sábado, 26 de agosto de 2017
DIZEM AS LENDAS
UM BRASIL DIVIDIDO OU ATÉ AS ELEIÇÕES OU INCLUSIVE APÓS AS ELEIÇÕES
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
O POVO BRASILEIRO SE ENTREGOU
terça-feira, 22 de agosto de 2017
FEMINISMO SILENCIOSO
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
DATA LIMITE, a profecia de Chico Xavier
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
UM HERÓI NOS PROTESTOS!
O mercado negro da maconha, o tráfico, é extremamente rentável, seduz jovens e tem tudo a ver com o modo capitalista de enriquecimento. O ovo, não. É careta. Tem um formato estranho. Não cheira bem. Mas na hora do protesto, ele é o que há. Não há político que não gema com ele nem protesto que não fique às claras. O ovo é até em sua consistência protesto puro!
O ovo, tão popular, só não pode ficar inacessível aos eleitores, aos cidadãos, àqueles que ainda lutam pela democracia.
Enquanto o voto é a arma do povo em uma democracia, o ovo, com o seu amarelo da gema, é o sinal de alerta. O verde e o vermelho virão com as urnas, mas o amarelo, com o ovo, já terá sido dado.
Viva o ovo!
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
O PAÍS INTEIRO ESTÁ À VENDA
pretensas privatizações, isso de forma bem visível nos âmbitos
municipal e federal. São terminais de ônibus, áreas de extração de
petróleo, parques, estádios, aeroportos. E a lista não para por aí.
Você pode ser liberal ou ter uma tendência de esquerda e não concordar
com a privatização do que é público, mas independentemente disso, sem
discutir se a privatização faz bem ou não ao país e à economia, há que
ser racional para se chegar à resposta da seguinte indagação,
independentemente da ideologia particular: este é o momento adequado
para a privatização?
Pergunto isso considerando a grave crise econômica que o país
atravessa, o grande desemprego, o menor poder de compra do
trabalhador. Disso parece ser claro de que quem participar irá querer
pagar o valor proporcional ao momento, de baixa, ou seja, menos do que
realmente vale, não só porque quem investe visa lucro, o máximo
possível, mas também porque sabe que por um bom tempo terá menor
retorno, seja pelo endividamento público, seja pelo menor poder de
compra e de oportunidade de lazer do trabalhador.
Já dá para perceber que não é momento de privatizar-se os bens públicos.
A segunda pergunta é a quem interessa a privatização num momento de
crise? A resposta aí enseja um pouco mais de percepção. A resposta
óbvia seria ao empresário ou grupo empresarial. Mas não é só a ele que
pode interessar a privatização nesse momento. Ao governante sedento de
recursos para investimento em obras, que na maior parte das vezes pode
revelar-se eleitoreiras, também.
Vamos tratar, agora, da hipótese específica de venda dos bens. Ao
invés de ingressar no erário o valor que daria para a administração
comprar o mesmo bem, o ente federativo receberá valor inferior,
insuficiente para repor o valor real do bem. Ou seja, salvo uma
situação muito excepcional, a perda estará garantida.
Se você tivesse duas casas iria vendê-las em momento de baixa? Acho
que não, salvo se fosse para redirecionar o investimento em outros
imóveis, também em baixa, ou se houvesse uma necessidade premente de
recursos, o que não parece ser o caso do governo federal nem
municipal.
O governo não investirá em bens do mesmo jaez, de forma que a
população nunca mais usufruirá do bem que hoje é de uso comum do povo.
Obviamente, por se tratar de discussão jurídica, não abordarei aqui a
respeito da impossibilidade – como regra - de modificação da
destinação do bem de uso comum do povo.
Parece ser óbvio que um governante sério até pode pensar, numa
hipótese de extrema necessidade, vender pequena parte do patrimônio em
época de crise, mas seria pequena parte do patrimônio, e não ter-se a
pretensão de fazer disso um "modus operandi".
