
“A estratégia dos Estados Unidos na Colômbia e no Peru, consistente em lutar apenas contra a produção da matéria priman , não tem surtido efeitos”, reconhece o René Sanabria, coronel-chefe da política antinarcóticos da Bolívia.
Um informe de agências americanas e um estudo independente do economista de Harvard, Jeffrey Miron, apoiado por outros 500 colegas, se tem somado a quem reclama por uma mudança de enfoque.
O presidente do México, Felipe Calderón, pediu aos Estados Unidos que assumam sua parte da responsabilidade na luta contra o narcotráfico, cuja atuação se concentra basicamente sobre toda a fronteira.
“Em nome das centenas de policiais mexicanos que morreram, é fundamental que os Estados Unidos assumam com força a sua parte na responsabilidade na luta contra o tráfico de drogas”, disse Calderón.
Estas noticias, bem frescas, que foram publicadas pelas agências noticiosas na última segunda, demonstram quão dignas de crédito foram as conclusões de Atilio Boron na síntese publicada por Granma nesse mesmo dia.
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* publicado no jornal estatal cubano GRANMA
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* tradução livre do blogueiro
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** nota do BLOG: Fidel Castro pode ter sido um ditador voraz, mas foi um dos presidentes latino-americanos mais empenhados no combate ao narcotráfico e que não cansou de denunciar por inúmeras vezes as ações criminosas dos ditos "cubanos exilados nos Estados Unidos" que, com o dinheiro oriundo do narcotráfico, financiavam ações subversivas na ilha.
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