segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

sorriso reflexo

Inocentes, sorrimos. Reflexivos, entristecemo-nos. E, ao descobrirmos a complexidade da vida e a necessidade que temos de viver, voltamos a sorrir.
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por Cyro Saadeh

sábado, 27 de dezembro de 2008

CANUDOS - PONTO SENSÍVEL DA HISTÓRIA DO BRASIL


Essa é uma das famosas fotos do fotógrafo Flávio de Barros, que registrou em seus filmes momentos preciosos do evento lamentável que ficou conhecido como Guerra de Canudos.
Quem não conhece Canudos perde muito da história e da realidade social e política brasileira. Canudos é um aprendizado profundo e único. É um ponto sensível da história do Brasil, pode-se dizer. Um momento em que brasileiros pobres mataram outros brasileiros pobres, por ordem superior. Àquela época não se conhecia e nem se pretendia conhecer a diversidade da nossa Nação. Era a costa litorânea europeizada contra o interior fruto da miscigenação típica brasileira.
Era uma ética européia contra uma religiosidade e solidariedade da miscigenação do índio, do negro e do português. Era o momento do sertanejo forte de Euclydes da Cunha. Era um momento de atuação política e social.
Mas Canudos não era só pedra e barro. Canudos não era só religiosidade e justiça social. Canudos era criança e esperança. Era uma vida em busca da dignidade que redundou, no pós-guerra, na miséria humana absoluta, com crianças sendo prostituídas ou utilizadas como trabalho ilegal e barato.
A realidade da cidade de Canudos, localizada à beira do açude de Cocorobó não mudou e é motivo de perplexidade, reflexão e indignação. Canudos não morreu com o fogo e nem com a água. Canudos permanece na história oral e na mente de alguns brasileiros, mas não é suficiente. Canudos tem ligações profundas com a política e a injustiça social brasileiras. O Brasil só mudará quando as lições deixadas por Canudos, Euclydes da Cunha e Getúlio Vargas forem compreendidas e aplicadas.
Essa história precisa ser contada e recontada, e poderá ser!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

UM CONTO DE NATAL

Poderia ser um conto de Natal, mas é um retrato genérico do cotidiano urbano brasileiro.

Lá naquelas casas embaralhadas e feias, retrato de Canudos e propositalmente denominadas favelas, viviam muitas famílias pobres sem acesso à educação, saúde e dignidade humana. Mesmo assim, a maior parte dessas pessoas tinha muita fé e freqüentava Centros religiosos da mais ampla diversidade.
Em uma certa noite, com o céu bastante estrelado, nasceu uma criança. Era mês de abril, mas por um erro cartorário registrou-se o nascimento em dezembro, 25 de dezembro.
Esse menino, cujo apelido era “Cris”, cresceu e ainda pequenino trabalhava com o pai e colaborava com atividades domésticas em casa. Era uma criança exemplar, bonita e miúda, repleta de energia.
Havia um pastor da Igreja que freqüentava a casa dos Nazaré e lhes passava alguns ensinamentos que os humanos insistem em dizer que são religiosos. Para Cris era um aprendizado eterno.
Na casa dos Nazaré tinha quatro cachorros que foram pegos na rua. Um era manco, outro cego, outro não andava de tão doente e o último mal tinha pelos. A família também criava um gato vira-lata. E tudo em um verdadeiro cubículo, um espaço muito reduzido e sem conforto.
A família era muito humilde e tinha dias em que sequer havia comida suficiente para todos os habitantes daquele pequeno quadrado, mas eram felizes, solidários e amorosos.
Num certo dia, às vésperas do Natal, quando Cris já era crescido, resolveram passear por uma grande avenida, repleta de prédios grandiosos e com uma bela arquitetura.
Pai, mãe e filho ficaram maravilhados com as luzes de Natal e com o movimento de carros enormes e luxuosos. Todos tiravam fotos, menos os Nazaré, que não tinham dinheiro para comprar equipamentos desse tipo e preço.
Fascinados pela decoração natalina, tentaram adentrar em uma Igreja, mas ela estava reservada para um evento de um milionário e dois seguranças barraram os Nazaré ainda na escadaria, pois estavam muito mal vestidos. Foram expulsos do templo religioso.
Tristes e silentes, os três membros daquela família desceram os degraus e viram do outro lado da rua um mendigo, que carregava trapos escuros e sujos, cantando. Observaram encantados o entusiasmo e a alegria daquele humano, sem entender o motivo. Ninguém mais olhou ou apreciou. Pessoas no interior dos carros fechavam os vidros, com medo. Policiais passavam sem perceber o momento mágico. Mas os Nazaré atravessaram a avenida e ovacionaram o sujeito que, sem entender, baixou a cabeça e saiu andando silenciosamente. Eles sorriam.
Já estava tarde e necessitavam voltar para casa. Nesse momento viram um filhotinho de cachorro olhando amorosamente para eles. Cris, ainda menino, sentou-se e parou para refletir sobre aquela noite mágica. Percebeu ainda naquele instante que a casa dele era muito maior que aquele simples barraco, que a sua família era muito maior que um pequeno grupo de pessoas “escolhidas”, que a vida tinha um sentido muito mais simples do que as pessoas comuns seriam capazes de enxergar e que para ser feliz é necessário que não se criem construções artificiais nos corações e mentes. Esboçou um sorriso, pegou a mão de sua mãe e de seu pai e entrou naquele casebre simples.
O futuro de Cris não vem ao caso, mas mesmo pobre, ele foi considerado por muitos um sábio, por outros um profeta e por muitos o mensageiro das palavras de Deus, simplesmente porque entendeu o sentido da vida.
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Cyro Saadeh é jornalista e escritor