Com o devido respeito, um governante que se desfaz de grande parte do
patrimônio público em época de crise, em baixa, não está agindo como
bom administrador ou bom gestor, muito pelo contrário. Esse agente
político, ao colocar o país ou a cidade à venda pode, ao menos em
tese, estar a praticar crime, seja aquele previsto no artigo 312, seja
aquele previsto no art. 321, ambos do Código Penal, seja até mesmo a
grave improbidade administrativa tipificada no art. 10, IV, c.c. art.
12, II, da Lei 8.429/1992.
Ademais, o art. 17, em seu "caput" e em seu inciso I, da Lei
8666/1993, dispõe claramente que para a alienação de bens da
administração pública, deverá haver, necessariamente, o preenchimento
dos seguintes requisitos: a) autorização legislativa; b) avaliação
prévia, c) licitação na modalidade de concorrência; d) existência de
interesse público devidamente justificado.
Ao que parece, em nenhuma dessas situações de privatização, concessão
ou venda houve a justificativa necessária a respeito da existência de
interesse público.
Vamos voltar à abordagem geral das privatizações e concessões.
Como se vê, ao menos no âmbito federal, se houvesse tanta necessidade
de recursos, não deveria o governo conceder "perdão" a dívidas dos
grandes bancos Itaú, Bradesco e Santander. São essas instituições
financeiras as empresas que obtiveram maior lucro em todo o país. São
dívidas perdoadas na casa dos trinta bilhões de reais. Não é pouco
dinheiro.
Assim, a resposta parece ser óbvia de que não é momento de
privatizar-se bens públicos, de jeito algum. Haveria um grave prejuízo
ao patrimônio público e ao futuro, seja do país, seja do município,
seja da população.
Ademais, até em respeito ao cidadão e à Constituição, todo o processo
de privatização deveria ser aberto a consulta popular.
O patrimônio público tem dono. Somos todos nós, e não o mandatário,
que é mero administrador com o dever de gerenciá-lo com
responsabilidade, na forma da lei e de acordo com os princípios
estatuídos no sistema legislativo, em especial na Constituição Federal
que dispõe que os entes federativos têm como fundamento a cidadania e
a dignidade da pessoa humana (artigo 1º, incisos II e III).
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
GASTO COM SEGURANÇA PÚBLICA
estudos da Eurostat, agência europeia de dados estatísticos (com dados
de 2015), que os países da União Europeia gastam mais com a segurança
interna do que com as forças armadas. A média apurada é de que os países
europeus gastem 1,8% do PIB com segurança pública (incluindo gastos
com as polícias, Judiciário, sistema penitenciário e corpo de
bombeiros) e 1,4% do PIB com defesa.
Os europeus ficaram perplexos com tal volume de gastos.
E você, está assustado? Pois é, embora a matéria não informe se já
estão computados os gastos com a segurança privada, imagina-se que a
segurança privada tenha sido excluída.
Agora vamos ao Brasil.
Comecemos pelas Forças Armadas.
Em 2017, já incluindo gastos com pessoal, a previsão era de que as
Forças Armadas gastassem 94 bilhões de reais, conforme matéria
publicada na página Defesa e Segurança. Só com pessoal, o gasto
previsto para 2017 era de R$ 69 bilhões de reais. Sobraria pouco para
investir em armamentos e tecnologia nacional. Só que o valor que
efetivamente será repassado aos militares será bem menor. Descontando
os gastos com o pagamento de pessoal, saúde e alimentação, o governo
repassaria 9,7 bilhões, chamados de recursos “discricionários”. Os
recursos, segundo os militares, são insuficientes para cobrir os
gastos até setembro, próximo mês. Se não houver um contingenciamento
maior, haverá substituição do quadro de efetivos por temporários, a
fim de reduzir o custo previdenciário, como aponta o jornal O Globo do
dia 14 passado.
Já na segurança interna, na segurança pública, os números assustam.
