Quase dois meses atrás fiquei assustado com o volume de barro que vi nas ruas dos bairros da zona oeste. Carros parados não me assustaram tanto quanto o volume de lama nas casas relativamente altas. Foi fácil notar o desespero de famílias inteiras e comerciantes que em pleno domingo colocavam móveis e objetos para fora de suas casas e lojas, em plena calçada, para tentar recuperar algo, diminuindo assim o prejuízo inesperado.
São Paulo não é a única cidade do mundo a sofrer com as chuvas, mas poderíamos dar um bom exemplo com uma solução não tão barata, mas bastante eficaz. Que tal criar pequenos canais -de largura - que rumassem ao interior, que constantemente sofre com a seca? Beneficiaríamos a agricultura do nosso interior, ao mesmo tempo em que livrávamos a capital do excedente das chuvas. Poderíamos fazer canais ainda mais extensos, rumando ao sertão do nordeste, mas aí a obra ficaria ainda mais cara, mas útil, diga-se de passagem.
Nos primórdios das civilizações havia inúmeros exemplos de criatividade. Hoje, visamos apenas o lucro e nos esquecemos das necessidades mais presentes. O que importa, na visão hodierna, é quanto o Estado-Administração gastará, pouco importando os malefícios ou benefícios decorrentes à população. Bem que podíamos voltar a nos preocupar com as pessoas e menos com a economia, a maior vilã da nossa civilização e que tanto mal tem feito à arte, à cultura e ao desenvolvimento humano e social.
Dizem que viemos do barro. É, pelo que vejo, devemos ter vindo, mesmo. Mas, de certo, voltaremos ao barro nessa ordem econômica, por mais que estejamos circundados de cimento e de dinheiro. Em alguns aspectos, a civilização nunca voltou tanto para trás como atualmente.
São Paulo não é a única cidade do mundo a sofrer com as chuvas, mas poderíamos dar um bom exemplo com uma solução não tão barata, mas bastante eficaz. Que tal criar pequenos canais -de largura - que rumassem ao interior, que constantemente sofre com a seca? Beneficiaríamos a agricultura do nosso interior, ao mesmo tempo em que livrávamos a capital do excedente das chuvas. Poderíamos fazer canais ainda mais extensos, rumando ao sertão do nordeste, mas aí a obra ficaria ainda mais cara, mas útil, diga-se de passagem.
Nos primórdios das civilizações havia inúmeros exemplos de criatividade. Hoje, visamos apenas o lucro e nos esquecemos das necessidades mais presentes. O que importa, na visão hodierna, é quanto o Estado-Administração gastará, pouco importando os malefícios ou benefícios decorrentes à população. Bem que podíamos voltar a nos preocupar com as pessoas e menos com a economia, a maior vilã da nossa civilização e que tanto mal tem feito à arte, à cultura e ao desenvolvimento humano e social.
Dizem que viemos do barro. É, pelo que vejo, devemos ter vindo, mesmo. Mas, de certo, voltaremos ao barro nessa ordem econômica, por mais que estejamos circundados de cimento e de dinheiro. Em alguns aspectos, a civilização nunca voltou tanto para trás como atualmente.