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DO ENTREGUISMO AO IMPERIALISMO E À GLOBALIZAÇÃO


Tem coisas que não dá para guardar com a gente. Embora não goste de escrever sobre política em espaço público, como este jornal, há coisas que devem ser colocadas à disposição da população brasileira. Alguns corajosos fizeram isso e já morreram. Outros continuam vivos e insistem no assunto. Mas vamos abrir um parênteses para depois retomarmos o fio da meada.
Hoje o Brasil é um país que se inseriu no contexto da globalização. Vivemos as glórias e as tristezas decorrentes disso. Os Estados Unidos estão doentes e o vírus econômico assombra praticamente todos os países do globo, exceto a Coréia do Norte e uma ou outra Nação que não dependa do comércio internacional ou do turismo.
Mas, quando o Brasil começou a tornar-se dependente? Com a vitória dos aliados contra a Alemanha, Itália e Japão, propagandeou-se a democracia dos Estados Unidos como modelo ao mundo. Com isso o Getúlio Vargas foi compelido a deixar o cargo em prol de um presidente eleito democraticamente. O seu sucessor, Marechal Dutra, embora fosse conservador, ainda na década de 40, iniciou a abertura do Brasil às empresas européias e estadunidenses.
Mas em 51 Getúlio voltou como presidente eleito com uma votação esmagadora. O seu projeto era de desenvolvimento das indústrias nacionais, voltadas aos interesses internos. A carta-testamento é um documento anti-imperialista que nos mostra onde erramos. Não podendo confrontar as forças reacionárias, Getúlio, através do suicídio, evita o golpe arquitetado pela UDN entreguista.
Juscelino toma posse e o entreguismo vira modelo nacional. Multinacionais invadem o Brasil, um país com grande massa trabalhadora e consumidora e com potencial de crescimento. Logo depois Jânio Quadros assume para renunciar logo em seguida. Com isso, Jango, João Goulart, deveria tomar posse. Uma ala militar e a UDN o taxam de comunista, relembrando o aumento de 100% do salário mínimo enquanto Jango era Ministro do Trabalho de Getúlio. Brizola, o velho guerreiro político, monta a cadeia da legalidade pelo rádio e consegue barrar, com o apoio do Exército do Rio Grande do Sul, o golpe que estava em curso. João Goulart tomou posse, mas teve que aceitar o parlamentarismo. Posteriormente, através de um plebiscito, o presidencialismo voltou e Jango passou a ter poderes normais. No entanto, confrontava-se com a imprensa udenista, com a classe média insatisfeita com os resultados econômicos e só via uma maneira de sustentabilidade: o apoio dos trabalhadores e líderes sindicais. Nacionalista e progressista, pugnou pela reforma agrária, pela limitação de remessa dos lucros, pela política de não intervenção em assuntos internos dos países, incluindo Cuba, e investiu na educação. 64 foi a ruptura disso. O entreguismo voltou com força total e os interesses estadunidenses nunca foram tão rapidamente atendidos como nessa época de tristes lembranças.
Mas fechemos os parênteses.
Os Estados Unidos queriam barrar de vez a política social-democrata de Jango e do PTB. Por isso investiram às escondidas - e comprovadamente - no Cebrap, do Departamento de Sociologia da USP, que por sua vez tentou modernizar o discurso da necessidade de dependência internacional. Parecia que voltavamos ao período colonial. Alguns desses sociólogos alcançaram os poderes em organizações civis e no Estado. Ao mesmo tempo, surgia um líder sindical criado no regime ditatorial e em indústria estrangeira, com visão muito diferente do sindicalista de 1960.
A visão política de Vargas foi praticamente apagada e o Brasil rendeu-se às enormes multinacionais, à estonteante propaganda cultural estadunidense e ao chique "modus vivendi" não mais francês, mas "americano".
Mas a visão de Getúlio ainda sobrevive. Getúlio Vargas leu Os Sertões de Euclydes da Cunha e entendeu que o que dividia o Brasil era o fato de termos uma parte voltada ao exterior, com seus hábitos e modismos, e outra voltada às raízes nacionais. O estadista Getúlio preferiu unir esses dois Brasis, preservando os valores culturais próprios de cada região. Já os políticos seguintes, com exceção a Jango, primaram pelo o que consideravam modernização, que mistura entreguismo com globalização.
A mídia nacional, com raras exceções, apóia esse modelo entreguista, pois quem lucra com isso não é a população, mas o empresário covarde que prefere vender parte de suas empresas, ou ela inteira, a grandes grupos estrangeiros.
Esse é o Brasil de hoje, fruto de um entreguismo golpista de mais de meio século.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A VIDA E O SEU VAZIO