Os gastos com segurança pública, hoje, incluindo Estados, Municípios e
União, alcançam o importe de R$ 81.202.136.815,58, equivalentes a
1,38% do PIB, segundo estudos do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, compendiados e divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança
Pública de 2016. Porém, esses números não incluem os gastos com o
Ministério Público e com o Judiciário, ao contrário da pesquisa
apresentada pelo El Pais espanhol em relação aos países europeus.
Se forem computados os gastos com o Ministério Público e a
Magistratura, o gasto com a segurança pública no Brasil supera em
muito não só os gastos com as forças armadas nacionais, mas o próprio
investimento feito pelos europeus.
Segundo notícia veiculada pelo portal UOL e pelo jornal O Globo, o
custo só com o Judiciário alcança o percentual de 1,3% do PIB, um
valor estrondosamente alto, enquanto a Espanha não gasta 0,32% do PIB
com o mesmo poder. Cada juiz brasileiro custaria, em média, R$
46.000,00.
Já o custo com o Ministério Público alcança 0,32% do PIB e o das
defensorias e advocacia públicas importam em 0,2% do PIB. O Sistema de
Justiça, portanto, alcança 1,8% do PIB, segundo matéria do Valor
Econômico de 30/09/2015 e da Revista Carta Capital de janeiro deste
ano.
Assim, se esses 1,8% do PIB forem somados aos 1,38 do PIB gastos com
as policias, alcançar-se-á 3,18% do PIB gastos com segurança pública,
um percentual altíssimo, se comparado aos demais países da América do
Sul e aos próprios Europeus, que em média gastam 1,8% do PIB, já
incluídos os custos com as polícias, Judiciário, sistema
penitenciário e corpo de bombeiros.
A situação piora se formos somar a isso o custo social e com a
segurança privada, que também é espantosa no Brasil.
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgados
pelo jornal O Estado de São Paulo em fevereiro deste ano e pelo
próprio BID na página iadb.org, apontam que o Brasil tem um custo com
segurança, incluindo aí a pública e a privada, de R$ 283,5 bilhões de
reais ou 3,78% do PIB. O cálculo do custo de segurança utilizado pelo
BID inclui os gastos privados, o gasto público e o chamado custo
social. Os gastos privados alcançam 1,37% do PIB, as despesas
públicas, só incluindo o gasto com polícia e penitenciárias, 1,51% do
PIB e os custos sociais (benefícios previdenciários à população
carcerária e gastos com saúde decorrentes dos crimes), 0,64% do PIB.
Dessa forma, se forem somados aos 3,18% apurados anteriormente os
0,64% do custo social e o 1,37% da segurança privada, o custo total
com segurança alcança 5,19% do PIB, no Brasil, um valor para lá de
exorbitante. Só o gasto público, excluindo o privado, alcança 3,82% do PIB
Enquanto isso, o Brasil, incluindo Estados, União, Distrito Federal e
Municípios, gasta 5,2% do PIB com educação e 3,6% do PIB em saúde,
segundo dados do IBGE e OCDE.
Ou seja, o governo gasta mais com segurança do que com saúde.
Segundo o jornal Observador, enquanto a Noruega gasta 6,2% do PIB com
educação pública, Portugal gasta 6,1%, e isso porque o nível
educacional e cultural naqueles países já é alto. Antes da crise, em
2008, a Dinamarca chegava a investir 7,8% do PIB em educação.
Em educação, se for somada a participação do ensino privado,
equivalente a 1,7% do PIB, segundo dados divulgados pela Federação
Nacional das Escolas Particulares, em parceria com a Fundação Getúlio
Vargas, alcança-se o total de 6,9% do PIB investidos pelo governo e pelo
setor privado em educação.
Segundo o IBGE, com dados obtidos no site Politize, no Brasil gasta-se
ao todo, em saúde, o equivalente a 8% do PIB (3,6% do governo e 4,4% com
convênios privados de saúde).
