Foi com o governo Juscelino
Kubitschek, em 1960, que o Brasil adquiriu o seu primeiro porta
aviões, garantindo a segurança de sua fronteira marítima, os interesses e os
recursos naturais brasileiros. Éramos um país grande, que tinha o maior crescimento
econômico do mundo.
Hoje somos um país diferente. Regredimos
na economia e em vários outros aspectos, inclusive na capacidade militar.
O governo atual é o primeiro a,
desde 1961, a não ter um porta aviões a serviço da Marinha Brasileira.
O Plano Estratégico da Marinha
Brasileira de setembro deste ano inclui a aquisição de um porta aviões, mas não
é para agora, mas até 2040, ou seja, para até duas décadas, o que significa muito
tempo.
Enquanto isso teremos que nos conformar
com o navio de assalto anfíbio, um porta helicópteros, adquirido do Reino Unido
em 2018.
Sem uma força aérea atualmente
forte e sem uma marinha com os recursos necessários, o Brasil terá dificuldade
de ter os meios para evitar e repelir rapidamente uma agressão estrangeira por
ar e mar.
E pensar que a Marinha Brasileira
chegou a ser a quarta mais bem equipada de todo o mundo, à época do Brasil
Império. Éramos uma potência militar.
Também já fomos uma potência
econômica. Hoje decaímos da 6ª posição alcançada em 2011, para uma fracassada
12ª posição, ao mesmo tempo em que vemos o desemprego aumentar, a inflação
voltar com força, o dólar se valorizar e a desindustrialização corroer o que já
foi um poderoso parque industrial. Indústrias fecham. Investimento em
tecnologia diminui e o comércio também fecha as portas.
O Brasil precisa voltar a crescer
e a proteger o seu espaço, mas antes precisa proteger o seu povo, evitando que
uma pandemia leve centenas de pessoas embora a cada dia que passa. Precisamos
adquirir vacinas com urgência e aumentar os leitos hospitalares, protegendo os
profissionais de saúde que se expõem no ato heroico de salvar vidas. Somente
com a vacinação em massa, que já teve início em mais de 40 países, permitiremos
a retomada econômica o quanto antes. Não podemos ficar paralisados, nem nós nem
o governo.
Não fracassamos apenas nas áreas
da defesa e da economia. Ocupamos o vergonhoso segundo lugar de mortos pelo
Covid-19 e nada fazemos de concreto para reverter isso. Muitos continuam a não
usar máscaras e a não evitar aglomerações. Não. Não podemos mais tolerar isso e
esperar mais. O Brasil precisa de uma mudança de efeito e urgente, sem discurso
de ódio e sem hipocrisia. Precisamos voltar a ser um país que liderava quando
se falava em paz, um país com progresso econômico para o seu povo e uma boa
relação internacional a fim de assegurar que não haverá conflitos próximo de
suas fronteiras e também um país que se preocupa com o seu povo, do canto que
for.
O Brasil precisa de uma liderança
que atraia apoio e não que desagregue. O Brasil precisa de uma liderança que ame
e cuide do seu sofrido povo, e que passe a considerar a morte como algo grave.
O Brasil precisa de alguém que cuide dos seus pobres, negros, indígenas,
homossexuais e mulheres, e não que os discrimine. O Brasil precisa voltar a ter
os meios necessários para se defender de agressões e também para cuidar dos seus
riquíssimos recursos naturais. Precisamos voltar a ser o país da esperança como
fomos desde 1500 e que atraiu tantos povos de todo o mundo ao longo de sua
história.
Que em 2021 cobremos mais dos
líderes políticos, com sobriedade. O Brasil precisa de líderes, mas também
precisa de um povo consciente para mudar e fazer mudar!
O compromisso tem que ser com o
Brasil e com os brasileiros, sem mentiras, hipocrisia e conversa fiada!