A vida jamais pode corresponder a um vazio. Isso corresponderia a uma antítese. Também não bastam vida e sorrisos alheios à realidade. A vida é o meio termo entre o pessoal e o coletivo. Temos o nosso corpo, isso é individual, mas as nossas atitudes refletem no universo e, por isso, devem ser pensadas no sentido do coletivo. Quando nos aquietamos perante injustiças, por menores que sejam inicialmente, dá-se início a um processo de desequilíbrio, alimentando resultados catastróficos a toda a humanidade. Já sobrevivemos a barbáries como guerras, escravidão e inquisição. Hoje, nos defrontamos com um sistema econômico que altera a relação de poder do Estado com os particulares, que retira direitos trabalhistas, que fomenta a globalização econômica, mas não a cultural ou de pessoas. O poço será cada vez maior entre os miseráveis e os ricos, ao mesmo tempo em que se destroem línguas e culturas e, o que é mais grave para todos, sem exceção a ninguém, a natureza sofre com o desequilíbrio das ações desastrosas do homem, provocando verdadeiras catástrofes.

domingo, 14 de dezembro de 2008

AUTO-CRÍTICA NECESSÁRIA

Às vezes, assistimos a tragédias e, atônitos, não sabemos como ajudar, o que fazer, no que melhorar. Muitos pensam, outros assistem como se vissem apenas um vídeo.
Somos um conjunto. Desarmônico, por sinal, mas um conjunto que caminha, cria crises, guerras, difunde a banalidade e a violência, não propicia o culturalismo, e que difunde a necessidade do sucesso e do consumo. O individualismo é uma realidade desse conjunto tão dilacerado pelos poderes e regimes econômicos.
Cremos em marcas, ostentações, moda, propagandas e somos massificados como produtos, meros produtos de consumo, para depois sermos descartados quando estivermos velhos ou com pouco poder aquisitivo.
Tornamo-nos números nos regimes ditatoriais e a vontade que impera é a dos líderes. Consumimos o que eles destinam, também massificando-nos e dilacerando a liberdade da alma.
Com tudo isso, julgamo-nos civilizados e olhamos para outras civilizações, às vezes não tão distantes, como inferiores. Vemos os índios tradicionais com características de exotismo. Não os vemos com valores culturais diversos, como deveria ser feito.
A harmonia com a natureza, o respeito com as crianças e a poligamia e sexualidade às vezes aceita, outras vezes rejeitada, demonstram a consideração pelos indivíduos em respeito à natureza e a diferenças dos indivíduos e grupos.
Podíamos ser simples e olhar singelamente, não com a mente quase sempre arrebatadora, mas com o coração mais adocicado, para, sem preconceito, admitir que integramos a natureza, dependemos dela e com ela necessitamos nos harmonizar.
Assim, compreenderíamos melhor os outros seres humanos e conceitos como solidariedade, fraternidade, amizade, universalidade e humanidade.
Falta muito para nós, seres ocidentais, às vezes tão cultos, às vezes não, sermos considerados tão humanos como pretendíamos. Falta muito, portanto, para conseguirmos resolver problemas, evitar tragédias, erradicar as guerras, dizimar a miséria e zerar a fome. Falta muito para nos sensibilizarmos e agirmos como seres ditos humanos. Falta, portanto, uma auto-crítica necessária.