A que conclusão que você chega? Investimos muito, ou não, em segurança?
terça-feira, 15 de agosto de 2017
REFÚGIO, O DRAMA DE NOSSA ERA
Refugiados, o deslocamento populacional em 2016, causado por guerras,
violência e perseguições, foi o mais alto já registrado em toda a
história.
Segundo o órgão da ONU, foram 65,6 milhões que foram obrigados a
deixar o seu local de moradia. Desse número destacam-se 22,5 milhões
de pessoas reconhecidas como refugiadas.
O ACNUR é o órgão responsável por cuidar dos refugiados não
palestinos, que são 17,2 milhões. O restante, 5,3 milhão são
palestinos e descententes que estão sob os cuidados da Agência das
Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). O
número de refugiados palestinos só é superado pelos sírios, que já
alcançam 5,5 milhão de refugiados.
Para os que não acompanham os acontecimentos na África, o Sudão do Sul
também vive uma catástrofe, com 1,4 milhão de refugiados e 1,87 milhão
de pessoas que não chegaram a sair do país, mas que são consideradas
deslocadas internas.
sábado, 12 de agosto de 2017
A SUPREMACIA AZUL
A extrema direita cresce e o radicalismo acompanha esse ressurgimento do fascismo e do nazismo.
As vítimas são as mesmas de sempre: os negros, os latinos, os ciganos, os judeus, os homossexuais e os comunistas, com o acréscimo das mulheres, chineses, refugiados, árabes e muçulmanos na lista. E essa longa e insana lista não para de crescer.
A supremacia branca é defendida nos Estados Unidos por aqueles que se julgam superiores e legitimamente estadunidenses. E não são os índios que fazem isso. São os que expulsaram os povos originários e tomaram a terra deles. E esses supremacistas se julgam nativos, nativos chiques e puros.
O mesmo ocorre no Brasil. Um país miscigenado defender a supremacia branca é a suprema burrice, até porque aqui todos são, de uma forma ou outra, miscigenados.
Esses supremacistas não sabem que os arianos que eles tanto idolatram não surgiram na Alemanha, mas na Pérsia. E a Pérsia se localiza na Ásia, um pouco distante dos Estados Unidos e da própria Europa.
E os Persas, o povo ariano original, seria bom que os supremacistas soubessem, sempre tiveram uma proximidade com os povos árabe e judeu.
Na verdade, os supremacistas estadunidenses, alemães e ingleses descendem do homem de Neardenthal, que povoou predominantemente a Europa. Dizem que eram menos evoluídos que o homo sapiens, que dominou e exterminou aquela espécie de humanos.
E esses supremacistas continuam menos evoluídos. Suas ações e sua agressividade latente apenas demonstram o quanto ainda possuem de animais primitivos. Mas não sei dizer se os neanderthais eram assim.
Por outro lado, enquanto cresce o armamentismo individual e de nações, aumenta a miséria, a fome, o uso de entorpecentes, ao mesmo tempo em que não se valoriza a educação, a cultura e a arte. A sociedade e a nossa própria civilização começam a ruir.
A religião? Nos tempos hodiernos virou uma grande maneira de ganhar dinheiro, essa criação humana que em princípio deveria unir os povos e que acabou separando as pessoas.
A fé não visa mais a elevação da espiritualidade ou do saber humano. Visa favorecer as relações, o contato interessado, o enriquecimento material. A caridade, seja chamada de fraternidade ou de amor, e o próximo foram relegados ao esquecimento ou a um segundo ou terceiro passo.
Hoje, as Nações se desafiam uma à outra, e as armas atômicas sempre são usadas como elemento de superioridade.
O facebook virou campo de disseminação do ego e do ódio inflados por uma sociedade individualista, narcisista e materialista que acredita em tudo o que lê no facebook.
Vivemos um dos piores momentos da humanidade.
