terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O BRASIL PRECISA EVITAR AS RUÍNAS ECONÔMICA, DE DEFESA, SOCIAL E DE SAÚDE E VOLTAR A SER GRANDE EM ÉTICA, GEOPOLÍTICA, ECONOMIA, MAS PARA ISSO PRECISA DE UM LÍDER À ALTURA E DE UM POVO QUE SAIBA COBRAR

foto: CPDOC - FGV

Foi com o governo Juscelino Kubitschek, em 1960, que o Brasil adquiriu o seu primeiro porta aviões, garantindo a segurança de sua fronteira marítima, os interesses e os recursos naturais brasileiros. Éramos um país grande, que tinha o maior crescimento econômico do mundo.

Hoje somos um país diferente. Regredimos na economia e em vários outros aspectos, inclusive na capacidade militar.

O governo atual é o primeiro a, desde 1961, a não ter um porta aviões a serviço da Marinha Brasileira.

O Plano Estratégico da Marinha Brasileira de setembro deste ano inclui a aquisição de um porta aviões, mas não é para agora, mas até 2040, ou seja, para até duas décadas, o que significa muito tempo.

Enquanto isso teremos que nos conformar com o navio de assalto anfíbio, um porta helicópteros, adquirido do Reino Unido em 2018.

Sem uma força aérea atualmente forte e sem uma marinha com os recursos necessários, o Brasil terá dificuldade de ter os meios para evitar e repelir rapidamente uma agressão estrangeira por ar e mar.

E pensar que a Marinha Brasileira chegou a ser a quarta mais bem equipada de todo o mundo, à época do Brasil Império. Éramos uma potência militar.

Também já fomos uma potência econômica. Hoje decaímos da 6ª posição alcançada em 2011, para uma fracassada 12ª posição, ao mesmo tempo em que vemos o desemprego aumentar, a inflação voltar com força, o dólar se valorizar e a desindustrialização corroer o que já foi um poderoso parque industrial. Indústrias fecham. Investimento em tecnologia diminui e o comércio também fecha as portas.

O Brasil precisa voltar a crescer e a proteger o seu espaço, mas antes precisa proteger o seu povo, evitando que uma pandemia leve centenas de pessoas embora a cada dia que passa. Precisamos adquirir vacinas com urgência e aumentar os leitos hospitalares, protegendo os profissionais de saúde que se expõem no ato heroico de salvar vidas. Somente com a vacinação em massa, que já teve início em mais de 40 países, permitiremos a retomada econômica o quanto antes. Não podemos ficar paralisados, nem nós nem o governo.

Não fracassamos apenas nas áreas da defesa e da economia. Ocupamos o vergonhoso segundo lugar de mortos pelo Covid-19 e nada fazemos de concreto para reverter isso. Muitos continuam a não usar máscaras e a não evitar aglomerações. Não. Não podemos mais tolerar isso e esperar mais. O Brasil precisa de uma mudança de efeito e urgente, sem discurso de ódio e sem hipocrisia. Precisamos voltar a ser um país que liderava quando se falava em paz, um país com progresso econômico para o seu povo e uma boa relação internacional a fim de assegurar que não haverá conflitos próximo de suas fronteiras e também um país que se preocupa com o seu povo, do canto que for.

O Brasil precisa de uma liderança que atraia apoio e não que desagregue. O Brasil precisa de uma liderança que ame e cuide do seu sofrido povo, e que passe a considerar a morte como algo grave. O Brasil precisa de alguém que cuide dos seus pobres, negros, indígenas, homossexuais e mulheres, e não que os discrimine. O Brasil precisa voltar a ter os meios necessários para se defender de agressões e também para cuidar dos seus riquíssimos recursos naturais. Precisamos voltar a ser o país da esperança como fomos desde 1500 e que atraiu tantos povos de todo o mundo ao longo de sua história.

Que em 2021 cobremos mais dos líderes políticos, com sobriedade. O Brasil precisa de líderes, mas também precisa de um povo consciente para mudar e fazer mudar!

O compromisso tem que ser com o Brasil e com os brasileiros, sem mentiras, hipocrisia e conversa fiada!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A ILHA DA ROSA, UM FILME IMPERDÍVEL NA NETFLIX


O que sabemos do mundo foi deixado por algum sonhador que escrevia, que desenhava, que captava imagens, que compunha ou que cantava.

A história da humanidade foi construída por aqueles que sonham, desde as pinturas rupestres de mais de 40 mil anos até as grandes produções cinematográficas atuais. Eles sonhavam e, com a sua arte, ainda nos permitem sonhar em um mundo cada vez mais insosso.