sábado, 13 de dezembro de 2008

FANTOCHES

Enquanto aquele que se esforça para ser como os outros desejam que seja é um mero fantoche nas mãos alheias, não tendo autonomia nem vida própria, aquele que é diferente e ousado torna-se o personagem de suas próprias história e vida.

domingo, 7 de dezembro de 2008

60 ANOS

Este ano comemoram-se os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Seis décadas de muita luta.
E você, por acaso já a leu? Sabe do que ela trata? Supõe que seja direitos humanos e que eles só se aplicam aos outros? Você realmente acha isso? Leia e se informe melhor (clique aqui para acessar a Declaração). Os direitos humanos aplicam-se a cada um de nós seres vivos da raça humana, não importando a cor, a altura, o peso, a religião, a opção política, a sexualidade e outros fatores. Ainda bem que somos diferentes. É isso o que impulsiona a humanidade e dá graça e beleza à vida. Ainda bem, também, que a diferença tem que ser respeitada. Ainda bem que podemos conhecer pessoas diferentes, opiniões diferentes, visões diferentes sobre a vida e cada um dos fatos corriqueiros ou não.

sábado, 6 de dezembro de 2008

QUANDO O CARGO DE PRESIDENTE FOI DECLARADO VAGO

A segunda metade do século que passou foi repleta de golpes tentados, fracassados e exitosos. Um destes, por sinal um dos mais afrontosos e dissimulados, foi a declaração pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Auro de Moura Andrade, um inimigo declarado de Jango, de que o cargo de Presidente da República estava vago já no dia 02 de abril de 1964. Ao contrário do que aquele deputado apregoou, o cargo não havia vagado, o Presidente João Goulart não havia renunciado e a vigem de Jango ao Rio Grande do Sul foi para buscar segurança e apoio para evitar que o golpe se consumasse.

Mas como se viu, os golpistas estavam em todos os cantos e recantos do Brasil e também da América.

Este é mais um dos muitos absurdos que rodeiam a história deste país.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

CRÔNICA: CHOCOLATE E MULHER

Se há uma coisa que me atrai e me faz comer compulsivamente é chocolate. Mulher atrai e é bom demais também, mas dar conta, nessa altura da linha cronológica invisível que nos circunda, é outra história.
Chocolate é bom demais. Tem gente que diz que é melhor que mulher por mil e um motivos. Lá vão alguns deles.
O primeiro é que você desembrulha e ele está lá, sempre com aquele aroma delicioso, não reclama e está sempre disposto a ser devorado. Mulher nem sempre está assim. Se estiver naquela fase, então, você não desembrulha nem a força.
Quanto mais você come chocolate, mais você quer comer, e o melhor, você consegue. Já com as nossas insubstituíveis mulheres, a coisa não é bem assim. Haja pausa, descanso...
Chocolate repõe a energia e com ele viramos um furacão. Com a transa é diferente. Logo depois dela a gente quer sossego, relaxar, readquirir fôlego. Como demora...
O chocolate nos dá uma sensação de prazer, que dizem substituir o sexo e afastar a depressão. Já num relacionamento, quem já não teve as suas sérias crises depressivas com tantas brigas?
É, mas as diferenças não param aí.
Você pode comer chocolate branco, ao leite, com amêndoas, de uma ou outra marca e ninguém reclama. É prazer puro. Parece uma eterna orgia, um eterno orgasmo. Mas quando se tem um relacionamento que nem precisa ser tão sério, agüente a mulher e suas cobranças diuturnas, vespertinas, noturnas e sempre eternas...
Chocolate você chega em um lugar e já pode comer. Basta ter 5 reais ou uns 3 dólares para isso. Já a mulher, você tem que aprender o idioma, saber do que elas gostam ou não gostam, o que a cultura permite e não permite... É quase um estudo de caso de tão complexo.
O chocolate está lá, tem cafeína e nos faz acordar. Bem, nisso as mulheres são iguais. Mal nos deixam dormir.
Semelhanças com as mulheres? É que são bons demais, irresistíveis. Podiam ter um formato mais arredondado. Acho que está aí a explicação do motivo dos ovos de Páscoa serem tão comercializados. São arredondados, com formas femininas. Imaginou um chocolate ao estilo Juliana Paes? Devorar ou deixar lá para ser cultuado? Dúvida cruel.
Ah, mas chocolate também tem lá suas desvantagens. Quando você exagera na dose, seja no chocolate, seja no sexo, bate lá uma dor de cabeça por achar que fez “merda”. Pois é, o chocolate pode provocar isso em excesso também.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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