E o Planeta Terra acompanha essa crise, com a devastação de suas florestas, desertificação, escassez de água, aquecimento global, poluição que afeta lagos, rios, mares e a natureza como um todo, além da extinção de inúmeras espécies vegetais e animais.
Quanto estourar a primeira bomba dessa terceira e última guerra mundial não restará mais esperança. A humanidade porá fim à sua própria existência, do homo sapiens que desde o princípio matou outras espécies humanas em busca da supremacia, a mesma supremacia buscada pelos supremacistas brancos, uma herança nefasta do homem sapiens. Mas, assim como ele, a supremacia branca será esquecida eternamente em benefício de uma outra raça humana que advirá os escombros dessa nossa civilização.
Os que sobrarem terão vergonha de relembrar o que viveram e como viveram.
O tempo e só ele será capaz de reconstruir a esperança da humanidade em uma nova raça, com novos valores.
A supremacia não será branca. Será azul, a do planeta azul.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
EL PAIS, O JORNALÃO ESPANHOL TRATA, NA VERSÃO DA ESPANHA, UM CRIME COMETIDO NO BRASIL, ENQUANTO A IMPRENSA NACIONAL SE CALA.
¿Por qué en Brasil es más grave matar para robar un coche que acabar brutalmente con la vida de una mujer?
El asesinato de una joven guitarrista reabre el debate sobre la tipificación del feminicidio en Brasil y las dificultades de aplicarlo. El feminicidio no es una buena estrategia de acusación
Mayara Amaral, una guitarrista de 27 años natural de Campo Grande, una próspera ciudad en el oeste de Brasil, salió de casa para ensayar con su banda el pasado lunes y nunca más volvió. Al día siguiente encontraron, entre unos matorrales, su cuerpo carbonizado con varios martillazos en la cabeza. Dos sospechosos se encuentran detenidos por el brutal asesinato cometido en un motel [hotel para encuentros sexuales] de la ciudad: el músico de 29 años, Luiz Alberto Barros, de quien la joven estaría enamorada, y Ronaldo Olmedo, de 33, con antecedentes por tráfico de drogas y robo, según la policía. Un tercer hombre, Anderson Pereira, de 31 años, también con antecedentes por tráfico y robo, fue detenido por ayudar a esconder el cadáver.
Antes de quemar y abandonar el cuerpo de la joven como si fuese un colchón viejo, los tres se repartieron las pocas pertenencias de Mayara: un Volkswagen Gol de 1992, un ordenador portátil, un teléfono móvil y una guitarra. Después, Luiz, desde el móvil de la víctima, envió un mensaje a la madre de esta tratando de inculpar a un exnovio de la guitarrista. "Está loco, mamá. Me está persiguiendo. Estaba en su casa y nos hemos peleado", decía el texto. A esas alturas ya habían encontrado el cuerpo. El delito fue tipificado como robo con homicidio.
El caso podría ser un asesinato más en un país que mata a 13 mujeres al día, según el Atlas de la Violencia 2016, pero a Mayara la mataron dos veces. Una, sus verdugos. Y otra, por cómo trataron su caso los periódicos locales, en los que los testimonios de los sospechosos coparon más titulares que los de su familia. Apenas se sabe cuáles eran los sueños y virtudes de una joven que era un portento de la guitarra, que se graduó en música en la Universidad Federal de Mato Grosso do Sul y cursó un Máster en la Universidad Federal de Goiás. Pero una simple búsqueda en Google da amplia cuenta de lo que los detenidos declararon: que fue al motel a por drogas, que mantuvo relaciones sexuales consentidas con los dos presuntos asesinos y que murió a martillazos porque se resistió al saber que le iban a robar. "Hasta ahora, el principal diario de la ciudad no se ha interesado en entrevistar a mi familia. Están ocupados dando espacio a los delincuentes", lamenta desde Bélgica la hermana de Mayara, Pauliane Amaral, que no pudo acudir al entierro de su hermana por no tener dinero para comprar el billete de vuelta a Brasil.