Os que guerreiam, matam e destroem não fazem história. No máximo, marcam a história da humanidade com sangue. São os que de alguma forma sonham que contarão as glórias dos vencedores e a bravura dos derrotados e eternizarão fatos que muitas vezes não deveriam ser repetidos. São sempre eles, os sonhadores, que deixarão a realidade e os sonhos para os que virão.

Há os que sonham que quase são esquecidos, mas um outro sonhador redescobre a história e nos traz eventos incríveis de coragem e ousadia. Tudo pela liberdade e pelo sonho contra um Estado frio e opressor.

A história da Ilha da Rosa, que quis se tornar um país independente, está disponível na Netflix e é baseada em fatos reais.

Um criativo engenheiro, em 1968, em pleno ano das manifestações pacifistas, do eterno ano que não acabou, constrói uma plataforma em águas internacionais, ao lado da Itália, e pensa em morar lá, sem a opressão de um Estado que não incentiva a criação e a liberdade, mas apenas impõe regras e comportamentos.

Como um paraíso, a ilha atrai jovens sedentos por festas e liberdade, mas conservadores italianos acusam a ilha de servir a paraíso fiscal e da jogatina, além da fantasiosa instalação de mísseis russos.

De um lado, os sonhadores. Do outro, os que têm pesadelo e sempre veem e desejam o pior. Qualquer semelhança com a realidade, acredite, não será mera coincidência.

O mundo precisa mais dessas ilhas, de sonhadores, de música e de festa.

O vírus da pandemia veio para abafar o grito de nossas almas, inquietas com tantas aberrações que parecem não ter fim.

Talvez seja por isso que os extremistas odeiam as vacinas e falam contra as máscaras. Devem querer prorrogar a doença que nos cala, nos prende e nos limita.

Calma! Em breve, depois da vacinação em massa, poderemos voltar a gritar e a cantar em prol dos sonhos, da liberdade e da dignidade humana.

2021 entrará para a história, assim como 1968, e será lembrado como o ano do eterno recomeço!

Clique abaixo para assistir a dois documentários sobre a Ilha da Rosa (em italiano):

https://www.youtube.com/watch?v=3f3hf03esII

https://www.youtube.com/watch?v=XKTxTNaqgzE

Clique abaixo para ver o trailer do filme: 

https://www.youtube.com/watch?v=I_bl2Dyu5Ig


quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A VIDA HUMANA QUE NÃO IMPORTA


foto: internet


O Brasil republicano já teve uma forte tradição de respeito à área da saúde, ajudando a fundar organismos internacionais nessa área e tornando médicos e pesquisadores famosos no mundo afora.

No entanto, em meio a uma pandemia que já matou mais de 170 mil pessoas, o Brasil da atualidade parece estar paralisado, sem ação, enquanto outras Nações, já com os recursos e meios necessários, estão para iniciar a vacinação já nos próximos dias, como Inglaterra, Estados Unidos, Rússia, Turquia e tantos outros.

Temos um general da ativa no comando do Ministério da Saúde para enfrentar uma pandemia que já matou mais brasileiros que em todas as guerras somadas da qual o Brasil império e república já participou e o resultado de sua atuação é pífio.

Enquanto aqui não sabemos exatamente quais vacinas poderiam ser adotadas e quais serão contratadas, não houve planejamento na aquisição das imprescindíveis ampolas, o que já deveria ter sido providenciado há meses. Esse atraso do governo custará caro em vidas humanas, pois sem esse material será impossível o início da vacinação, e a chegada desse material, se efetivamente contratado, ainda levará vários meses.

Ao mesmo tempo, milhões de exames para o Covid-19 ficaram armazenados pelo Ministério da Saúde sem utilização, e com vencimento próximo estampado nos produtos, em claro sinal de desrespeito com a população, já que os exames preventivos, em larga escala, constituem um meio de combater a disseminação do vírus.

O desprezo com o dinheiro público impressiona, mas o que mais assusta é a desconsideração com a vida humana. São brasileiros morrendo a cada dia por conta de uma pandemia que não é encarada seriamente. Isso resultará, obviamente, em prejuízo econômico ao setor privado, custo elevado ao erário público e alto custo de saúde e, o que deveria ser considerado mais importante, o de vidas humanas.

Mas o que perturba é perceber que os órgãos de controle e fiscalização se voltam mais às questões financeiras que às das vidas humanas envolvidas. Parece ser inacreditável vermos tantas mortes e não haver ações de responsabilização das autoridades públicas brasileiras omissas e incompetentes. Ações populares, civis públicas e de improbidade deveriam ser uma realidade.

O Brasil, mais uma vez, demonstra o total desrespeito pelas vidas humanas! Foi assim com os escravos libertos e descendentes, os indígenas, as mulheres, pessoas em situação de rua, homossexuais e transexuais. Agora é com qualquer brasileiro. Aqui a vida humana não importa. Nunca importou.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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