Pauliane, pese a la distancia, quiso que esta brutalidad no se silenciase. Gracias a una publicación en su Facebook, que ya ha sido compartida más de 32.000 veces, en la que se queja del uso que la prensa ha hecho de la imagen de la pequeña de la familia, el caso ha cobrado relevancia internacional. "Cuando escriben que Mayara era la 'mujer encontrada carbonizada', sale en la foto como una niña. Cuando la sospecha salpicaba al 'novio', hipersexualizan su imagen. Cuando la noticia se centra en que la escena del crimen es en un motel, mi hermana aparece vulnerable, mojada en la playa". Pauliane también se preguntaba en su publicación por qué no se habían empleado las palabras "feminicidio" o "violación" en ninguno de esos artículos a pesar de los indicios.
Pero hay otra cuestión que se plantea en el caso de Mayara: en Brasil el feminicidio, que no fue tipificado como un caso específico de homicidio hasta 2015, puede que no sea una buena estrategia de acusación. Mientras que el robo con homicidio se castiga con una pena mínima de 20 años, la pena mínima por feminicidio es de 12. El feminicidio todavía se juzga teniendo en cuenta los valores de los miembros de un jurado popular. Peor aún: incluso considerando la lentitud crónica de la Justica brasileña, las decisiones del jurado popular suelen tardar más y pueden recurrirse más que las de un juez.
La tipificación del delito por parte de la policía como robo con homicidio ha causado revuelo en el movimiento feminista. Y no es para menos. El feminicidio es el nombre que se da para poner de relieve la violencia que sufren todos los días las mujeres por el mero hecho de serlo, pero no solo eso. No se trata de una ideología, sino de un instrumento para luchar contra la violencia de género, según los expertos. Con esa clara tipificación, este delito no se pierde entre las estadísticas comunes de violencia urbana y, en teoría, puede estudiarse mejor y ser objeto de estrategias más claras de combate. Hay quienes criticaron la insensibilidad de los agentes para investigar un crimen con esas características —el caso se encuentra en la Comisaría Especializada de Robos y Hurtos de Vehículos—, pero la pregunta va más allá: ¿Por qué en Brasil es más grave matar a alguien para robar un coche que acabar salvajemente con la vida de una mujer?
El primer comisario del caso, Tiago Macedo, fue duramente criticado en las redes sociales por clasificar el asesinato como robo con homicidio, descartando, aparentemente, que la relación de la víctima con su asesino podía acabar con la tesis de que el móvil del crimen sería un coche viejo. Pero el comisario Macedo explicó a EL PAÍS que no descartó los indicios, sino que, técnicamente, a la velocidad a la que se llevaron a cabo las pesquisas policiales, las pruebas recabadas apuntaban a un asesinato motivado por el robo. "Nuestra prioridad era garantizar la detención", dice.
Dicho esto, el comisario se muestra sorprendido ante las críticas. "Tipificar el crimen como robo con homicidio no significa que sea el único delito cometido. Se le dio ese tratamiento porque es el más grave con las pruebas que teníamos hasta ese momento. Desde el punto de vista jurídico no podemos atenernos a ideologías", relata Macedo por teléfono. El comisario prosigue y argumenta que la cuestión puede ser más compleja de lo que parece: "En Brasil, tipificar un delito como feminicidio, aparte de que no tenemos pruebas todavía para fundamentarlo, significa reducir la condena. Y es una puerta abierta para que la defensa explote la memoria de la víctima. ¿Mayara merece ser execrada en público para que los abogados de la defensa echen por tierra caso?", plantea el comisario.
Desde Bélgica, la hermana, que ha recibido el apoyo de músicos y personas de todo el mundo, prefiere no hablar sobre la estrategia de acusación que adoptará la familia, pero pide que quede clara su convicción: "No nos queda duda de que, aunque se trate de un robo con homicidio, Mayara fue escogida por ser mujer".
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Para refletir:
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.
Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.
O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.
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